{"id":2783,"date":"2009-04-24T16:24:36","date_gmt":"2009-04-24T16:24:36","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:01:04","modified_gmt":"2021-07-10T23:01:04","slug":"abelhas_-_pragas_urbanas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/urbano\/pragas_urbanas\/abelhas_-_pragas_urbanas.html","title":{"rendered":"Abelhas &#8211; pragas urbanas"},"content":{"rendered":"\n<figure class=\"wp-block-image\"><img decoding=\"async\" src=\"midia\/imagens\/1570.jpg\" alt=\"q\"\/><\/figure>\n\n\n\n<div class=\"pic\"><\/div>\n\n\n\n<p>Existem cerca de 20.000 esp\u00e9cies de abelhas. As mais conhecidas s\u00e3o as comumente denominadas de abelha europa ou africanizada (mistura da abelha africana com a europ\u00e9ia), por\u00e9m existem tamb\u00e9m as chamadas abelhas ind\u00edgenas as quais n\u00e3o tem ferr\u00e3o (irapu\u00e1, jata\u00ed, manda\u00e7aia, etc.) e normalmente enroscam no cabelo quando importunadas, bem como as mamangabas, abelhas grandes que em geral fazem seus ninhos no solo. Neste manual nos deteremos a comentar alguns aspectos da Apis mellifera (abelha europa ou africanizada).<\/p>\n\n\n\n<p>As abelhas s\u00e3o consideradas insetos \u00fateis porque:<\/p>\n\n\n\n<ul><li>contribuem para a fecunda\u00e7\u00e3o das flores propiciando aumento da produ\u00e7\u00e3o de frutos e gr\u00e3os;<\/li><li>produzem o mel e a gel\u00e9ia real, importantes fontes energ\u00e9tica e nutritiva;<\/li><li>produzem o pr\u00f3polis \u00e0 partir de subst\u00e2ncias resinosas dos brotos e cascas de vegetais, o qual atua como antibi\u00f3tico natural.<\/li><\/ul>\n\n\n\n<p>Na sociedade das abelhas (Apis mellifera), distinguem-se 3 tipos de indiv\u00edduos: rainhas (possuem ferr\u00e3o utilizado somente para postura), zang\u00f5es (sem ferr\u00e3o) e oper\u00e1rias (que possuem ferr\u00e3o).<\/p>\n\n\n\n<p>Alimentam-se do n\u00e9ctar e p\u00f3len que retiram das flores levando-os para a colm\u00e9ia e armazenando-os em favos, sendo que todo trabalho da colm\u00e9ia (coleta de p\u00f3len, n\u00e9ctar e pr\u00f3polis; limpeza; defesa; constru\u00e7\u00e3o de favos e alimenta\u00e7\u00e3o das larvas) \u00e9 realizado pelas oper\u00e1rias.<\/p>\n\n\n\n<p>As abelhas somente atacam quando se sentem perturbadas ou agredidas, sendo este um fato raro.<\/p>\n\n\n\n<p>Em \u00e9pocas de escassez de n\u00e9ctar, algumas vezes, invadem resid\u00eancias, confeitarias, panificadoras e outros locais \u00e0 procura de a\u00e7\u00facar; mas s\u00e3o inofensivas, n\u00e3o aplicam ferroadas \u00e0 menos que algu\u00e9m as apalpe, esmague ou tente afugent\u00e1-las com movimentos bruscos. Nestes casos \u00e9 comum avistarmos uma abelha e depois v\u00e1rias delas. Este fato ocorre porque quando uma abelha descobre uma fonte de alimento, avisa as outras na colm\u00e9ia. Nesta situa\u00e7\u00e3o recomenda-se retirar o alimento do local ou impedir o acesso das abelhas ao mesmo. A presen\u00e7a de algumas abelhas sobrevoando o local n\u00e3o representa um fator de risco para as pessoas, e nem indica presen\u00e7a de colm\u00e9ia pr\u00f3xima deste local, j\u00e1 que as abelhas podem percorrer uma dist\u00e2ncia m\u00e9dia de 2 Km \u00e0 procura de alimento.<\/p>\n\n\n\n<p><strong>Ciclo de vida<\/strong><\/p>\n\n\n\n<p>Uma colm\u00e9ia de Apis mellifera cont\u00e9m em m\u00e9dia 50 a 60 mil indiv\u00edduos, sendo a maioria composta por oper\u00e1rias, alguns zang\u00f5es e apenas uma rainha. O tempo de vida varia: a rainha vive em m\u00e9dia de 2 a 5 anos, o zang\u00e3o cerca de 80 dias e as oper\u00e1rias de 32 a 45 dias. Todos estes indiv\u00edduos sofrem metamorfose completa, isto \u00e9, passam pelas seguintes fases:<\/p>\n\n\n\n<p>Ovo -&gt; Larva -&gt; Pupa -&gt; Adulto<\/p>\n\n\n\n<p>A rainha \u00e9 a \u00fanica f\u00eamea f\u00e9rtil, e, depois de fecundada por v\u00e1rios zang\u00f5es, armazena os espermatoz\u00f3ides por toda a vida, podendo botar at\u00e9 2 mil ovos por dia na \u00e9poca das floradas. Dos ovos podem nascer oper\u00e1rias (f\u00eameas est\u00e9reis) e novas rainhas, o que vai depender do tipo de alimenta\u00e7\u00e3o que a larva recebe. J\u00e1 os zang\u00f5es (machos da colm\u00e9ia), nascem de \u00f3vulos n\u00e3o fecundados.<\/p>\n\n\n\n<p>Uma parte das abelhas de uma colm\u00e9ia, em determinadas condi\u00e7\u00f5es (colm\u00e9ia muito populosa por exemplo), pode abandonar sua morada \u00e0 procura de novo abrigo e constituem o que se denomina de enxame viajante.<\/p>\n\n\n\n<p>O enxame \u00e9 a fam\u00edlia migrante composta, via de regra, por uma rainha-m\u00e3e acompanhada de uma boa parte das abelhas oper\u00e1rias e zang\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n<p>Os enxames em geral s\u00e3o mansos, porque est\u00e3o com as aten\u00e7\u00f5es voltadas para a sobreviv\u00eancia da fam\u00edlia e a guarda da sua rainha. A agressividade \u00e9 espor\u00e1dica e ocorre em situa\u00e7\u00f5es em que as abelhas se sentem agredidas ou em situa\u00e7\u00e3o de risco.<\/p>\n\n\n\n<p>As abelhas quando est\u00e3o enxameando levam uma reserva de mel nos papos e n\u00e3o conseguem dobrar o abd\u00f4men para aplicar o veneno.<\/p>\n\n\n\n<p>De vez em quando elas pousam para descansar, \u00e9 quando se amontoam em um canto formando um &#8220;cacho&#8221; em torno de sua rainha e se abrigam em locais como cobertura de garagem, \u00e1rvores e outros locais. Algumas oper\u00e1rias ficam voando \u00e0 procura de abrigo definitivo, que lhes ofere\u00e7a prote\u00e7\u00e3o total, como forros de telhado, por\u00f5es, cascas, muros ocos, m\u00f3veis vazios e abandonados entre outros. Quando encontra, todas imigram para este local e come\u00e7am a constru\u00e7\u00e3o dos favos.<\/p>\n\n\n\n<p><strong>Import\u00e2ncia para a sa\u00fade<\/strong><\/p>\n\n\n\n<p>A abelha \u00e9 considerada um animal pe\u00e7onhento por possuir um ferr\u00e3o na regi\u00e3o posterior do corpo que serve para inocular veneno. Sua picada pode causar rea\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas, cuja gravidade depende da sensibilidade do indiv\u00edduo, local e n\u00famero de picadas, sendo aconselh\u00e1vel procurar atendimendimento m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n<p><strong>Curiosidades<\/strong><\/p>\n\n\n\n<p>A comunica\u00e7\u00e3o entre os membros de uma colm\u00e9ia \u00e9 altamente desenvolvida, existe a &#8220;dan\u00e7a do requebrado&#8221; executada quando uma abelha retorna de uma coleta bem sucedida, comunica as outras oper\u00e1rias a natureza, dire\u00e7\u00e3o e dist\u00e2ncia da fonte de alimento, oscila seu abdome e entre pulsa\u00e7\u00f5es aud\u00edveis, movimentos circulares, mostram a dire\u00e7\u00e3o, a freq\u00fc\u00eancia do requebrado da cauda indica a dist\u00e2ncia, quanto mais pr\u00f3ximo da colm\u00e9ia est\u00e1 o alimento, maior a freq\u00fc\u00eancia de pulsa\u00e7\u00f5es. Utilizam a posi\u00e7\u00e3o do sol, se o requebrado da cauda \u00e9 dirigido para cima, o alimento est\u00e1 localizado em dire\u00e7\u00e3o do sol, com a inclina\u00e7\u00e3o indicam o \u00e2ngulo do sol. Um rel\u00f3gio interno compensa a passagem do tempo entre a descoberta do alimento e o in\u00edcio da dan\u00e7a de forma que a informa\u00e7\u00e3o permane\u00e7a correta, mesmo com a movimenta\u00e7\u00e3o do sol neste intervalo.<\/p>\n\n\n\n<p>Em dias nublados a polariza\u00e7\u00e3o dos raios luminosos e a luz ultravioleta agem como refer\u00eancia indireta na aus\u00eancia do sol.<\/p>\n\n\n\n<p><em>Fontes: Prefeitura de S\u00e3o Paulo (www2.prefeitura.sp.gov.br) e Astral Sa\u00fade Ambiental (www.astral.ind.br)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<div class=\"mh-excerpt\"><p>Na sociedade das abelhas, distinguem-se 3 tipos de indiv\u00edduos: rainhas, zang\u00f5es (sem ferr\u00e3o) e oper\u00e1rias (que possuem ferr\u00e3o). <a class=\"mh-excerpt-more\" href=\"http:\/\/localhost\/urbano\/pragas_urbanas\/abelhas_-_pragas_urbanas.html\" title=\"Abelhas &#8211; pragas urbanas\"><\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1576],"tags":[714,1291],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2783"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2783"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2783\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":4149,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2783\/revisions\/4149"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2783"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2783"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2783"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}