{"id":2781,"date":"2009-04-28T10:40:43","date_gmt":"2009-04-28T10:40:43","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:00:57","modified_gmt":"2021-07-10T23:00:57","slug":"a_questao_da_etica_no_meio_ambiente_urbano","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/urbano\/poluicao\/a_questao_da_etica_no_meio_ambiente_urbano.html","title":{"rendered":"A Quest\u00e3o da \u00c9tica no Meio Ambiente Urbano"},"content":{"rendered":"\n

1.A import\u00e2ncia da paisagem<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Quando se pensa numa cidade, pensa-se sempre em funcionalidade. As vias p\u00fablicas, os edif\u00edcios, e todos os equipamentos que comp\u00f5em o cen\u00e1rio urbano devem ser concebidos para o eficiente exerc\u00edcio de fun\u00e7\u00f5es como moradia, trabalho, circula\u00e7\u00e3o e lazer. Embora a preocupa\u00e7\u00e3o com a funcionalidade seja a mais evidente, \u00e9 certo que n\u00e3o deve ser a \u00fanica.<\/p>\n\n\n\n

N\u00e3o \u00e9 nosso objetivo discorrer sobre o fasc\u00ednio que a beleza e a formosura das coisas exercem sobre o ser humano. Interessa-nos, apenas, destacar que o culto ao belo faz parte da cultura do homem. N\u00e3o \u00e9 por outra raz\u00e3o que cerca-se de ornamentos, valoriza a harmonia da forma e da cor dos objetos e suas qualidades pl\u00e1sticas e decorativas.<\/p>\n\n\n\n

Pode-se falar, assim, numafun\u00e7\u00e3o est\u00e9tica [3] que as coisas em geral devem possuir a fim de criar uma sensa\u00e7\u00e3o visualmente agrad\u00e1vel \u00e0s pessoas. Isso vale tamb\u00e9m para as paisagens que cercam nosso dia-a-dia, sobretudo nas cidades.<\/p>\n\n\n\n

Os elementos que comp\u00f5em o cen\u00e1rio urbano devem estar ordenados de forma harm\u00f4nica, que possa ser apreciada. A fun\u00e7\u00e3o est\u00e9tica da paisagem urbana deve ser levada em conta pela Administra\u00e7\u00e3o em toda e qualquer interven\u00e7\u00e3o urban\u00edstica e sua prote\u00e7\u00e3o e garantia devem ser disciplinadas em lei. \u00c9 evidente que o julgamento de padr\u00f5es est\u00e9ticos ser\u00e1 sempre subjetivo, e a imposi\u00e7\u00e3o de um padr\u00e3o oficial de est\u00e9tica seria autorit\u00e1ria. Algum grau de consenso, no entanto, pode haver em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 beleza de elementos naturais em geral (vegeta\u00e7\u00e3o, c\u00e9u, lagos, rios e praias) e at\u00e9 de elementos artificiais (monumentos, pr\u00e9dios hist\u00f3ricos com caracter\u00edsticas marcantes de determinado estilo e fachadas visualmente desobstru\u00eddas).<\/p>\n\n\n\n

Aspectos culturais, ecol\u00f3gicos, ambientais e sociais devem tamb\u00e9m ser considerados, al\u00e9m do aspecto pl\u00e1stico, quando se pensa em paisagem. At\u00e9 mesmo como recurso que favorece a atividade econ\u00f4mica a paisagem deve ser encarada. O potencial tur\u00edstico de cidades como Rio de Janeiro, Salvador e Ouro Preto est\u00e1 diretamente ligado \u00e0 formosura de suas paisagens. A ind\u00fastria do turismo, com todos seus desdobramentos econ\u00f4micos, nessas e em outras cidades, depende da conserva\u00e7\u00e3o e melhoria de seus belos panoramas.<\/p>\n\n\n\n

A import\u00e2ncia de protege-la levou o Conselho Europeu a discutir a elabora\u00e7\u00e3o de uma Conven\u00e7\u00e3o Europ\u00e9ia de Paisagem. No pre\u00e2mbulo do Projeto, est\u00e3o as seguintes justificativas:<\/p>\n\n\n\n