{"id":2713,"date":"2009-04-28T15:32:43","date_gmt":"2009-04-28T15:32:43","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:00:51","modified_gmt":"2021-07-10T23:00:51","slug":"a_raiva_diagnosticos_e_sintomas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/urbano\/artigos_urbano\/a_raiva_diagnosticos_e_sintomas.html","title":{"rendered":"A raiva, diagnosticos e sintomas"},"content":{"rendered":"\n

M\u00eas dos Cachorros Loucos<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Agosto \u00e9 popularmente conhecido como o m\u00eas do cachorro louco, provavelmente porque, nesse m\u00eas, ocorre maior concentra\u00e7\u00e3o de cadelas no cio, em decorr\u00eancia das condi\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas. Por causa dessa situa\u00e7\u00e3o, h\u00e1 maior aproxima\u00e7\u00e3o e promiscuidade entre os animais, da\u00ed a ocorr\u00eancia de mais cont\u00e1gio. Mas o cont\u00e1gio da raiva pode acontecer durante todo o ano.<\/p>\n\n\n\n

O que \u00e9 raiva?<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A raiva \u00e9 uma doen\u00e7a infecciosa, aguda e mortal, transmitida aos mam\u00edferos, inclusive o homem, atrav\u00e9s da mordida, arranh\u00e3o ou lambedura de c\u00e3es, gatos ou morcegos contaminados pelo v\u00edrus r\u00e1bico. A doen\u00e7a pode tamb\u00e9m acometer os animais herb\u00edvoros, como o boi, o cavalo, a ovelha, a cabra, sendo que nos ruminantes como os bovinos, os sintomas s\u00e3o predominantemente paral\u00edticos, e o transmissor para esses animais quase sempre \u00e9 o morcego hemat\u00f3fago, da esp\u00e9cie Desmodus rotundus, no Brasil.<\/p>\n\n\n\n

O c\u00e3o \u00e9 o principal transmissor da raiva em regi\u00f5es urbanas. A raiva acontece mais em agosto e pode se manifestar de duas formas: a furiosa e a muda ou paral\u00edtica. Na primeira, ocorrem manifesta\u00e7\u00f5es de inquieta\u00e7\u00e3o e excita\u00e7\u00e3o, na segunda incidem mais os atos depressivos do sistema nervoso. As duas, entretanto, s\u00e3o horr\u00edveis e devem ser evitadas a qualquer custo.<\/p>\n\n\n\n

O morcego (hemat\u00f3fago) sugador de sangue, funciona tamb\u00e9m como reservat\u00f3rio do v\u00edrus, ou seja, contamina-se com o v\u00edrus por\u00e9m, sobrevive ao mal, passando ent\u00e3o a funcionar como transmissor para outros animais que venha a sugar, devido ao fato de contaminar o ferimento que produz para aspirar sangue com sua saliva, que tem alta concentra\u00e7\u00e3o do v\u00edrus.<\/p>\n\n\n\n

Para rebanhos bovinos, eq\u00fcinos, caprinos ou ovinos, criados onde existam morcegos hemat\u00f3fagos, requer-se vacina\u00e7\u00e3o apropriada para essas esp\u00e9cies animais, \u00e9 a principal medida para a profilaxia do mal, al\u00e9m do combate e exterm\u00ednio das col\u00f4nias de morcegos em suas cavernas.<\/p>\n\n\n\n

No caso do homem, somente \u00e9 indicada a vacina\u00e7\u00e3o como medida terap\u00eautica, em caso do mesmo haver sido exposto \u00e0 mordedura ou contato com animais suspeitos de raiva, ou tenha se contaminado acidentalmente, e nestes casos, a urg\u00eancia da vacina\u00e7\u00e3o \u00e9 de suma import\u00e2ncia, assim como n\u00famero de doses da vacina proporcional \u00e0 gravidade do caso, o que o m\u00e9dico assistente deve julgar e prescrever, segundo o caso em si.<\/p>\n\n\n\n

A raiva \u00e9 uma enfermidade das mais antigas que se tem not\u00edcia, cuja causa permaneceu desconhecida, at\u00e9 que por volta do ano de 1882, portanto h\u00e1 mais de 100 anos, o qu\u00edmico franc\u00eas LUIZ PASTEUR, j\u00e1 com 60 anos, come\u00e7ou a estud\u00e1-la, pois conforme deixou escrito em seus apontamentos cient\u00edficos: “n\u00e3o conseguia esquecer-se dos gritos daquelas v\u00edtimas do lobo danado que passou pelas ruas de ARBOIS, sua terra natal, quando ainda menino, mordendo v\u00e1rias pessoas, que vieram a adoecer e morrer da doen\u00e7a”.<\/p>\n\n\n\n

Diagn\u00f3stico da Doen\u00e7a<\/strong><\/p>\n\n\n\n

O animal, durante a indisposi\u00e7\u00e3o que antecede \u00e0 doen\u00e7a, d\u00e1 v\u00e1rios sinais relativos \u00e0 sua mudan\u00e7a de comportamento. De alegre e festeiro, ele se torna triste e retra\u00eddo. Muitas vezes, no entanto, o animal se apresenta mais carinhoso e alegre que o habitual. Isto representa grande perigo, pois 14 dias mais ou menos antes de se manifestar, a raiva, j\u00e1 \u00e9 virulenta e pode transmitir a doen\u00e7a. \u00c0 medida que a doen\u00e7a avan\u00e7a novos sinais podem ser observados. O animal n\u00e3o se apresenta agressivo ainda. Procura, instintivamente, o seu dono, como a pedir al\u00edvio aos seus sofrimentos, mas seu apetite degenera e ele passa a comer tudo o que encontra pela frente como pedras, trapos e a pr\u00f3pria cama. E um detalhe que \u00e9 facilmente notado: o c\u00e3o raivoso n\u00e3o late, uiva, terminando por uma nota aguda e agoniada, esse uivar. Tamb\u00e9m fato digno de observa\u00e7\u00e3o \u00e9 que quase todos os c\u00e3es contaminados fogem ou procuram fugir da casa de seus donos, quando sentem a aproxima\u00e7\u00e3o do acesso de furor, obedecendo ao seu instinto para n\u00e3o morder as pessoas da casa. \u00c9 s\u00f3 nessa fase, de intensa excita\u00e7\u00e3o, que o olhar do c\u00e3o \u00e9 tomado por um brilho aterrorizante e ele demonstra total indiferen\u00e7a a pancadas ou qualquer outro meio menos violento para tentar control\u00e1-lo. Se o c\u00e3o estiver na rua, ele avan\u00e7a contra tudo e contra todos, preferencialmente outros c\u00e3es, permanecendo com a cauda ca\u00edda e a babar abundantemente, num caminhar cont\u00ednuo e triste at\u00e9 que, esgotado ou atacado pela paralisia, cai exausto, apresentando fen\u00f4menos tet\u00e2nicos ou convulsivos, at\u00e9 que lhe sobrevenha a morte em tr\u00eas ou quatro dias.<\/p>\n\n\n\n

Sintomas Humanos<\/strong><\/p>\n\n\n\n

O homem recebe o v\u00edrus da raiva atrav\u00e9s do contato com a saliva do animal enfermo. Isto quer dizer que, para ser inoculado, n\u00e3o precisa necessariamente ser mordido – basta que um corte, ferida, arranh\u00e3o profundo ou queimadura em sua pele entrem em contato com a saliva do raivoso. Independente da forma de penetra\u00e7\u00e3o, o v\u00edrus se dirige sempre para o sistema nervoso central. O tempo de incuba\u00e7\u00e3o, por\u00e9m, varia com a natureza do v\u00edrus, o local da inocula\u00e7\u00e3o e a quantidade inoculada. Se o ponto de cont\u00e1gio tiver sido a cabe\u00e7a, o pesco\u00e7o ou os membros superiores, o per\u00edodo de incuba\u00e7\u00e3o ser\u00e1 mais breve, porque o v\u00edrus atingir\u00e1 a regi\u00e3o predileta com maior rigidez. A partir da\u00ed, o v\u00edrus migra para os tecidos, mas sobretudo para as gl\u00e2ndulas salivares, de onde \u00e9 excretado juntamente com a saliva.<\/p>\n\n\n\n

Tanto no homem como nos animais, quando os sintomas da mol\u00e9stia se manifestam, j\u00e1 n\u00e3o h\u00e1 mais cura poss\u00edvel – a morte \u00e9 certa. Assim, todo tratamento tem que ser feito durante o per\u00edodo de incuba\u00e7\u00e3o, quando o paciente n\u00e3o apresenta sintomas e n\u00e3o manifesta queixas. No homem, o primeiro sintoma \u00e9 uma febre pouco intensa (38 graus cent\u00edgrados) acompanhada de dor de cabe\u00e7a e depress\u00e3o nervosa. Em seguida, a temperatura torna-se mais elevada, atingindo 40 a 42 graus. Logo a v\u00edtima come\u00e7a a ficar inquieta e agitada, sofre espasmos dolorosos na laringe e faringe e passa a respirar e engolir com dificuldade. Os espasmos estendem-se depois aos m\u00fasculos do tronco e das extremidades dos membros, de forma intermitente e acompanhados de tremores generalizados, taquicardia e parada respirat\u00f3ria.<\/p>\n\n\n\n

Qualquer tipo de excita\u00e7\u00e3o pode provoc\u00e1-los (luminosa, sonora, a\u00e9rea, etc.). O homem, ao contr\u00e1rio do c\u00e3o, torna-se hidr\u00f3fobo (sofre espasmos violentos quando v\u00ea ou tenta beber \u00e1gua). Freq\u00fcentemente experimenta ataques de terror e depress\u00e3o nervosa, apresentando tend\u00eancia \u00e0 vocifera\u00e7\u00e3o, \u00e0 gritaria e \u00e0 agressividade, com acessos de f\u00faria, alucina\u00e7\u00f5es visuais e auditivas, baba e del\u00edrio.<\/p>\n\n\n\n

Esse per\u00edodo de extrema excita\u00e7\u00e3o dura cerca de tr\u00eas dias, vindo, a seguir, a fase de paralisia, mais r\u00e1pida e menos comum nos homens do que nos animais. \u00c9 ent\u00e3o que se nota paralisia fl\u00e1cida da face, da l\u00edngua, dos m\u00fasculos da degluti\u00e7\u00e3o, dos oculares e das extremidades dos membros. Mais tarde, a condi\u00e7\u00e3o pode atingir todo o corpo.<\/p>\n\n\n\n

\u00c0s vezes, a mol\u00e9stia pode manifestar evolu\u00e7\u00e3o diferente: surge com a paralisia progressiva das extremidades e logo se generaliza. Mas, seja qual for o tipo, a raiva sempre apresenta uma evolu\u00e7\u00e3o fatal para o paciente.<\/p>\n\n\n\n

Agente Etiol\u00f3gico<\/strong><\/p>\n\n\n\n

O v\u00edrus da Raiva pertence \u00e0 fam\u00edlia Rhabdoviridae, g\u00eanero Lyssavirus. O v\u00edrus da Raiva possui um genoma constitu\u00eddo por um \u00fanico filamento RNA, e cinco polipept\u00eddeos identificados. Um envelope lipoprot\u00e9ico, com determinantes antig\u00eanicos espec\u00edficos, \u00e9 respons\u00e1vel pela indu\u00e7\u00e3o da forma\u00e7\u00e3o de anticorpos neutralizantes. Embora seja genericamente considerado como um sorotipo \u00fanico, estudos recentes utilizando anticorpos monoclonais revelaram uma pequena varia\u00e7\u00e3o antig\u00eanica.<\/p>\n\n\n\n

Detec\u00e7\u00e3o do V\u00edrus<\/strong><\/p>\n\n\n\n

O v\u00edrus da Raiva j\u00e1 foi propagado em uma ampla variedade de animais de laborat\u00f3rio. Os camundongos jovens s\u00e3o freq\u00fcentemente utilizados, e o per\u00edodo de incuba\u00e7\u00e3o nestes \u00e9 de apenas 7 a 10 dias. V\u00e1rios meios de cultivo celular s\u00e3o suscet\u00edveis, onde podemos incluir as linhagens de c\u00e9lulas de rim de hamster, rim de rato, fibroblastos de embri\u00e3o de galinha, rim de hamster lactente (BHK-21), rim de c\u00e3o (CK), e c\u00e9lulas amni\u00f3ticas humanas (WI-38).<\/p>\n\n\n\n

V\u00e1rias cepas podem se multiplicar em ovos embrionados de galinha ou pata onde as cepas FIury de alta passagem em ovos (HEP) s\u00e3o mais atenuadas do que as cepas de baixa passagem em ovos (LEP). Ambas j\u00e1 foram utilizadas em vacinas, fabricadas a partir de ovos embrionados de patas.<\/p>\n\n\n\n

A denomina\u00e7\u00e3o “v\u00edrus de rua” (“street virus”) se refere ao v\u00edrus selvagem, patog\u00eanico, existente em natureza; o “v\u00edrus fixado” (“fixed v\u00edrus”) \u00e9 o v\u00edrus replicado em laborat\u00f3rio, n\u00e3o patog\u00eanico. Atrav\u00e9s da microscopia eletr\u00f4nica observou-se que o v\u00edrus possui um formato de bala de rev\u00f3lver (alongado, com uma das extremidades arredondadas e a outra obtusa), e mede de 130 a 300 nm x 70 nm.<\/p>\n\n\n\n

V\u00edrus da raiva<\/strong><\/p>\n\n\n\n

O v\u00edrus r\u00e1bico determina sempre nos animais em que se instala, uma inclus\u00e3o cerebral denomina da CORP\u00daSCULOS DE NEGRI, por haver sido descrita pelo pesquisador com esse nome, no ano de 1903. Tais inclus\u00f5es citoplasm\u00e1ticas, quase sempre encontradas no c\u00e9rebro dos animais, e principalmente na regi\u00e3o denominada Corno de Amon, situada na base do c\u00e9rebro, s\u00e3o tidas como patognom\u00f4nicas da doen\u00e7a, tal seja, s\u00f3 ocorrem quando o animal sucumbiu por Raiva e por nenhuma outra causa que n\u00e3o a Raiva. Para serem visualizados, \u00e9 necess\u00e1rio ser o c\u00e9rebro do animal fixado e corado por m\u00e9todo espec\u00edfico, e observados seus cortes histol\u00f3gicos mediante t\u00e9cnica microsc\u00f3pica chamada de imers\u00e3o (grande aumento). <\/p>\n\n\n\n

O v\u00edrus encontrado quando isolado de um animal doente, \u00e9 denominado de v\u00edrus de rua, e \u00e9 altamente infectante (virulento). J\u00e1 aquele cultivado em laborat\u00f3rio, e inativado em sua patogenicidade e virul\u00eancia, por sucessivas passagens em meios de cultura pr\u00f3prios, e por repiques diretos no meio em que \u00e9 cultivado, \u00e9 denominado v\u00edrus fixo. \u00c9 este \u00faltimo o utilizado no preparo de vacinas, pelo fato de perder sua virul\u00eancia e patogenicidade, conservando n\u00e3o obstante sua capacidade antig\u00eanica, qualidade esta \u00faltima que \u00e9 avisada na vacina, por ser a respons\u00e1vel pelo est\u00edmulo formador de anticorpos pelo organismo no qual for inoculada.<\/p>\n\n\n\n

Dependentemente da t\u00e9cnica empregada no preparo dessa vacina anti-r\u00e1bica, poder\u00e1 a mesma dar imunidade por um ou dois anos, aos animais em que venha a ser inoculada. Existem vacinas para serem aplicadas em c\u00e3es, assim como em gatos, bovinos ou eq\u00fcinos e outros animais suscet\u00edveis, devendo por essa circunst\u00e2ncia serem procuradas e selecionadas de acordo com a esp\u00e9cie animal a ser imunizada. Mesmo o homem quando mordido por um c\u00e3o suspeito de estar com raiva, essa vacina\u00e7\u00e3o subsequente deve ser efetuada o mais rapidamente poss\u00edvel, a fim de possibilitar que o organismo humano fabrique sob o est\u00edmulo da vacina os anticorpos necess\u00e1rios a deterem a propaga\u00e7\u00e3o do v\u00edrus em sentido ao c\u00e9rebro, e antes que isto tenha tempo de ocorrer, j\u00e1 que essa propaga\u00e7\u00e3o do v\u00edrus \u00e9 em sentido centr\u00edpeto para o c\u00e9rebro e lenta porque efetuada pelos nervos da regi\u00e3o que se deu a mordida, ou foi lesada por esse traumatismo.<\/p>\n\n\n\n

Sobreviv\u00eancia do V\u00edrus no Meio Ambiente<\/strong><\/p>\n\n\n\n

O v\u00edrus da Raiva \u00e9 inativado pelo \u00e9ter e pela fervura. O glicerol \u00e9 um excelente preservativo. O v\u00edrus \u00e9 rapidamente inativado pela radia\u00e7\u00e3o ultravioleta. Tamb\u00e9m \u00e9 destru\u00eddo pela pasteuriza\u00e7\u00e3o, e na saliva ressecada o v\u00edrus perde sua virul\u00eancia em poucas horas, \u00e0 temperatura ambiente.<\/p>\n\n\n\n

Vacina anti-r\u00e1bica<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A vacina\u00e7\u00e3o anti-r\u00e1bica \u00e9 o melhor caminho para prevenir o sofrimento do dono e a horr\u00edvel morte de seu melhor amigo imunizando-o no terceiro m\u00eas de vida e mantendo-o vacinado nos intervalos recomendados. Como respons\u00e1vel, o dono deve agir assim pelo seu pr\u00f3prio bem, pelo bem dos que o cercam, pela sa\u00fade do animal, por uma conviv\u00eancia feliz com a fam\u00edlia e paz com a comunidade.<\/p>\n\n\n\n

Existem vacinas anti-r\u00e1bicas apropriadas para cada esp\u00e9cie animal, e das mais variadas t\u00e9cnicas de fabrica\u00e7\u00e3o, desde a antiga vacina Pasteuriana, preparada pela desseca\u00e7\u00e3o de medulas de animais inoculados com o v\u00edrus, at\u00e9 as mais modernas obtidas por t\u00e9cnicas especiais, quando o v\u00edrus \u00e9 cultivado em meios vivos, como ovos embrionados de galinha, neste caso denominadas vacinas avinizadas, e at\u00e9 em cultivos de c\u00e9lulas de rim de porco ou de hamster.<\/p>\n\n\n\n

Alguns Cuidados<\/strong><\/p>\n\n\n\n