{"id":2619,"date":"2014-11-26T10:50:29","date_gmt":"2014-11-26T10:50:29","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T19:16:18","modified_gmt":"2021-07-10T22:16:18","slug":"hantavirose","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agropecuario\/doencas_agropecuarias\/hantavirose.html","title":{"rendered":"Hantavirose"},"content":{"rendered":"\n

A hantavirose \u00e9 uma doen\u00e7a grave e aguda, com alta taxa de letalidade, cujo nome tem origem no rio \u201cHantan\u201d na Cor\u00e9ia, onde v\u00e1rios soldados americanos adoeceram durante a guerra dos anos 50. A doen\u00e7a manifesta-se sob a forma renal, com febre hemorr\u00e1gica, e sob a forma pulmonar.<\/p>\n\n\n\n

A Hantavirose \u00e9 uma das zoonoses que vem preocupando as autoridades sanit\u00e1rias de todo o mundo. Sua ocorr\u00eancia se deve principalmente a dist\u00farbios ecol\u00f3gicos, destacando-se desmatamentos, altera\u00e7\u00f5es em ecossistemas associados ao comportamento econ\u00f4mico, social e cultural do homem. A virose surge como um importante problema de sa\u00fade p\u00fablica tanto em zonas rurais como em zonas urbanas.<\/p>\n\n\n\n

A transmiss\u00e3o do v\u00edrus ao homem se d\u00e1 de diferentes formas, tais como inala\u00e7\u00e3o de aeross\u00f3is contaminados, excrementos de roedores (diretamente ao colocar a m\u00e3o em local contaminado e levar a m\u00e3o \u00e0 boca ou indiretamente atrav\u00e9s de \u00e1gua e alimentos contaminados), mordedura de roedor contaminado, contato direto com mucosas (olhos, boca) e por escoria\u00e7\u00f5es na pele, principalmente de trabalhadores rurais sem vestimenta apropriada (sand\u00e1lias, bermudas, etc.). Em 1996, na Argentina, foi registrado um caso em que uma pessoa infectada transmitiu a outras 18 atrav\u00e9s do m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

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Agente etiol\u00f3gico e agente transmissor<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A Hantavirose \u00e9 causada por um v\u00edrus, da fam\u00edlia Bunyaviridiae. Sabe-se que nas Am\u00e9ricas existem mais de 20 tipos de v\u00edrus diferentes e cada um \u00e9 transmitido por uma esp\u00e9cie diferente de roedor. Estes Roedores silvestres s\u00e3o considerados reservat\u00f3rios do v\u00edrus, uma vez que o agente n\u00e3o causa doen\u00e7a no animal, apenas uma infec\u00e7\u00e3o cr\u00f4nica, levando o animal \u00e1 condi\u00e7\u00e3o de portador assintom\u00e1tico. O v\u00edrus se encontra nas fezes, urina e saliva desses animais, e quando esses produtos secam, o v\u00edrus permanece vi\u00e1vel no meio ambiente, desde que este seja favor\u00e1vel (pouca ilumina\u00e7\u00e3o e abafado).<\/p>\n\n\n\n

As principais esp\u00e9cies silvestres portadoras do v\u00edrus no Brasil, s\u00e3o Akodon cursor, Oligorysomis negrites, Bolomys laziurus entre outras, que transmitem a forma pulmonar da doen\u00e7a. Entretanto, algumas esp\u00e9cies de roedores urbanos, especialmente a ratazana de esgoto, s\u00e3o reservat\u00f3rios da febre hemorr\u00e1gica com s\u00edndrome renal.<\/p>\n\n\n\n

Sintomas<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Febre alta (acima de 38\u00ba), dores no corpo, dor abdominal, dor de cabe\u00e7a, tosse seca, taquicardia e dificuldade para respirar. Essa fase dura em m\u00e9dia de 3 a 5 dias, podendo evoluir para a fase cardio-pulmonar. A fase cardio-pulmonar caracteriza-se por insufici\u00eancia respirat\u00f3ria aguda grave e choque circulat\u00f3rio, apresentando alta taxa de letalidade (45%).<\/p>\n\n\n\n

Profilaxia<\/strong><\/p>\n\n\n\n