{"id":2618,"date":"2009-04-13T16:09:35","date_gmt":"2009-04-13T16:09:35","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:01:37","modified_gmt":"2021-07-10T23:01:37","slug":"gripe_aviaria","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agropecuario\/doencas_agropecuarias\/gripe_aviaria.html","title":{"rendered":"Gripe Avi\u00e1ria"},"content":{"rendered":"\n
A gripe avi\u00e1ria \u00e9 resultado da infec\u00e7\u00e3o das aves pelo v\u00edrus da influenza, cujas cepas s\u00e3o classificadas ou de baixa ou de alta patogenicidade, de acordo com a capacidade de provocarem doen\u00e7a leve ou grave nesses animais.<\/p>\n\n\n\n Todas as aves s\u00e3o consideradas suscet\u00edveis \u00e0 infec\u00e7\u00e3o, embora algumas esp\u00e9cies sejam mais resistentes que outras. A doen\u00e7a provoca v\u00e1rios sintomas nas aves, os quais variam de uma forma leve at\u00e9 uma doen\u00e7a altamente contagiosa e extremamente fatal que pode resultar em grandes epidemias. Esta \u00e9 conhecida como \u201cgripe avi\u00e1ria de alta patogenicidade\u201d e se caracteriza por in\u00edcio s\u00fabito, sintomas graves e morte r\u00e1pida, com taxa de mortalidade pr\u00f3xima a 100%.<\/p>\n\n\n\n Quinze subtipos do v\u00edrus Influenza infectam as aves. Todos os surtos da forma de maior patogenicidade foram causados pelos subtipos H5 e H7.<\/p>\n\n\n\n Transmiss\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n A transmiss\u00e3o entre diferentes esp\u00e9cies de aves d\u00e1-se por contatos diretos ou indiretos de aves dom\u00e9sticas com aves aqu\u00e1ticas migrat\u00f3rias (principalmente patos selvagens), as quais s\u00e3o reservat\u00f3rios naturais do v\u00edrus e tamb\u00e9m mais resistentes \u00e0s infec\u00e7\u00f5es, t\u00eam sido a principal causa das epidemias. A exposi\u00e7\u00e3o direta a aves infectadas ou a suas fezes (ou \u00e0 terra contaminada com fezes) pode resultar na infec\u00e7\u00e3o humana.<\/p>\n\n\n\n As aves e as pessoas se infectam por inala\u00e7\u00e3o ou ingest\u00e3o do v\u00edrus presente nas fezes e secre\u00e7\u00f5es (corrimento nasal, espirro, tosse) das aves infectadas. Ovos contaminados s\u00e3o outra fonte de infec\u00e7\u00e3o de galinhas, principalmente nos incubat\u00f3rios de pintinhos, visto que o v\u00edrus pode ficar presente de 3 a 4 dias na casca dos ovos postos por aves contaminadas. N\u00e3o foi evidenciado transmiss\u00e3o pela ingest\u00e3o de ovos. A transmiss\u00e3o tamb\u00e9m se d\u00e1 pelo contato com ra\u00e7\u00e3o, \u00e1gua, equipamentos, ve\u00edculos e roupas contaminadas.<\/p>\n\n\n\n Aten\u00e7\u00e3o: O v\u00edrus \u00e9 sens\u00edvel ao calor (56\u00baC por 3 horas ou 60\u00baC por 30 minutos) e desinfetantes comuns, como formalina e compostos iodados. Tamb\u00e9m pode sobreviver em temperaturas baixas, em esterco contaminado por pelo menos tr\u00eas meses. Na \u00e1gua, o v\u00edrus pode sobreviver por at\u00e9 4 dias \u00e0 temperatura de 22\u00baC e mais de 30 dias a 0\u00baC. Para as formas de alta patogenicidade (H5 e H7), estudos demonstraram que um \u00fanico grama de esterco contaminado pode conter v\u00edrus suficiente para infectar milh\u00f5es de aves.<\/p>\n\n\n\n Dissemina\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n A doen\u00e7a pode se espalhar facilmente de uma granja para outra. Um grande n\u00famero de v\u00edrus \u00e9 eliminado nas fezes das aves, contaminando a terra e o esterco. Os v\u00edrus respirat\u00f3rios, quando inalados, podem propagar-se de ave para ave, causando infec\u00e7\u00e3o. Os equipamentos contaminados, ve\u00edculos, forragem (pasto, alimento), viveiros ou roupas \u2013 principalmente sapatos \u2013 podem carrear o v\u00edrus de uma fazenda para outra. O v\u00edrus tamb\u00e9m pode ser carreado nos p\u00e9s e corpos de animais, como roedores, que atuam como \u201cvetores mec\u00e2nicos\u201d para propagar a doen\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n As fezes de aves selvagens infectadas podem introduzir o v\u00edrus nas aves comerciais e dom\u00e9sticas (de quintais). O risco de que a infec\u00e7\u00e3o seja transmitida de aves selvagens para aves dom\u00e9sticas \u00e9 maior quando as aves dom\u00e9sticas est\u00e3o livres, compartilham o reservat\u00f3rio de \u00e1gua com as aves selvagens ou usam um reservat\u00f3rio de \u00e1gua que pode tornar-se contaminado por excretas de aves selvagens infectadas. Outra fonte de dissemina\u00e7\u00e3o s\u00e3o as aves vivas, quando comercializadas em aglomerados sob condi\u00e7\u00f5es insalubres.<\/p>\n\n\n\n A doen\u00e7a pode propagar-se de um pa\u00eds para outro pa\u00eds por meio do com\u00e9rcio internacional de aves dom\u00e9sticas vivas. Aves migrat\u00f3rias podem carrear o v\u00edrus por longas dist\u00e2ncias, como ocorrido anteriormente na difus\u00e3o internacional da influenza avi\u00e1ria de alta patogenicidade. Aves aqu\u00e1ticas migrat\u00f3rias \u2013 principalmente patos selvagens \u2013 s\u00e3o o reservat\u00f3rio natural dos v\u00edrus da influenza avi\u00e1ria e s\u00e3o mais resistentes \u00e0 infec\u00e7\u00e3o. Eles podem carrear o v\u00edrus por grandes dist\u00e2ncias e elimin\u00e1-los nas fezes, ainda que desenvolvam apenas doen\u00e7a leve e auto-limitada. No entanto, os patos dom\u00e9sticos s\u00e3o suscet\u00edveis a infec\u00e7\u00f5es letais, bem como os perus, os gansos e diversas outras esp\u00e9cies criadas em granjas comerciais ou quintais.<\/p>\n\n\n\n Sintomas<\/strong><\/p>\n\n\n\n Assim como a gripe humana, causada pelos v\u00edrus de influenza humano, os v\u00edrus de influenza avi\u00e1ria causam nas aves problemas respirat\u00f3rios (tosse, espirros, corrimento nasal), fraqueza e complica\u00e7\u00f5es como pneumonia. A doen\u00e7a causada pelos subtipos H5 e H7 (classificados como v\u00edrus de influenza avi\u00e1ria de alta patogenicidade) podem causar quadros graves da doen\u00e7a, com manifesta\u00e7\u00f5es neurol\u00f3gicas (dificuldade de locomo\u00e7\u00e3o) e outras (edema da crista e barbela, nas juntas, nas pernas, bem como hemorragia nos m\u00fasculos), resultando na alta mortalidade das aves. Em alguns casos, as aves morrem repentinamente, antes de apresentarem sinais da doen\u00e7a. Nesses casos, a letalidade pode ocorrer em 50 a 80% das aves. Nas galinhas de postura observa-se diminui\u00e7\u00e3o na produ\u00e7\u00e3o de ovos, bem como altera\u00e7\u00f5es na casca dos mesmos, deixando-as mais finas.<\/p>\n\n\n\n O tempo de aparecimento dos sintomas ap\u00f3s a infec\u00e7\u00e3o pelo v\u00edrus da influenza depende do subtipo do v\u00edrus. Em geral os sintomas aparecem 3 dias ap\u00f3s a infec\u00e7\u00e3o pelo v\u00edrus da influenza, podendo ocorrer a morte da ave. Em alguns casos esse tempo \u00e9 menor que 24 horas e em outros pode chegar a 14 dias.<\/p>\n\n\n\n Ap\u00f3s a infec\u00e7\u00e3o, as galinhas eliminam o v\u00edrus nas fezes por cerca de 10 dias e as aves silvestres por cerca de 30 dias. Depois desse per\u00edodo, as aves que n\u00e3o morreram pela infec\u00e7\u00e3o podem desenvolver imunidade contra a doen\u00e7a. As aves n\u00e3o permanecem portadoras do v\u00edrus por toda a vida.<\/p>\n\n\n\n Gripe avi\u00e1ria em humanos<\/strong><\/p>\n\n\n\n Os surtos de doen\u00e7a causados pelos v\u00edrus de alta patogenicidade representam risco para a sa\u00fade humana, em particular para os trabalhadores de granjas e de abatedouros dessas aves, pelo n\u00edvel maior de exposi\u00e7\u00e3o. Outros subtipos do v\u00edrus de influenza avi\u00e1ria, j\u00e1 foram diagnosticados em humanos, mas n\u00e3o causaram doen\u00e7a grave nem mortalidade em pessoas infectadas. Por isso \u00e9 importante o diagn\u00f3stico de influenza, com identifica\u00e7\u00e3o viral e caracteriza\u00e7\u00e3o antig\u00eanica, tanto nas infec\u00e7\u00f5es em aves quanto no homem, a fim de estudar os v\u00edrus circulantes, conhecer melhor os riscos para as pessoas e para as aves e pesquisar a viabilidade de desenvolvimento de vacinas em humanos.<\/p>\n\n\n\n At\u00e9 recentemente, sabia-se que o v\u00edrus de influenza humana circulava apenas entre humanos e su\u00ednos – de su\u00edno para humano e de humano para os su\u00edno. Os v\u00edrus influenza avi\u00e1rio, normalmente, infectam su\u00ednos e estes infectam humanos. No entanto, em 1997 descobriu-se que um v\u00edrus influenza avi\u00e1rio causou infec\u00e7\u00e3o de pessoas, transmitindo-se diretamente da ave para o homem, sem passar pelo su\u00edno.<\/p>\n\n\n\n Em dezembro de 2003, quando iniciou a mais recente epidemia de influenza avi\u00e1ria na \u00c1sia, este fato se repetiu. Uma das hip\u00f3teses levantadas para essa mudan\u00e7a no comportamento do v\u00edrus \u00e9 o contato freq\u00fcente e pr\u00f3ximo entre diferentes esp\u00e9cies de aves e humanos.<\/p>\n\n\n\n O que preocupa as autoridades sanit\u00e1rias \u00e9 a infec\u00e7\u00e3o pelo v\u00edrus da influenza avi\u00e1ria em humanos e que ocorreu pela primeira vez em Hong Kong, em 1997. O v\u00edrus da influenza avi\u00e1ria normalmente n\u00e3o infecta outras esp\u00e9cies al\u00e9m de aves e p\u00e1ssaros.<\/p>\n\n\n\n Atualmente, outros dois v\u00edrus de gripe avi\u00e1ria afetaram humanos recentemente. O H7N7, com in\u00edcio nos Pa\u00edses Baixos, em fevereiro de 2003, causou a morte de um veterin\u00e1rio dois meses depois, e sintomas levem em outras 83 pessoas. Casos mais simples do v\u00edrus H9N2 em duas crian\u00e7as ocorreram em Hong Kong em 1999 e em meados de dezembro de 2003 (um caso).<\/p>\n\n\n\n O alerta mais recente \u00e9 de janeiro de 2004, com a confirma\u00e7\u00e3o laboratorial da presen\u00e7a do v\u00edrus H5N1 da influenza avi\u00e1ria em casos humanos de doen\u00e7a respirat\u00f3ria grave no norte do Vietn\u00e3.<\/p>\n\n\n\n O H5N1 causa preocupa\u00e7\u00e3o especial, pois sofre muta\u00e7\u00e3o rapidamente e tem propens\u00e3o para infectar outras esp\u00e9cies de animais (inclusive o homem), mas as infec\u00e7\u00f5es humanas com a cepa H5N1 n\u00e3o s\u00e3o freq\u00fcentes .<\/p>\n\n\n\n Medidas de controle<\/strong><\/p>\n\n\n\n As medidas de controle mais importantes s\u00e3o: a r\u00e1pida destrui\u00e7\u00e3o de todas as aves infectadas ou expostas, o descarte adequado das carca\u00e7as, quarentena e desinfec\u00e7\u00e3o rigorosa das granjas. Al\u00e9m de restri\u00e7\u00f5es ao transporte de aves dom\u00e9sticas vivas, tanto no pr\u00f3prio pa\u00eds como entre pa\u00edses.<\/p>\n\n\n\n A Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS) recomenda aos pa\u00edses afetados pela influenza humana e avi\u00e1ria as seguintes medidas:<\/p>\n\n\n\n 1- Utiliza\u00e7\u00e3o de equipamento adequado para prote\u00e7\u00e3o pessoal dos abatedores e transportadores de aves:<\/p>\n\n\n\n 2- Lavagem freq\u00fcente das m\u00e3os com \u00e1gua e sab\u00e3o. Os abatedores e transportadores devem desinfetar suas m\u00e3os depois de cada opera\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n 3- A limpeza do ambiente deve ser realizada nas \u00e1reas de abate, usando EPI (equipamentos de prote\u00e7\u00e3o individual) descritos anteriormente.<\/p>\n\n\n\n 4- Todas as pessoas expostas a aves infectadas ou a fazendas sob suspeita devem ser monitoradas pelas autoridades sanit\u00e1rias locais e recomenda-se, al\u00e9m da vacina contra o influenza, o uso de antivirais para o tratamento de suspeitas de infec\u00e7\u00f5es respirat\u00f3rias causadas pelo v\u00edrus.<\/p>\n\n\n\n 5- \u00c9 importante que comuniquem imediatamente ao servi\u00e7o de sa\u00fade o aparecimento de sintomas tais como dificuldade de respirar, conjuntivite, febre, dor no corpo ou outros sintomas de gripe. Pessoas com alto risco de complica\u00e7\u00f5es graves de influenza (imunodeprimidos, com 60 anos e mais de idade, com doen\u00e7as cr\u00f4nicas de cora\u00e7\u00e3o ou pulm\u00f5es) devem evitar trabalhar com aves infectadas.<\/p>\n\n\n\n 6- Devem ser coletados, para investiga\u00e7\u00e3o do v\u00edrus da influenza, os seguintes esp\u00e9cimes cl\u00ednicos de animais (inclusive su\u00ednos): sangue e post mortem (conte\u00fado intestinal, swab anal e oro-nasal, traqu\u00e9ia, pulm\u00e3o, intestino, ba\u00e7o, rins, f\u00edgado e cora\u00e7\u00e3o).<\/p>\n\n\n\n No Brasil, vigil\u00e2ncia da influenza est\u00e1 implantada desde o ano 2000. Baseia-se na estrat\u00e9gia de vigil\u00e2ncia sentinela, composta por unidades de sa\u00fade\/pronto atendimento e laborat\u00f3rios. Esta rede informa semanalmente a propor\u00e7\u00e3o de casos de s\u00edndrome gripal atendidos nas unidades sentinela e os tipos de v\u00edrus respirat\u00f3rios que est\u00e3o circulando em sua \u00e1rea de abrang\u00eancia. Para dar suporte a esse sistema, desenvolveu-se um sistema de informa\u00e7\u00e3o, o SIVEP – Gripe, com transmiss\u00e3o de dados on line , garantindo assim a disponibiliza\u00e7\u00e3o dos dados em tempo real. Para o diagn\u00f3stico laboratorial s\u00e3o realizados testes espec\u00edficos em amostras de secre\u00e7\u00e3o nasofar\u00edngea, coletada por aspirado nasofar\u00edngeo e\/ou swab combinado.<\/p>\n\n\n\n Atualmente, o Sistema de Vigil\u00e2ncia da Influenza est\u00e1 implantado em 24 unidades sentinela, a maioria delas localizada nas capitais de 12 estados das cinco regi\u00f5es brasileiras, com previs\u00e3o de implanta\u00e7\u00e3o no ano 2004 em outros cinco estados. No entanto, independente da participa\u00e7\u00e3o nesta rede sentinela, toda suspeita da ocorr\u00eancia de surto de influenza deve ser notificada, em conson\u00e2ncia com as normas atuais sobre a notifica\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as transmiss\u00edveis no pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n Destaca-se tamb\u00e9m a articula\u00e7\u00e3o inter-setorial do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade (ANVISA \u2013 www.anvisa.gov.br e SVS \u2013 www.saude.gov.br\/svs) com o Minist\u00e9rio da Agricultura, Pecu\u00e1ria e Abastecimento (www.agricultura.gov.br), buscando uma maior integra\u00e7\u00e3o das vigil\u00e2ncias da influenza humana e animal com discuss\u00e3o de propostas conjuntas entre as \u00e1reas t\u00e9cnicas para potencializar a\u00e7\u00f5es e preven\u00e7\u00e3o e controle da influenza animal e humana.<\/p>\n\n\n\n Pesquisas e atualidades<\/strong><\/p>\n\n\n\n As pesquisas mais recentes mostram que o v\u00edrus de baixa patogenicidade pode, ap\u00f3s circular por per\u00edodos curtos nas aves, sofrer muta\u00e7\u00f5es para formas de alta patogenicidade.<\/p>\n\n\n\n Desde meados de dezembro de 2003 alguns pa\u00edses asi\u00e1ticos notificaram surtos de influenza avi\u00e1ria de alta patogenicidade em galinhas e patos, a saber: Cambodja, China, Cor\u00e9ia do Sul, Indon\u00e9sia, Jap\u00e3o, Laos, Paquist\u00e3o, Taiwan, Tail\u00e2ndia, Vietn\u00e3. Infec\u00e7\u00f5es em outras esp\u00e9cies (aves selvagens e su\u00ednos) tamb\u00e9m foram notificadas. A r\u00e1pida propaga\u00e7\u00e3o da influenza avi\u00e1ria de alta patogenicidade, com ocorr\u00eancia de surtos em v\u00e1rios pa\u00edses ao mesmo tempo, \u00e9 historicamente in\u00e9dita e de grande preocupa\u00e7\u00e3o para a sa\u00fade humana e animal. Especialmente alarmante, em termos de riscos para a sa\u00fade humana, \u00e9 a detec\u00e7\u00e3o da cepa de alta patogenicidade conhecida como o H5N1, como a causa da maioria desses surtos.<\/p>\n\n\n\n H\u00e1 evid\u00eancias de que esta cepa tem uma capacidade singular de \u201cpular\u201d a barreira das esp\u00e9cies e causar doen\u00e7a grave, com alta mortalidade em humanos. Destaca-se a possibilidade de que a situa\u00e7\u00e3o presente possa originar outra pandemia de influenza em humanos. Cientistas reconhecem que os v\u00edrus da influenza avi\u00e1ria e humana podem trocar material gen\u00e9tico quando uma pessoa \u00e9 infectada simultaneamente com v\u00edrus de ambas esp\u00e9cies. Este processo de troca gen\u00e9tica no organismo pode produzir um subtipo completamente diferente de v\u00edrus influenza para o qual poucos humanos teriam imunidade natural.<\/p>\n\n\n\n As vacinas existentes, desenvolvidas para proteger os humanos durante epidemias sazonais, n\u00e3o seriam eficazes contra um v\u00edrus influenza completamente novo. Se o v\u00edrus novo contiver genes da influenza humana, pode ocorrer a transmiss\u00e3o direta de pessoa a pessoa (e n\u00e3o apenas de aves para o homem). Quando isto acontecer, estar\u00e3o reunidas as condi\u00e7\u00f5es para o in\u00edcio de uma nova pandemia de influenza. Isso foi observado durante a grande pandemia de influenza de 1918 -1919 (Gripe Espanhola), quando um subtipo novo do v\u00edrus influenza se espalhou mundialmente, com morte estimada de 40 a 50 milh\u00f5es de pessoas.<\/p>\n\n\n\n Atualmente, o tempo m\u00e9dio entre a identifica\u00e7\u00e3o de uma nova cepa e a produ\u00e7\u00e3o de uma vacina espec\u00edfica \u00e9 de 4 a 6 meses.<\/p>\n\n\n\n Mais informa\u00e7\u00f5es<\/strong><\/p>\n\n\n\n Ag\u00eancia Nacional de Vigil\u00e2ncia Sanit\u00e1ria e Minist\u00e9rio da Sa\u00fade<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" A doen\u00e7a provoca v\u00e1rios sintomas nas aves, os quais variam de uma forma leve at\u00e9 uma doen\u00e7a altamente contagiosa e extremamente fatal que pode resultar em grandes epidemias. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1556],"tags":[1253,746],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2618"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2618"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2618\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":4210,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2618\/revisions\/4210"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2618"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2618"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2618"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}<\/figure>\n\n\n\n