{"id":2613,"date":"2009-04-13T15:01:19","date_gmt":"2009-04-13T15:01:19","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:01:37","modified_gmt":"2021-07-10T23:01:37","slug":"broca-gigante_castnia_licus_nova_praga_da_bananeira_em_rondonia","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agropecuario\/doencas_agropecuarias\/broca-gigante_castnia_licus_nova_praga_da_bananeira_em_rondonia.html","title":{"rendered":"Broca-gigante (Castnia licus): nova praga da bananeira em Rond\u00f4nia"},"content":{"rendered":"\n

A broca-gigante (Castnia licus) \u00e9 mais conhecida como praga da cana-de-a\u00e7\u00facar, sendo considerada uma tem\u00edvel praga desta cultura na regi\u00e3o Nordeste do Brasil. Em Rond\u00f4nia est\u00e1 assumindo import\u00e2ncia como uma “nova praga” da bananeira, por estar causando s\u00e9rios preju\u00edzos as lavouras atacadas. A broca \u00e9 uma lagarta que atinge 8 cm de comprimento, tamanho muito maior que a da larva da broca-do-rizoma ou moleque-da-bananeira (Cosmopolites sordidus), praga muito conhecida por aqueles que lidam com o cultivo de banana. Outra diferen\u00e7a entre estas pragas \u00e9 que o adulto da broca-gigante \u00e9 uma mariposa, enquanto que a da broca-do-rizoma \u00e9 um besouro. A broca-gigante penetra no pseudocaule da planta em quase toda sua extens\u00e3o, contudo \u00e9 mais comum na altura de 1 a 1,5 m a partir do solo. Como a lagarta tem um ciclo de vida longo, podendo chegar a 10 meses e tem tamanho avantajado, faz um estrago muito grande no interior do pseudocaule, comprometendo severamente a planta e consequentemente a produ\u00e7\u00e3o, devido ao tombamento e morte.<\/p>\n\n\n\n

Considerada “nova praga” da bananeira porque somente a partir do ano passado \u00e9 que foi verificado ataque intenso em um plantio de bananeira situado no campo Experimental da Embrapa Rond\u00f4nia, em Porto Velho. Por\u00e9m, sua primeira constata\u00e7\u00e3o ocorreu em 1994 em um plantio no Bairro Candel\u00e1ria, tamb\u00e9m em Porto Velho, sendo um exemplar da lagarta da broca-gigante coletada naquela ocasi\u00e3o e mantida at\u00e9 hoje no Laborat\u00f3rio de Entomologia da Embrapa. A princ\u00edpio se imaginava que a ocorr\u00eancia estivesse restrita a esse munic\u00edpio, por\u00e9m j\u00e1 foi verificada a presen\u00e7a da praga em Candeias do Jamari, Alto Para\u00edso e Machadinho do Oeste. Provavelmente, esteja atingindo outros munic\u00edpios, j\u00e1 que esses casos foram observados ocasionalmente durante viagens ao interior do Estado, portanto n\u00e3o objetivando levantamento da praga.<\/p>\n\n\n\n

Em Unidade de Observa\u00e7\u00e3o (UO) de banana, situada no Campo Experimental da Embrapa Rond\u00f4nia, em Porto Velho, RO, verificou-se a ocorr\u00eancia da citada praga nas bananeiras de cultivares ‘Caipira’, ‘FHIA 01’, ‘FHIA 18’, ‘FHIA 21’ e ‘Thap Maeo’ e ‘Mysore’. Conforme se observou, a cultivar que apresentou maior porcentagem de plantas brocadas foi a FHIA 21, atingindo 53,57% das bananeiras. Esta infesta\u00e7\u00e3o superou em mais de tr\u00eas vezes o percentual (17,19%) verificado na cultivar Thap Maeo, em segundo lugar em rela\u00e7\u00e3o a vari\u00e1vel analisada. A constata\u00e7\u00e3o \u00e9 um indicativo de que a broca-gigante, embora tenha ocorrido em todas as cultivares, tem uma maior prefer\u00eancia pela FHIA 21, que \u00e9 do mesmo grupo da ‘Banana-de-fritar’ ou ‘Comprida’, como \u00e9 conhecida em Rond\u00f4nia. Nas \u00e1reas de produtores de Porto Velho e interior, verificou-se apenas o ataque da praga em “banana-de-fritar”.<\/p>\n\n\n\n

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Foto 1. Lagarta da broca-gigente<\/span><\/div>\n\n\n\n
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Foto 2. Pupa da broca-gigente, envolvida em casulo feito de fibras da bananeira.<\/span><\/div>\n\n\n\n
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Foto 3. Mariposa, inseto adulto da broca-gigante.<\/span><\/div>\n\n\n\n

Fonte: Jos\u00e9 Nilton Medeiros Costa – Engenheiro Agr\u00f4nomo, M. Sc. – Pesquisador Embrapa Rond\u00f4nia – E-mail: jnilton@cpafro.embrapa.br<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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