{"id":2605,"date":"2014-11-26T10:23:03","date_gmt":"2014-11-26T10:23:03","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T19:16:19","modified_gmt":"2021-07-10T22:16:19","slug":"conceitos_de_algumas_praticas_conservacionistas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agropecuario\/conservacao_do_solo\/conceitos_de_algumas_praticas_conservacionistas.html","title":{"rendered":"Conceitos de Algumas Pr\u00e1ticas Conservacionistas"},"content":{"rendered":"\n

Aduba\u00e7\u00e3o mineral<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>\u00c9 o uso de fertilizantes incorporados ao solo, com a finalidade de proporcionar melhor nutri\u00e7\u00e3o \u00e0s culturas.A improbabilidade de o solo fornecer \u00e0s plantas todos os nutrientes necess\u00e1rios para o seu desenvolvimento faz da aduba\u00e7\u00e3o mineral uma atividade essencial para a agricultura. Sempre que poss\u00edvel, o agricultor dever\u00e1 optar pela aduba\u00e7\u00e3o org\u00e2nica. Na impossibilidade desta, a aduba\u00e7\u00e3o mineral dever\u00e1 ser realizada para aumentar a produtividade<\/span>. A aduba\u00e7\u00e3o mineral \u00e9 aquela realizada com adubos extra\u00eddos de rochas, que s\u00e3o recursos naturais n\u00e3o renov\u00e1veis, ou produzidos em ind\u00fastrias qu\u00edmicas, e por isso deve-se ter cautela para n\u00e3o us\u00e1-los em excesso.<\/p>\n\n\n\n

Aduba\u00e7\u00e3o verde<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>\u00c9 o uso de plantas (normalmente leguminosas) para serem incorporadas ao solo, com a finalidade de melhor\u00e1-lo. De acordo com Souza, a aduba\u00e7\u00e3o verde \u00e9 uma t\u00e9cnica agroecol\u00f3gica de produ\u00e7\u00e3o agr\u00edcola diferente das mais conhecidas, como \u00e9 a compostagem que transfere para o sistema de produ\u00e7\u00e3o os adubos mineralizados. \u201cA aduba\u00e7\u00e3o verde consiste em trabalhar com as plantas da fam\u00edlia das leguminosas e coletar dessas plantas folhas verdes, que t\u00eam maior capacidade de captar nitrog\u00eanio e isso favorece o processo de decomposi\u00e7\u00e3o\u201d.<\/p>\n\n\n\n

O adubo verde pode reduzir ou at\u00e9 eliminar o uso de fertilizantes minerais nitrogenados, baixando os custos de produ\u00e7\u00e3o. Para o pesquisador do Inpa, a aduba\u00e7\u00e3o verde \u00e9 uma t\u00e9cnica particularmente importante para a produ\u00e7\u00e3o na \u00e1rea de v\u00e1rzea, porque as leguminosas levam o nitrog\u00eanio ao solo chegando at\u00e9 quadruplicar a produ\u00e7\u00e3o de hortali\u00e7as, como a alface.<\/p>\n\n\n\n

A t\u00e9cnica da aduba\u00e7\u00e3o verde consiste em introduzir, em um sistema de produ\u00e7\u00e3o, a esp\u00e9cie apropriada para depositar sobre o solo ou incorporar sua massa vegetal.<\/p>\n\n\n\n

Os benef\u00edcios da pr\u00e1tica da aduba\u00e7\u00e3o verde relacionam-se diretamente com o ganho de mat\u00e9ria org\u00e2nica no sistema, proporcionando melhoria das propriedades f\u00edsicas, qu\u00edmicas e biol\u00f3gicas do solo (ESP\u00cdNDOLA et al., 1997), estimulando a atividade microbiana e, consequentemente, proporcionando, atrav\u00e9s da concorr\u00eancia, redu\u00e7\u00e3o do potencial de in\u00f3culo de agentes patog\u00eanicos que vivem no solo, como fungos, bact\u00e9rias e nemat\u00f3ides. A introdu\u00e7\u00e3o de cultivos de adubos verdes na propriedade promove, ainda, a quebra do ciclo vegetativo das v\u00e1rias esp\u00e9cies que comp\u00f5em a vegeta\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea, impedindo-as de produzir e lan\u00e7ar sementes e prop\u00e1gulos vegetativos ao solo, ao mesmo tempo em que parte desse material perde sua viabilidade devido ao impedimento \u00e0 sua germina\u00e7\u00e3o e desenvolvimento. Como consequ\u00eancia, obt\u00e9m-se menor infesta\u00e7\u00e3o de plantas concorrentes no plantio da cultura subsequente.<\/p>\n\n\n\n

Altern\u00e2ncia de capina<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>Consiste na pr\u00e1tica de alternar as \u00e9pocas de capinas em ruas ou \u201cleiras\u201d adjacentes, durante o per\u00edodo de chuvas. Realiza-se a capina rua sim, rua n\u00e3o (nas lavouras plantadas em n\u00edvel), sempre pulando uma ou duas ruas e somente ap\u00f3s algum tempo deve-se capin\u00e1-las. Isto permite que sempre uma ou duas ruas, imediatamente abaixo daquelas recentemente capinadas, permane\u00e7am com mato. Isso faz com que a terra transportada das ruas capinadas seja retida pelas ruas com mato.<\/p>\n\n\n\n

Calagem<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>\u00c9 uma pr\u00e1tica agr\u00edcola, relativamente simples, que consiste na aplica\u00e7\u00e3o de calc\u00e1rio no solo, para combater sua acidez e corrigir seu pH, o que acaba por conferir aumento na produtividade das culturas. A calagem \u00e9 considerada uma das pr\u00e1ticas que mais contribui para o aumento da efici\u00eancia dos adubos e, consequentemente, da produtividade e da rentabilidade na agropecu\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

Ceifa do mato<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Cortam-se as plantas daninhas a uma pequena altura da superf\u00edcie do solo, evitando danificar seu sistema radicular. A parte da planta daninha que n\u00e3o \u00e9 cortada torna-se uma vegeta\u00e7\u00e3o protetora de cobertura. Pr\u00e1tica muito usada em fruticultura, onde capinas s\u00e3o substitu\u00eddas por ceifa, permanecendo o sistema radicular que aumenta a resist\u00eancia \u00e0 desagrega\u00e7\u00e3o do solo.<\/p>\n\n\n\n

Cobertura morta<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>\u00c9 uma das pr\u00e1ticas mais simples e ben\u00e9ficas que se pode usar na planta\u00e7\u00e3o. Cobertura morta \u00e9 simplesmente uma camada protetora do material que est\u00e1 espalhado em cima do solo, como recortes de grama, palha, casca de \u00e1rvores e materiais similares. Protege o solo da eros\u00e3o, reduz o impacto das chuvas, conserva a umidade, mant\u00e9m a temperatura e impede o crescimento de plantas daninhas. Tamb\u00e9m pode melhorar a condi\u00e7\u00e3o do solo. Como essas coberturas decomp\u00f5em- se lentamente, fornecem mat\u00e9ria org\u00e2nica, que ajuda a manter a qualidade do solo. Isso melhora o crescimento das ra\u00edzes, aumenta a infiltra\u00e7\u00e3o de \u00e1gua e tamb\u00e9m melhora a capacidade de reten\u00e7\u00e3o de \u00e1gua do solo. A mat\u00e9ria org\u00e2nica \u00e9 uma fonte de nutrientes para as plantas e proporciona um ambiente ideal para as minhocas e outros organismos ben\u00e9ficos ao solo.<\/p>\n\n\n\n

Cobertura vegetal<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>As culturas de cobertura, incluindo os adubos verdes e a manuten\u00e7\u00e3o dos restos culturais na superf\u00edcie do solo, diminuem as varia\u00e7\u00f5es de temperatura do solo, reduzem as perdas por eros\u00e3o, ret\u00eam maior quantidade de \u00e1gua, diminuem a evapora\u00e7\u00e3o e o escoamento superficial, evitam processos erosivos e promovem maiores rendimentos dos cultivos agr\u00edcolas. As principais plantas utilizadas como cobertura do solo s\u00e3o as leguminosas e as gram\u00edneas cultivadas e tamb\u00e9m as plantas nativas<\/span>.<\/p>\n\n\n\n

Controle de pastoreio (pastoreio rotativo)<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>Consiste em retirar o gado de uma pastagem quando as plantas ainda recobrem toda \u00e1rea, de forma a n\u00e3o comprometer a qualidade da vegeta\u00e7\u00e3o e do solo. No pastoreio rotativo, a entrada de animais no pasto ocorre ap\u00f3s longos per\u00edodos de descanso, com o objetivo de maximizar o ac\u00famulo de forragem. Outro argumento consagrado, no sentido da defini\u00e7\u00e3o do per\u00edodo de descanso, diz respeito ao ac\u00famulo de reservas de carboidratos sol\u00faveis nas plantas.<\/p>\n\n\n\n

O pasto \u00e9 uma cultura perene e deve, portanto, ser encarado e manejado como tal, para que sua produ\u00e7\u00e3o, qualidade e longevidade sejam asseguradas. A integra\u00e7\u00e3o lavoura-pecu\u00e1ria \u00e9 um manejo que resgata pr\u00e1ticas tradicionais como a rota\u00e7\u00e3o de culturas e o manejo do gado em piquetes. Por meio de incentivos do governo, essa integra\u00e7\u00e3o vem sendo difundida pela EPAMIG e pela EMBRAPA.<\/p>\n\n\n\n

Corte em talhadia<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>\u00c9 o corte de madeira com regenera\u00e7\u00e3o, por brota\u00e7\u00e3o das cepas das \u00e1rvores. Um sistema de forma\u00e7\u00e3o de povoamentos florestais em que s\u00e3o conduzidas brota\u00e7\u00f5es. Pode ser dividido em tahadia simples e composta:<\/p>\n\n\n\n

Talhadia simples: Sistema de corte raso, com intuito de produ\u00e7\u00e3o de madeira para fins menos nobres. \u00c9 um m\u00e9todo econ\u00f4mico e exige um n\u00famero reduzido de interven\u00e7\u00f5es. O corte \u00e9 simples e a regenera\u00e7\u00e3o \u00e9 f\u00e1cil. Fornece produtos em u menos tempo, antecipando a gera\u00e7\u00e3o de receitas. Por\u00e9m existe uma grande retirada de nutrientes do solo e pouco valor na prote\u00e7\u00e3o do mesmo.<\/p>\n\n\n\n

Talhadia composta: Mistura de \u00e1rvores formadas a partir da brota\u00e7\u00e3o das cepas, crescendo sob um dossel de \u00e1rvores originalmente obtidas pela reprodu\u00e7\u00e3o de alto fuste. \u00c9 um m\u00e9todo que fornece materiais de diferentes tamanhos, suprindo a demanda por lenha, poste, madeira para serralheria, etc. Oferece uma melhor cobertura do solo, uma melhor apar\u00eancia para a floresta e permite o desenvolvimento da fauna local. \u00c9 mais dif\u00edcil de ser aplicado e a colheita \u00e9 mais trabalhosa.<\/p>\n\n\n\n

Cultivo m\u00ednimo<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>O cultivo m\u00ednimo \u00e9 uma forma n\u00e3o convencional de preparo do solo para receber mudas ou sementes de uma determinada cultura. Ela consiste do preparo do solo e plantio ao mesmo tempo, em um menor n\u00famero de opera\u00e7\u00f5es poss\u00edvel. Dessa maneira, h\u00e1 o revolvimento m\u00ednimo do solo.<\/p>\n\n\n\n

Para tanto, h\u00e1 m\u00e1quinas agr\u00edcola espec\u00edficas para efetivar essa t\u00e9cnica. Nelas h\u00e1 um conjunto de implementos que realizam a ara\u00e7\u00e3o, o gradeamento, o sulcamento, a aduba\u00e7\u00e3o e o plantio. Mas, qual a vantagem disso? A menor quantidade de passadas de trator revolve menos o solo, desfazendo, em menor propor\u00e7\u00e3o, a estrutura do mesmo e mantendo-o coberto pelos res\u00edduos da cultura que antes estava instalada na \u00e1rea. Em adi\u00e7\u00e3o, reduzindo o n\u00famero de vezes que o trator precisa entrar na \u00e1rea que ser\u00e1 realizado o plantio, h\u00e1 economia de combust\u00edvel.<\/p>\n\n\n\n

Essa t\u00e9cnica tamb\u00e9m contempla o preparo do solo apenas na linha de plantio. Desse modo, s\u00f3 as linhas em que haver\u00e1 o plantio ter\u00e3o o solo revolvido. As demais partes do terreno, isto \u00e9, as entrelinhas, permanecer\u00e3o com o solo sem a passagem de m\u00e1quinas e implementos o que favorece a manuten\u00e7\u00e3o das caracter\u00edsticas do solo como, por exemplo, a estrutura, que s\u00e3o fundamentais para o favorecimento da infiltra\u00e7\u00e3o de \u00e1gua que, por sua vez, diminuir\u00e1 a a\u00e7\u00e3o de processos erosivos.<\/p>\n\n\n\n

O cultivo m\u00ednimo \u00e9 indicado para solos n\u00e3o compactados, sem necessidade de calagem, de fosfatagem ou de gessagem, ou que n\u00e3o hajam incid\u00eancias de pragas ou \u00e1reas com, sujeitas \u00e0 eros\u00e3o. O objetivo do cultivo m\u00ednimo \u00e9 reduzir o n\u00famero de opera\u00e7\u00f5es agr\u00edcolas necess\u00e1rias ao preparo do solo que antecede uma semeadura.<\/p>\n\n\n\n

Enleiramento em n\u00edvel<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>Pr\u00e1tica utilizada no desbravamento (mato, capoeira) de uma gleba, dispondo os res\u00edduos em linha de n\u00edvel.<\/p>\n\n\n\n

Escarifica\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>Opera\u00e7\u00e3o utilizada no sistema de cultivo m\u00ednimo, que consiste em romper a camada superficial do solo, de 15 cm a 30 cm, com o uso de implementos de haste, denominados escarificadores, possibilitando a movimenta\u00e7\u00e3o do solo sem a invers\u00e3o da leiva e mantendo grande parte dos res\u00edduos vegetais na superf\u00edcie que protege o solo da eros\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Manejo sustentado<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>\u00c9 toda explora\u00e7\u00e3o florestal que objetiva a manuten\u00e7\u00e3o do estoque e as retiradas peri\u00f3dicas do incremento. O termo manejo sustentado tamb\u00e9m aplica-se ao solo, onde se constitui de pr\u00e1ticas simples e indispens\u00e1veis ao bom desenvolvimento das culturas e compreende um conjunto de t\u00e9cnicas que, utilizadas racionalmente, proporcionam alta produtividade mas, se mal utilizadas, podem levar \u00e0 destrui\u00e7\u00e3o dos solos a curto prazo, podendo chegar \u00e0 desertifica\u00e7\u00e3o de \u00e1reas extensas.<\/p>\n\n\n\n

Os objetivos de uma agricultura sustent\u00e1vel s\u00e3o o desenvolvimento de sistemas agr\u00edcolas que sejam produtivos, conservem os recursos naturais, protejam o ambiente e melhorem as condi\u00e7\u00f5es de sa\u00fade e seguran\u00e7a a longo prazo. Neste sentido, as pr\u00e1ticas culturais e de manejo, como a rota\u00e7\u00e3o de culturas, o plantio direto, e o manejo do solo conservacionista, s\u00e3o muito aceit\u00e1veis, pois, al\u00e9m de controlarem a eros\u00e3o do solo e as perdas de nutrientes, mant\u00eam e\/ou melhoram a produtividade do solo. <\/p>\n\n\n\n

Plantio de convers\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>\u00c9 o plantio de esp\u00e9cies nativas nobres, sob cobertura em capoeira adulta ou mata secund\u00e1ria, com a t\u00e9cnica da elimina\u00e7\u00e3o gradual da vegeta\u00e7\u00e3o matricial.<\/p>\n\n\n\n

Plantio direto<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>O plantio direto \u00e9 uma t\u00e9cnica de cultivo conservacionista em que o plantio \u00e9 efetuado sem as etapas do preparo convencional da ara\u00e7\u00e3o e da gradagem. Nessa t\u00e9cnica, \u00e9 necess\u00e1rio manter o solo sempre coberto por plantas em desenvolvimento e por res\u00edduos vegetais. Essa cobertura tem por finalidade proteger o solo do impacto direto das gotas de chuva, do escorrimento superficial e das eros\u00f5es h\u00eddrica e e\u00f3lica. O plantio direto pode ser considerado como uma modalidade do cultivo m\u00ednimo, visto que o preparo do solo limita-se ao sulco de semeadura, procedendo-se \u00e0 semeadura, \u00e0 aduba\u00e7\u00e3o e, eventualmente, \u00e0 aplica\u00e7\u00e3o de herbicidas em uma \u00fanica opera\u00e7\u00e3o.O plantio direto, definido como o processo de semeadura em solo n\u00e3o revolvido, no qual a semente \u00e9 colocada em sulcos ou covas, com largura e profundidade suficientes para a adequada cobertura e contato das sementes com a terra.<\/p>\n\n\n\n

Plantio em faixa de reten\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>\u00c9 a pr\u00e1tica que utiliza uma faixa de cultura permanente de largura espec\u00edfica e nivelada, entre faixas de rota\u00e7\u00e3o. S\u00e3o espa\u00e7os deixados em uma planta\u00e7\u00e3o para serem ocupados por um outro tipo de planta, para que a \u00e1gua da chuva n\u00e3o leve as plantas. Utiliza-se o cultivo de plantas densas, com largura variando de 2 a 3 metros, colocadas no terreno em n\u00edvel, de modo \u00e0 prender a terra que a \u00e1gua da chuva arrasta. Essas faixas podem ser cana de a\u00e7\u00facar, capim lim\u00e3o, mucuna, etc.<\/p>\n\n\n\n

Plantio em faixas de rota\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>A cultura em faixas consiste no cultivo de duas ou mais esp\u00e9cies em faixas alternadas, localizadas em bandas cont\u00edguas de largura vari\u00e1vel ou em diferentes camadas (culturas secund\u00e1rias), na mesma parcela e na mesma \u00e9poca de cultivo. A cultura em faixas alternadas promove, assim, uma intera\u00e7\u00e3o favor\u00e1vel entre diversas plantas ou variedades. Essa pr\u00e1tica tem efeitos ben\u00e9ficos na porosidade e na biodiversidade do solo, promove os ciclos de nutrientes e aumenta os rendimentos.<\/p>\n\n\n\n

Plantio de enriquecimento<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>\u00c9 o plantio com esp\u00e9cies desej\u00e1veis, nas florestas naturais, acompanhado da remo\u00e7\u00e3o de trepadeiras, arbustos e \u00e1rvores indesej\u00e1veis.<\/p>\n\n\n\n

Plantio em n\u00edvel<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>O plantio em curvas de n\u00edvel consiste na produ\u00e7\u00e3o ordenada por meio de linhas com diferentes altitudes do terreno. Essa t\u00e9cnica \u00e9 essencial para \u00e1reas \u00edngremes. O processo ajuda a conservar o solo contra eros\u00f5es e contribui com o escoamento da \u00e1gua da chuva, fazendo com que ela se infiltre mais facilmente na terra e evite os deslizamentos.<\/p>\n\n\n\n

Esse sistema ajuda a reter elementos sol\u00faveis do solo e permite o aumento da produ\u00e7\u00e3o. Dependendo do tipo de inclina\u00e7\u00e3o do terreno, os degraus podem ser largos ou estreitos. As curvas de n\u00edvel ficam ordenadas perpendicularmente \u00e0 inclina\u00e7\u00e3o da encosta e ajudam a conservar os nutrientes do solo, imprescind\u00edveis para o sucesso da planta\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, equilibra a velocidade da \u00e1gua da chuva, evitando que o cultivo perca tamb\u00e9m os minerais.<\/p>\n\n\n\n

Ressemeio<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>Pr\u00e1tica usada em pastagem para repovoar as \u00e1reas descobertas, protegendo o solo da eros\u00e3o por impacto.<\/p>\n\n\n\n

Rompimento de compacta\u00e7\u00e3o subsuperficial<\/strong><\/p>\n\n\n\n

\u00c9 a quebra de camada profunda adensada (p\u00e9 de arado ou de grade), com a finalidade de aumentar a permeabilidade do solo.<\/p>\n\n\n\n

Sulcos em n\u00edvel<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>\u00c9 o uso de pequenos canais nivelados, que tem a finalidade de diminuir o escoamento superficial, aumentando a infiltra\u00e7\u00e3o.\u00c9 uma pr\u00e1tica indicada, principalmente, para \u00e1reas de pastagens. S\u00e3o equivalentes a um terra\u00e7o de dimens\u00f5es reduzidas, constru\u00eddos em linhas de n\u00edvel, com arados revers\u00edveis, de aiveca ou de disco, tombando a terra sempre para o lado de baixo. A grande vantagem dos sulcos e camalh\u00f5es \u00e9 a melhor distribui\u00e7\u00e3o e reten\u00e7\u00e3o das \u00e1guas das chuvas. Em consequ\u00eancia da melhor conserva\u00e7\u00e3o da \u00e1gua, a vegeta\u00e7\u00e3o torna-se mais densa e mais vigorosa nas proximidades dos sulcos e dos camalh\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Uso de bariqueta individual<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>\u00c9 a pr\u00e1tica usada em fruticultura, protegendo a \u00e1rea de solo de cada \u00e1rvore com um pequeno patamar. S\u00e3o bancos constru\u00eddos individualmente para cada planta, onde a movimenta\u00e7\u00e3o de terra se d\u00e1 apenas no local que se vai cultivar, indicados para culturas perenes.<\/p>\n\n\n\n

Uso de cord\u00e3o (pedra ou vegetal)<\/strong><\/p>\n\n\n\n

\u00c9 o uso de linhas niveladas de obst\u00e1culos, com a finalidade de diminuir a velocidade do escorrimento superficial.<\/p>\n\n\n\n

Uso do esterco<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>\u00c9 o uso de dejetos animais, incorporados ao solo, com a finalidade de melhor\u00e1-lo.<\/p>\n\n\n\n

Uso do patamar (pedra ou vegetal)<\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>\u00c9 a pr\u00e1tica que objetiva formar patamares, com a finalidade de reduzir a declividade e o escoamento superficial. Consistem em plataformas constru\u00eddas em terrenos de grande inclina\u00e7\u00e3o, formando degraus. No patamar, deve ser plantada a cultura e o talude deve ser recoberto com vegeta\u00e7\u00e3o rasteira, desde que n\u00e3o seja invasora, para manter sua estabilidade. Em solos pouco perme\u00e1veis esse tipo de pr\u00e1tica n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u00c9 constru\u00eddo manualmente ou com trator de esteira equipado com l\u00e2mina frontal.<\/p>\n\n\n\n

RAIJ, B. van et al. (Ed.). Recomenda\u00e7\u00f5es de aduba\u00e7\u00e3o e calagem para o Estado de S\u00e3o Paulo. 2.ed. Campinas: Instituto Agron\u00f4mico, 1996. (IAC. Boletim T\u00e9cnico, 100).<\/em>\n<\/em><\/p>\n\n\n\n

Empresa de Pesquisa Agropecu\u00e1ria de Minas Gerais \u2013 EPAMIG. Departamento de Pesquisa – Dep<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Alguns conceitos. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1554],"tags":[545,854,1352,120,729],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2605"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2605"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2605\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":3618,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2605\/revisions\/3618"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2605"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2605"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2605"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}