{"id":2584,"date":"2014-11-17T21:06:39","date_gmt":"2014-11-17T21:06:39","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T19:16:22","modified_gmt":"2021-07-10T22:16:22","slug":"tipos_de_agricultura","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agropecuario\/agricultura_organica\/tipos_de_agricultura.html","title":{"rendered":"Tipos de Agricultura"},"content":{"rendered":"\n
\"q\"\/<\/figure>\n\n\n\n

A seguir s\u00e3o apresentados os tipos de agricultura:<\/p>\n\n\n\n

Agricultura natural<\/strong> <\/span>– Outra corrente importante do movimento org\u00e2nico \u00e9 a agricultura natural. Em meados da d\u00e9cada de 1930, o fil\u00f3sofo japon\u00eas Mokiti Okada fundava uma religi\u00e3o baseada no princ\u00edpio da purifica\u00e7\u00e3o, hoje Igreja Messi\u00e2nica, que tinha como um de seus alicerces a chamada agricultura natural.<\/p>\n\n\n\n

O princ\u00edpio da Agricultura Natural \u00e9 o de que as atividades agr\u00edcolas devem potencializar os processos naturais, evitando perdas de energia no sistema. Suas ideias foram refor\u00e7adas e difundidas internacionalmente pelas pesquisas de Masanobu Fukuoka, que defendia a ideia de artificializar o menos poss\u00edvel a produ\u00e7\u00e3o, mantendo o sistema agr\u00edcola o mais pr\u00f3ximo poss\u00edvel dos sistemas naturais.<\/p>\n\n\n\n

Algumas particularidades diferenciam a agricultura natural dos outros modelos. A primeira delas diz respeito ao uso de microrganismos eficientes ou effective microrganisms, conhecidos como EM. Esses microrganismos s\u00e3o utilizados como inoculantes para o solo, planta e composto. Outra particularidade \u00e9 a n\u00e3o utiliza\u00e7\u00e3o de dejetos animais nos compostos. Argumenta-se que os dejetos animais aumentam o n\u00edvel de nitratos na \u00e1gua pot\u00e1vel, atraem insetos e proliferam parasitas.<\/p>\n\n\n\n

Agricultura biol\u00f3gica<\/strong> <\/span>– Desenvolvida no in\u00edcio dos anos 30, pelo biologista e homem pol\u00edtico Dr. Hans M\u00fcller, trabalhou na Su\u00ed\u00e7a em estudos sobre fertilidade de solo e microbiologia, nascendo a agricultura organo – biol\u00f3gica, mais tarde conhecida como agricultura biol\u00f3gica.  A agricultura biol\u00f3gica<\/strong> d<\/strong>estaca-se pelo Controle Biol\u00f3gico e pelo Manejo Integrado de pragas e doen\u00e7as<\/strong>. Essas ideias se concretizaram muitos anos mais tarde, por volta da d\u00e9cada de 1960, quando o m\u00e9dico austr\u00edaco Hans Peter Rusch difundiu este m\u00e9todo.<\/p>\n\n\n\n

Nessa \u00e9poca, as preocupa\u00e7\u00f5es da corrente de agricultura biol\u00f3gica vinham de encontro \u00e0s do movimento ecol\u00f3gico, ou seja, prote\u00e7\u00e3o do meio ambiente, qualidade biol\u00f3gica dos alimentos e desenvolvimento de fontes de energia renov\u00e1veis.<\/p>\n\n\n\n

Segundo Rusch, o mais importante era a integra\u00e7\u00e3o das unidades de produ\u00e7\u00e3o com o conjunto das atividades socioecon\u00f4micas regionais. Esse movimento fez numerosos adeptos, destacadamente, na Fran\u00e7a (Funda\u00e7\u00e3o Nature & Progr\u00e8s), na Alemanha (Associa\u00e7\u00e3o Bioland) e na Su\u00ed\u00e7a (Cooperativas M\u00fcller).<\/p>\n\n\n\n

Os princ\u00edpios da agricultura biol\u00f3gica foram introduzidos na Fran\u00e7a, ap\u00f3s a segunda guerra mundial, pelos consumidores e m\u00e9dicos inquietos com os efeitos dos alimentos sobre a sa\u00fade humana. A partir da d\u00e9cada de 1960 at\u00e9 os dias atuais, o desenvolvimento da agricultura biol\u00f3gica ocorreu em v\u00e1rias etapas ligadas aos contextos socioecon\u00f4micos e aos movimentos de ideias das \u00e9pocas correspondentes. Foi no in\u00edcio dos anos 60 que o agr\u00f4nomo Jean Boucher e o m\u00e9dico Raoul Lemaire deram uma conota\u00e7\u00e3o comercial muito forte ao movimento, criando o \u201cm\u00e9todo Lemaire-Boucher\u201d, que preconizava, entre outras coisas, a utiliza\u00e7\u00e3o de subst\u00e2ncias de origem marinha, que era comercializada pela sociedade formada entre ambos.<\/p>\n\n\n\n

Destacam-se dentro do movimento da agricultura biol\u00f3gica, dois pesquisadores franceses, como Claude Aubert, que publicou L\u2019Agriculture Biologique ou \u201cA Agricultura Biol\u00f3gica\u201d, em que destaca a import\u00e2ncia de manter a sa\u00fade dos solos para melhorar a sa\u00fade das plantas (qualidade biol\u00f3gica do alimento) e, em consequ\u00eancia, melhorar a sa\u00fade do homem. O segundo personagem importante \u00e9 Francis Chaboussou, que publicou em 1980, Les plantes malades des pesticides, traduzido para o portugu\u00eas como \u201cPlantas doentes pelo uso de agrot\u00f3xicos: A teoria da trofobiose\u201d. Sua obra mostra que uma planta em bom estado nutricional torna-se mais resistente ao ataque de pragas e doen\u00e7as. Outro ponto que o autor destaca \u00e9 que o uso de agrot\u00f3xicos causa um desequil\u00edbrio nutricional e metab\u00f3lico \u00e0 planta, deixando-a mais vulner\u00e1vel e causando altera\u00e7\u00f5es na qualidade biol\u00f3gica do alimento.<\/p>\n\n\n\n

Permacultura<\/strong> <\/span>– pode ser definida como uma agricultura integrada com o ambiente, que envolve plantas semi-permanentes e permanentes, incluindo a atividade produtiva dos animais. Ela se diferencia das demais atividades produtivas porque no planejamento leva-se em conta os aspectos paisag\u00edsticos e energ\u00e9ticos. Foi desenvolvida na Austr\u00e1lia, utilizando as ideias da agricultura natural, sendo trabalhadas por Dr. Bill Mollison e deram origem a um novo m\u00e9todo conhecido como permacultura que significa um sistema evolutivo integrado de esp\u00e9cies vegetais e animais perenes (de onde vem o nome) ou autoperpetuantes \u00fateis ao homem.<\/p>\n\n\n\n

Agricultura biodin\u00e2mica<\/strong> <\/span>– esta agricultura se desenvolve em rela\u00e7\u00e3o aos princ\u00edpios filos\u00f3ficos do humanista cient\u00edfico Rudolph Steiner (d\u00e9cada de 30). Ele julga poss\u00edvel praticar uma agricultura que tem como princ\u00edpio integrar os recursos naturais da agricultura em conex\u00e3o com as for\u00e7as c\u00f3smicas e suas diversas formas de valores espirituais e \u00e9ticos, para chegar a ter uma aproxima\u00e7\u00e3o mais compreens\u00edvel das rela\u00e7\u00f5es: agricultura e estilos de vida.<\/p>\n\n\n\n

A agricultura biodin\u00e2mica possui uma base comum com as demais formas de produ\u00e7\u00e3o org\u00e2nica no que diz respeito a diversifica\u00e7\u00e3o e integra\u00e7\u00e3o das explora\u00e7\u00f5es vegetais, animais e florestais; adota esquemas de reciclagem de res\u00edduos vegetais e animais, via compostagem, e o uso de nutrientes de baixa solubilidade e concentra\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

A diferen\u00e7a da agricultura biodin\u00e2mica das demais correntes org\u00e2nicas \u00e9 basicamente em dois pontos. O primeiro \u00e9 o uso de preparados biodin\u00e2micos, que s\u00e3o subst\u00e2ncias de origem mineral, vegetal e animal, altamente dilu\u00eddas, que potencializam for\u00e7as naturais para vitalizar e estimular o crescimento das plantas ao serem aplicados no solo e sobre os vegetais. O segundo princ\u00edpio \u00e9 efetuar as opera\u00e7\u00f5es agr\u00edcolas (plantio, poda, raleio e outros tratos culturais e colheita) de acordo com o calend\u00e1rio astral, com observa\u00e7\u00f5es da posi\u00e7\u00e3o da lua e posi\u00e7\u00e3o dos planetas em rela\u00e7\u00e3o as constela\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Agricultura org\u00e2nica<\/strong> <\/span>\u2013 O ingl\u00eas Sir Albert Howard deu in\u00edcio a partir de 1920 a uma das mais difundidas correntes do movimento org\u00e2nico, a agricultura org\u00e2nica. Sir Howard trabalhou com pesquisas na \u00cdndia, durante aproximadamente 40 anos, procurando demonstrar a rela\u00e7\u00e3o da sa\u00fade e da resist\u00eancia humana \u00e0s doen\u00e7as com a estrutura org\u00e2nica do solo, publicando obras relevantes entre 1935 e 1940 e, por isso, \u00e9 considerado o fundador da agricultura org\u00e2nica.<\/p>\n\n\n\n

Um dos princ\u00edpios b\u00e1sicos defendidos por Howard era o n\u00e3o uso de adubos artificiais e, particularmente, de adubos qu\u00edmicos minerais. Em suas obras destacava a import\u00e2ncia do uso da mat\u00e9ria org\u00e2nica na melhoria da fertilidade e vida do solo.<\/p>\n\n\n\n

Agricultura atual ou convencional <\/strong>– A agricultura convencional \u00e9 descrita como o conjunto de t\u00e9cnicas produtivas que surgiram em meados do s\u00e9culo 19, conhecida como a 2\u00aa revolu\u00e7\u00e3o agr\u00edcola, que teve como suporte o lan\u00e7amento dos fertilizantes qu\u00edmicos por Liebig. Este sistema expandiu-se ap\u00f3s as grandes guerras, com o emprego de sementes manipuladas geneticamente para o aumento da produtividade, associado ao emprego de agroqu\u00edmicos (agrot\u00f3xicos e fertilizantes) e da maquinaria agr\u00edcola. O agricultor \u00e9 dependente por tecnologias\/recursos\/capital do setor industrial, que devido seu fluxo unidirecional leva \u00e0 degrada\u00e7\u00e3o do ambiente e \u00e0 descapitaliza\u00e7\u00e3o, criando uma situa\u00e7\u00e3o insustent\u00e1vel \u00e0 longo prazo.<\/p>\n\n\n\n

Fontes:
\nPenteado, Silvio Roberto. Agricultura org\u00e2nica \/ Silvio Roberto Penteado. – – Piracicaba: ESALQ – Divis\u00e3o de Biblioteca e Documenta\u00e7\u00e3o, 2001. 41 p. (S\u00e9rie Produtor Rural, Edi\u00e7\u00e3o Especial). 1. Agricultura alternativa 2. Agricultura org\u00e2nica I. Esco<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O Brasil \u00e9 um dos maiores produtores de alimentos de todo o mundo. Por suas dimens\u00f5es continentais e climas variados, o pa\u00eds consegue produzir uma quantidade elevada de alimentos, com destaque para produtos como a soja, o milho, caf\u00e9, trigo, dentre outros, onde al\u00e9m das culturas, os m\u00e9todos de produ\u00e7\u00e3o ou desenvolvimento da agricultura, tamb\u00e9m variam. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":2585,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1552],"tags":[21,1346,1345,640,1239,1135,1238],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2584"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2584"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2584\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":3624,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2584\/revisions\/3624"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/2585"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2584"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2584"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2584"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}