{"id":2578,"date":"2009-04-07T15:27:45","date_gmt":"2009-04-07T15:27:45","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:01:43","modified_gmt":"2021-07-10T23:01:43","slug":"introducao_a_fitoterapia","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agropecuario\/artigo_agropecuario\/introducao_a_fitoterapia.html","title":{"rendered":"Introdu\u00e7\u00e3o \u00e0 Fitoterapia"},"content":{"rendered":"\n
O uso de plantas medicinais pelas popula\u00e7\u00f5es tradicionais, como rem\u00e9dios caseiros e alimentos \u00e9 uma pr\u00e1tica que vem se mantendo em evid\u00eancia pelos valiosos ensinamentos propagados por todas as nossas gera\u00e7\u00f5es passadas (bisav\u00f3s, av\u00f3s, pais, tios…), garantindo assim, a base milenar do uso de plantas medicinais no tratamento das doen\u00e7as.<\/p>\n\n\n\n
Manter a sa\u00fade em bom estado \u00e9 preocupa\u00e7\u00e3o tanto coletiva como individual. Portanto, a situa\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica e sanit\u00e1ria adequada, ainda hoje n\u00e3o oferecida a todos, faz com que busquemos alternativas para alimenta\u00e7\u00e3o e rem\u00e9dios.<\/p>\n\n\n\n A facilidade na obten\u00e7\u00e3o das plantas, o baixo custo, a efici\u00eancia na preven\u00e7\u00e3o e no tratamento de doen\u00e7as s\u00e3o fatores que contribuem para o uso freq\u00fcente das mesmas, fortalecendo a medicina popular e aumentando a procura por produtos fitoter\u00e1picos, tornando-se uma alternativa vi\u00e1vel na sa\u00fade p\u00fablica, al\u00e9m de proporcionar melhoria na qualidade de vida.<\/p>\n\n\n\n As vantagens conseguidas no tratamento com plantas medicinais s\u00e3o ineg\u00e1veis. A excelente rela\u00e7\u00e3o custo\/benef\u00edcio (a\u00e7\u00e3o biol\u00f3gica eficaz com baixa toxicidade e efeitos colaterais), deve ser aproveitada, uma vez que a natureza oferece gratuitamente a cura para as doen\u00e7as. Sua forma de a\u00e7\u00e3o \u00e9 um efeito somat\u00f3rio ou potencializador de diversas subst\u00e2ncias de a\u00e7\u00e3o biol\u00f3gica suave e em baixa posologia, resultando num efeito farmacol\u00f3gico identific\u00e1vel. Por outro lado, o argumento que muitos autores usam para condenar o uso de plantas medicinais \u00e9 que muitos princ\u00edpios ativos aumentam o risco de toxicidade ou alergia, apesar desses efeitos n\u00e3o terem sido comprovados com os testes j\u00e1 realizados. O uso de plantas medicinais para tratamento de doen\u00e7as passou a ser oficialmente reconhecido pela Organiza\u00e7\u00e3o Mundial da Sa\u00fade.<\/p>\n\n\n\n Formas de Rem\u00e9dios feitos com Plantas Medicinais<\/strong><\/p>\n\n\n\n Infus\u00e3o:<\/strong> tipo de ch\u00e1 em que \u00e9 despejado \u00e1gua fervente sobre a(s) parte(s) da planta a ser(em) usada(s). Abafa-se por aproximadamente 20 minutos, coa e bebe-se. Esse tipo de preparo \u00e9 feito para plantas arom\u00e1ticas (com cheiro ativo).<\/p>\n\n\n\n Tisana:<\/strong> tipo de ch\u00e1 em que depois da \u00e1gua estar fervendo coloca-se a parte da planta a ser utilizada. Abafa e deixa ferver por mais 3 minutos, desliga e deixa abafado at\u00e9 esfriar. Coa e bebe-se. Esse tipo de preparo \u00e9 empregado para plantas sem cheiro.<\/p>\n\n\n\n Macera\u00e7\u00e3o:<\/strong> tipo de ch\u00e1 em que se coloca a parte da planta a ser usada de molho na \u00e1gua fria por aproximadamente 12 horas (folhas e flores) e 24 horas (cascas e ra\u00edzes). Ap\u00f3s o molho coar e beber.<\/p>\n\n\n\n Decoc\u00e7\u00e3o<\/strong>: tipo de ch\u00e1 em que se coloca a parte da planta em \u00e1gua fria, depois leva-se ao fogo brando. Deixa ferver por 15 minutos tampado. Deixar abafado at\u00e9 esfriar, coar e beber.<\/p>\n\n\n\n Xaropes:<\/strong> levar ao fogo 2 x\u00edcaras de a\u00e7\u00facar para 1 x\u00edcara de \u00e1gua. Deixar ferver at\u00e9 derreter o a\u00e7\u00facar, mexendo sempre para n\u00e3o embolar, depois acrescentar 1 x\u00edcara da tintura da planta. Deixar esfriar, guardar em recipiente com tampa e usar (no lugar da calda de a\u00e7\u00facar pode-se usar mel).<\/p>\n\n\n\n Suco ou sumo:<\/strong> \u00e9 feito de plantas frescas, socando, espremendo ou triturando com um pouco de \u00e1gua. Coa-se e toma-se a dose recomendada.<\/p>\n\n\n\n Tinturas:<\/strong> s\u00e3o preparadas com plantas mais \u00e1gua destilada e \u00e1lcool de cereais. Deixar de molho por 7 dias, balan\u00e7ando 2 vezes ao dia. Depois coar e beber em gotas ou passar no local afetado.<\/p>\n\n\n\n Cataplasma:<\/strong> preparar o ch\u00e1 por infus\u00e3o ou decoc\u00e7\u00e3o. Ainda quente colocar farinha at\u00e9 ficar papa. Colocar sobre pano limpo, observar se n\u00e3o est\u00e1 muito quente e aplicar no local afetado.<\/p>\n\n\n\n Ung\u00fcento:<\/strong> retirar o sumo da planta fresca, misturar com gordura vegetal ou animal. Aquecer no fogo brando at\u00e9 derreter, pode-se acrescentar um pouco de mel ou calda de a\u00e7\u00facar para engrossar.<\/p>\n\n\n\n \u00d3leo:<\/strong> preparado com a tintura da planta e um \u00f3leo (girassol, algod\u00e3o, copa\u00edba, soja, etc.) ou azeite (andiroba, pracaxi, etc.).<\/p>\n\n\n\n Banhos:<\/strong> pode ser quente ou frio. Pode ser no corpo inteiro, apenas no tronco ou s\u00f3 de cabe\u00e7a. Prepara-se o cozimento das plantas, coa-se e mistura-se com a \u00e1gua a ser usada no banho.<\/p>\n\n\n\n Asseios:<\/strong> preparar o ch\u00e1 da planta, esperar esfriar, coar e fazer o asseio.<\/p>\n\n\n\n Inala\u00e7\u00e3o:<\/strong> colocar a planta numa vasilha tampada com \u00e1gua. Levar ao fogo brando e quando levantar a fervura, deixar ferver por 3 minutos. Apagar o fogo, destampar a vasilha, cobrir com uma toalha de pano e colocar o rosto acima, na altura de 2 palmos. Cheirar o vapor por aproximadamente 10 minutos.<\/p>\n\n\n\n Nos \u00faltimos anos, os rem\u00e9dios a base de extratos vegetais passaram por uma revolu\u00e7\u00e3o tecnol\u00f3gica que se estende da engenharia gen\u00e9tica \u00e0 biologia molecular e \u00e0 bioqu\u00edmica, utilizando os mais avan\u00e7ados recursos sem deixar de lado os conhecimentos medicinais tradicionais. Esse avan\u00e7o, que ocorre em ritmo acelerado e \u00e9 acompanhado de perto pelas grandes ind\u00fastrias farmac\u00eauticas, tem uma justificativa: o mercado mundial de fitoter\u00e1picos j\u00e1 movimenta anualmente cerca de US$ 22 bilh\u00f5es, aumentando sua comercializa\u00e7\u00e3o em m\u00e9dia 20%. Dois fatores explicam esse crescimento: o primeiro \u00e9 o desejo da popula\u00e7\u00e3o de encontrar uma alternativa aos medicamentos sint\u00e9ticos, em geral carregados de efeitos colaterais; o segundo, \u00e9 o respaldo que a ci\u00eancia est\u00e1 oferecendo \u00e0s drogas a base de ervas, a constata\u00e7\u00e3o de que a medicina popular de fato tem fundamento.<\/p>\n\n\n\n A mudan\u00e7a tamb\u00e9m tem reflexos no Pa\u00eds, apesar de ser em propor\u00e7\u00f5es menores – contra-senso, levando-se em conta a extens\u00e3o da flora brasileira. O Brasil abriga aproximadamente 22% das esp\u00e9cies vegetais do planeta, mas s\u00f3 agora os estudos sobre este gigantesco universo come\u00e7aram, de fato, a ganhar espa\u00e7o e est\u00e3o surgindo iniciativas para incentivar o desenvolvimento cient\u00edfico nessa \u00e1rea. Recentemente, o Minist\u00e9rio da Ci\u00eancia e Tecnologia, por meio de sua ag\u00eancia de fomento, o CNPq, anunciou o financiamento no valor de R$ 2,5 milh\u00f5es para pesquisas com fitoter\u00e1picos e uma das exig\u00eancias, in\u00e9dita nesse campo, \u00e9 que os projetos sejam fruto de parcerias entre institui\u00e7\u00f5es de pesquisa, universidades e empresas do setor privado. A expectativa \u00e9 que a soma destes esfor\u00e7os estimule pesquisas e traga um forte impulso \u00e0 oferta no mercado, contribuindo para o tratamento de in\u00fameras doen\u00e7as, especialmente tropicais.<\/p>\n\n\n\n No Brasil, a Ag\u00eancia Nacional de Vigil\u00e2ncia Sanit\u00e1ria (Anvisa), do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, \u00e9 respons\u00e1vel pelas normas e crit\u00e9rios sobre fitoter\u00e1picos e tem em seus arquivos informa\u00e7\u00f5es sobre aproximadamente 800 a 1.000 medicamentos, alguns com mais de cem anos. Os registros seguem os mesmos crit\u00e9rios recomendados pela OMS (Organiza\u00e7\u00e3o Mundial da Sa\u00fade) para rem\u00e9dios sint\u00e9ticos. Os estudos de verifica\u00e7\u00e3o do grau de toxicologia e as etapas cl\u00ednicas s\u00e3o exatamente iguais: testes de laborat\u00f3rio com animais e, numa fase posterior, experimenta\u00e7\u00e3o em humanos. Afinal, \u00e9 preciso acabar com a cren\u00e7a de que rem\u00e9dio natural pode n\u00e3o fazer bem, mas mal n\u00e3o faz. Pois muitas plantas, utilizadas de forma desorientada podem causar efeitos inesperados, como malforma\u00e7\u00f5es fetais, abortos, alucina\u00e7\u00f5es e outros sintomas indesejados.<\/p>\n\n\n\n Reda\u00e7\u00e3o Ambiente Brasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" A facilidade na obten\u00e7\u00e3o das plantas, o baixo custo, a efici\u00eancia na preven\u00e7\u00e3o e no tratamento de doen\u00e7as s\u00e3o fatores que contribuem para o uso freq\u00fcente das mesmas, fortalecendo a medicina popular e aumentando a procura por produtos fitoter\u00e1picos, tornando-se uma alternativa vi\u00e1vel na sa\u00fade p\u00fablica, al\u00e9m de proporcionar melhoria na qualidade de vida. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":2579,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1551],"tags":[1215,1214],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2578"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2578"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2578\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":4231,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2578\/revisions\/4231"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/2579"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2578"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2578"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2578"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}<\/figure>\n\n\n\n
<\/figure>\n\n\n\n