{"id":2572,"date":"2009-04-07T11:50:11","date_gmt":"2009-04-07T11:50:11","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:01:46","modified_gmt":"2021-07-10T23:01:46","slug":"cupins_-_danos_a_agricultura","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agropecuario\/artigo_agropecuario\/cupins_-_danos_a_agricultura.html","title":{"rendered":"Cupins – Danos a agricultura"},"content":{"rendered":"\n

Descri\u00e7\u00e3o e biologia – os cupins s\u00e3o insetos sociais organizados em castas, com fun\u00e7\u00f5es definidas. Os oper\u00e1rios fazem a limpeza e quase todo o trabalho do cupinzeiro. Os soldados s\u00e3o respons\u00e1veis pela defesa f\u00edsica ou qu\u00edmica (toxinas ou subst\u00e2ncias pegajosas). Os reprodutores, rei e rainha, podem viver alguns anos e apresentam grande fecundidade.<\/p>\n\n\n\n

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O cupim-de-monte (Cornitermes cumulans), \u00e9 a esp\u00e9cie mais conhecida em lavouras e em pastagens no Brasil, construindo montes t\u00edpicos, de contornos arredondados e textura r\u00edgida. Em lavouras sob PD, esse cupim tornou-se praga em lavouras extensivas. Nas regi\u00f5es de terras baixas do sul do Brasil, ocorrem montes, semelhantes aos de cupinzeiros, constru\u00eddos por formigas do g\u00eanero Camponotus (Loeck et al. 1993). A formiga-cupim pode infestar grandes \u00e1reas com alta densidade, causando transtorno semelhante aos dos verdadeiros cupins. O ninho se diferencia por apresentar estrutura menos r\u00edgida e pela presen\u00e7a de plantas ao redor e sobre o monte. As formigas pretas, ardideiras, tamb\u00e9m constroem montes de terra solta e causam problemas na colheita, por causa da terra no mecanismo de transporte de gr\u00e3os da colhedora.<\/p>\n\n\n\n

Os cupins subterr\u00e2neos, Heterotermes sp. e Procornitermes striatus, constroem longas galerias no solo. Pouco se conhece sobre o ninho e sobre a biologia desse grupo. Movimentam-se a longas dist\u00e2ncias e profundidades vari\u00e1veis no perfil do solo, de acordo com as condi\u00e7\u00f5es favor\u00e1veis de teores de \u00e1gua, de temperatura e de alimento.<\/p>\n\n\n\n

A forma\u00e7\u00e3o de novas col\u00f4nias ocorre por brotamento, sociotomia e revoada ou enxameamento. A revoada ocorre no per\u00edodo situado entre agosto e dezembro. No solo, um rei e uma rainha juntam-se, formando novo ninho. A rainha \u00e9 distintamente maior do que os demais componentes do cupinzeiro. A capacidade de postura \u00e9 de alguns milhares de ovos por dia, na fase de maior reprodu\u00e7\u00e3o. Ao morrer, a rainha pode ser substitu\u00edda por jovens reprodutivas.<\/p>\n\n\n\n

Danos na agricultura<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Os cupins alimentam-se de produtos celul\u00f3sicos. A celulose \u00e9 digerida por protozo\u00e1rios ou bact\u00e9rias no interior do tubo digestivo do inseto. Os cupins ocupam importante fun\u00e7\u00e3o na reciclagem de nutrientes e na quebra de substratos em part\u00edculas menores para a decomposi\u00e7\u00e3o. Em lavouras, os cupins subterr\u00e2neos Heterotermes sp. e Procornitermes, atacam as sementes e a parte subterr\u00e2nea de plantas. Algumas esp\u00e9cies consomem folhas, \u00e0 semelhan\u00e7a das formigas cortadeiras.<\/p>\n\n\n\n

Os danos causados pelos cupins podem ser diretos, atrav\u00e9s do consumo de sementes e plantas, ou indiretos, pelos montes nas lavouras, que dificultam a semeadura e a colheita, provocam a quebra de equipamentos e hospedam animais pe\u00e7onhentos. Em lavouras sob PD, constata-se o aumento significativo de cupins-de-monte. No in\u00edcio, s\u00e3o pequenos mont\u00edculos e passam despercebidos. Nessa fase s\u00e3o mais f\u00e1ceis de serem controlados. Na regi\u00e3o tropical os cupins subterr\u00e2neos causam danos severos, enquanto no sul do Brasil, as esp\u00e9cies predominantes alimentam-se de material org\u00e2nico e t\u00eam import\u00e2ncia secund\u00e1ria como praga.<\/p>\n\n\n\n

Controle<\/strong><\/p>\n\n\n\n

O controle de cupins depende da esp\u00e9cie e de suas caracter\u00edsticas biol\u00f3gicas. Os cupins de monte podem ser controlados mecanicamente atrav\u00e9s da broca perfuradora de solo, acoplada ao trator, durante o inverno, antes da fase reprodutiva. Dois meses ap\u00f3s, deve-se repassar a broca nos cupinzeiros que continuam em atividade. A inje\u00e7\u00e3o de inseticidas, atrav\u00e9s de uma abertura no topo do monte, \u00e9 outra alternativa eficiente de controle da praga.<\/p>\n\n\n\n

O controle biol\u00f3gico aplicado, atrav\u00e9s do uso de fungos multiplicados em laborat\u00f3rio, pode ser adotado para cupinzeiros-de-monte. Resultados com a inje\u00e7\u00e3o de Beauveria bassiana e de Metarhizium anisopliae em cupins-de-monte, s\u00e3o promissores. Entretanto, esses fungos ainda n\u00e3o est\u00e3o sendo comercializados para controle de cupins. Os cupins subterr\u00e2neos s\u00e3o de dif\u00edcil controle. O tratamento de sementes ou a aplica\u00e7\u00e3o de inseticidas no sulco de semeadura s\u00e3o as alternativas de prote\u00e7\u00e3o de sementes e pl\u00e2ntulas de milho.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto – www.cooplantio.com.br<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"