{"id":2500,"date":"2009-04-02T17:03:16","date_gmt":"2009-04-02T17:03:16","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:01:58","modified_gmt":"2021-07-10T23:01:58","slug":"monitoramento_biodiversidade_e_sistemas_de_producao_organicos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agropecuario\/artigo_agropecuario\/monitoramento_biodiversidade_e_sistemas_de_producao_organicos.html","title":{"rendered":"Monitoramento, biodiversidade e sistemas de produ\u00e7\u00e3o org\u00e2nicos"},"content":{"rendered":"\n
H\u00e1 mais de vinte anos, pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu\u00e1ria \u2013 EMBRAPA (Embrapa Monitoramento por Sat\u00e9lite \u2013 http\/\/:www.cnpm.embrapa.br), v\u00eam desenvolvendo m\u00e9todos para avalia\u00e7\u00e3o da biodiversidade em sistemas agr\u00edcolas, com \u00eanfase no estudo da vegeta\u00e7\u00e3o e da fauna selvagem. Esses estudos t\u00eam sido aplicados em diversos tipos de propriedades rurais (desde pequenos agricultores extrativistas at\u00e9 empresas rurais modernas e intensificadas), diversos resultados e m\u00e9todos t\u00eam sido consolidados ao longo desses anos.<\/p>\n\n\n\n
Desde 1990, essa equipe de pesquisadores acompanha a convers\u00e3o para a agricultura org\u00e2nica de diversas propriedades rurais, e em particular o caso da Usina S\u00e3o Francisco, situada na regi\u00e3o Noroeste do Estado de S\u00e3o Paulo e voltada para a produ\u00e7\u00e3o de cana-de-a\u00e7\u00facar.<\/p>\n\n\n\n
A Usina S\u00e3o Francisco foi objeto de levantamentos intensivos de sua biodiversidade entre 2002 e 2003. Os resultados obtidos permitiram uma descri\u00e7\u00e3o qualitativa e quantitativa da biodiversidade faun\u00edstica em diversos h\u00e1bitats associados ao uso e ocupa\u00e7\u00e3o das terras, bem como a constitui\u00e7\u00e3o de um acervo de informa\u00e7\u00f5es taxon\u00f4micas, ecol\u00f3gicas e iconogr\u00e1ficas sobre as esp\u00e9cies presentes.<\/p>\n\n\n\n
A gest\u00e3o ambiental e a produ\u00e7\u00e3o org\u00e2nica fazem com que cada tipo de uso e ocupa\u00e7\u00e3o das terras seja considerado como um h\u00e1bitat faun\u00edstico, compondo com outros, as unidades de paisagem. Os mapeamentos realizados dos h\u00e1bitats e do uso e cobertura das terras indicam que, al\u00e9m do modo de produ\u00e7\u00e3o org\u00e2nico, a propriedade \u00e9 gerenciada como um todo, considerando as complementariedades e as diversas fun\u00e7\u00f5es das unidades de paisagem na conserva\u00e7\u00e3o da biodiversidade faun\u00edstica.<\/p>\n\n\n\n
O tr\u00e2nsito dos animais selvagens pelas \u00e1reas da propriedade, principalmente no caso dos mam\u00edferos, r\u00e9pteis e anf\u00edbios, \u00e9 assegurado e facilitado por uma s\u00e9rie de conex\u00f5es e corredores (valetas de drenagem, carreadores e caminhos em processo de vegetaliza\u00e7\u00e3o, matas ciliares etc.).<\/p>\n\n\n\n
A riqueza e a diversidade faun\u00edstica inventariadas e quantificadas nas \u00e1reas da Usina S\u00e3o Francisco s\u00e3o excepcionais. No prazo de 12 meses, entre 2002 e 2003, foram realizados 820 levantamentos zooecol\u00f3gicos, visando a mastofauna selvagem, sendo detectadas e identificadas pelos especialistas 247 esp\u00e9cies de vertebrados terrestres (5 anf\u00edbios, 13 r\u00e9pteis, 191 aves e 38 mam\u00edferos) no conjunto dos levantamentos zooecol\u00f3gicos. Nunca houve qualquer introdu\u00e7\u00e3o volunt\u00e1ria de esp\u00e9cies animais nas \u00e1reas da propriedade, que s\u00e3o protegidas contra a ca\u00e7a e a presen\u00e7a de intrusos.<\/p>\n\n\n\n