{"id":2389,"date":"2009-01-30T11:27:32","date_gmt":"2009-01-30T11:27:32","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:33:06","modified_gmt":"2021-07-10T23:33:06","slug":"processos_de_re-_refino","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/residuos\/oleos_lubrificantes\/processos_de_re-_refino.html","title":{"rendered":"Processos de Re- refino"},"content":{"rendered":"\n

Um processo de re-refino deve ter, imprescindivelmente, baixo custo, flexibilidade para se adaptar \u00e0s varia\u00e7\u00f5es de caracter\u00edsticas das cargas e n\u00e3o causar problemas ambientais.<\/p>\n\n\n\n

O processo cl\u00e1ssico de re-refino consiste na desidrata\u00e7\u00e3o e na remo\u00e7\u00e3o de leves por destila\u00e7\u00e3o atmosf\u00e9rica, tratamento do \u00f3leo desidratado com \u00e1cido sulf\u00farico e neutraliza\u00e7\u00e3o com absorventes.<\/p>\n\n\n\n

A tend\u00eancia atual vai em dire\u00e7\u00e3o aos processos de desasfaltamento atrav\u00e9s de evaporadores de pel\u00edcula ou T.D.A. (torre cicl\u00f4nica de destila\u00e7\u00e3o). O subproduto de fundo da destila\u00e7\u00e3o geralmente \u00e9 empregado como componente de asfaltos. No tocante \u00e0 etapa de acabamento, as unidades de hidroacabamento s\u00e3o as selecionadas no caso de maiores escalas. Para unidades menores, o acabamento por absor\u00e7\u00e3o \u00e9 mais econ\u00f4mico. Na Europa, os principais processos envolvem o desasfaltamento t\u00e9rmico ou a propano e o acabamento por absor\u00e7\u00e3o, enquanto nos Estados Unidos, em fun\u00e7\u00e3o da maior escala das plantas existentes, s\u00e3o usados processos de desasfaltamento seguidos de hidroacabamento.<\/p>\n\n\n\n

Os \u00f3leos usados s\u00e3o aqueles lubrificantes l\u00edquidos que foram usados em algum processo, como automotivos, motores e m\u00e1quinas, e que oxidaram-se, alteraram-se e passaram a conter subst\u00e2ncias estranhas origin\u00e1rias do pr\u00f3prio \u00f3leo ou provenientes de contamina\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

O processo de re-refino compreende as seguintes etapas:<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Desidrata\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s ser descarregado numa caixa receptadora, o \u00f3leo usado passa por um peneiramento e por uma filtra\u00e7\u00e3o para a reten\u00e7\u00e3o de part\u00edculas grosseiras. A desidrata\u00e7\u00e3o \u00e9 iniciada com um pr\u00e9-aquecimento do \u00f3leo at\u00e9 80\u00baC antes de ser enviado aos desidratadores. Numa opera\u00e7\u00e3o em batelada, o \u00f3leo \u00e9 desidratado a 180\u00baC em desidratadores com trocador externo em circula\u00e7\u00e3o for\u00e7ada. A \u00e1gua e os solventes evaporados s\u00e3o condensados e separados em um separador de fases. Os solventes s\u00e3o aproveitados como combust\u00edvel para os fornos e a \u00e1gua \u00e9 enviada para tratamento (ETE).<\/p>\n\n\n\n

Destila\u00e7\u00e3o Flash<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Uma vez desidratado, o \u00f3leo \u00e9 bombeado para um forno onde \u00e9 aquecido at\u00e9 uma temperatura de 280\u00baC. A partir da\u00ed, o \u00f3leo entra no sistema de vasos de flasheamento sob alto v\u00e1cuo (28 mBAR). Aqui s\u00e3o separadas as fra\u00e7\u00f5es leves do \u00f3leo usado: \u00f3leo neutro leve, \u00f3leo spindle e \u00f3leo diesel. O \u00f3leo neutro leve entra na formula\u00e7\u00e3o de \u00f3leo com m\u00e9dia viscosidade. O \u00f3leo spindle \u00e9 usado em formula\u00e7\u00f5es diversas. O \u00f3leo diesel \u00e9 empregado como combust\u00edvel. Estas fra\u00e7\u00f5es precisam de um acabamento antes do seu uso.<\/p>\n\n\n\n

Desasfaltamento<\/strong><\/p>\n\n\n\n

O \u00f3leo destilado \u00e9 bombeado para outro forno, onde \u00e9 aquecido a uma temperatura de 380\u00baC, e enviado para os evaporadores de pel\u00edcula. Nesta etapa, \u00e9 separada a fra\u00e7\u00e3o asf\u00e1ltica do \u00f3leo sob alto v\u00e1cuo (1 mBAR). A fra\u00e7\u00e3o asf\u00e1ltica \u00e9 composta pela maior parte degradada do \u00f3leo lubrificante usado. Na sua composi\u00e7\u00e3o encontramos principalmente pol\u00edmeros, metais, resinas, aditivos e compostos de carbono. Esta fra\u00e7\u00e3o \u00e9 empregada na fabrica\u00e7\u00e3o de mantas e produtos asf\u00e1lticos em geral.<\/p>\n\n\n\n

Tratamento Qu\u00edmico – Borra \u00c1cida<\/strong><\/p>\n\n\n\n

O \u00f3leo proveniente do desasfaltamento ainda possui alguma quantidade de componentes oxidados. Para extra\u00ed-los, aplica-se pequena quantidade de \u00e1cido sulf\u00farico, que promove a aglomera\u00e7\u00e3o dos contaminantes que decantam, gerando a borra \u00e1cida, um res\u00edduo poluente se lan\u00e7ado ao ambiente.<\/p>\n\n\n\n

A borra \u00e1cida \u00e9 lavada com \u00e1gua, neutralizada e desidratada, transformando-se em combust\u00edvel pesado de alto poder calor\u00edfico. A \u00e1gua \u00e1cida gerada na lavagem desta borra \u00e9 neutralizada com lama cal e cal virgem, transformando-se em gesso para corretivo de solo. J\u00e1 a \u00e1gua neutralizada \u00e9 enviada para tratamento (ETE).<\/p>\n\n\n\n

Em rela\u00e7\u00e3o aos res\u00edduos produzidos no processo de re-refino, o \u00e1cido sulf\u00farico da borra \u00e1cida \u00e9 recuperado, formando sulfato de magn\u00e9sio, e a borra lavada entra na composi\u00e7\u00e3o com asfalto para oxida\u00e7\u00e3o e produ\u00e7\u00e3o de asfalto oxidado para impermeabiliza\u00e7\u00e3o e outros subprodutos. A torta do filtro \u00e9 incorporada de 5 a 10% na composi\u00e7\u00e3o do barro para a fabrica\u00e7\u00e3o de tijolos.<\/p>\n\n\n\n

Clarifica\u00e7\u00e3o e Neutraliza\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a sulfona\u00e7\u00e3o, o \u00f3leo \u00e9 bombeado para os reatores de clarifica\u00e7\u00e3o, onde \u00e9 adicionada argila descorante (absorvente natural). A mistura \u00f3leo\/argila \u00e9 aquecida para promover a absor\u00e7\u00e3o de compostos indesej\u00e1veis. No final, \u00e9 adicionada a cal para corrigir a acidez do \u00f3leo.<\/p>\n\n\n\n

Filtra\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A mistura \u00f3leo\/argila\/cal passa por filtros prensa para separar a fra\u00e7\u00e3o s\u00f3lida. A argila com cal impregnada com \u00f3leo \u00e9 empregada em ind\u00fastrias cer\u00e2micas e cimenteiras. O \u00f3leo ainda passa por filtros de malha mais fina para eliminar os particulados remanescentes. No final, \u00e9 obtido o \u00f3leo b\u00e1sico mineral re-refinado com as mesmas caracter\u00edsticas de \u00f3leo b\u00e1sico virgem.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s estas etapas, o \u00f3leo \u00e9 armazenado em tanques. Para atender \u00e0s especifica\u00e7\u00f5es de viscosidade, cor, ponto de fulgor, etc., cada lote \u00e9 analisado e corrigido pelo laborat\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

Fonte: Revista Meio Ambiente Industrial, Ano VI, ed. 31, no 30 Maio\/Junho da 2001.
\nwww.meioambienteindustrial.com.br<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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