{"id":2338,"date":"2009-01-29T14:58:37","date_gmt":"2009-01-29T14:58:37","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:33:09","modified_gmt":"2021-07-10T23:33:09","slug":"aterros_de_residuos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/residuos\/coleta_e_disposicao_do_lixo\/aterros_de_residuos.html","title":{"rendered":"Aterros de Res\u00edduos"},"content":{"rendered":"\n

Aterro Sanit\u00e1rio
<\/strong>
\u00c9 um processo utilizado para a disposi\u00e7\u00e3o de res\u00edduos s\u00f3lidos no solo, particularmente, lixo domiciliar que fundamentado em crit\u00e9rios de engenharia e normas operacionais espec\u00edficas, permite a confina\u00e7\u00e3o segura em termos de controle de polui\u00e7\u00e3o ambiental, prote\u00e7\u00e3o \u00e0 sa\u00fade p\u00fablica; ou, forma de disposi\u00e7\u00e3o final de res\u00edduos s\u00f3lidos urbanos no solo, atrav\u00e9s de confinamento em camadas cobertas com material inerte, geralmente, solo, de acordo com normas operacionais espec\u00edficas, e de modo a evitar danos ou riscos \u00e0 sa\u00fade p\u00fablica e \u00e0 seguran\u00e7a, minimizando os impactos ambientais.<\/p>\n\n\n\n

Antes de se projetar o aterro, s\u00e3o feitos estudos geol\u00f3gico e topogr\u00e1fico para selecionar a \u00e1rea a ser destinada para sua instala\u00e7\u00e3o n\u00e3o comprometa o meio ambiente. \u00c9 feita, inicialmente, impermeabiliza\u00e7\u00e3o do solo atrav\u00e9s de combina\u00e7\u00e3o de argila e lona pl\u00e1stica para evitar infiltra\u00e7\u00e3o dos l\u00edquidos percolados, no solo. Os l\u00edquidos percolados s\u00e3o captados (drenados) atrav\u00e9s de tubula\u00e7\u00f5es e escoados para lagoa de tratamento. Para evitar o excesso de \u00e1guas de chuva, s\u00e3o colocados tubos ao redor do aterro, que permitem desvio dessas \u00e1guas, do aterro.<\/p>\n\n\n\n

A quantidade de lixo depositado \u00e9 controlada na entrada do aterro atrav\u00e9s de balan\u00e7a. \u00c9 proibido o acesso de pessoas estranhas. Os gases liberados durante a decomposi\u00e7\u00e3o s\u00e3o captados e podem ser queimados com sistema de purifica\u00e7\u00e3o de ar ou ainda utilizados como fonte de energia (aterros energ\u00e9ticos).<\/p>\n\n\n\n

Segundo a Norma T\u00e9cnica NBR 8419 (ABNT, 1984), o aterro sanit\u00e1rio n\u00e3o deve ser constru\u00eddo em \u00e1reas sujeitas \u00e0 inunda\u00e7\u00e3o. Entre a superf\u00edcie inferior do aterro e o mais alto n\u00edvel do len\u00e7ol fre\u00e1tico deve haver uma camada de espessura m\u00ednima de 1,5 m de solo insaturado. O n\u00edvel do solo deve ser medido durante a \u00e9poca de maior precipita\u00e7\u00e3o pluviom\u00e9trica da regi\u00e3o. O solo deve ser de baixa permeabilidade (argiloso).<\/p>\n\n\n\n

O aterro deve ser localizado a uma dist\u00e2ncia m\u00ednima de 200 metros de qualquer curso d\u00b4\u00e1gua. Deve ser de f\u00e1cil acesso. A arboriza\u00e7\u00e3o deve ser adequada nas redondezas para evitar eros\u00f5es, espalhamento da poeira e reten\u00e7\u00e3o dos odores.<\/p>\n\n\n\n

Devem ser constru\u00eddos po\u00e7os de monitoramento para avaliar se est\u00e3o ocorrendo vazamentos e contamina\u00e7\u00e3o do len\u00e7ol fre\u00e1tico: no m\u00ednimo quatro po\u00e7os, sendo um a montante e tr\u00eas a jusante, no sentido do fluxo da \u00e1gua do len\u00e7ol fre\u00e1tico. O efluente da lagoa deve ser monitorado pelo menos quatro vezes ao ano.<\/p>\n\n\n\n

Aterro Controlado<\/strong><\/p>\n\n\n\n

\u00c9 uma t\u00e9cnica de disposi\u00e7\u00e3o de res\u00edduos s\u00f3lidos urbanos no solo, sem causar danos ou riscos \u00e0 sa\u00fade p\u00fablica e a sua seguran\u00e7a, minimizando os impactos ambientais. Este m\u00e9todo utiliza princ\u00edpios de engenharia para confinar os res\u00edduos s\u00f3lidos, cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclus\u00e3o de cada jornada de trabalho.<\/p>\n\n\n\n

Esta forma de disposi\u00e7\u00e3o produz, em geral, polui\u00e7\u00e3o localizada, pois similarmente ao aterro sanit\u00e1rio, a extens\u00e3o da \u00e1rea de disposi\u00e7\u00e3o \u00e9 minimizada. Por\u00e9m, geralmente n\u00e3o disp\u00f5e de impermeabiliza\u00e7\u00e3o de base (comprometendo a qualidade das \u00e1guas subterr\u00e2neas), nem sistemas de tratamento de chorume ou de dispers\u00e3o dos gases gerados. Este m\u00e9todo \u00e9 prefer\u00edvel ao lix\u00e3o, mas, devido aos problemas ambientais que causa e aos seus custos de opera\u00e7\u00e3o, a qualidade \u00e9 inferior ao aterro sanit\u00e1rio.<\/p>\n\n\n\n

Na fase de opera\u00e7\u00e3o, realiza-se uma impermeabiliza\u00e7\u00e3o do local, de modo a minimizar riscos de polui\u00e7\u00e3o, e a proveni\u00eancia dos res\u00edduos \u00e9 devidamente controlada. O biog\u00e1s \u00e9 extra\u00eddo e as \u00e1guas lixiviantes s\u00e3o tratadas. A deposi\u00e7\u00e3o faz-se por c\u00e9lulas que uma vez preenchidas s\u00e3o devidamente seladas e tapadas. A cobertura dos res\u00edduos faz-se diariamente. Uma vez esgotado o tempo de vida \u00fatil do aterro, este \u00e9 selado, efetuando-se o recobrimento da massa de res\u00edduos com uma camada de terras com 1,0 a 1,5 metro de espessura. Posteriormente, a \u00e1rea pode ser utilizada para ocupa\u00e7\u00f5es “leves” (zonas verdes, campos de jogos, etc.).<\/p>\n\n\n\n

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento B\u00e1sico – PNSB – 1989, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat\u00edstica – IBGE – e editada em 1991, a disposi\u00e7\u00e3o final de lixo nos munic\u00edpios brasileiros assim se divide:<\/p>\n\n\n\n