{"id":2335,"date":"2009-01-29T14:42:48","date_gmt":"2009-01-29T14:42:48","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:33:12","modified_gmt":"2021-07-10T23:33:12","slug":"experiencias_sobre_o_isopor","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/residuos\/isopor\/experiencias_sobre_o_isopor.html","title":{"rendered":"Experi\u00eancias sobre o Isopor"},"content":{"rendered":"\n

Reaproveitamento do isopor para fabricar concreto leve<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Curitiba vai ser a primeira cidade brasileira a reaproveitar o isopor que hoje \u00e9 depositado como lixo nos aterros sanit\u00e1rios. Uma usina para fabricar concreto leve com a utiliza\u00e7\u00e3o do isopor coletado. A id\u00e9ia do projeto \u00e9 aproveitar o isopor para substituir a pedra britada na fabrica\u00e7\u00e3o de concreto leve (mistura de cimento, areia, cola e isopor). Os produtos v\u00e3o ser comercializados para pessoas f\u00edsicas ou empresas, e a renda ser\u00e1 destinada para o Instituto Pr\u00f3-Cidadania e aplicada em a\u00e7\u00f5es sociais.<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m da fabrica\u00e7\u00e3o de produtos, a usina vai desenvolver um projeto com o Horto Municipal para aproveitar o isopor no processo de compostagem. O isopor mo\u00eddo tamb\u00e9m pode ser aproveitado na aera\u00e7\u00e3o de solo em parques e jardins, j\u00e1 que facilita a reten\u00e7\u00e3o de umidade e mant\u00e9m a temperatura do solo.<\/p>\n\n\n\n

Considerado um dos “vil\u00f5es” do lixo porque ocupa muito espa\u00e7o nos aterros sanit\u00e1rios o isopor \u00e9 composto por 98% de ar e apenas 2% de pl\u00e1stico e, portanto, economicamente invi\u00e1vel para a reciclagem (derretimento do produto para reaproveit\u00e1-lo como mat\u00e9ria-prima).<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m de aproveitar o isopor para a fabrica\u00e7\u00e3o de produtos, o projeto lan\u00e7ado em Curitiba tamb\u00e9m prev\u00ea o desenvolvimento de novas tecnologias. Em parceria com o Instituto Pr\u00f3-Cidadania, uma equipe de alunos e professores do Cefet-PR (Centro Federal de Educa\u00e7\u00e3o Tecnol\u00f3gica) vai desenvolver uma pesquisa sobre a constru\u00e7\u00e3o de casas utilizando o concreto leve.<\/p>\n\n\n\n

Os estudos v\u00e3o incluir ensaios t\u00e9cnicos para verificar dados como a resist\u00eancia do isopor ao fogo, \u00e0 compress\u00e3o e \u00e0 dilata\u00e7\u00e3o. O concreto leve pode ter v\u00e1rias vantagens na constru\u00e7\u00e3o, j\u00e1 que apresenta um custo mais baixo e pode funcionar como isolante t\u00e9rmico e ac\u00fastico.<\/p>\n\n\n\n

A id\u00e9ia \u00e9 realizar testes para definir as caracter\u00edsticas do material e avaliar as possibilidades de utiliza\u00e7\u00e3o do produto. Ind\u00fastrias que utilizam o isopor nas suas embalagens tamb\u00e9m poder\u00e3o fazer parcerias com a usina de concreto leve, j\u00e1 que muitas delas n\u00e3o t\u00eam uma destina\u00e7\u00e3o adequada para o produto.<\/p>\n\n\n\n

A pr\u00f3pria norma ISO 14.000, que trata da qualidade ambiental, exige que todos os res\u00edduos que saem da empresa t\u00eam que ter uma destina\u00e7\u00e3o correta. Com o lan\u00e7amento desse projeto, vamos auxiliar as empresas a alcan\u00e7ar essa meta no descarte do isopor.<\/p>\n\n\n\n

No mundo todo, s\u00e3o consumidos anualmente cerca de 2,5 milh\u00f5es de toneladas de EPS. No Brasil, esse consumo pulou de 9 mil toneladas em 1992 para 36,5 mil no ano passado, um aumento de quase 300%.<\/p>\n\n\n\n

Poss\u00edvel substitui\u00e7\u00e3o do EPS por um composto biodegrad\u00e1vel<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Um composto biodegrad\u00e1vel que poder\u00e1 substituir o isopor na maioria de suas aplica\u00e7\u00f5es foi desenvolvido pela empresa Kehl, instalada em S\u00e3o Carlos, no interior paulista. Obtido a partir do \u00f3leo de mamona, o novo produto foi patenteado com o nome de bioespuma.<\/p>\n\n\n\n

O composto \u00e9 produzido \u00e0 base de biomassa, ou seja, \u00e9 um recurso renov\u00e1vel. Sua s\u00edntese envolve tr\u00eas rea\u00e7\u00f5es: duas esterifica\u00e7\u00f5es, a primeira entre o \u00f3leo de mamona e o amido, e a segunda com \u00f3leo de soja. O produto obtido, um poliol, deve reagir ainda com um isocianato (NCO) para que se chegue a uma espuma poliuretana biodegrad\u00e1vel a bioespuma.<\/p>\n\n\n\n

Trata-se de um pol\u00edmero caracterizado principalmente pela liga\u00e7\u00e3o qu\u00edmica uretana (RNHCOOR), que lhe d\u00e1 rigidez e flexibilidade. \u00c9 a liga\u00e7\u00e3o uretana a principal respons\u00e1vel pelas propriedades f\u00edsicas da bioespuma, como textura, densidade, resist\u00eancia \u00e0 compress\u00e3o e resili\u00eancia. Essas caracter\u00edsticas assemelham-se muito \u00e0s do isopor. Trata-se de um intermedi\u00e1rio entre a espuma tradicional e o isopor, plenamente capaz de substitu\u00ed-lo, explica Ricardo Vicino, qu\u00edmico respons\u00e1vel pela descoberta do composto.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 a bioespuma se decomp\u00f5e em um tempo consideravelmente menor. Testes feitos na empresa mostraram que entre oito meses e um ano ela desaparece totalmente no meio ambiente. Durante o ver\u00e3o esse tempo pode ser reduzido a at\u00e9 tr\u00eas meses, garante Vicino. Assim, o material pode ser classificado como biodegrad\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: http:\/\/www.curitiba.pr.gov.br<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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