{"id":2318,"date":"2009-01-14T14:33:04","date_gmt":"2009-01-14T14:33:04","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:35:02","modified_gmt":"2021-07-10T23:35:02","slug":"regioes_fitoecologicas_-_floresta_estacional_decidual","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/natural\/regioes_fitoecologicas\/regioes_fitoecologicas_-_floresta_estacional_decidual.html","title":{"rendered":"Regi\u00f5es Fitoecol\u00f3gicas – Floresta Estacional Decidual"},"content":{"rendered":"\n

Floresta Estacional Decidual<\/strong><\/p>\n\n\n\n

ou<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Floresta Tropical Caducif\u00f3lia<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Este tipo de vegeta\u00e7\u00e3o \u00e9 caracterizado por duas esta\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas bem demarcadas, uma chuvosa seguida de longo per\u00edodo biologicamente seco. Ocorre na forma de disjun\u00e7\u00f5es florestais, apresentando o estrato dominante macro ou mesofanerof\u00edtico predominantemente caducif\u00f3lio, com mais de 50% dos indiv\u00edduos despidos de folhagem no per\u00edodo desfavor\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n

Com caracter\u00edsticas semelhantes, verifica-se na borda do Planalto Meridional, principalmente no Estado do Rio Grande do Sul, uma disjun\u00e7\u00e3o que apresenta o estrato florestal emergente completamente caducif\u00f3lio, visto que, muito embora o clima seja ombr\u00f3filo, h\u00e1 uma curta \u00e9poca muito fria, o que ocasiona, provavelmente, a estacionalidade fisiol\u00f3gica dos indiv\u00edduos da floresta.<\/p>\n\n\n\n

Este tipo de vegeta\u00e7\u00e3o apresenta grandes \u00e1reas descont\u00ednuas localizadas no Norte para o Sul, entre a Floresta Ombr\u00f3fila Aberta e a Savana (Cerrado); de Leste para Oeste, entre a Savana Est\u00e9pica (Caatinga do Sert\u00e3o \u00e1rido) e a Floresta Estacional Semidecidual (Floresta Tropical Subcaducif\u00f3lia); e, finalmente, no Sul, j\u00e1 na \u00e1rea subtropical, no vale do Rio Uruguai, entre a Floresta Ombr\u00f3fila Mista do Planalto Meridional e a Estepe. Estas grandes \u00e1reas disjuntas apresentam quatro forma\u00e7\u00f5es distintas: aluvial, terras baixas, submontana e montana.<\/p>\n\n\n\n

Floresta Estacional Decidual Aluvial:<\/strong> Esta forma\u00e7\u00e3o, quase que exclusiva das bacias dos rios do Estado do Rio Grande do Sul, encontra-se bastante desfalcada dos seus elementos principais explorados para uso dom\u00e9stico. Localizada nos terra\u00e7os fluviais dos rios Jacu\u00ed, Ibicu\u00ed, Santa Maria e Uruguai, tamb\u00e9m ocorre nas v\u00e1rzeas do rio Paraguai, no Estado de Mato Grosso do Sul, onde a drenagem \u00e9 dificultada pelo pouco desn\u00edvel do rio.<\/p>\n\n\n\n

Floresta Estacional Decidual das Terras Baixas:<\/strong> Forma\u00e7\u00e3o encontrada em \u00e1reas descont\u00ednuas e relativamente pequenas, com maior ocorr\u00eancia na bacia do rio Prado, no sul do Estado da Bahia. As outras disjun\u00e7\u00f5es menores encontradas por todo o Pa\u00eds devem ser delimitadas de acordo com as latitudes, salientadas com o fim exclusivo de se poder cartograf\u00e1-las:<\/p>\n\n\n\n

4\u00b0 latitude N aos 16\u00b0 latitude S, na faixa altim\u00e9trica de 5 at\u00e9 100 m.<\/p>\n\n\n\n

dos 16\u00b0 latitude S aos 24\u00b0 latitude S, na faixa altim\u00e9trica de 5 at\u00e9 50 m.<\/p>\n\n\n\n

dos 24\u00b0 latitude S aos 32\u00b0 latitude S, na faixa altim\u00e9trica de 5 at\u00e9 30 m.<\/p>\n\n\n\n

Floresta Estacional Decidual Submontana:<\/strong> Nesta forma\u00e7\u00e3o, encontram-se dispersas as maiores disjun\u00e7\u00f5es do tipo florestal decidual, abaixo descritas de acordo com as \u00e1reas mais representativas em que foram observadas.<\/p>\n\n\n\n

Em estreita faixa ao sul do estado do Estado do Maranh\u00e3o, entre a Savana (Cerrado) e a Floresta Ombr\u00f3fila Aberta com baba\u00e7u, situa-se uma floresta de m\u00e9dio porte composta por nanofoliadas deciduais com caules finos. No sul do Estado da Bahia, com fisionomia decidual revestindo os terrenos calc\u00e1reos da bacia do rio Pardo, ocorre uma floresta relativamente alta conhecida como \u201cmata de cip\u00f3\u201d.<\/p>\n\n\n\n

A floresta situada ao norte de Goi\u00e1s e sul do Estado de Tocantins entre a Floresta Estacional Semidecidual do sul do Par\u00e1 e a Savana (Cerrado) de Goi\u00e1s, mais precisamente no Vale do Rio das Almas e seus afluentes, apresenta uma fisionomia ecol\u00f3gica com mais de 50% de seus ecotipos sem folhas na \u00e9poca desfavor\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n

A disjun\u00e7\u00e3o florestal denominada \u201cMata do Ja\u00edba\u201d, situada ao norte de Minas Gerais e nos vales dos rios Verde Grande e S\u00e3o Francisco, apresenta uma constitui\u00e7\u00e3o flor\u00edstica bastante complexa, com ecotipos savan\u00edcolas e florestais mesofaner\u00f3fitos deciduais.<\/p>\n\n\n\n

A floresta decidual da encosta da Serra da Bodoquena, no Estado de Mato Grosso do Sul, \u00e9 dominada por ecotipos savan\u00edcolas e florestais mesofaner\u00f3fitos.<\/p>\n\n\n\n

A floresta da vertente interiorana da Serra da Mantiqueira, situada em territ\u00f3rio mineiro, reveste terrenos do pr\u00e9-cambriano. Os terrenos da vertente sul do Planalto das Miss\u00f5es, a\u00ed j\u00e1 considerados como \u201c\u00e1reas extrazonais\u201d, pois est\u00e3o inclu\u00eddas no espa\u00e7o subtropical, s\u00e3o revestidas por uma floresta que apresenta uma flor\u00edstica semelhante \u00e0 que ocorre nas \u00e1reas tropicais.<\/p>\n\n\n\n

Floresta Estacional Decidual Montana:<\/strong> Esta forma\u00e7\u00e3o ocorre em \u00e1reas disjuntas que se apresentam bastante expressivas, sendo que, para mape\u00e1-las, tomaram-se par\u00e2metros altim\u00e9tricos de acordo com as latitudes onde s\u00e3o encontradas:<\/p>\n\n\n\n

4\u00b0 latitude N aos 16\u00b0 latitude S varia de 600 at\u00e9 2000m de altitude.<\/p>\n\n\n\n

dos 16\u00b0 latitude S aos 24\u00b0 latitude S varia de 500 at\u00e9 1500m de altitude.<\/p>\n\n\n\n

dos 24\u00b0 latitude S aos 32\u00b0 latitude S varia de 400 at\u00e9 1000m de altitude.<\/p>\n\n\n\n

Esta varia\u00e7\u00e3o altim\u00e9trica ocorre de acordo com as latitudes e pode ser explicada pelas grandes diferen\u00e7as de temperatura que influem na composi\u00e7\u00e3o flor\u00edstica. Observando-se mais ao sul, o espa\u00e7o da faixa altim\u00e9trica diminui.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Veloso et alii, 1991; IBGE, 1992<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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