{"id":2314,"date":"2009-01-14T14:43:18","date_gmt":"2009-01-14T14:43:18","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:35:01","modified_gmt":"2021-07-10T23:35:01","slug":"regioes_fitoecologicas_-_floresta_ombrofila_densa","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/natural\/regioes_fitoecologicas\/regioes_fitoecologicas_-_floresta_ombrofila_densa.html","title":{"rendered":"Regi\u00f5es Fitoecol\u00f3gicas – Floresta Ombr\u00f3fila Densa"},"content":{"rendered":"\n

Floresta Ombr\u00f3fila Densa<\/strong><\/p>\n\n\n\n

ou<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Floresta Pluvial Tropical<\/strong>               <\/p>\n\n\n\n

Este tipo de vegeta\u00e7\u00e3o \u00e9 caracterizado por faner\u00f3fitos, justamente pelas subformas de vida macro e mesofaner\u00f3fitos, al\u00e9m de lianas lenhosas e ep\u00edfitas em abund\u00e2ncia, que o diferenciam das outras classes de forma\u00e7\u00f5es. Por\u00e9m, a caracter\u00edstica ecol\u00f3gica principal reside nos ambientes ombr\u00f3filos que marcam muito bem a “regi\u00e3o flor\u00edstica florestal”. Assim, a caracter\u00edstica ombrot\u00e9rmica da Floresta Ombr\u00f3fila Densa est\u00e1 presa a fatores clim\u00e1ticos tropicais de elevadas temperaturas (m\u00e9dias de 25\u00ba) e de alta precipita\u00e7\u00e3o, bem distribu\u00eddas durante o ano (de 0 a 60 dias secos), o que determina uma situa\u00e7\u00e3o bioecol\u00f3gica praticamente sem per\u00edodo biologicamente seco. Al\u00e9m disso, dominam, nos ambientes destas florestas, latossolos distr\u00f3ficos e, excepcionalmente, eutr\u00f3ficos, originados de v\u00e1rios tipos de rochas.<\/p>\n\n\n\n

Tal tipo vegetacional foi subdividido em cinco forma\u00e7\u00f5es ordenadas segundo hierarquia topogr\u00e1fica que refletem fisionomias diferentes de acordo com as varia\u00e7\u00f5es ecot\u00edpicas das faixas altim\u00e9tricas resultantes de ambientes tamb\u00e9m distintos. Estes variam 1\u00ba cent\u00edgrado para cada 100 metros de altitude.<\/p>\n\n\n\n

As observa\u00e7\u00f5es realizadas, atrav\u00e9s dos levantamentos executados pelo projeto RADAMBRASIL, nas d\u00e9cadas de 70 e 80 e os estudos fitogeogr\u00e1ficos mundiais confi\u00e1veis, iniciados por Humbold em 1806 na ilha de Tenerife e contidos na vasta bibliografia, permitiram estabelecer faixas que se estreitavam de acordo com os seguintes posicionamentos:<\/p>\n\n\n\n

1.Forma\u00e7\u00e3o aluvial:<\/strong> n\u00e3o varia topograficamente e apresenta sempre os ambientes repetitivos, dentro dos terra\u00e7os aluviais dos fl\u00favios. Trata-se de forma\u00e7\u00e3o ribeirinha ou floresta ciliar que ocorre ao longo dos cursos de \u00e1gua ocupando os terrenos antigos das plan\u00edcies quarten\u00e1rias. Esta forma\u00e7\u00e3o \u00e9 constitu\u00edda por macro, meso e microfaner\u00f3fitos de r\u00e1pido crescimento, em geral de casca lisa, com o tronco c\u00f4nico e, por vezes, com a forma caracter\u00edstica de botija e ra\u00edzes tabulares. Apresenta com freq\u00fc\u00eancia um dossel emergente uniforme. \u00c9 uma forma\u00e7\u00e3o com bastante palmeiras no estrato dominado e na submata, e nesta ocorrem nanofaner\u00f3fitos e alguns cam\u00e9fitos no meio de pl\u00e2ntulas da densa reconstitui\u00e7\u00e3o natural do estrato dominante. Em contrapartida, a forma\u00e7\u00e3o apresenta muitas lianas lenhosas e herb\u00e1ceas, al\u00e9m de grande n\u00famero de ep\u00edfitas e poucas parasitas.<\/p>\n\n\n\n

2.Forma\u00e7\u00e3o das terras baixas:<\/strong> situada entre os 4\u00b0 de latitude N e os 16\u00b0 latitude S, a partir dos 5 m at\u00e9 os 100 m acima do mar; de 16\u00b0 de latitude S a 24\u00b0 de latitude S de 5 m at\u00e9 50 m; de 24\u00b0 de latitude S a 32\u00b0 de latitude S de 5 m at\u00e9 30 m. \u00c9 uma forma\u00e7\u00e3o que em geral ocupa as plan\u00edcies costeiras, capeadas por tabuleiros pliopleistoc\u00eanicos do Grupo Barreiras. Ocorre desde a Amaz\u00f4nia, estendendo-se por todo o Nordeste at\u00e9 proximidades do rio S\u00e3o Jo\u00e3o, no Estado do Rio de Janeiro.<\/p>\n\n\n\n

3.Forma\u00e7\u00e3o submontana:<\/strong> situada nas encostas dos planaltos e\/ou serras entre os 4\u00b0 de latitude N e os 16\u00b0 de latitude de S a partir dos 100 m at\u00e9 600 m; de 16\u00b0 de latitude S a 24\u00b0 de latitude S de 50 m at\u00e9 500 m; de 24\u00b0 de latitude S a 32\u00b0 de latitude S de 30 m at\u00e9 400 m. O dissecamento do relevo montanhoso e dos planaltos com solos medianamente profundos \u00e9 ocupado por uma forma\u00e7\u00e3o florestal que apresenta faner\u00f3fitos com altura aproximadamente uniforme. A submata \u00e9 integrada por pl\u00e2ntulas de regenera\u00e7\u00e3o natural, poucos nanofaner\u00f3fitos e cam\u00e9fitos, al\u00e9m da presen\u00e7a de palmeiras de pequeno porte e lianas herb\u00e1ceas em maior quantidade. Suas principais caracter\u00edsticas s\u00e3o os faner\u00f3fitos de alto porte, alguns ultrapassando os 50m na Amaz\u00f4nia e raramente os 30 m nas outras partes do Pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n

4.Forma\u00e7\u00e3o montana:<\/strong> situada no alto dos planaltos e\/ou serras entre os 4\u00b0 de latitude N e os 16\u00b0 de latitude S a partir dos 600 m at\u00e9 2000 m; de 16\u00b0 de latitude S a 24\u00b0 de latitude S de 500 m at\u00e9 1500 m; de 24\u00b0 de latitude S at\u00e9 32\u00b0 de latitude S de 400 m at\u00e9 1000 m. O alto dos planaltos e das serras est\u00e3o situados entre 600 a 2000 m de altitude na Amaz\u00f4nia e de 400 a 1000 m no sul do Pa\u00eds. A estrutura florestal do dossel uniforme (20 m) \u00e9 representada por ecotipos relativamente finos com casca grossa e rugosa, folhas mi\u00fadas e de consist\u00eancia cori\u00e1cea.

5.Forma\u00e7\u00e3o alto-montana:<\/strong> situada acima dos limites estabelecidos para a forma\u00e7\u00e3o montana. Trata-se de uma forma\u00e7\u00e3o arb\u00f3rea mesofanerof\u00edtica com aproximadamente 20 metros de altura, que se localiza no cume das altas montanhas com solos lit\u00f3licos, apresentando acumula\u00e7\u00f5es turfosas nas depress\u00f5es onde se localiza a floresta. Sua estrutura \u00e9 integrada por faner\u00f3fitos com troncos e galhos finos, folhas mi\u00fadas, cori\u00e1ceas e casca grossa com fissuras. A flor\u00edstica \u00e9 representada por fam\u00edlias de dispers\u00e3o universal, embora suas esp\u00e9cies sejam end\u00eamicas, revelando um isolamento antigo de “ref\u00fagio cosmopolita”.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Veloso et alii, 1991; IBGE, 1992<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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