{"id":2309,"date":"2009-01-14T14:14:18","date_gmt":"2009-01-14T14:14:18","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:35:02","modified_gmt":"2021-07-10T23:35:02","slug":"pesquisa_meio_ambiente_e_producao_no_pantanal","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/natural\/programas_e_projetos\/pesquisa_meio_ambiente_e_producao_no_pantanal.html","title":{"rendered":"Pesquisa, Meio Ambiente e Produ\u00e7\u00e3o no Pantanal"},"content":{"rendered":"\n
O Pantanal brasileiro \u00e9 a maior \u00e1rea continental inund\u00e1vel do planeta e abrange os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Por sua import\u00e2ncia, foi declarado pela Unesco como Reserva Mundial da Biosfera. De todas as caracter\u00edsticas do Pantanal, a que mais causa admira\u00e7\u00e3o a quem visita, \u00e9 a abund\u00e2ncia e riqueza de sua vida selvagem. Esp\u00e9cies pouco comuns em outras regi\u00f5es do Brasil t\u00eam popula\u00e7\u00f5es densas e vigorosas no Pantanal, como a capivara e o jacar\u00e9.<\/p>\n\n\n\n
\u00c1reas de pesquisa da Embrapa Pantanal<\/strong><\/p>\n\n\n\n Fauna<\/strong><\/p>\n\n\n\n Desde 1987 a \u00e1rea de Fauna da Embrapa Pantanal tem realizado estudos sobre a biologia e ecologia das popula\u00e7\u00f5es de jacar\u00e9-do-pantanal, visando desenvolver o conhecimento necess\u00e1rio para o aproveitamento sustentado deste recurso. \u00c0 partir destes estudos, mitos foram desfeitos. Hoje sabemos que o jacar\u00e9-do-pantanal n\u00e3o est\u00e1 em extin\u00e7\u00e3o, que, ao contr\u00e1rio, suas popula\u00e7\u00f5es s\u00e3o densas e est\u00e3o distribu\u00eddas por quase todos os corpos de \u00e1gua permanente no Pantanal. Muito devido a estas pesquisas, o governo dos EUA excluiu o jacar\u00e9-do-pantanal da Lista Norte-Americana das Esp\u00e9cies Amea\u00e7adas. As pesquisas com o jacar\u00e9 inclu\u00edram tamb\u00e9m um projeto de manejo experimental que deu origem a numerosas recomenda\u00e7\u00f5es para a adequa\u00e7\u00e3o da legisla\u00e7\u00e3o e regulamenta\u00e7\u00e3o existentes, no sentido de flexibilizar as formas de manejo do jacar\u00e9-do-pantanal e o seu uso sustentado, no \u00e2mbito das propriedades do Pantanal, e n\u00e3o apenas nos centros urbanos e entorno do Pantanal. Al\u00e9m dos estudos com o jacar\u00e9, a equipe ainda desenvolve um programa de monitoramento, atrav\u00e9s de levantamentos a\u00e9reos, das popula\u00e7\u00f5es de cervo-do-pantanal, veado campeiro e capivaras.<\/p>\n\n\n\n Recursos Pesqueiros<\/strong><\/p>\n\n\n\n A pesca (esportiva e profissional) \u00e9 a Segunda maior atividade econ\u00f4mica do Pantanal movimentando cerca de R$ 150 milh\u00f5es\/ano. Grande parte da legisla\u00e7\u00e3o referente a pesca das principais esp\u00e9cies comerciais do Pantanal, desde longa data v\u00eam utilizando informa\u00e7\u00f5es geradas pelas pesquisas da EMBRAPA. Tamanhos m\u00ednimos de captura e \u00e9poca de locais de pesca tem sido aspectos norteadores da administra\u00e7\u00e3o pesqueira da regi\u00e3o. A demanda crescente quanto \u00e0 sustentabilidade das popula\u00e7\u00f5es de peixes resultou no desenvolvimento de linhas de pesquisas para ampliar o conhecimento da biologia a ecologia de esp\u00e9cies utilizadas como iscas-vivas pela pesca esportiva, particularmente da tuvira, cuja comercializa\u00e7\u00e3o foi estimada em cerca de 17 milh\u00f5es de unidades em 1997. Entre outros projetos, a Embrapa Pantanal est\u00e1 desenvolvendo, ainda, o de “Banco de S\u00eamen Congelado de Peixes do Pantanal”, com o objetivo de assegurar a conserva\u00e7\u00e3o e utiliza\u00e7\u00e3o da diversidade gen\u00e9tica dos peixes neotropicais brasileiros. Uma ferramenta importante para a administra\u00e7\u00e3o dos recursos pesqueiros da regi\u00e3o \u00e9 o sistema de Controle da Pesca (SCPESCA), desenvolvido pela Embrapa Pantanal em parceria com a Funda\u00e7\u00e3o Meio Ambiente Pantanal – MS e a pol\u00edcia Ambiental – MS em seu s\u00e9timo ano de execu\u00e7\u00e3o. Gra\u00e7as a esse Sistema foi poss\u00edvel detectar a necessidade de se aumentar o tamanho m\u00ednimo de captura do pacu e do ja\u00fa na \u00faltima temporada de pesca, a fim de evitar a diminui\u00e7\u00e3o das popula\u00e7\u00f5es dessas esp\u00e9cies.<\/p>\n\n\n\n Flora<\/strong><\/p>\n\n\n\n A flora pantaneira tamb\u00e9m caracteriza-se pela riqueza e abund\u00e2ncia, tendo sido catalogadas 1.800 esp\u00e9cies, documentadas em um acervo de aproximadamente 18 mil exemplares, registrados no herb\u00e1rio da Embrapa Pantanal. Encontram-se descritas cerca de 800 esp\u00e9cies (aqu\u00e1ticas e terrestres), com informa\u00e7\u00f5es sobre os diversos usos (medicinal, ap\u00edcola, ornamental, etc.), sobre cultivo, princ\u00edpios ativos, ecologia, ocorr\u00eancia e distribui\u00e7\u00e3o. Essas informa\u00e7\u00f5es t\u00eam contribu\u00eddo para o zoneamento agroecol\u00f3gico da Bacia do Alto Paraguai, para a elabora\u00e7\u00e3o de seu plano de manejo e para a defini\u00e7\u00e3o de reserva ecol\u00f3gicas.<\/p>\n\n\n\n Impactos Ambientais<\/strong><\/p>\n\n\n\n Nas \u00faltimas tr\u00eas d\u00e9cadas o Pantanal v\u00eam sofrendo agress\u00f5es, praticadas n\u00e3o somente na plan\u00edcie, mas principalmente nos planaltos adjacentes. Atualmente, os impactos ambientais e s\u00f3cio-econ\u00f4micos no Pantanal s\u00e3o bastante evidentes, decorrentes da exist\u00eancia de um planejamento ambiental que garanta a sustentabilidade dos recursos naturais desses importante bioma. A expans\u00e3o desordenada e r\u00e1pida da agropecu\u00e1ria, com a utiliza\u00e7\u00e3o de pesadas cargas de agroqu\u00edmicos, a explora\u00e7\u00e3o de diamantes e de ouro nos planaltos, com utiliza\u00e7\u00e3o intensiva de merc\u00fario, s\u00e3o respons\u00e1veis por profundas transforma\u00e7\u00f5es regionais pela Embrapa Pantanal, como por exemplo a contamina\u00e7\u00e3o de peixes e jacar\u00e9 por merc\u00fario e o levantamento dos principais pesticidas utilizados.<\/p>\n\n\n\n Pecu\u00e1ria de Corte<\/strong><\/p>\n\n\n\n No Pantanal a bovinocultura de corte, em regime extensivo, tem sido a principal atividade econ\u00f4mica. Atualmente , a ra\u00e7a predominante \u00e9 a Nelore. A maior parte do Pantanal, em fun\u00e7\u00e3o das condi\u00e7\u00f5es naturais impostas pelo ambiente, tem aptid\u00e3o para a fase de cria, e desta forma, os produtores rurais concentram-se na produ\u00e7\u00e3o e vendas de bezerros. Embora, os \u00edndices zoot\u00e9cnicos ainda sejam relativamente baixos, podem ser melhorados atrav\u00e9s da implanta\u00e7\u00e3o e adapta\u00e7\u00e3o de determinadas tecnologias j\u00e1 desenvolvidas pela Embrapa Pantanal, entre as quais a identifica\u00e7\u00e3o dos animais do rebanho, uso de monta controlada, uso do sal mineral, desmama antecipada, descarte t\u00e9cnico de matrizes, evermina\u00e7\u00e3o estrat\u00e9gica dos bezerros, etc. Outros estudos, mais recentes, v\u00eam sendo desenvolvidos pela Embrapa Pantanal, visando um desenvolvimento sustent\u00e1vel dos diferentes sistemas de produ\u00e7\u00e3o (convencionais e org\u00e2nicos). Para isto, est\u00e3o sendo desenvolvidas metodologias de avalia\u00e7\u00e3o e monitoramento dos diferentes sistemas de produ\u00e7\u00e3o com base em indicadores ambientais, econ\u00f4micos e sociais de sustentabilidade, bem como definidas medidas estrat\u00e9gicas de manejo para cada sistema em particular.<\/p>\n\n\n\n Andr\u00e9 Steffens Moraes (andre@cpap.embrapa.br), Guilherme de Miranda Mour\u00e3o (gui@cpap.embrapa.br), Agostinho Carlos Catella (catella@cpap.embrapa.br), Cristina Aparecida Gon\u00e7alves Rodrigues (crisagr@cpap.embrapa.br), Luiz Marques Vieira (lvieira@cpap.embra<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Por sua import\u00e2ncia, foi declarado pela Unesco como Reserva Mundial da Biosfera. De todas as caracter\u00edsticas do Pantanal, a que mais causa admira\u00e7\u00e3o a quem visita, \u00e9 a abund\u00e2ncia e riqueza de sua vida selvagem. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1531],"tags":[641,373,383],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2309"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2309"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2309\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":5682,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2309\/revisions\/5682"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2309"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2309"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2309"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}