{"id":2281,"date":"2009-01-07T14:48:28","date_gmt":"2009-01-07T14:48:28","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:35:27","modified_gmt":"2021-07-10T23:35:27","slug":"cavernas_no_brasil_-_origem_e_formacao_das_cavernas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/natural\/cavernas_no_brasil\/cavernas_no_brasil_-_origem_e_formacao_das_cavernas.html","title":{"rendered":"Cavernas no Brasil – Origem e Forma\u00e7\u00e3o das Cavernas"},"content":{"rendered":"\n

Espeleologia \u00e9 a ci\u00eancia que tem por princ\u00edpio a procura, explora\u00e7\u00e3o, observa\u00e7\u00e3o e interpreta\u00e7\u00e3o das cavernas com o objetivo de definir crit\u00e9rios para sua preserva\u00e7\u00e3o. Pode oferecer ajuda a Paleontologia e \u00e0 Arqueologia, na compreens\u00e3o da exist\u00eancia de tipos de vidas animais e humanas primitivas. As grutas e abrigos-sob-rocha constituem um patrim\u00f4nio de valor cient\u00edfico e cultural, sendo que algumas grutas j\u00e1 possuem import\u00e2ncia nacional e integram o acervo da humanidade.<\/p>\n\n\n\n

A origem das cavernas ainda \u00e9 uma quest\u00e3o controvertida. \u00c9 prov\u00e1vel que numerosas cavernas tenham sido originadas pela dissolu\u00e7\u00e3o e abras\u00e3o causada pelos movimentos das \u00e1guas subterr\u00e2neas, enquanto outras surgiram por causa dos desmoronamentos de partes do teto ou pelo abatimento de assoalhos que recobriram galerias inferiores. Outra possibilidade \u00e9 o surgimento que ocorre ao n\u00edvel do len\u00e7ol fre\u00e1tico ou abaixo dele.<\/p>\n\n\n\n

A \u00e1gua penetra no calc\u00e1rio atrav\u00e9s das fraturas e depress\u00f5es e, se ainda cont\u00e9m di\u00f3xido de carbono em quantidades suficientes, vai dissolvendo a rocha em sua percola\u00e7\u00e3o. O movimento da \u00e1gua nos calc\u00e1rios \u00e9 controlado pelas varia\u00e7\u00f5es litol\u00f3gicas e pelas linhas de falha e de fratura. A respeito da circula\u00e7\u00e3o da \u00e1gua subterr\u00e2nea, pode-se distinguir duas zonas: na zona superior, ou zona vadosa, a \u00e1gua circula livremente e de modo r\u00e1pido, e, na inferior, ou zona fre\u00e1tica, a \u00e1gua circula sob press\u00e3o hidrost\u00e1tica e todas as fissuras e juntas est\u00e3o preenchidas. Em ambas as zonas, a \u00e1gua tende a coletar-se em canais bem definidos e a movimentar-se como um sistema subterr\u00e2neo. A solu\u00e7\u00e3o e a abras\u00e3o s\u00e3o os processos b\u00e1sicos na forma\u00e7\u00e3o de cavernas.<\/p>\n\n\n\n

Conceitos<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Carste<\/strong> – tipo de paisagem criada pela \u00e1gua quando a chuva ou os rios recebem subst\u00e2ncias qu\u00edmicas presentes no ar ou em solos cobertos por vegeta\u00e7\u00e3o abundante. Estas \u00e1guas ent\u00e3o adquirem a capacidade de dissolver lentamente determinados tipos de rochas, como o calc\u00e1rio, formando cavernas, rios subterr\u00e2neos.<\/p>\n\n\n\n

Cavernas<\/strong> – uma caverna pode ser definida como um leito natural subterr\u00e2neo e vazio, podendo se estender vertical ou horizontalmente e apresentar um ou mais n\u00edveis. S\u00e3o formadas quando os rios subterr\u00e2neos come\u00e7am a dissolver e escavar a rocha. Com o passar do tempo, as cavernas v\u00e3o se alargando, chegando a formar sal\u00f5es altos. Os rios subterr\u00e2neos s\u00e3o de grande import\u00e2ncia no transporte de alimentos para os seres vivos que ali habitam, mas os rios tamb\u00e9m transportam sedimentos como areia e argila que formam o solo das cavernas. Existem dentro das cavernas um entremeado de c\u00e2maras e passagens estreitas. Todas as formas de acumula\u00e7\u00e3o encontradas nas cavernas recebem o nome gen\u00e9rico de travertino.<\/p>\n\n\n\n

Espeleotemas<\/strong> – s\u00e3o forma\u00e7\u00f5es minerais que ocorrem em cavernas, a exemplo das estalactites, estalagmites, colunas, cortinas, entre outras. Apresentam cores, formas e dimens\u00f5es que dependem da morfologia de cada gruta, do tipo de mineral depositado e do mecanismo de deposi\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Estalactites e estalagmites<\/strong> – s\u00e3o dois tipos de espeleotemas. O principal mineral formador desses e de outros espeleotemas \u00e9 a calcita. As estalactites e estalagmites formam-se pelo gotejamento de \u00e1gua saturada em calcita, ao longo de sua infiltra\u00e7\u00e3o em rochas calc\u00e1rias. A estalactite forma-se do teto para baixo, pela superposi\u00e7\u00e3o de an\u00e9is de calcita. E a estalagmite “cresce” do piso da caverna para cima, bem embaixo da estalactite, a partir do gotejamento de \u00e1gua saturada em calcita que se precipita da estalactite. Quando a estalactite se junta com a estalagmite, forma-se um outro espeleotema chamado coluna. A velocidade de crescimento das estalactites varia entre 0,01mm a 3mm por ano.<\/p>\n\n\n\n

Cascatas<\/strong> – a \u00e1gua ao escorrer pela parede rochosa da gruta, vai depositando calcita durante seu percurso descendente. Tais dep\u00f3sitos s\u00e3o denominados cascatas, devido a sua forma e cor, geralmente alv\u00edssima. Essas superf\u00edcies normalmente s\u00e3o lisas. Constituem um dep\u00f3sito uniforme da parede at\u00e9 o ch\u00e3o da gruta; por\u00e9m, em alguns casos, pode terminar por estalactites formadas a partir das bordas, dando um aspecto semelhante ao de um \u00f3rg\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Ambiente Brasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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