{"id":2277,"date":"2009-01-07T13:59:06","date_gmt":"2009-01-07T13:59:06","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:35:27","modified_gmt":"2021-07-10T23:35:27","slug":"campos_do_sul","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/natural\/biomas\/campos_do_sul.html","title":{"rendered":"Campos do Sul"},"content":{"rendered":"\n
Localiza\u00e7\u00e3o<\/strong> <\/p>\n\n\n\n Os campos da regi\u00e3o sul do Brasil s\u00e3o denominados de pampas, termo ind\u00edgena que significa regi\u00e3o plana, abrangendo o Estado do Rio Grande do Sul, o Uruguai e a Argentina.<\/p>\n\n\n\n Caracteriza\u00e7\u00e3o<\/strong> <\/p>\n\n\n\n As florestas dos Campos Sulinos abrangem em sua maioria as florestas tropicais mes\u00f3filas, florestas subtropicais e os campos meridionais. As florestas subtropicais compreendem basicamente a Floresta com Arauc\u00e1ria, distribuindo-se sobre os planaltos oriundos de derrames bas\u00e1lticos, e caracterizando-se principalmente pela presen\u00e7a marcante do pinheiro-do-paran\u00e1 (Araucaria angustifolia). E em dire\u00e7\u00e3o ao arroio Chu\u00ed, na divisa com o Uruguai, estabelece-se um campo com formas arbustivas sobre afloramentos rochosos.<\/p>\n\n\n\n Ocupa\u00e7\u00e3o <\/strong> <\/p>\n\n\n\n Devido \u00e0 ocupa\u00e7\u00e3o do territ\u00f3rio, a explora\u00e7\u00e3o indiscriminada de madeira, iniciada pela coloniza\u00e7\u00e3o no planalto das Arauc\u00e1rias, favoreceu a expans\u00e3o gradativa da agricultura. Os gigantescos pinheiros foram derrubados e queimados para dar lugar ao cultivo de milho, trigo, arroz, soja e uva. O cultivo de frut\u00edferas est\u00e1 tendo um grande avan\u00e7o, criando uma press\u00e3o nas \u00e1reas florestais; aliado ao extrativismo seletivo de esp\u00e9cies madeireiras que est\u00e1 comprometendo os remanescentes florestais.<\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m dos grandes desmatamentos para o cultivo, existe ainda uma forte press\u00e3o de pastejo e a pr\u00e1tica do fogo que n\u00e3o permitem o estabelecimento da vegeta\u00e7\u00e3o arbustiva.<\/p>\n\n\n\n A agricultura, a pecu\u00e1ria de corte e a industrializa\u00e7\u00e3o trouxeram v\u00e1rios problemas ambientais, como a degrada\u00e7\u00e3o, a compacta\u00e7\u00e3o dos solos, a contamina\u00e7\u00e3o e o assoreamento dos aq\u00fc\u00edferos, devido ao manejo inadequado das culturas. O manejo inadequado em \u00e1reas inapropriadas dos campos sulinos tem levado a um processo de desertifica\u00e7\u00e3o, principalmente em \u00e1reas cujo substrato \u00e9 o arenito, na abrang\u00eancia das bacias dos rios Ibicu\u00ed e Ibarapuit\u00e3.<\/p>\n\n\n\n Estas regi\u00f5es ainda guardam \u00e1reas protegidas restritas a ecossistemas naturais, que s\u00e3o alvo de preocupa\u00e7\u00e3o em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 sua conserva\u00e7\u00e3o e preserva\u00e7\u00e3o. Atualmente est\u00e3o implantadas Unidades de Conserva\u00e7\u00e3o voltadas para a conserva\u00e7\u00e3o da Floresta com Arauc\u00e1ria e dos campos sulinos.<\/p>\n\n\n\n Clima<\/strong> <\/p>\n\n\n\n O clima nos campos sulinos \u00e9 caracterizado com altas temperaturas no ver\u00e3o, chegando a 35\u00baC, e o inverno \u00e9 marcado com geadas e neve em algumas regi\u00f5es, marcando temperaturas negativas. A precipita\u00e7\u00e3o anual situa-se em torno de 1.200 mm, com chuvas concentradas nos meses de inverno. O clima \u00e9 frio e \u00famido.<\/p>\n\n\n\n Flora<\/strong> <\/p>\n\n\n\n A vegeta\u00e7\u00e3o predominante \u00e9 de gram\u00edneas, representadas pelos g\u00eaneros Andropogon, Aristida, Paspalum, Panicum e Eragrotis, leguminosas e compostas. As \u00e1rvores de maior porte s\u00e3o fornecedoras de madeira, tais como o louro-pardo, o cedro, a cabre\u00fava, a gr\u00e1pia, a guajuvira, a caroba, a canaf\u00edstula, a bracatinga, a unha-de-gato, o pau-de-leite, a canjerana, o guatambu, a timba\u00fava, o angico-vermelho, entre outras esp\u00e9cies caracter\u00edsticas como, a palmeira-an\u00e3 (Diplothemium campestre). Os campos sulinos possuem uma diversidade de mais de 515 esp\u00e9cies.<\/p>\n\n\n\n J\u00e1 os terrenos planos das plan\u00edcies e planaltos ga\u00fachos e as coxilhas, de relevo suave-ondulado, s\u00e3o colonizados por esp\u00e9cies pioneiras campestres que formam uma vegeta\u00e7\u00e3o tipo savana aberta. H\u00e1 ainda \u00e1reas de florestas estacionais e de campos de cobertura gram\u00edneo-lenhosa.<\/p>\n\n\n\n Fauna<\/strong> <\/p>\n\n\n\n \u00c9 um dos ecossistemas mais ricos em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 biodiversidade de esp\u00e9cies animais, contando com esp\u00e9cies end\u00eamicas, raras, amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o, esp\u00e9cies migrat\u00f3rias, cineg\u00e9ticas e de interesse econ\u00f4mico dos campos sulinos.<\/p>\n\n\n\n As principais esp\u00e9cies amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o s\u00e3o exemplificadas por in\u00fameros animais, como: a on\u00e7a-pintada, a jaguatirica, o mono-carvoeiro, o macaco-prego, o guariba, o mico-le\u00e3o-dourado, v\u00e1rios sag\u00fcis, a pregui\u00e7a-de-coleira, o caxinguel\u00ea, o tamandu\u00e1.<\/p>\n\n\n\n Entre as aves destacam-se o jacu, o macuco, a jacutinga, o ti\u00ea-sangue, a araponga, o sanha\u00e7o, numerosos beija-flores, tucanos, sa\u00edras e gauramos.<\/p>\n\n\n\n Entre os mam\u00edferos, 39% tamb\u00e9m s\u00e3o end\u00eamicos, o mesmo ocorrendo com a maioria das borboletas, dos r\u00e9pteis, dos anf\u00edbios e das aves nativas. Nela sobrevivem mais de 20 esp\u00e9cies de primatas, a maior parte delas end\u00eamicas.<\/p>\n\n\n\n Ambiente Brasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" As florestas dos Campos Sulinos abrangem em sua maioria as florestas tropicais mes\u00f3filas, florestas subtropicais e os campos meridionais. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1523],"tags":[723,735,640],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2277"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2277"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2277\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":5772,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2277\/revisions\/5772"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2277"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2277"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2277"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}