{"id":2250,"date":"2009-01-13T09:45:39","date_gmt":"2009-01-13T09:45:39","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:35:15","modified_gmt":"2021-07-10T23:35:15","slug":"as_abelhas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/natural\/abelhas\/as_abelhas.html","title":{"rendered":"As Abelhas"},"content":{"rendered":"\n

As abelhas s\u00e3o insetos sociais que vivem em col\u00f4nias. Elas s\u00e3o conhecidas h\u00e1 mais de 40.000 anos e as que mais prestam para a poliniza\u00e7\u00e3o, ajudando enormemente a agricultura, produ\u00e7\u00e3o de mel, gel\u00e9ia real, cera, pr\u00f3polis e p\u00f3len, s\u00e3o as abelhas pertencentes ao g\u00eanero Apis.<\/p>\n\n\n\n

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Inseto disciplinado, a abelha convive num sistema de extraordin\u00e1ria organiza\u00e7\u00e3o: em cada colm\u00e9ia existem cerca de 60.000 abelhas e cada col\u00f4nia \u00e9 constitu\u00edda por uma \u00fanica rainha, dezenas de zang\u00f5es e milhares de oper\u00e1rias.<\/p>\n\n\n\n

As abelhas s\u00e3o dotadas de processo de orienta\u00e7\u00e3o excepcional, que \u00e9 baseado, principalmente, tendo o sol como refer\u00eancia. As abelhas utilizam o mesmo sistema de orienta\u00e7\u00e3o, para guiar suas companheiras em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s fontes de alimentos rec\u00e9m-descobertas.<\/p>\n\n\n\n

A Rainha            
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\u00c9 a personagem mais importante da colm\u00e9ia, pois dela depende a harmonia dos trabalhos da col\u00f4nia e a reprodu\u00e7\u00e3o da esp\u00e9cie. A rainha \u00e9 quase duas vezes maior do que as oper\u00e1rias e vive cerca de tr\u00eas a seis anos. Biologicamente, a \u00fanica fun\u00e7\u00e3o da rainha na colm\u00e9ia \u00e9 a postura de ovos, pois \u00e9 a \u00fanica abelha capaz de reproduzir.<\/p>\n\n\n\n

Socialmente, a abelha rainha \u00e9 respons\u00e1vel pela manuten\u00e7\u00e3o da harmonia e ordena\u00e7\u00e3o dos trabalhos da col\u00f4nia. Este estado de harmonia depende da segrega\u00e7\u00e3o de uma subst\u00e2ncia especial – o ferom\u00f4nio, que a partir de suas gl\u00e2ndulas mandibulares \u00e9 distribu\u00edda para todas as abelhas da colm\u00e9ia. Esta subst\u00e2ncia al\u00e9m de informar a col\u00f4nia a presen\u00e7a e atividade da rainha na colm\u00e9ia, tamb\u00e9m impede o desenvolvimento dos \u00f3rg\u00e3os sexuais femininos das oper\u00e1rias, impossibilitando-as de se reproduzirem.<\/p>\n\n\n\n

A rainha \u00e9 criada numa c\u00e1psula denominada de realeira, na qual \u00e9 alimentada pelas oper\u00e1rias com a gel\u00e9ia real, produto riqu\u00edssimo em prote\u00ednas, vitaminas e horm\u00f4nios sexuais. A gel\u00e9ia real \u00e9 o \u00fanico e exclusivo alimento da abelha rainha, durante toda a sua vida. A abelha rainha leva de 15 a 16 dias para nascer. Ap\u00f3s o quinto dia de vida, a rainha come\u00e7a a fazer v\u00f4os de reconhecimento em torno da colm\u00e9ia.<\/p>\n\n\n\n

Para atrair os zang\u00f5es de todas as colm\u00e9ias pr\u00f3ximas, a rainha libera, em pleno v\u00f4o, um ferom\u00f4nio sexual que \u00e9 captado pelos machos a quil\u00f4metros de dist\u00e2ncia, como voar em alta velocidade e em grandes altitudes, somente os machos mais fortes e r\u00e1pidos conseguem segu\u00ed-la. Quando finalmente os zang\u00f5es conseguem alcan\u00e7\u00e1-la, h\u00e1 o momento da c\u00f3pula nupcial, onde a rainha prende o test\u00edculo do zang\u00e3o, que morre ap\u00f3s fecund\u00e1-la. A rainha recebe milh\u00f5es de espermatoz\u00f3ides do zang\u00e3o, que ficaram em um reservat\u00f3rio de s\u00eamen de seu organismo, chamado espermateca.<\/p>\n\n\n\n

Nesta fase a rainha fica na condi\u00e7\u00e3o de hermafrodita (f\u00eamea e macho ao mesmo tempo) fecundada para o resto de sua vida. O v\u00f4o nupcial que a rainha faz \u00e9 o \u00fanico em sua vida. Ela jamais sa\u00edra novamente da colm\u00e9ia, a n\u00e3o ser para acompanhar uma enxamea\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Ao retornar \u00e0 colm\u00e9ia, a rainha passa a ser tratada com aten\u00e7\u00e3o especial por parte das oper\u00e1rias, que a alimentam com gel\u00e9ia real, limpam seus excrementos, cuidam de sua higiene. Assim, ela n\u00e3o tem outra preocupa\u00e7\u00e3o sen\u00e3o a da postura de ovos.<\/p>\n\n\n\n

Em condi\u00e7\u00f5es favor\u00e1veis de clima e alimento (florada), uma rainha pode botar cerca de tr\u00eas mil ovos por dia. Caso a rainha morra ou seja removida da colm\u00e9ia, toda a col\u00f4nia imediatamente perceber\u00e1 sua aus\u00eancia, justamente pela interrup\u00e7\u00e3o da produ\u00e7\u00e3o do ferom\u00f4nio que induz as abelhas ao trabalho e que informa da presen\u00e7a da rainha na colm\u00e9ia.<\/p>\n\n\n\n

 
Como nascem as abelhas<\/strong>             <\/p>\n\n\n\n

Tr\u00eas dias ap\u00f3s ser fecundada, a abelha rainha come\u00e7a a desovar, botando um ovo em cada alv\u00e9olo. Os ovos s\u00e3o formados nos dois ov\u00e1rios da rainha e, ao passarem pelo oviduto, podem ou n\u00e3o ser fertilizados pelos espermatoz\u00f3ides armazenados na espermateca. Os ovos fertilizados d\u00e3o origem \u00e0s abelhas oper\u00e1rias e dos n\u00e3o fertilizados nascer\u00e3o zang\u00f5es a partir de ovos n\u00e3o fecundados – \u00e9 conhecido como partenog\u00eanese. Portanto nasce sempre puro de ra\u00e7a, por originar-se de ovo n\u00e3o fecundado.<\/p>\n\n\n\n

A rainha \u00e9 que determina quais s\u00e3o os ovos que ser\u00e3o fertilizados, dando origem aos zang\u00f5es e oper\u00e1rias. As abelhas constroem alv\u00e9olos de dois tamanhos: um menor, destinado \u00e0 cria\u00e7\u00e3o de larvas de oper\u00e1rias, e outro maior, onde nascer\u00e3o os zang\u00f5es. Antes de ovular, a abelha rainha mede as dimens\u00f5es do alv\u00e9olo com suas patas dianteiras.<\/p>\n\n\n\n

 
Os Zang\u00f5es<\/strong>             <\/p>\n\n\n\n

Se a rainha tem como \u00fanica obriga\u00e7\u00e3o a postura de ovos, a \u00fanica fun\u00e7\u00e3o dos zang\u00f5es \u00e9 a fecunda\u00e7\u00e3o das rainhas virgens.<\/p>\n\n\n\n

O zang\u00e3o \u00e9 o \u00fanico macho da colm\u00e9ia, n\u00e3o possui ferr\u00e3o e nasce de ovos n\u00e3o fecundados depositados pela rainha. O zang\u00e3o n\u00e3o possui \u00f3rg\u00e3os para o trabalho, ent\u00e3o sai para voar atr\u00e1s de uma rainha virgem para fecund\u00e1-la.<\/p>\n\n\n\n

Os zang\u00f5es nascem em 24 dias ap\u00f3s a postura do ovo e atingem a maturidade sexual aos 12 dias de vida. Vivem de 80 a 90 dias e dependem \u00fanica e exclusivamente das abelhas oper\u00e1rias para sobreviver: s\u00e3o alimentados por elas, e por elas expulsos da colm\u00e9ia nos per\u00edodos de falta de alimento – normalmente no outono e no inverno – morrendo de fome ou frio.<\/p>\n\n\n\n

A c\u00f3pula entre o zang\u00e3o e a rainha virgem ocorre em pleno v\u00f4o, o que acontece sempre acima de 11 metros de altura. Ap\u00f3s a c\u00f3pula, seu \u00f3rg\u00e3o genital \u00e9 rompido, ficando preso \u00e0 c\u00e2mara do ferr\u00e3o da rainha. Logo ap\u00f3s o zang\u00e3o morre.
 <\/p>\n\n\n\n

As Oper\u00e1rias
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A abelha oper\u00e1ria \u00e9 respons\u00e1vel por todo o trabalho realizado no interior da colm\u00e9ia, exce\u00e7\u00e3o \u00e0 postura de ovos, atividade exclusiva da rainha.<\/p>\n\n\n\n

As abelhas oper\u00e1rias encarregam-se da higiene da colm\u00e9ia, garentem o alimento e a \u00e1gua de que a col\u00f4nia necessita coletando p\u00f3len e n\u00e9ctar, produzem a cera, com a qual constroem os favos, alimentam a rainha, os zang\u00f5es, as larvas por nascer e cuidam da defesa da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

As abelhas oper\u00e1rias mant\u00eam uma temperatura est\u00e1vel, entre 33\u00b0 e 36\u00b0C, no interior da colm\u00e9ia, produzem e estocam o mel que assegura a alimenta\u00e7\u00e3o da col\u00f4nia, aquecem as larvas com o pr\u00f3prio corpo, em dias frios e elaboram a pr\u00f3polis, subst\u00e2ncia processada a partir de resinas vegetais, utilizada para desinfetar favos e paredes, vedar frestas e fixar pe\u00e7as.<\/p>\n\n\n\n

As oper\u00e1rias nascem 21 dias ap\u00f3s a postura do ovo e podem viver at\u00e9 seis meses. Seu ciclo de vida normal n\u00e3o ultrapassa os 60 dias. A partir do 21 dia de vida, as oper\u00e1rias passam por nova transforma\u00e7\u00e3o: elas abandonam os trabalhos internos na colm\u00e9ia e se dedicam \u00e0 coleta de \u00e1gua, n\u00e9ctar, p\u00f3len e pr\u00f3polis, e \u00e0 defesa da col\u00f4nia. Nesta fase, que \u00e9 a \u00faltima de sua exist\u00eancia, as oper\u00e1rias s\u00e3o conhecidas como campeiras.<\/p>\n\n\n\n

Como as abelhas trazem o alimento – elas colhem o n\u00e9ctar das flores com suas compridas l\u00ednguas. O produto \u00e9 armazenado em sua ves\u00edcula mel\u00edfera (papo de mel), que tamb\u00e9m transporta \u00e1gua coletada.<\/p>\n\n\n\n

Quando retornam \u00e0 colm\u00e9ia, as campeiras transferem o n\u00e9ctar que colheram \u00e0s engenheiras, que v\u00e3o retirar o excesso de umidade e transform\u00e1-lo em mel.<\/p>\n\n\n\n

As campeiras tamb\u00e9m trazem o p\u00f3len que \u00e9 um importante alimento para a colm\u00e9ia, que tamb\u00e9m \u00e9 estocado nos favos. As campeiras coletam o p\u00f3len com aux\u00edlio de suas penugens, e armazenam o material em suas cestas de p\u00f3len, situadas nas t\u00edbias das patas traseiras. As campeiras coletam a resina que ser\u00e1 transformada em pr\u00f3polis com o aux\u00edlio de suas mand\u00edbulas e penugens.<\/p>\n\n\n\n

 
O Mel<\/strong>             <\/p>\n\n\n\n

O mel \u00e9 o \u00fanico produto doce que cont\u00e9m prote\u00ednas, diversos sais minerais e vitaminas essenciais \u00e0 sa\u00fade. \u00c9 um alimento de alto potencial energ\u00e9tico e de conhecidas propriedades medicinais. O mel \u00e9 um dos poucos alimentos com a\u00e7\u00e3o bactericida, que cont\u00e9m em por\u00e7\u00f5es equilibradas: fermentos, vitaminas, minerais, \u00e1cidos e amino\u00e1cidos. \u00c9 um alimento de f\u00e1cil digest\u00e3o sendo uma \u00f3tima fonte energ\u00e9tica.<\/p>\n\n\n\n

A composi\u00e7\u00e3o do mel varia em fun\u00e7\u00e3o da florada a partir da qual foi elaborado e das condi\u00e7\u00f5es do clima da regi\u00e3o e ou do api\u00e1rio. Basicamente, o mel \u00e9 constitu\u00eddo de \u00e1gua, a\u00e7\u00facares, sais minerais, vitaminas, enzimas, horm\u00f4nios, prote\u00ednas, etc. Cerca de cem gramas de mel cont\u00e9m 17,2% de \u00e1gua, 0,4 a 0,8 de prote\u00ednas (amino\u00e1cidos), 81,3% de a\u00e7\u00facares compostos de: 38,19% de frutose; 31,28% de glucose; 5% de sacarose, 6,83% de maltose e outros dissacar\u00eddeos; e o restante de amido e outros polissacar\u00eddeos. A eles se agregam 3,21% de vitaminas, sais minerais, oligoelementos (nutrientes).<\/p>\n\n\n\n

O mel cont\u00e9m ainda prote\u00ednas e sais minerais essenciais \u00e0 nossa sa\u00fade, como pot\u00e1ssio, ferro, cobre, mangan\u00eas, sil\u00edcio, cloro, c\u00e1lcio, s\u00f3dio, f\u00f3sforo, alum\u00ednio, magn\u00e9sio, enxofre, iodo entre outros. Dependendo do teor de \u00e1gua, o mel fornece cerca de 3.150 a 3.350 calorias por quilo, al\u00e9m de conter vitaminas, como B1, B2, B5, B6, E, K, A e C.<\/p>\n\n\n\n

O mel \u00e9 um produto processado a partir do n\u00e9ctar das flores, o mel tem sua cor e sabor diretamente relacionados com a predomin\u00e2ncia da florada. Com rela\u00e7\u00e3o \u00e0 colora\u00e7\u00e3o, h\u00e1 basicamente, os m\u00e9is claros e os m\u00e9is escuros. Os m\u00e9is de colora\u00e7\u00e3o mais claras s\u00e3o os mais consumidos, de aroma e sabor mais suaves. Os m\u00e9is de colora\u00e7\u00e3o mais escuras possuem mais prote\u00ednas e sais minerais, assim sendo mais nutritivos.<\/p>\n\n\n\n

A constitui\u00e7\u00e3o do mel \u00e9 ainda mais complexa, al\u00e9m de prote\u00ednas possui enzimas, hom\u00f4nios, part\u00edculas de p\u00f3len e de cera, amino\u00e1cidos, dextrinas e um grande n\u00famero de \u00e1cidos (devido o alto teor de \u00e1cidos o pH do mel \u00e9 de 3,9).<\/p>\n\n\n\n

Quando o mel \u00e9 puro, genu\u00edno, acaba cristalizando-se com o tempo. Mas esta transforma\u00e7\u00e3o n\u00e3o altera o valor energ\u00e9tico do mel. Para descristalizar o mel, basta coloc\u00e1-lo exposto ao sol pelo tempo necess\u00e1rio.<\/p>\n\n\n\n

O mel \u00e9 um produto de reconhecidas propriedades bactericidas, \u00e9 capaz de neutralizar a a\u00e7\u00e3o de germes e bact\u00e9rias. Em raz\u00e3o do alto teor nutritivo e bactericidade, o mel \u00e9 empregado topicamente como curativo para ferimentos e queimaduras, no tratamento de afec\u00e7\u00f5es das vias respirat\u00f3rias, resfriados, gripes, dist\u00farbios card\u00edacos e intestinais, doen\u00e7as de pele e v\u00e1rios outros casos, como doen\u00e7as hep\u00e1ticas , renais e dist\u00farbios do sistema nervoso.
 

O p\u00f3len<\/strong>             <\/p>\n\n\n\n

O p\u00f3len \u00e9 um produto riqu\u00edssimo em prote\u00ednas, vitaminas e horm\u00f4nios de crescimento, encerrando todos os elementos indispens\u00e1veis \u00e0 vida dos organismos vivos. \u00c9 empregado como produto medicinal, eficaz nos casos de anemia, funcionamento dos intestinos, falta de apetite, disposi\u00e7\u00e3o para o trabalho, baixa a tens\u00e3o arterial e aumenta a taxa de hemoglobina do sangue.
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Cera<\/strong>             <\/p>\n\n\n\n

A cera \u00e9 produzida pelas abelhas engenheiras de mel e p\u00f3len, sendo muito utilizada nas colm\u00e9ias para constru\u00e7\u00e3o dos favos da col\u00f4nia.<\/p>\n\n\n\n

Economicamente, a cera \u00e9 utilizada como mat\u00e9ria-prima para confec\u00e7\u00e3o de velas, muitos produtos industriais cosm\u00e9ticos e medicinais.<\/p>\n\n\n\n

Na composi\u00e7\u00e3o da cera entram subst\u00e2ncias qu\u00edmicas de natureza variada, como alco\u00f3is gordurosos, mat\u00e9ria corante, cerole\u00edna, vitamina A e subst\u00e2ncias com a\u00e7\u00e3o bacteriost\u00e1tica. Estas subst\u00e2ncias conferem a cera propriedades emolientes, cicatrizantes, antiinflamat\u00f3rias, no tratamento de feridas infectadas e em doen\u00e7as da pele.
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Gel\u00e9ia Real <\/strong>            <\/p>\n\n\n\n

A gel\u00e9ia real \u00e9 um produto natural, secretado pelas abelhas jovens e cont\u00e9m not\u00e1veis quantidades de prote\u00ednas, lip\u00eddeos, carboidratos, vitaminas, horm\u00f4nios, enzimas, subst\u00e2ncias minerais, fatores vitais espec\u00edficos, subst\u00e2ncias biocatalisadoras nos processos de regenera\u00e7\u00e3o celular, desenvolvendo uma importante a\u00e7\u00e3o fisiol\u00f3gica.<\/p>\n\n\n\n

Na colm\u00e9ia, \u00e9 utilizada na alimenta\u00e7\u00e3o das larvas de abelhas oper\u00e1rias at\u00e9 o terceiro dia de vida, e das larvas dos zang\u00f5es, mas por excel\u00eancia \u00e9 o principal alimento da rainha, que biologicamente falando \u00e9 superior \u00e0s oper\u00e1rias.<\/p>\n\n\n\n

Para o ser humano a gel\u00e9ia real tem a\u00e7\u00e3o vitalizadora e estimulante do organismo, aumenta o apetite e tem comprovado efeito antigripal. A gel\u00e9ia real tem efeitos no crescimento, longevidade e reprodu\u00e7\u00e3o das esp\u00e9cies.<\/p>\n\n\n\n

 
Pr\u00f3polis<\/strong>             <\/p>\n\n\n\n

O pr\u00f3polis \u00e9 constitu\u00edda de resinas vegetais, que as abelhas coletam de determinadas \u00e1rvores, cera, p\u00f3len, \u00e1cidos e gorduras. A pr\u00f3polis \u00e9 uma subst\u00e2ncia que as abelhas processam para fechar frestas da colm\u00e9ia, soldar pe\u00e7as e componentes m\u00f3veis da sua morada, diminuir a entrada de ar frio, impermeabilizar e envernizar as paredes da colm\u00e9ia. Al\u00e9m disso, qualquer corpo estranho que n\u00e3o consiga remover para fora da colm\u00e9ia – como pequenos animais mortos – \u00e9 capado com uma camada de pr\u00f3polis, para impedir ou retardar o processo de putrefa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Para o ser humano \u00e9 de grande import\u00e2ncia medicinal, pois possui a\u00e7\u00e3o antibi\u00f3tica, antiss\u00e9ptica, imunol\u00f3gica, anest\u00e9sica, cicatrizante e antiinflamat\u00f3ria. A pr\u00f3polis tem sido usada no tratamento de doen\u00e7as como a faringite, c\u00e2ncer de garganta, pulm\u00e3o e infec\u00e7\u00f5es gerais.<\/p>\n\n\n\n

 
O veneno das abelhas<\/strong>             <\/p>\n\n\n\n

Quando aplicada em grandes quantidades, o veneno da abelha ao homem \u00e9 fatal, por\u00e9m \u00e9 paradoxal, pois \u00e9 um consagrado medicamento contra diversos dist\u00farbios, afec\u00e7\u00f5es, reumatismos. Mas apitoxina, como \u00e9 conhecido o veneno, \u00e9 empregada com sucesso em tratamentos contra nevrites e nevralgias, afec\u00e7\u00f5es cut\u00e2neas, doen\u00e7as oft\u00e1lmicas, na redu\u00e7\u00e3o da taxa de colesterol do sangue e contra a hipertens\u00e3o arterial.<\/p>\n\n\n\n

Poliniza\u00e7\u00e3o<\/strong>            
 
Quando uma abelha penetra numa flor para sugar o n\u00e9ctar, os gr\u00e3os de p\u00f3len aderem ao seu corpo e ao visitar, na seq\u00fc\u00eancia, uma outra flor, o p\u00f3len colado no corpo da abelha \u00e9 depositado no estigma, a parte feminina da segunda flor. Este processo, chamado poliniza\u00e7\u00e3o, \u00e9 o que fertiliza a flor.<\/p>\n\n\n\n

 
Principais Esp\u00e9cies Mel\u00edferas<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Nome Popular<\/td>Nome Cient\u00edfico<\/td>Fam\u00edlia<\/td>Flora\u00e7\u00e3o<\/td><\/tr>
Ac\u00e1cia negra<\/td>Acacia mearnsii<\/td>Mimosaceae<\/td>jul-ago<\/td><\/tr>
A\u00e7oita-cavalo<\/td>Luehea divaricata<\/td>Tilaceae<\/td>jan-fev<\/td><\/tr>
Ara\u00e7\u00e1<\/td>Psidium<\/td>Myrtaceae<\/td>set-jan<\/td><\/tr>
Assa-peixe<\/td>Vernonia beyrichii<\/td>Asteraceae<\/td>jun-ago<\/td><\/tr>
Gua\u00e7atunga<\/td>Casearia decandra<\/td>Flacourtiaceae<\/td>jun-jul<\/td><\/tr>
Cambar\u00e1<\/td>Gochnatia polymorpha<\/td>Asteraceae<\/td>nov-jan<\/td><\/tr>
Caquizeiro<\/td>Dyospyrus kaki<\/td>Ebenaceae<\/td>set-out<\/td><\/tr>
Carqueja<\/td>Baccharis spp<\/td>Myrtaceae<\/td>mar-abr<\/td><\/tr>
Cip\u00f3-s\u00e3o-jo\u00e3o<\/td>Pyrostegia venusta<\/td>Bignoniaceae<\/td>jun-ago<\/td><\/tr>
Eucalipto<\/td>Eucaliptus spp<\/td>Myrtaceae<\/td>jul-dez<\/td><\/tr>
Feij\u00e3o-guandu<\/td>Cajanus silvestris<\/td>Flacourtiaceae<\/td>jul<\/td><\/tr>
Grevilha<\/td>Grevillea robusta<\/td>Proteaceae<\/td>jul-ago<\/td><\/tr>
Guaco<\/td>Mikania spp<\/td>Asteraceae<\/td>jul-ago<\/td><\/tr>
Cafezeiro-bravo<\/td>Casearia sylvestris<\/td>Flacourtiaceae<\/td>jul<\/td><\/tr>
Jeriv\u00e1<\/td>Syagrus romanzoffianum<\/td>Arecaceae<\/td>dez-abr<\/td><\/tr>
Laranjeira<\/td>Citrus sinensis<\/td>Rutaceae<\/td>ago-set<\/td><\/tr>
Limoeiro<\/td>Citrus lemon<\/td>Rutaceae<\/td>ago-set<\/td><\/tr>
Macieira<\/td>Prunus malus<\/td>Rosaceae<\/td>out-nov<\/td><\/tr>
Maric\u00e1<\/td>Mimosa bimucronata<\/td>Mimosaceae<\/td>jan-mar<\/td><\/tr>
Milho<\/td>Zea mays<\/td>Poaceae<\/td>out-dez<\/td><\/tr>
P\u00eassego<\/td>Prunus persica<\/td>Rosaceae<\/td>jun-out<\/td><\/tr>
Pitanga<\/td>Eugenia uniflora<\/td>Mytaceae<\/td>set-out<\/td><\/tr>
Tarum\u00e3<\/td>Vitex megapotamica<\/td>Verbenaceae<\/td>set-nov<\/td><\/tr>
Trevo<\/td>Trifolium repens<\/td>Fabaceae<\/td>abr-jun<\/td><\/tr>
Trigo-sarraceno<\/td>Fagopyrum sagitatum<\/td>Polygonaceae<\/td>abr-jun<\/td><\/tr>
Pata de vaca<\/td>Bauhinia forficata<\/td>Ceasapilnaceae<\/td>jan-fev<\/td><\/tr><\/tbody><\/table><\/figure>\n\n\n\n

Reda\u00e7\u00e3o Ambientebrasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"