{"id":2240,"date":"2009-01-13T15:21:05","date_gmt":"2009-01-13T15:21:05","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:35:08","modified_gmt":"2021-07-10T23:35:08","slug":"plantas_carnivoras","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/natural\/artigos\/plantas_carnivoras.html","title":{"rendered":"Plantas Carn\u00edvoras"},"content":{"rendered":"\n

S\u00e3o plantas de beleza ex\u00f3tica, altamente especializadas, capazes de atrair, prender, e digerir formas de vida animais. Alimentam-se principalmente de insetos, al\u00e9m de diversos organismos aqu\u00e1ticos microsc\u00f3picos, moluscos (lesmas e caramujos), artr\u00f3podes (insetos, aranhas e centop\u00e9ias), e excepcionalmente pequenos vertebrados, como sapos, p\u00e1ssaros e roedores.<\/p>\n\n\n\n

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Para capturar suas presas, elas precisam de estrat\u00e9gias para atrair as presas \u00e0s suas armadilhas. Muitas carn\u00edvoras utilizam cores vivas e odor de n\u00e9ctar, enquanto outras aproveitam-se de padr\u00f5es de luz ultravioleta de suas armadilhas para atrair insetos voadores. Ainda, certas esp\u00e9cies dos g\u00eaneros Byblis e Drosera, usam a luz refletida pelas numerosas got\u00edculas de mucilagem presentes nas suas armadilhas como mecanismo de atra\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

As armadilhas do tipo “jaula” (encontradas em esp\u00e9cies de Dionaea e Aldrovanda), s\u00e3o constitu\u00eddas de folhas modificadas em duas metades com gatilhos no interior. Quando os gatilhos s\u00e3o tocados por presas potenciais, as metades da folha se fecham em fra\u00e7\u00f5es de segundo, esmagando a presa e digerindo-a.<\/p>\n\n\n\n

Armadilhas de suc\u00e7\u00e3o s\u00e3o utilizadas por todas as esp\u00e9cies de Utricularia. Elas consistem de pequenas ves\u00edculas, cada qual com uma diminuta entrada cercada por gatilhos que, quando estimulados, provocam a abertura desta entrada. Devido \u00e0 diferen\u00e7a de press\u00e3o entre o interior e o exterior da ves\u00edcula, quando a entrada \u00e9 repentinamente aberta, tudo ao redor \u00e9 sugado para dentro, incluindo a presa que estimulou o gatilho.<\/p>\n\n\n\n

Armadilhas do tipo folhas colantes s\u00e3o as mais simples, constitu\u00eddas, basicamente, por gl\u00e2ndulas colantes espalhadas pelas folhas ou at\u00e9 pela planta toda. As presas s\u00e3o, na maioria, pequenos insetos voadores. Esse tipo de armadilha \u00e9 encontrado em Byblis, Drosera, Drosophyllum, Ibicella e Triphyophyllum.<\/p>\n\n\n\n

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Asc\u00eddios s\u00e3o folhas altamente especializadas, inchadas e ocas, como se fossem urnas, com uma entrada no topo e l\u00edquido digestivo no interior, presentes em Cephalotus, Darlingtonia, Heliamphora, Nepenthes, Sarracenia, etc. Capturam desde pequenos vertebrados at\u00e9 diminutos invertebrados. As presas caem no l\u00edquido digestivo, aonde se afogam e s\u00e3o digeridas; seus restos se acumulam no fundo, \u00e0s vezes enchendo a armadilha at\u00e9 o topo.<\/p>\n\n\n\n

As plantas do g\u00eanero Nepenthes s\u00e3o as que possuem as maiores armadilhas, que podem alcan\u00e7ar at\u00e9 meio metro de altura cada e armazenar at\u00e9 cinco litros de \u00e1gua. Com frequ\u00eancia elas capturam presas grandes. Na verdade sup\u00f5e-se que os vertebrados tornam-se presas acidentamente, quando procurando por insetos presos nas armadilhas, em busca de alimento.<\/p>\n\n\n\n

Tendo sido capturada a presa, d\u00e1-se in\u00edcio ao processo de digest\u00e3o, realizada por enzimas proteol\u00edticas (enzimas que digerem prote\u00ednas), que quebram as subst\u00e2ncias em mol\u00e9culas menores, sendo absorvidas pelas folhas. Tais enzimas s\u00e3o muito fracas, portanto n\u00e3o causam dano algum \u00e0 pele humana ou qualquer animal de m\u00e9dio \u00e0 grande porte.<\/p>\n\n\n\n

S\u00e3o conhecidas mais de 500 esp\u00e9cies de plantas carn\u00edvoras, espalhadas pelo mundo todo (exceto a Ant\u00e1rtida). Distribuem-se desde as regi\u00f5es quentes e \u00famidas nas florestas tropicais, at\u00e9 as tundras g\u00e9lidas da Sib\u00e9ria, ou os desertos da Austr\u00e1lia. No Brasil, existem mais de 80 esp\u00e9cies diferentes. Elas crescem principalmente nas serras e chapadas, e podem ser encontradas em quase todos os estados, sendo mais abundantes em Goi\u00e1s, Minas Gerais e Bahia.<\/p>\n\n\n\n

Reda\u00e7\u00e3o Ambientebrasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"