{"id":2236,"date":"2009-01-13T13:46:06","date_gmt":"2009-01-13T13:46:06","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:35:11","modified_gmt":"2021-07-10T23:35:11","slug":"divisao_pteridophyta","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/natural\/artigos\/divisao_pteridophyta.html","title":{"rendered":"Divis\u00e3o Pteridophyta"},"content":{"rendered":"\n

Esta divis\u00e3o engloba todas as cript\u00f3gamas vasculares, com uma acentuada altern\u00e2ncia de gera\u00e7\u00f5es. Aqui o espor\u00f3fito \u00e9 a gera\u00e7\u00e3o mais desenvolvida e apresenta maior diferencia\u00e7\u00e3o anat\u00f4mica e morfol\u00f3gica. O gamet\u00f3fito ou \u00e9 uma l\u00e2mina verde que vive na superf\u00edcie do solo, apresentando riz\u00f3ides, ou subterr\u00e2neo e incolor vivendo como sapr\u00f3fita; emcertos casos o pr\u00f3talo \u00e9 incolor e muito reduzido, nunca abandonando a membrana do esporo que o originou. A fecunda\u00e7\u00e3o sempre se processa por interm\u00e9dio de anteroz\u00f3ides flagelados.<\/p>\n\n\n\n

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As pterid\u00f3fitas foram os primeiros vegetais a conquistarem definitivamente o ambiente terrestre. Entretanto ainda dependem da \u00e1gua para a fecunda\u00e7\u00e3o (quimiotactismo). S\u00e3o plantas criptog\u00e2micas, vasculares, corm\u00f3fitas. Ou seja, s\u00e3o vegetais que n\u00e3o apresentam flores, possuem vasos condutores de seiva (xilema e floema) e o aparelho vegetativo com raiz, caule e folhas bem desenvolvidas. Estas caracter\u00edsticas permitiram um maior crescimento da planta. Foram os primeiros vegetais corm\u00f3fitos (raiz, caule e folha) e os primeiros vegetais com heterosporia (produzem esporos diferentes por meiose).<\/p>\n\n\n\n

Compreendem esta divis\u00e3o 5 classes: Psilophytopsida, Lycopsida, Psilotopsida, Articulatae e Filices, sendo que Rhyniophyta, Zosterophyllophyta, Trimerophytophyta foram extintas no fim do Devoniano.<\/p>\n\n\n\n

  1. Classe Psilophytopsida
  2. Classe Lycopsida
  3. Classe Psilotopsida
  4. Classe Articulatae
  5. Classe Filices
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Classe Psilophytopsida<\/strong><\/p>\n\n\n\n

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Os vegetais desta classe possuem caule vascularizado e fotossintetizante; aus\u00eancia de ra\u00edzes (presen\u00e7a de riz\u00f3ides unicelulares); aus\u00eancia de folhas (presen\u00e7a de escamas).<\/p>\n\n\n\n

A divis\u00e3o compreende os vegetais vasculares mais simples, possuindo espor\u00f3fito de tamanho relativamente pequeno quando comparado \u00e0s demais Pterid\u00f3fitas, com caule cil\u00edndrico fotossintetizante, cilindro vascular tipo prostele pouco lignificado e sem folhas ou ra\u00edzes, apresentando apenas escamas ou riz\u00f3ides.<\/p>\n\n\n\n

Encontra-se sempre em simbiose com fungos. Existem apenas dois g\u00eaneros atuais, Psilotum e Tmesipteris, o primeiro caracter\u00edstico de regi\u00f5es tropicais e o segundo nativo da Nova Zel\u00e2ndia e Austr\u00e1lia.<\/p>\n\n\n\n

 
Classe Lycopsida<\/strong><\/p>\n\n\n\n

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Os vegetais desta classe possuem caule, ra\u00edzes e folhas verdadeiras (vascularizadas). Essa divis\u00e3o compreende vegetais vasculares cujo espor\u00f3fito possui caule, raiz e folhas verdadeiras, vascularizadas. As folhas disp\u00f5em-se espiraladamente ao redor do caule e s\u00e3o do tipo micr\u00f3fila (vascularizadas).<\/p>\n\n\n\n

A classe apresenta apenas 5 g\u00eaneros atuais (entre elas, Lycopodium, Selaginella e Isoetes), amplamente distribu\u00eddos em regi\u00f5es tropicais e temperadas.
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Classe Psilotopsida<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Compreende esta classe uma s\u00f3 ordem Psilotales – com as caracter\u00edsticas da classe.<\/p>\n\n\n\n

Classe Articulatae (=Sphenopsida)
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Os representantes desta classe s\u00e3o caracterizados primariamente pelo caule articulado, com folhas micr\u00f3filas dispostas verticiladamente nos n\u00f3s e por formarem densos estr\u00f3bilos terminais. O \u00fanico g\u00eanero vivo isosporado, assim como a maioria dos representantes f\u00f3sseis que eram heterosporados. Reconhecemos nesta classe 5 ordens: Hyeniales, Pseudoborniales, Sphenophyllales, Calamitales e Equisetales. As quatro primeiras s\u00e3o conhecidas como f\u00f3sseis, e a \u00faltima com muitos representantes f\u00f3sseis e um \u00fanico g\u00eanero vivo.
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Classe Filices (=Pteropsida)<\/strong><\/p>\n\n\n\n

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Os vegetais desta classe apresentam caule, ra\u00edzes e folhas verdadeiras (vascularizadas); folhas macr\u00f3filas (com exce\u00e7\u00f5es), verna\u00e7\u00e3o circinada e conseq\u00fcente presen\u00e7a do b\u00e1culo.<\/p>\n\n\n\n

Como exemplos de pterid\u00f3fitas podemos citar as samambaias, avencas, xaxins, entre outros. As samambaias apresentam import\u00e2ncia ornamental, econ\u00f4mica e industrial. O xaxim (Dycksonia sellowiana) \u00e9 visto como um vaso org\u00e2nico – \u00e9 um entrela\u00e7ado de ra\u00edzes advent\u00edcias que saem do caule de certas samambaias que ret\u00e9m umidade.<\/p>\n\n\n\n

Ainda apresentam import\u00e2ncia ecol\u00f3gica pois s\u00e3o base da cadeia alimentar, al\u00e9m de abrigarem muitas esp\u00e9cies de ep\u00edfitas (vivem em cima de outros vegetais sem prejudicar). O xaxim vem sendo explorado ilegalmente de nossas florestas, sendo praticamente amea\u00e7ado de extin\u00e7\u00e3o, devido \u00e0 intensa comercializa\u00e7\u00e3o. Para tanto, criaram uma Resolu\u00e7\u00e3o do CONAMA, N\u00b0 278 de 24 de maio de 2001, que suspende as autoriza\u00e7\u00f5es para corte e explora\u00e7\u00e3o de esp\u00e9cies de xaxim (Dycksonia sellowiana) no bioma da Floresta Atl\u00e2ntica.  Outra pterid\u00f3fita muito explorada \u00e9 a Rumohra adiantiformis, suas frondes s\u00e3o brilhantes e de cor verde escura. S\u00e3o plantas ornamentas geralmente utilizadas em arranjos florais. A longevidade na \u00e1gua pode atingir 14 dias.<\/p>\n\n\n\n

Dentre as esp\u00e9cies de Pteridophyta, 29% ou 2.593 esp\u00e9cies s\u00e3o ep\u00edfitas, representadas em 13 fam\u00edlias com 92 g\u00eaneros, sendo Polypodiaceae a quarta fam\u00edlia mais importante em n\u00famero de esp\u00e9cies epif\u00edticas vasculares. Al\u00e9m de Polypodiaceae, as fam\u00edlias Hymenophyllaceae, Grammitidaceae, Vittariaceae e Lycopodiaceae se destacam por apresentarem muitas esp\u00e9cies epif\u00edticas.<\/p>\n\n\n\n

As pterid\u00f3fitas epif\u00edticas apresentam uma estrat\u00e9gia denominada poiquiloidria: podem dessecar a fronde e subsistir com pequena fra\u00e7\u00e3o de \u00e1gua tomada da atmosfera; saturam-se prontamente quando chove e prosseguem em suas atividades vitais at\u00e9 novo dessecamento.<\/p>\n\n\n\n


Reprodu\u00e7\u00e3o e Fecunda\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n

– Quimiotactismo: oosfera atra\u00ed o anteroz\u00f3ide atrav\u00e9s de subst\u00e2ncias qu\u00edmicas que se desloca pela \u00e1gua<\/p>\n\n\n\n

– Fase duradoura: Espor\u00f3fito. A fecunda\u00e7\u00e3o ocorre sempre com a participa\u00e7\u00e3o da \u00e1gua. O protalo \u00e9 uma estrutura, geralmente, pequena, verde e em forma de l\u00e2mina vivendo acima do solo. Em alguns casos ele pode ser sapr\u00f3fita e ser encontrado dentro do solo, sendo neste caso incolor. N\u00e3o importando sua forma ele tem um per\u00edodo de vida curto n\u00e3o ultrapassando algumas semanas (em situa\u00e7\u00f5es especiais, caso n\u00e3o haja a fecunda\u00e7\u00e3o o protalo pode viver durante anos).<\/p>\n\n\n\n

Evolu\u00e7\u00e3o e Origem<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Evolu\u00edram a partir de algas semelhantes a clorof\u00edceas com talos complexos, altern\u00e2ncia de gera\u00e7\u00f5es e meristemas apicais.<\/p>\n\n\n\n

Com rela\u00e7\u00e3o a origem das primeiras plantas vasculares encontramos explica\u00e7\u00f5es que diferem da simples evolu\u00e7\u00e3o direta a partir das algas verdes. A origem pode estar em simbioses de algas verdes e fungos (liquens). A origem pode estar em um parasitismo por fungos que rapidamente se transformou em mutualismo e terminou por uma aquisi\u00e7\u00e3o por parte da planta hospedeira do genoma fungal. Assim as plantas vasculares evolu\u00edram com as v\u00e1rias contribui\u00e7\u00f5es do genoma fungal que levou a especializa\u00e7\u00e3o de v\u00e1rias c\u00e9lulas. O corpo do vegetal seria, ent\u00e3o, um mosaico onde seriam encontradas v\u00e1rias c\u00e9lulas de algas e fungos adicionado de v\u00e1rias formas intermedi\u00e1rias.<\/p>\n\n\n\n

Localiza\u00e7\u00e3o e Morfologia<\/strong><\/p>\n\n\n\n

S\u00e3o encontradas desde ambientes des\u00e9rticos at\u00e9 ambientes aqu\u00e1ticos, podendo ser, tamb\u00e9m, ep\u00edfitas. Seu tamanho pode variar bastante podendo ser pequenas como a aqu\u00e1tica Salvinia at\u00e9 esp\u00e9cies arborescentes como o samambaia\u00e7u, Cyathea com mais de 5m.<\/p>\n\n\n\n

Algumas pterid\u00f3fitas apresentam diferencia\u00e7\u00e3o em suas folhas. Assim um tipo de folha se encarrega das fun\u00e7\u00f5es vegetativas, sendo neste caso chamada de trof\u00f3filo e um segundo tipo que se encarrega, al\u00e9m das fun\u00e7\u00f5es vegetativas das fun\u00e7\u00f5es reprodutivas, sendo chamada espor\u00f3filo. A esse fen\u00f4meno d\u00e1-se o nome de heterofilia.<\/p>\n\n\n\n

A folha, o caule e a raiz s\u00e3o bem desenvolvidas sendo esta \u00faltima protegida pela coifa. Todos com vasos condutores. Seus representantes mais relevantes se encontram nas seguintes classes: Lycopsida (Lycopodium e Selaginela), Equisetatae (composta apenas pelo g\u00eanero Equisetum), e Filicatae (fetos arborescentes, salvinia, samambaias).<\/p>\n\n\n\n

Reda\u00e7\u00e3o Ambientebrasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"