{"id":2235,"date":"2009-01-13T11:17:07","date_gmt":"2009-01-13T11:17:07","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:35:13","modified_gmt":"2021-07-10T23:35:13","slug":"divisao_bryphyta_briofitas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/natural\/artigos\/divisao_bryphyta_briofitas.html","title":{"rendered":"Divis\u00e3o Bryphyta (Bri\u00f3fitas)"},"content":{"rendered":"\n
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Compreendem esta divis\u00e3o plantas herb\u00e1ceas e pequenas, sem tecidos condutores (vasos) diferenciados. As Bri\u00f3fitas (Bryophyta) s\u00e3o vegetais, na maioria terrestres, apresentando caracter\u00edsticas que as separam das algas e das plantas vasculares. Pertencem a esta divis\u00e3o os musgos e l\u00edquens. Crescem em uma variedade de substratos, naturais ou artificiais, sob diversas condi\u00e7\u00f5es microclim\u00e1ticas. Abrigam vasta comunidade bi\u00f3tica, como pequenos animais, algas, fungos, mixomicetos, cianobact\u00e9rias e protozo\u00e1rios. Propiciam condi\u00e7\u00f5es, em muitos ambientes, para o desenvolvimento de plantas vasculares devido \u00e0 capacidade de reter umidade. Nas bri\u00f3fitas n\u00e3o existem ra\u00edzes apenas riz\u00f3ides.<\/p>\n\n\n\n

As bri\u00f3fitas possuem aspectos econ\u00f4micos, pois podem ser utilizadas com indicadores ecol\u00f3gicos. Algumas s\u00e3o boas indicadoras da qualidade do solo de florestas e das condi\u00e7\u00f5es de pH e da \u00e1gua em turfeiras. Certos musgos indicam a presen\u00e7a de c\u00e1lcio na \u00e1gua, outros indicam a presen\u00e7a de alguns dep\u00f3sitos minerais no solo. As bri\u00f3fitas tamb\u00e9m servem para monitorar a polui\u00e7\u00e3o por metais pesados, devido \u00e0 sua grande capacidade de concentrar esses elementos, e as concentra\u00e7\u00f5es de poluentes do ar, al\u00e9m dessas fun\u00e7\u00f5es. Tamb\u00e9m podem ser usadas com alimento para peixes, mam\u00edferos e p\u00e1ssaros, como iscas em pescaria, para controlar a eros\u00e3o do solo, umidade e inunda\u00e7\u00f5es , como ervas medicinais. Na biologia \u00e9 aplicada em antibi\u00f3ticos, reguladores do crescimento de plantas, ornamentais em floriculturas, na fabrica\u00e7\u00e3o de Whisky e o g\u00eanero Sphagnum foi usado na 2\u00aa Guerra Mundial como algod\u00e3o (anti-s\u00e9ptico).<\/p>\n\n\n\n

Primeiros vegetais que se adaptaram \u00e0 vida terrestre, apresentando tecidos verdadeiros, por\u00e9m n\u00e3o possuem tecidos de condu\u00e7\u00e3o (s\u00e3o avasculares) ou flores. Seus \u00f3rg\u00e3os reprodutores s\u00e3o os anter\u00eddios e os arqueg\u00f4nios, que s\u00e3o protegidos pela epiderme.<\/p>\n\n\n\n

As bri\u00f3fitas s\u00e3o consideradas cript\u00f3gamas, e conseq\u00fcentemente, como plantas inferiores, pelo fato principal de n\u00e3o possu\u00edrem estruturas complexas e mesmo sem sistema condutor de seivas. Formam extensos tapetes verdes em lugares sombreados e \u00famidos. Com isso, impedem que a chuva penetre a fundo na terra, protegendo o solo contra a eros\u00e3o e reduzindo, nas encostas, os riscos de deslizamentos. S\u00e3o basicamente plantas terrestres. Algumas esp\u00e9cies s\u00e3o de \u00e1gua doce, mas n\u00e3o se conhecem representantes marinhos. H\u00e1 ainda bri\u00f3fitas ep\u00edfitas, que se desenvolvem nos troncos e galhos de \u00e1rvores. Todo o grupo \u00e9 destitu\u00eddo de flores, frutos e sementes.<\/p>\n\n\n\n

As bri\u00f3fitas dependem de \u00e1gua para a fecunda\u00e7\u00e3o, uma vez que o gameta masculino (m\u00f3vel) necessita de um meio l\u00edquido para se deslocar at\u00e9 o gameta feminino (im\u00f3vel). Portanto, embora a maioria dessas plantas seja terrestre, seus la\u00e7os de depend\u00eancia da \u00e1gua n\u00e3o foram totalmente rompidos.<\/p>\n\n\n\n

A reprodu\u00e7\u00e3o ocorre por altern\u00e2ncia de gera\u00e7\u00f5es ou metag\u00eanese. Isso significa que o ciclo inclui uma fase sexuada e outra assexuada. A fase sexuada (de gamet\u00f3fito) \u00e9 produtora de gametas e a assexuada (de espor\u00f3fito), de esporos. A reprodu\u00e7\u00e3o de um musgo di\u00f3ico, ou seja, no qual os sexos est\u00e3o separados em plantas distintas, serve para ilustrar o processo. Ao atingirem a maturidade sexual, os gamet\u00f3fitos (a planta permanente) produzem gamet\u00e2ngios masculinos (anter\u00eddios) e femininos (arqueg\u00f4nios), em cujo interior se formam os gametas masculinos (anteroz\u00f3ides) e femininos (oosferas). Os anteroz\u00f3ides podem alcan\u00e7ar os oosferas por meio de gotas de orvalho ou pingos de chuva.<\/p>\n\n\n\n

A uni\u00e3o entre o anteroz\u00f3ide e a oosfera (fecunda\u00e7\u00e3o), que ocorre no arqueg\u00f4nio, determina a forma\u00e7\u00e3o do zigoto. Este se desenvolve e d\u00e1 origem ao espor\u00f3fito, produtor de esporos, que cresce sob o gamet\u00f3fito feminino e da\u00ed obt\u00e9m seu alimento.<\/p>\n\n\n\n

O espor\u00f3fito \u00e9 constitu\u00eddo de uma haste em cuja extremidade h\u00e1 uma c\u00e1psula que abriga os espor\u00e2ngios — urnas diminutas onde os esporos se formam por meiose, para serem a seguir expelidos para o meio ambiente. Em condi\u00e7\u00f5es adequadas, cada esporo germina e se transforma numa esp\u00e9cie de broto, o protonema, que por sua vez dar\u00e1 origem a um novo musgo (gamet\u00f3fito), fechando o ciclo.<\/p>\n\n\n\n

A Flora briof\u00edtica do Brasil conta com 3.125 esp\u00e9cies distribu\u00eddas em 450 g\u00eaneros e 110 fam\u00edlias. Este grupo vegetal \u00e9 representada por tr\u00eas divis\u00f5es: Anthocerotae (ant\u00f3ceros); Hepaticae (hep\u00e1ticas) e Musci (musgos).<\/p>\n\n\n\n

Classe Musci<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A classe Musci \u00e9 subdividida em sete subclasses , 700 g\u00eaneros e aproximadamente 10.000 esp\u00e9cies. Aqui s\u00e3o inclu\u00eddas todas as bri\u00f3fitas com o espor\u00f3fito mais diferenciado que conhecemos.<\/p>\n\n\n\n

Os musgos s\u00e3o vegetais que apresentam o corpo divido em tr\u00eas regi\u00f5es espec\u00edficas: rizo\u00edde, caul\u00f3ide, e fil\u00f3ide.<\/p>\n\n\n\n

Reprodu\u00e7\u00e3o:<\/p>\n\n\n\n