{"id":2234,"date":"2009-01-13T15:29:56","date_gmt":"2009-01-13T15:29:56","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:35:08","modified_gmt":"2021-07-10T23:35:08","slug":"terra_o_nosso_planeta","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/natural\/artigos\/terra_o_nosso_planeta.html","title":{"rendered":"Terra, o nosso planeta."},"content":{"rendered":"\n

A Terra \u00e9 o nosso planeta, e ocupa o lugar entre os oito planetas do sistema solar; o seu di\u00e2metro \u00e9 cem vezes inferior ao do Sol. A Terra vem em terceiro lugar na ordem das dist\u00e2ncias ao Sol, \u00e0 volta do qual efetua uma revolu\u00e7\u00e3o em pouco mais de 365 dias, numa \u00f3rbita quase circular situada a uma dist\u00e2ncia m\u00e9dia de 150 milh\u00f5es de quil\u00f4metros, o que representa uma velocidade orbital de 100.000km\/h.<\/p>\n\n\n\n

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A Terra passa no ponto mais pr\u00f3ximo do Sol no princ\u00edpio de Janeiro (peri\u00e9lio) e encontra-se no ponto mais afastado nos princ\u00edpios de Julho (af\u00e9lio); \u00e0 dist\u00e2ncia m\u00e1xima em rela\u00e7\u00e3o ao sol, no entanto, \u00e9 apenas de 5 milh\u00f5es de km, e 3% somente da dist\u00e2ncia total. Ao deslocar-se na sua \u00f3rbita, a Terra efetua uma rota\u00e7\u00e3o sobre si mesma em 24 horas; este tempo representa por defini\u00e7\u00e3o um dia, e este movimento d\u00e1 origem \u00e0 sucess\u00e3o dos dias e das noites; no equador, a velocidade de rota\u00e7\u00e3o atinge 1.700 km\/h. O eixo desta rota\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 perpendicular ao plano da \u00f3rbita (ecl\u00edptica), e faz com este um \u00e2ngulo de 23\u00ba 27′. Da\u00ed resulta que, conforme as \u00e9pocas do ano, para um dado lugar, o Sol n\u00e3o tem a mesma altura no firmamento, o que determina o fen\u00f4meno das esta\u00e7\u00f5es. A diferen\u00e7a entre a dura\u00e7\u00e3o do dia e a da noite aumenta com a latitude; assim, no Inverno, no p\u00f3lo norte, a noite dura seis meses, durante os quais, no p\u00f3lo sul, \u00e9 o Ver\u00e3o e o dia perp\u00e9tuo.<\/p>\n\n\n\n

A Terra nasceu provavelmente de part\u00edculas de poeira e de gases, constitu\u00eddos por ampla gama de elementos qu\u00edmicos, mas j\u00e1 empobrecidos nos elementos mais vol\u00e1teis que giravam originalmente numa vasta nuvem \u00e0 volta do Sol. A agrega\u00e7\u00e3o do material deu-se simultaneamente no Sol (98% da massa existente na nebulosa proto-solar) e nos planetas.<\/p>\n\n\n\n

Por acumula\u00e7\u00e3o de blocos de todos os tamanhos formaram-se, assim, a diferentes dist\u00e2ncias do astro do dia, os planetas e seus sat\u00e9lites. Para a Terra, isto passou-se h\u00e1 4,6 bilh\u00f5es de anos para o Sol e todos os outros planetas. Para os sat\u00e9lites, depende de sua origem. A lua pode ter-se formado por uma colis\u00e3o de aster\u00f3ide com a Terra, e a\u00ed, apesar de seu material ter a mesma idade do material terrestre, sua individualiza\u00e7\u00e3o teria sido um pouquinho posterior.<\/p>\n\n\n\n

H\u00e1 data\u00e7\u00f5es de gr\u00e3os de zirc\u00e3o de at\u00e9 4,2 bilh\u00f5es de anos (provenientes das montanhas Jak Hills, Austr\u00e1lia). Outros materiais, como rochas com estromat\u00f3litos (estruturas feitas por algas), t\u00eam idade de 3,8 bilh\u00f5es de anos.<\/p>\n\n\n\n

Esta idade determina-se por um m\u00e9todo fundado na radioatividade; com efeito, o ur\u00e2nio transforma-se em chumbo, no decurso do tempo, a uma velocidade constante e bem determinada; deste modo, segundo o teor de chumbo de materiais radioativos, torna-se poss\u00edvel datar as rochas. Gra\u00e7as ao estudo dos solos e dos relevos, pode dividir-se a hist\u00f3ria da Terra em eras e per\u00edodos geol\u00f3gicos, tendo-se situado o come\u00e7o da Era Paleoz\u00f3ica h\u00e1 quinhentos milh\u00f5es de anos.<\/p>\n\n\n\n

Sobre os quatro mil e quinhentos milh\u00f5es de anos precedentes, n\u00e3o sabemos praticamente nada; \u00e9 o per\u00edodo chamado Pr\u00e9-Cambriano.<\/p>\n\n\n\n

Os primeiros organismos vivos apareceram h\u00e1 3,8 bilh\u00f5es de anos, e antes mesmo do come\u00e7o da era prim\u00e1ria; os primeiros vermes e moluscos apareceram h\u00e1 seiscentos milh\u00f5es de anos. H\u00e1 quatrocentos milh\u00f5es de anos apareceram os peixes; h\u00e1 cento e quarenta milh\u00f5es, os r\u00e9pteis; h\u00e1 sessenta milh\u00f5es, os mam\u00edferos, h\u00e1 um milh\u00e3o, os primeiros homin\u00eddeos, mais s\u00edmios que homens, o Homo sapiens, nosso verdadeiro antepassado, n\u00e3o tem mais do que quinhentos mil anos.<\/p>\n\n\n\n

A Terra tem a forma de um globo mais ou menos esf\u00e9rico, ligeiramente achatado nos p\u00f3los e dilatado no equador; o seu di\u00e2metro equatorial \u00e9 de 12.756 km, o que d\u00e1 uma circunfer\u00eancia ligeiramente superior a 40.000 km, e o seu di\u00e2metro nos p\u00f3los tem menos 42 km (12.714 km). O volume do nosso planeta \u00e9 de 1.100 milhares de milh\u00f5es de quil\u00f4metros c\u00fabicos, a massa \u00e9 de 6000 milhares de milh\u00f5es de toneladas e a sua densidade \u00e9, por conseguinte, de 5,52. A superf\u00edcie total do globo \u00e9 de 510 milh\u00f5es de quil\u00f4metros quadrados, dos quais 71% s\u00e3o mares e 29% continentes. Divide-se geralmente a Terra em tr\u00eas partes: atmosfera, inv\u00f3lucro gasoso composto essencialmente de azoto e oxig\u00eanio ao n\u00edvel do solo, estende-se at\u00e9 3.000 km e subdivide-se em v\u00e1rias camadas: troposfera, estratosfera, ionosfera, exosfera; hidrosfera, o conjunto das partes oce\u00e2nicas; litosfera, o conjunto das terras emersas.<\/p>\n\n\n\n

A altitude mais elevada da litosfera (monte Everest, 8.880 m) \u00e9 inferior \u00e0 maior profundidade conhecida da hidrosfera (11.520 m, na fossa de Mindanau).
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A Crosta Terrestre<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A hidrosfera \u00e9 o conjunto de \u00e1gua (s\u00f3lida, l\u00edquida e gasosa) que pode, em parte, estar ocupando descontinuidades nas rochas da litosfera (na sua parte muito superior, nos aqu\u00edferos – \u00e1gua subter\u00e2nea), al\u00e9m de estar nos oceanos, rios, lagos, geleiras e na atmosfera, nas nuvens ou fora delas.<\/p>\n\n\n\n

A litosfera \u00e9 um compartimento terrestre que compreende a crosta (com ela, portanto) e a parte mais superior do manto. Forma uma camada r\u00edgida, que constitui as placas tect\u00f4nicas.<\/p>\n\n\n\n

A densidade da crosta continental gran\u00edtica \u00e9 2,8 e 3,0 para a crosta oce\u00e2nica, bas\u00e1ltica. A crosta \u00e9 tamb\u00e9m designada por sial sendo os seus elementos constituintes essenciais a s\u00edlica e o alum\u00ednio. Sial podia ser entendida como crosta continental. Sima como crosta oce\u00e2nica. E uma n\u00e3o est\u00e1 sobre a outra, muito pelo contr\u00e1rio, sucedem-se lateralmente. A crosta \u00e9 r\u00edgida sim e, junto com a parte superior do manto forma a litosfera, tamb\u00e9m completamente r\u00edgida. A litosfera est\u00e1 sobre a astenosfera, formada por material s\u00f3lido por\u00e9m muito quente e sob alta press\u00e3o, o que permite um comportamento pl\u00e1stico ano decorrer do tempo geol\u00f3gico. Com as correntes de convec\u00e7\u00e3o para transmiss\u00e3o do calor interna para as partes mais externas, o material da astenosfera exerce atrito sob a litosfera, dividindo-a em placas, que separam-se ou chocam-se, gerando a tect\u00f4nica de placas.<\/p>\n\n\n\n

Abaixo do sial encontra-se o sima (s\u00edlica + magn\u00e9sio), tamb\u00e9m chamado pirosfera, que corresponde ao manto, de consist\u00eancia mais ou menos fluida. Atualmente, pensa-se que a crosta n\u00e3o \u00e9 rigorosamente r\u00edgida, e que flutua de certo modo sobre o manto; imensos movimentos de convec\u00e7\u00e3o no sima originariam ent\u00e3o uma lenta desloca\u00e7\u00e3o dos continentes, uns em rela\u00e7\u00e3o aos outros. Esta deriva dos continentes, admitida desde 1912 por Wegener, parece hoje confirmada. A superf\u00edcie de contato entre a crosta e o manto tem o nome de descontinuidade de Mohorovicic. Esta superf\u00edcie n\u00e3o seria de mais de alguns quil\u00f4metros sob os oceanos e de v\u00e1rias dezenas de quil\u00f4metros sob as montanhas, em virtude da teoria da isostasia.
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Composi\u00e7\u00e3o da Terra<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Entre o centro da Terra 6.370km abaixo da superf\u00edcie e o ponto mais distante da atmosfera, cerca de 1.000 km acima da superf\u00edcie, s\u00e3o identificadas cinco camadas: atmosfera, hidrosfera e as tr\u00eas camadas conc\u00eantricas do globo, o n\u00facleo, o manto e a crosta.<\/p>\n\n\n\n

Atmosfera
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\u00c9 a capa gasosa que envolve a Terra. \u00c9 composta por cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera, dependendo do gradiente de temperatura da regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Gradiente de temperatura – \u00e9 a rela\u00e7\u00e3o entre temperatura e altitude de determinada regi\u00e3o atmosf\u00e9rica. Um gradiente positivo significa que a temperatura aumenta com a altitude; um gradiente negativo, que ela decresce com a altitude; e um gradiente indefinido, que a densidade das mol\u00e9culas \u00e9 baixa demais para que a temperatura tenha valor significativo.<\/p>\n\n\n\n

Troposfera<\/strong> – cont\u00e9m cerca de dois ter\u00e7os da massa total da atmosfera. Est\u00e1 entre zero e 11 km de altitude e tem gradiente negativo. Os fen\u00f4menos meteorol\u00f3gicos, como nuvens e precipita\u00e7\u00f5es, resultam de fen\u00f4menos troposf\u00e9ricos.<\/p>\n\n\n\n

Estratosfera<\/strong> – n\u00edvel superior \u00e0 troposfera. Est\u00e1 na faixa entre 11 e 48 km de altitude e tem gradiente positivo. A regi\u00e3o inferior da estratosfera \u00e9 chamada camada de oz\u00f4nio porque \u00e9 onde existe a maior concentra\u00e7\u00e3o desse g\u00e1s, vital para os seres vivos por sua capacidade de absorver radia\u00e7\u00e3o ultravioleta do Sol.<\/p>\n\n\n\n

Mesosfera<\/strong> – est\u00e1 acima da estratosfera e atinge at\u00e9 80 km de altitude. Tem gradiente negativo e registra a temperatura mais baixa da atmosfera, -95\u00ba C.<\/p>\n\n\n\n

Termosfera<\/strong> – ocupa a \u00e1rea entre 80 e 650 km de altitude e apresenta gradiente positivo. Sua temperatura varia entre 1.093\u00ba C e 1.648\u00ba C.<\/p>\n\n\n\n

Exosfera<\/strong> – zona isot\u00e9rmica (gradiente indefinido) que se encontra acima de 650 km de altitude. \u00c9 o \u00e1pice da atmosfera neutra.<\/p>\n\n\n\n

Hidrosfera<\/strong>
Cerca de 70% da superf\u00edcie da Terra est\u00e1 coberta de \u00e1gua, e a maior parte dela \u00e9 \u00e1gua marinha. A composi\u00e7\u00e3o da \u00e1gua marinha varia, mas cont\u00e9m aproximadamente 3,5% de sais, sendo a maior parte (77,8%) cloreto de s\u00f3dio, o sal de cozinha.<\/p>\n\n\n\n

N\u00facleo<\/strong>
O n\u00facleo do globo \u00e9 constitu\u00eddo de ferro e n\u00edquel derretidos. Sua temperatura varia de  2.200\u00ba C na parte superior at\u00e9 cerca de 5.000\u00ba C nas regi\u00f5es mais profundas. Apesar da alta temperatura, a parte central do n\u00facleo \u00e9 formada de n\u00edquel e ferro em estado s\u00f3lido conseq\u00fc\u00eancia da grande press\u00e3o do interior do planeta. O ponto central fica a 6.500 km da superf\u00edcie.<\/p>\n\n\n\n

Manto<\/strong>
Camada pastosa com cerca de 2.900 km de espessura. Sil\u00edcio, alum\u00ednio, ferro e magn\u00e9sio s\u00e3o os elementos qu\u00edmicos predominantes. Sua temperatura varia de 870\u00ba C, junto \u00e0 crosta, at\u00e9 2.200\u00ba C, junto \u00e0 parte externa do n\u00facleo.<\/p>\n\n\n\n

Crosta<\/strong>
Os continentes, as ilhas e as terras do fundo do mar comp\u00f5em a parte externa da crosta terrestre. Sua espessura varia de 5 a 10 km sob os oceanos e, de 25 a 90 km, nos continentes. \u00c9 formada por tr\u00eas grandes grupos de rochas: magm\u00e1ticas ou \u00edgneas, metam\u00f3rficas e sedimentares.<\/p>\n\n\n\n

Rochas e minerais<\/strong> – s\u00e3o agregados naturais de um ou mais minerais. Os minerais s\u00e3o elementos ou compostos qu\u00edmicos, geralmente s\u00f3lidos. S\u00f3 a \u00e1gua e o merc\u00fario s\u00e3o minerais encontrados no estado l\u00edquido.<\/p>\n\n\n\n

Rochas magm\u00e1ticas<\/strong> – resultam da solidifica\u00e7\u00e3o do magma. Quando a solidifica\u00e7\u00e3o acontece no interior da crosta originam-se as rochas magm\u00e1ticas intrusivas, como o granito. Quando o magma se solidifica na superf\u00edcie terrestre, como resultado de erup\u00e7\u00f5es vulc\u00e2nicas, surgem as rochas magm\u00e1ticas extrusivas, como o basalto.<\/p>\n\n\n\n

Rochas metam\u00f3rficas<\/strong> – originam-se de rochas pr\u00e9-existentes por recristaliza\u00e7\u00e3o dos minerais. Isso ocorre em fun\u00e7\u00e3o de novas condi\u00e7\u00f5es de temperatura e press\u00e3o ou gra\u00e7as \u00e0 combina\u00e7\u00e3o qu\u00edmica entre dois ou mais minerais, como por exemplo o m\u00e1rmore, metamorfizado do calc\u00e1rio.<\/p>\n\n\n\n

Rochas sedimentares<\/strong> – s\u00e3o formadas a partir da eros\u00e3o de qualquer outro tipo de rocha, como a argila, o arenito e o calc\u00e1rio.<\/p>\n\n\n\n

No universo existem planetas, e que quer dizer astro errante. Existem corpos planet\u00e1rios tradicionais, como Merc\u00fario, V\u00eanus, Terra, Lua, Marte, J\u00fapiter, Saturno, Urano, Netuno, Plut\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Reda\u00e7\u00e3o Ambientebrasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"