![\"q\"\/](\"midia\/imagens\/876.jpg\")
<\/figure>\n\n\n\nAs cheias do Pantanal ocorrem em conseq\u00fc\u00eancia das chuvas locais e est\u00e3o relacionadas a problemas de drenagem, que dificultam o escoamento das \u00e1guas. Junto \u00e0s margens do rio Paraguai, as cheias formam um len\u00e7ol cont\u00ednuo que chega a atingir 4m de profundidade; mais para leste, para o interior do Pantanal, as inunda\u00e7\u00f5es se limitam \u00e0s \u00e1reas mais baixas do terreno chamadas ba\u00edas, sendo que entre uma ba\u00eda e outra h\u00e1 escoamento de \u00e1gua atrav\u00e9s de cursos denominados vazantes que podem ter muitos quil\u00f4metros de extens\u00e3o. As vazantes de car\u00e1ter permanente, que ligam ba\u00edas cont\u00edguas, s\u00e3o conhecidas como corixos. Estas terras mais baixas est\u00e3o separadas por eleva\u00e7\u00f5es, denominadas cordilheiras que n\u00e3o ultrapassam 6m de altura. Existem tamb\u00e9m as salinas, depress\u00f5es sem liga\u00e7\u00e3o com os rios, que armazenam \u00e1gua de chuva, salobra, e n\u00e3o possuem peixes. A vegeta\u00e7\u00e3o da regi\u00e3o \u00e9 conhecida como Complexo Pantanal por conter diversas forma\u00e7\u00f5es vegetais: matas, cerrados, campos limpos e vegeta\u00e7\u00e3o aqu\u00e1tica. O Pantanal \u00e9 famoso pela grande quantidade e diversidade de animais, principalmente animais aqu\u00e1ticos (aves pernaltas e mergulhadoras, jacar\u00e9s e peixes). As esp\u00e9cies mais capturadas pelos pescadores amadores s\u00e3o: pacu, pintado, cachara, piranha, piavu\u00e7u, barbado, dourado, ja\u00fa, curimbat\u00e1, piraputanga, jurupens\u00e9m, jurupoca, e tucunar\u00e9 (peixe da bacia amaz\u00f4nica introduzido em algumas \u00e1reas do Pantanal).<\/p>\n\n\n\n
Em virtude da abund\u00e2ncia e diversidade de peixes, a pesca sempre foi uma atividade econ\u00f4mica tradicional no Pantanal. A partir de meados da d\u00e9cada de 80, o setor tur\u00edstico se estruturou para oferecer transporte, hospedagem e servi\u00e7os especializados para o pescador amador, que se tornou seu principal cliente. Cerca de 56.000 pescadores amadores, principalmente de S\u00e3o Paulo, Paran\u00e1 e Minas Gerais, visitaram o Mato Grosso do Sul em 1998. Dados do mesmo per\u00edodo indicam que a maior captura ocorreu nos meses de outubro a novembro (\u00e9poca de cheia), nos rios Paraguai, Miranda, Taquari e Aquidauana (Catella et al., 1996).<\/p>\n\n\n\n
O rio Paran\u00e1, principal formador da bacia do Prata, \u00e9 o d\u00e9cimo maior do mundo em descarga, e o quarto em \u00e1rea de drenagem, drenando todo o centro-sul da Am\u00e9rica do Sul, at\u00e9 a Serra do Mar, nas proximidades da costa atl\u00e2ntica. De sua nascente, no planalto central, at\u00e9 a foz, no estu\u00e1rio do Prata, percorre 4.695km. Em territ\u00f3rio brasileiro, drena uma \u00e1rea de 891.000km\u00b2. Os principais tribut\u00e1rios do rio Paran\u00e1 s\u00e3o o Grande e o Parana\u00edba (formadores), Tiet\u00ea, Paranapanema e Igua\u00e7u. <\/p>\n\n\n\n
Na bacia do Paran\u00e1, em seu trecho brasileiro, encontra-se a maior densidade demogr\u00e1fica do Pa\u00eds. As \u00e1guas da bacia s\u00e3o utilizadas para consumo humano e, tamb\u00e9m, para a ind\u00fastria e irriga\u00e7\u00e3o. Atualmente, grandes extens\u00f5es dos principais afluentes do trecho superior do rio Paran\u00e1 j\u00e1 s\u00e3o consideradas impr\u00f3prias para uso humano e para a vida aqu\u00e1tica, em virtude da polui\u00e7\u00e3o org\u00e2nica e inorg\u00e2nica (efluentes industriais e agrot\u00f3xicos) e da elimina\u00e7\u00e3o da mata ciliar. De certa forma, as barragens ao longo dos rios t\u00eam contribu\u00eddo para a auto-depura\u00e7\u00e3o e reten\u00e7\u00e3o de poluentes, sendo constatado melhoria da qualidade da \u00e1gua, a jusante das barragens.<\/p>\n\n\n\n
Entre as principais bacias hidrogr\u00e1ficas da Am\u00e9rica do Sul, a bacia do Paran\u00e1, \u00e9 a que sofreu maior n\u00famero de represamentos para gera\u00e7\u00e3o de energia. Existem mais de 130 barragens na bacia, considerando apenas aquelas com alturas superiores a 10m, que transformaram o rio Paran\u00e1 e seus principais tribut\u00e1rios (Grande, Parana\u00edba, Tiet\u00ea, Paranapanema e Igua\u00e7u) em uma sucess\u00e3o de lagos. Dos 809km originais do rio somente 230km ainda s\u00e3o de \u00e1gua corrente. Com a constru\u00e7\u00e3o de Ilha Grande, a \u00faltima por\u00e7\u00e3o l\u00f3tica do rio ir\u00e1 desaparecer, e os \u00faltimos 30km, ainda em territ\u00f3rio brasileiro, abaixo do reservat\u00f3rio de Itaipu, tamb\u00e9m ir\u00e1 desaparecer com a constru\u00e7\u00e3o do reservat\u00f3rio de Corpus (Argentina\/Paraguai).<\/p>\n\n\n\n
O \u00faltimo trecho n\u00e3o represado do rio Paran\u00e1 apresenta um amplo canal, ora com uma extensa plan\u00edcie fluvial com pequenas ilhas (mais de 300), ora com grandes ilhas e uma plan\u00edcie alag\u00e1vel mais restrita. A plan\u00edcie chega a 20km de largura, apresentando numerosos canais secund\u00e1rios e lagoas. As flutua\u00e7\u00f5es dos n\u00edveis da \u00e1gua, embora mais prolongadas pelos represamentos, ainda mant\u00eam a sazonalidade e uma amplitude m\u00e9dia de cinco metros. Este remanescente de v\u00e1rzea tem import\u00e2ncia fundamental na manuten\u00e7\u00e3o das esp\u00e9cies de peixes j\u00e1 eliminadas dos trechos superiores da bacia, especialmente esp\u00e9cies de grande porte que realizam extensas migra\u00e7\u00f5es reprodutivas. Cerca de 170 esp\u00e9cies de peixes s\u00e3o encontradas neste trecho do rio Paran\u00e1.<\/p>\n\n\n\n
O rio Uruguai nasce na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, na jun\u00e7\u00e3o dos rios Canoas e Pelotas, e possui cerca de 1500km de extens\u00e3o. O trecho de 625kmm entre Borba e Uruguaiana \u00e9 naveg\u00e1vel. A pesca amadora ainda n\u00e3o \u00e9 muito praticada na bacia, apesar do grande potencial.<\/p>\n\n\n\n
Fonte: PNDPA<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" A bacia do Prata \u00e9 a segunda maior bacia da Am\u00e9rica do Sul. \u00c9 formada pelos rios Paraguai, Paran\u00e1 e Uruguai que juntos drenam uma \u00e1rea correspondente a 10,5% do territ\u00f3rio brasileiro, com 3,2 milh\u00f5es de km\u00b2. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":224,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1389],"tags":[1063,1078],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/223"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=223"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/223\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":4835,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/223\/revisions\/4835"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/224"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=223"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=223"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=223"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}