{"id":2225,"date":"2009-01-13T14:14:32","date_gmt":"2009-01-13T14:14:32","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:35:10","modified_gmt":"2021-07-10T23:35:10","slug":"fenomenos_climaticos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/natural\/artigos\/fenomenos_climaticos.html","title":{"rendered":"Fen\u00f4menos Clim\u00e1ticos"},"content":{"rendered":"\n

El Ni\u00f1o<\/strong>             <\/p>\n\n\n\n

El Ni\u00f1o \u00e9 o nome dado a um fen\u00f4meno que ocorre nas \u00e1guas do pac\u00edfico e que altera as condi\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas em diversas partes do mundo. Este nome foi dado por pescadores do Peru em raz\u00e3o de a costa do pa\u00eds ser muito atingida pelo fen\u00f4meno e causar graves danos aos pescadores, principalmente.<\/p>\n\n\n\n

O El Ni\u00f1o dura de 12 a 18 meses em m\u00e9dia em intervalos de 2 a 7 anos com diferentes intensidades. Quando ocorre o fen\u00f4meno as mudan\u00e7as do clima s\u00e3o diferentes em cada parte afetada do mundo como por exemplo secas no sudeste asi\u00e1tico, invernos mais quentes na Am\u00e9rica do norte e temperaturas elevadas na costa oeste da Am\u00e9rica do sul, que faz com que os pescadores do Peru sejam prejudicados. Todas estas mudan\u00e7as ocorrem devido ao aumento da temperatura na superf\u00edcie do mar nas \u00e1guas do pac\u00edfico equatorial, principalmente na regi\u00e3o oriental. Isto faz com que a press\u00e3o na regi\u00e3o diminua, a temperatura do ar aumente e fique mais \u00famido, no pacifico oriental. Esta mudan\u00e7a nesta parte do mundo causa uma mudan\u00e7a dr\u00e1stica de dire\u00e7\u00e3o e velocidade dos ventos a n\u00edvel global fazendo com que as massas de ar mudem de comportamento em varias regi\u00f5es do planeta.<\/p>\n\n\n\n

Efeitos do El Ni\u00f1o no Brasil
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Os efeitos do El Ni\u00f1o no Brasil causam preju\u00edzos e benef\u00edcios. Mas os danos causados s\u00e3o muito maiores que os benef\u00edcios, ent\u00e3o para o Brasil o fen\u00f4meno \u00e9 muito temido, principalmente por agricultores.<\/p>\n\n\n\n

A regi\u00e3o sul \u00e9, talvez, a mais afetada. Em cada epis\u00f3dio do El Ni\u00f1o \u00e9 observado na regi\u00e3o sul um grande aumento de chuvas e o \u00edndice pluviom\u00e9trico, principalmente nos meses de primavera, fim do outono e come\u00e7o de inverno, pode sofrer um acr\u00e9scimo de at\u00e9 150% de precipita\u00e7\u00e3o em rela\u00e7\u00e3o ao seu \u00edndice normal. Isto faz com que nos meses da safra a chuva atrapalhe a colheita e haja graves preju\u00edzos aos agricultores, principalmente de gr\u00e3os. Estas chuvas tamb\u00e9m podem atingir o estado de S\u00e3o Paulo.<\/p>\n\n\n\n

As temperaturas tamb\u00e9m mudam na regi\u00e3o sul e sudeste e \u00e9 observado invernos mais amenos na regi\u00e3o sul e no sudeste as temperaturas ficam ainda mais altas em rela\u00e7\u00e3o ao seu valor normal. Este aumento de temperatura no inverno tr\u00e1s benef\u00edcios para os agricultores da regi\u00e3o sul e do estado de S\u00e3o Paulo por n\u00e3o sofrerem os preju\u00edzos da geada. No estado de S\u00e3o Paulo na maioria dos epis\u00f3dios n\u00e3o \u00e9 registrada geadas com intensidade o suficiente para matar as planta\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

No leste da Amaz\u00f4nia e no nordeste ocorre uma diminui\u00e7\u00e3o no \u00edndice de chuvas. Algumas \u00e1reas do sert\u00e3o nordestino podem ficar sem registrar nenhum \u00edndice de chuva nos meses de seca e nos meses em que pode chover n\u00e3o chove, sendo assim as secas duram at\u00e9 2 anos em per\u00edodos de El Ni\u00f1o. Mas os per\u00edodos de seca n\u00e3o se limitam apenas ao sert\u00e3o e at\u00e9 mesmo no litoral h\u00e1 um grande d\u00e9ficit de chuva. Os agricultores do nordeste tamb\u00e9m s\u00e3o prejudicados pela falta de chuva e sofrem graves perdas para a agricultura.<\/p>\n\n\n\n

La Ni\u00f1a    <\/strong>        
 
O fen\u00f4meno La Ni\u00f1a, ou epis\u00f3dio frio do Oceano Pac\u00edfico, \u00e9 o resfriamento an\u00f4malo das \u00e1guas superficiais no Oceano Pac\u00edfico Equatorial Central e Oriental. De modo geral, pode-se dizer que La Ni\u00f1a \u00e9 o oposto do El Ni\u00f1o, pois as temperaturas habituais da \u00e1gua do mar \u00e0 superf\u00edcie nesta regi\u00e3o, situam-se em torno de 25\u00baC, ao passo que, durante o epis\u00f3dio La Ni\u00f1a, tais temperaturas diminuem para cerca de 23\u00ba a 22\u00baC. As \u00e1guas mais frias estendem-se por uma estreita faixa, com largura de cerca de 10 graus de latitude ao longo do Equador, desde a costa Peruana, at\u00e9 aproximadamente 180 graus de longitude no Pac\u00edfico Central.<\/p>\n\n\n\n

Assim como o El Ni\u00f1o, La Ni\u00f1a tamb\u00e9m pode variar em intensidade. Um exemplo dessa varia\u00e7\u00e3o \u00e9 o intenso epis\u00f3dio de La Ni\u00f1a ocorrido em 1988\/89, comparado ao epis\u00f3dio mais fraco de 1995\/96.<\/p>\n\n\n\n

Outros nomes como “El Viejo” ou “anti-El Ni\u00f1o” tamb\u00e9m foram usados para se referir a este resfriamento, mais o termo La Ni\u00f1a ganhou mais popularidade. Segundo o Centro Meteorol\u00f3gico Nacional dos Estados Unidos (NCEP), ocorreram outros eventos de La Ni\u00f1a em 1904\/05, 1908\/09, 1910\/11, 1916\/17, 1924\/25, 1928\/29, 1938\/39, 1950\/51, 1955\/56, 1964\/65, 1970\/71, 1973\/74, 1975\/76, 1988\/89 e 1995\/96.<\/p>\n\n\n\n

No intenso e mais recente epis\u00f3dio do La Ni\u00f1a ocorrido em 1988\/89, o resfriamento das \u00e1guas superficiais foi mais lento, ou seja, demorou dois meses para que a temperatura superficial do Pac\u00edfico diminu\u00edsse 3,5\u00baC. Em 1998, o Pac\u00edfico Tropical tamb\u00e9m teve uma queda similar de temperatura, mas o resfriamento ocorreu em apenas um m\u00eas.<\/p>\n\n\n\n

Durante os epis\u00f3dios de La Ni\u00f1a, os ventos al\u00edsios s\u00e3o mais intensos que a m\u00e9dia climatol\u00f3gica. O \u00cdndice de Oscila\u00e7\u00e3o Sul (o indicador atmosf\u00e9rico que mede a diferen\u00e7a de press\u00e3o atmosf\u00e9rica \u00e0 superf\u00edcie, entre o Pac\u00edfico Ocidental e o Pac\u00edfico Oriental) apresenta valores positivos, os quais indicam a intensifica\u00e7\u00e3o da press\u00e3o no Pac\u00edfico Central e Oriental, em rela\u00e7\u00e3o a press\u00e3o no Pac\u00edfico Ocidental. Em geral, o epis\u00f3dio come\u00e7a a se desenvolver em meados de um ano, atinge sua intensidade m\u00e1xima no final daquele ano e dissipa-se em meados do ano seguinte.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com as avalia\u00e7\u00f5es das caracter\u00edsticas de tempo e clima, de eventos de La Ni\u00f1a ocorridos no passado, observa-se que o La Ni\u00f1a mostra maior variabilidade, enquanto os eventos de El Ni\u00f1o apresentam um padr\u00e3o mais consistente.<\/p>\n\n\n\n

Os principais efeitos de epis\u00f3dios do La Ni\u00f1a observados sobre o Brasil s\u00e3o:<\/p>\n\n\n\n