{"id":2212,"date":"2009-01-13T13:29:27","date_gmt":"2009-01-13T13:29:27","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:35:11","modified_gmt":"2021-07-10T23:35:11","slug":"desmatamento_perda_de_biodiversidade_e_pobreza","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/natural\/artigos\/desmatamento_perda_de_biodiversidade_e_pobreza.html","title":{"rendered":"Desmatamento, perda de biodiversidade e pobreza"},"content":{"rendered":"\n
\"q\"\/<\/figure>\n\n\n\n

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Transformando o Arco do Desmatamento no Arco do Desenvolvimento Sustent\u00e1vel<\/strong><\/p>\n\n\n\n

O desmatamento na Amaz\u00f4nia Brasileira est\u00e1 concentrado em uma faixa que se estende pelo Sul da regi\u00e3o, desde o Maranh\u00e3o at\u00e9 Rond\u00f4nia. Este setor \u00e9 comumente denominado \u201cArco do Desmatamento\u201d, foi renomeado pela Dra. Bertha Becker, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como \u201c\u00c1rea de Consolida\u00e7\u00e3o e Recupera\u00e7\u00e3o\u201d; este setor tamb\u00e9m inclui grande parte do \u201cCorredor dos Ec\u00f3tonos Sul-Amaz\u00f4nicos\u201d. A id\u00e9ia do \u201cArco do Desmatamento\u201d \u00e9 uma proposta apresentada ao Minist\u00e9rio do Meio Ambiente e ao PPG-7 por uma equipe mista do Instituto de Desenvolvimento Sustent\u00e1vel de Mamirau\u00e1 e da Conservation International do Brasil, liderada pelo recentemente desaparecido Dr. Jos\u00e9 M\u00e1rcio Ayres. Seguindo nesta linha de racioc\u00ednio, a Ministra Marina Silva sugeriu, em seu discurso de posse, que esta regi\u00e3o passasse a ser denominada de \u201cArco do Desenvolvimento Sustent\u00e1vel\u201d. Daqui por diante, se utilizar\u00e1 o termo sugerido pela Ministra.<\/p>\n\n\n\n

 A Amaz\u00f4nia \u00e9 a maior e a mais diversa regi\u00e3o de florestas tropicais no mundo. Com cerca de 6.000.000 km2 de extens\u00e3o e uma extraordin\u00e1ria heterogeneidade ambiental, ela abriga entre 10 e 20% de todas as esp\u00e9cies que vivem hoje em nosso Planeta.<\/p>\n\n\n\n

S\u00e3o conhecidas da regi\u00e3o cerca de 40.000 esp\u00e9cies de plantas, 2.526 esp\u00e9cies de vertebrados terrestres e 3.000 esp\u00e9cies de peixes. As esp\u00e9cies n\u00e3o est\u00e3o amplamente distribu\u00eddas na regi\u00e3o, mas sim possuem suas distribui\u00e7\u00f5es restritas a certas \u00e1reas bem delimitadas, que s\u00e3o denominadas pelos bi\u00f3logos como \u201c\u00e1reas de endemismo\u201d. No caso dos primatas, por exemplo, cerca de 65% das esp\u00e9cies ocorrem em apenas uma \u00e1rea de endemismo.<\/p>\n\n\n\n

A maior causa da perda de biodiversidade na Amaz\u00f4nia \u00e9 causada pelo desmatamento, ou seja, a substitui\u00e7\u00e3o de florestas hiperdiversas por sistemas ecol\u00f3gicos simples, dominados por algumas poucas esp\u00e9cies. Estudos demonstram que o desmatamento tal como \u00e9 feito atualmente raramente traz benef\u00edcios para a popula\u00e7\u00e3o rural, gerando pobreza e conflitos sociais e agr\u00e1rios. Em contrapartida, o desmatamento leva a perda de biodiversidade, solo, recursos h\u00eddricos e abre a regi\u00e3o para a expans\u00e3o de inc\u00eandios de grandes propor\u00e7\u00f5es e de doen\u00e7as causadas pelo desequil\u00edbrio ambiental.<\/p>\n\n\n\n

Dentre os 9 pa\u00edses que comp\u00f5em a Amaz\u00f4nia, o Brasil \u00e9, de longe, o pa\u00eds que mais perdeu florestas e biodiversidade. O recente an\u00fancio de que 40% a mais de florestas foram perdidas entre 2001-2002 em compara\u00e7\u00e3o com o per\u00edodo entre 2000-2001 indica que as pol\u00edticas p\u00fablicas voltadas para garantir a ocupa\u00e7\u00e3o sustent\u00e1vel da regi\u00e3o s\u00e3o, no m\u00ednimo, ineficientes e desprovidas de fundamenta\u00e7\u00e3o t\u00e9cnico-cient\u00edfica adequadas.<\/p>\n\n\n\n

O Arco do Desenvolvimento Sustent\u00e1vel: import\u00e2ncia biol\u00f3gica<\/strong><\/p>\n\n\n\n

O Arco do Desenvolvimento Sustent\u00e1vel se localiza na transi\u00e7\u00e3o entre dois dos maiores biomas brasileiros: a Amaz\u00f4nia e o Cerrado. Por isso, incorpora partes preciosas da biodiversidade das duas regi\u00f5es. \u00c1reas de transi\u00e7\u00e3o entre biomas hiperdiversos s\u00e3o tamb\u00e9m regi\u00f5es de extraordin\u00e1ria diversidade de esp\u00e9cies e de fen\u00f4menos biol\u00f3gicos \u00fanicos, tais como zonas de contato entre esp\u00e9cies aparentadas e frentes de diversifica\u00e7\u00e3o em mosaicos compostos por ambientes distintos. <\/p>\n\n\n\n

Do ponto de vista evolutivo, estas regi\u00f5es s\u00e3o laborat\u00f3rios \u00fanicos para o estudo dos processos que levam a forma\u00e7\u00e3o de esp\u00e9cies em ambientes tropicais.<\/p>\n\n\n\n

O Arco do Desenvolvimento Sustent\u00e1vel \u00e9 onde tamb\u00e9m est\u00e1 concentrada a maior densidade de esp\u00e9cies amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o da Amaz\u00f4nia. Esp\u00e9cies de aves (Dendrexetastes rufigula rufigula, Dendrocincla merula badia, Dendrocincla fuliginosa trumai, Pyrrhura lepida coerulescens, Pyrrhura lepida lepida, Clytoctantes atrogularis e Phlegopsis nigromaculata paraensis) e primatas (Cebus kaapori, Allouatta belzelbul ululata e Chiropotes satanas) consideradas como amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o pela recente lista publicada pelo Minist\u00e9rio do Meio Ambiente possuem distribui\u00e7\u00e3o restrita ao Arco do Desenvolvimento Sustent\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n

O Arco do Desenvolvimento Sustent\u00e1vel \u00e9 composto por 524 munic\u00edpios, que juntos possuem popula\u00e7\u00e3o total de cerca de 10.331.000 habitantes. H\u00e1 36 unidades de conserva\u00e7\u00e3o federais e estaduais. Destas, 25 s\u00e3o de uso sustent\u00e1vel e totalizam 35.084 km2, enquanto 11 s\u00e3o de prote\u00e7\u00e3o integral e totalizam 29.970 km2.<\/p>\n\n\n\n

Como esperado, a maioria das unidades de conserva\u00e7\u00e3o n\u00e3o foi implementada, sendo que algumas delas, como por exemplo, o Parque Estadual do Cristalino, no Mato Grosso, est\u00e3o sendo invadidas por trabalhadores rurais atra\u00eddos por falsas promessas eleitoreiras. As terras ind\u00edgenas s\u00e3o 99 e totalizam cerca de 244.420 km2.<\/p>\n\n\n\n

Sugest\u00f5es para a\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Duas correntes extremas de pensamento dominam a discuss\u00e3o sobre o modelo de ocupa\u00e7\u00e3o humana na regi\u00e3o. Uma corrente sugere que a interven\u00e7\u00e3o humana na regi\u00e3o deve se restringir a um m\u00ednimo poss\u00edvel, de forma a garantir a preserva\u00e7\u00e3o de grande parte da regi\u00e3o em sua forma mais natural. A outra corrente sugere que os recursos naturais da Amaz\u00f4nia devam ser explorados imediatamente para garantir uma expans\u00e3o econ\u00f4mica da regi\u00e3o e, por conseguinte, garantir um aumento na qualidade de vida da popula\u00e7\u00e3o regional. Hoje sabemos que nenhum dos dois extremos \u00e9 o recomend\u00e1vel, pois n\u00e3o se pode fazer conserva\u00e7\u00e3o sem o apoio das comunidades locais e nem se garantir o aumento da qualidade de vida da popula\u00e7\u00e3o atrav\u00e9s da explora\u00e7\u00e3o insensata dos recursos naturais. Uma forma de conciliar as duas correntes \u00e9 desenvolver um modelo de ocupa\u00e7\u00e3o sustent\u00e1vel e baseada em crit\u00e9rios cient\u00edficos, que garanta tanto a manuten\u00e7\u00e3o dos processos ecol\u00f3gicos e da biodiversidade como o desenvolvimento econ\u00f4mico e social da regi\u00e3o. Para atingir este objetivo torna-se necess\u00e1rio o planejamento de \u201cterrit\u00f3rios sustent\u00e1veis\u201d, ou seja, um mosaico de usos de terra complementares gerenciados de forma integrada que permitam manter tanto a din\u00e2mica dos processos ecol\u00f3gicos como a din\u00e2mica s\u00f3cio-econ\u00f4mica de um determinado territ\u00f3rio. O Museu Paraense Emilio Goeldi e a Conservation International do Brasil t\u00eam realizado uma s\u00e9rie de discuss\u00f5es nos \u00faltimos dois anos e estabelecido o Projeto BIOTA-PAR\u00c1 para desenvolver projetos e a\u00e7\u00f5es de pesquisa e divulga\u00e7\u00e3o cient\u00edficas voltados para o planejamento e a implementa\u00e7\u00e3o de territ\u00f3rios sustent\u00e1veis na regi\u00e3o. No caso espec\u00edfico do Arco do Desenvolvimento Sustent\u00e1vel, foram sugeridas as a\u00e7\u00f5es a seguir.<\/p>\n\n\n\n

Controle e fiscaliza\u00e7\u00e3o do desmatamento<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Proibir por 4 anos quaisquer novas licen\u00e7as para desmatamento na regi\u00e3o do Arco do Desenvolvimento Sustent\u00e1vel at\u00e9 que um sistema adequado de controle e fiscaliza\u00e7\u00e3o seja efetivamente implementado ao longo de toda a regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Implementar em 4 anos um sistema efetivo de controle e fiscaliza\u00e7\u00e3o do desmatamento no Arco do Desenvolvimento Sustent\u00e1vel baseado em uma combina\u00e7\u00e3o de tecnologias espaciais e fiscaliza\u00e7\u00e3o de campo atrav\u00e9s do estabelecimento de parcerias entre o MMA, IBAMA, SIVAM, INPE, Museu Goeldi, INPA, Universidades, Secretarias Estaduais de Meio Ambiente e Prefeituras.<\/p>\n\n\n\n

Unidades de Conserva\u00e7\u00e3o e Terras Ind\u00edgenas<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Direcionar a maior parte dos recursos do Projeto ARPA (\u00c1reas Protegidas da Amaz\u00f4nia Brasileira) para: (a) implementar de forma efetiva dentro de 3 anos todas as 19 unidades de conserva\u00e7\u00e3o existentes ao longo do Arco; (b) criar e implementar no prazo de 4 anos pelo menos 15 novas unidades de conserva\u00e7\u00e3o de prote\u00e7\u00e3o integral com tamanho m\u00ednimo de 500.000 hectares nas \u00e1reas identificadas como priorit\u00e1rias para este fim pelo Sub-projeto Avalia\u00e7\u00e3o e A\u00e7\u00f5es Priorit\u00e1rias para a Conserva\u00e7\u00e3o, Uso Sustent\u00e1vel e Reparti\u00e7\u00e3o de Benef\u00edcios na Amaz\u00f4nia Brasileira; (c) estabelecer corredores ecol\u00f3gicos para conectar todas as \u00e1reas protegidas do Arco; e (d) criar um fundo fiduci\u00e1rio para assegurar a manuten\u00e7\u00e3o de todo o sistema de unidades de conserva\u00e7\u00e3o ao longo do Arco. <\/p>\n\n\n\n

Criar um programa efetivo para, no prazo de 4 anos: (a) demarcar e garantir a integridade territorial de todas as terras ind\u00edgenas existentes ao longo do Arco.<\/p>\n\n\n\n

Criar, no prazo de 2 anos, um programa de apoio ao desenvolvimento de atividades de desenvolvimento social e econ\u00f4mico baseadas no uso sustent\u00e1vel da biodiversidade para todas as terras ind\u00edgenas existentes ao longo do Arco do Desenvolvimento.<\/p>\n\n\n\n

Criar imediatamente um programa de apoio para a cria\u00e7\u00e3o e implementa\u00e7\u00e3o de Reservas Privadas do Patrim\u00f4nio Natural (RPPN) ao longo do Arco, concedendo prioridade para a obten\u00e7\u00e3o de financiamento junto aos bancos p\u00fablicos e privados para aqueles propriet\u00e1rios de terra que aderirem ao programa.<\/p>\n\n\n\n

Ci\u00eancia e Tecnologia<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Direcionar o edital do Programa de Pesquisa Dirigida do MCT\/PPG-7, que ainda n\u00e3o foi lan\u00e7ado, para pesquisas a serem realizadas exclusivamente no Arco e vinculadas aos seguintes temas priorit\u00e1rios: (a) caracteriza\u00e7\u00e3o da paisagem; (b) estrutura e funcionamento dos ecossistemas, (c) din\u00e2mica econ\u00f4mica e social; e (d) tecnologias para o uso sustent\u00e1vel de florestas e recupera\u00e7\u00e3o de \u00e1reas degradadas.<\/p>\n\n\n\n

Criar, no prazo de 3 anos, 5 n\u00facleos avan\u00e7ados do Museu Goeldi e do INPA no Sul do Par\u00e1, Tocantins e Mato Grosso visando estabelecer programas efetivos de pesquisa e capacita\u00e7\u00e3o de recursos humanos ao longo do Arco.<\/p>\n\n\n\n

Triplicar, no per\u00edodo de um ano, o n\u00famero de bolsas de mestrado e doutorado para os programas de p\u00f3s-gradua\u00e7\u00e3o das institui\u00e7\u00f5es de pesquisa regionais que possuam pelo menos o conceito \u201c4\u201d para que disserta\u00e7\u00f5es e teses possam ser desenvolvidas ao longo do Arco.<\/p>\n\n\n\n

Consolida\u00e7\u00e3o de Assentamentos Rurais<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Tamb\u00e9m se sugeriu realizar, em 2 anos, levantamento qualitativo e quantitativo da situa\u00e7\u00e3o atual dos Assentamentos de Reforma Agr\u00e1ria, incluindo um mapeamento detalhado das \u00e1reas cr\u00edticas de degrada\u00e7\u00e3o ambiental e conflito social. Igualmente, desenvolver e implantar em dois anos um sistema que permita a melhoria dos assentamentos resultantes da reforma agr\u00e1ria, mediante a realiza\u00e7\u00e3o de investimentos em infra-estrutura econ\u00f4mica e social, assist\u00eancia t\u00e9cnica e treinamento.<\/p>\n\n\n\n

E, finalmente, formular em 2 anos uma Agenda Ambiental nas \u00c1reas de Assentamento, incorporando uma dimens\u00e3o ambiental em todas as decis\u00f5es e prioridades de investimentos nessas \u00e1reas, que assegure o monitoramento das \u00e1reas, a conserva\u00e7\u00e3o dos recursos naturais, e estabelecimento de sistemas inovadores de recupera\u00e7\u00e3o e conserva\u00e7\u00e3o das terras, implanta\u00e7\u00e3o de sistemas produtivos integrados e uso sustent\u00e1vel dos recursos naturais.<\/p>\n\n\n\n

Recupera\u00e7\u00e3o de \u00e1reas degradadas<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Se faz necess\u00e1rio garantir imediatamente, atrav\u00e9s da expans\u00e3o do PROAMBIENTE, um cr\u00e9dito diferenciado para iniciativas que priorizem a recupera\u00e7\u00e3o ambiental em fun\u00e7\u00e3o do menor retorno econ\u00f4mico. Os financiamentos para as \u00e1reas degradadas s\u00e3o instrumentos importantes para efetuar a revers\u00e3o do padr\u00e3o tecnol\u00f3gico causador de degrada\u00e7\u00e3o, se combinado com a aplica\u00e7\u00e3o das normas ambientais e mecanismos compensat\u00f3rios. Tamb\u00e9m se sugere criar em 2 anos um programa de capacita\u00e7\u00e3o de t\u00e9cnicos para elabora\u00e7\u00e3o e execu\u00e7\u00e3o de projetos de recupera\u00e7\u00e3o de \u00e1reas alteradas e consolidar um modelo de assist\u00eancia t\u00e9cnica voltado para a recupera\u00e7\u00e3o de \u00e1reas degradadas;<\/p>\n\n\n\n

Faz parte da proposta priorizar imediatamente junto ao CNPq, FINEP e BASA, o financiamento de pesquisas b\u00e1sica e aplicada para estabelecimento de modelos de recupera\u00e7\u00e3o ambiental e da capacidade produtiva de \u00e1reas degradadas, estabelecendo p\u00f3los demonstrativos de recupera\u00e7\u00e3o ambiental para \u00e1reas de reserva legal e de preserva\u00e7\u00e3o permanente na regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

E, a maneira de corol\u00e1rio, estabelecer em um ano dois p\u00f3los demonstrativos de recupera\u00e7\u00e3o ambiental para \u00e1reas de reserva legal e de preserva\u00e7\u00e3o permanente no Arco do Desenvolvimento Sustent\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n

\"q\"\/<\/figure>\n\n\n\n

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\u00c1reas protegidas ao longo do Arco do Desenvolvimento Sustent\u00e1vel. Inclui as unidades de conserva\u00e7\u00e3o de prote\u00e7\u00e3o integral, as unidades de conserva\u00e7\u00e3o de uso susntent\u00e1vel e as terras ind\u00edgenas.<\/span><\/p>\n\n\n\n

Revista Eco 21, Ano XIII, Edi\u00e7\u00e3o 80, Julho 2003. (www.eco21.com.br)
\nMuseu Paraense Em\u00edlio Goeldi & Conservation International do Brasil Organiza\u00e7\u00f5es N\u00e3o-Governamentais
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O desmatamento na Amaz\u00f4nia Brasileira est\u00e1 concentrado em uma faixa que se estende pelo Sul da regi\u00e3o, desde o Maranh\u00e3o at\u00e9 Rond\u00f4nia. Este setor \u00e9 comumente denominado \u201cArco do Desmatamento\u201d. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":2213,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1519],"tags":[23,92,555,640],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2212"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2212"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2212\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":5711,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2212\/revisions\/5711"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/2213"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2212"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2212"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2212"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}