Lantana camara L. \u00e9 uma planta origin\u00e1ria das Am\u00e9ricas Central e Sul e da \u00c1frica Ocidental. Atualmente se acha disseminada em vastas regi\u00f5es da \u00c1sia tropical e Austr\u00e1lia, onde a planta foi introduzida h\u00e1 longo tempo.<\/p>\n\n\n\n
\u00c9 uma planta de interesse agron\u00f4mico, pois pode ser cultivada como ornamental e quando em estado selvagem constituem plantas invasoras.<\/p>\n\n\n\n
Trata-se de um arbusto vigoroso que atinge 1,2 a 2,4m de altura, com sistema radicular forte. Suas folhas s\u00e3o de formato ovalado, medindo entre 5 a 7cm de comprimento.<\/p>\n\n\n\n
Existem centenas de variedades\/cultivares cultivadas, cujas flores apresentam-se nas cores vermelha, alaranjada, amarela, branca, rosa e p\u00farpura. H\u00e1 algumas variedades cujas flores mudam de colora\u00e7\u00e3o conforme a idade. Assim, existem lantanas cujas flores de in\u00edcio amarelas que v\u00e3o se tornando alaranjadas e vermelhas. As flores se acham reunidas em infloresc\u00eancias do tipo cap\u00edtulo, onde as flores v\u00e3o se abrindo da periferia para o centro da infloresc\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n
Suas flores s\u00e3o polinizadas por beija-flores, borboletas, abelhas, cole\u00f3pteros e tripes. Sobre arbustos de lantana florida s\u00e3o vistas numerosas borboletas que competem com os beija-flores pelo n\u00e9ctar e p\u00f3len. Os beija-flores espantam as borboletas das flores de lantana. Todavia esses p\u00e1ssaros n\u00e3o costumam visitar as lantanas, quando no jardim existem helic\u00f4nias, strelitzias e camar\u00e3o cujas flores provavelmente produzem n\u00e9ctar de melhor qualidade ou em volume mais apropriado para suprir as necessidades dos beija-flores.<\/p>\n\n\n\n
Existem \u00e1caros que habitam as cavidades nasais de beija-flores e quando esses p\u00e1ssaros visitam as flores de lantana, esses \u00e1caros desembarcam nelas. Borboletas, abelhas, cole\u00f3pteros e moscas brancas tamb\u00e9m transportam os \u00e1caros em seus corpos. Esse tipo de transporte de artr\u00f3podos nos corpos de outros artr\u00f3podos \u00e9 denominado foresia, havendo assim o organismo for\u00e9tico e o hospedeiro for\u00e9tico. \u00c1caros for\u00e9ticos pertencem \u00e0s ordens Mesostigmata e Astigmata. Os Mesostigmatas se alimentam de p\u00f3len e n\u00e9ctar das flores de lantana e se desenvolvem e se reproduzem no interior dessas partes vegetais.<\/p>\n\n\n\n
Os frutos s\u00e3o comidos por p\u00e1ssaros que ajudam a disseminar as sementes no meio ambiente. Em algumas regi\u00f5es do mundo, seus frutos servem de alimento humano, aparentemente sem causar efeitos t\u00f3xicos.<\/p>\n\n\n\n
Em estado selvagem a Lantana c\u00e2mara \u00e9 planta invasora de pastagens, culturas de palmeiras, coco, caf\u00e9 e algod\u00e3o. Suas folhas e sementes s\u00e3o t\u00f3xicas para o gado, que quando ingerem a planta apresentam dist\u00farbios gastrointestinais e fotossensibiliza\u00e7\u00e3o. Essa planta vem sendo objeto de controle biol\u00f3gico e controle qu\u00edmico. Entre os agentes de controle biol\u00f3gico j\u00e1 foram testadas 36 esp\u00e9cies de insetos entre eles lepid\u00f3pteros desfolhadores, hem\u00edpteros, cole\u00f3pteros e d\u00edpteros, bem como 5 esp\u00e9cies de fungos causadores de doen\u00e7as fitopatog\u00eanicas. O controle biol\u00f3gico nem sempre tem surtido bons resultados, devido \u00e0 heterogeneidade gen\u00e9tica das lantanas selvagens bem como devido a condi\u00e7\u00f5es ambientais desfavor\u00e1veis ao desenvolvimento dos agentes biocontroladores nas regi\u00f5es onde crescem as lantanas selvagens.<\/p>\n\n\n\n
Maria Aico Watanabe – pesquisadora da Embrapa.<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" \u00c9 uma planta de interesse agron\u00f4mico, pois pode ser cultivada como ornamental e quando em estado selvagem constituem plantas invasoras. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1519],"tags":[23,145,640,422],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2193"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2193"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2193\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":5713,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2193\/revisions\/5713"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2193"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2193"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2193"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}