{"id":2164,"date":"2009-01-20T14:55:06","date_gmt":"2009-01-20T14:55:06","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:33:59","modified_gmt":"2021-07-10T23:33:59","slug":"o_ciclo_do_carbono","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/mudancas_climaticas\/entenda_mais\/o_ciclo_do_carbono.html","title":{"rendered":"O Ciclo do Carbono"},"content":{"rendered":"\n

O ciclo do carbono \u00e9 o processo pelo qual o o di\u00f3xido de carbono \u00e9 recolhido da atmosfera, processado na litosfera pelas plantas, florestas e afins e na hidrosfera (oceanos) pelas algas, pl\u00e2nctons e outros organismo que possuam a capacidade de realiza\u00e7\u00e3o de fotoss\u00edntese.<\/p>\n\n\n\n

Esse fen\u00f4meno \u00e9 o que, por fim, consegue converter o di\u00f3xido de carbono em alimento para as plantas e liberar oxig\u00eanio e vapor de \u00e1gua na atmosfera reduzindo a temperatura do microclima em que se encontra, e tamb\u00e9m \u00e2\u20ac\u0153filtrando\u00e2\u20ac\u009d a atmosfera. Atualmente se sabe que apenas em determinadas condi\u00e7\u00f5es esse fen\u00f4meno ocorre na litosfera e os oceanos conseguem decompor de forma bem mais eficiente o di\u00f3xido de carbono.<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, tamb\u00e9m se sabe que o solo armazena cerca de tr\u00eas vezes mais carbono que a atmosfera. Em estudos realizados por diversos pesquisadores, em dois ambientes tropicais, a floresta e o cerrado, a perda pelo cultivo e manejo do solo em rela\u00e7\u00e3o ao seu estado in natura para as florestas \u00e9 de 43 para 28,5 ton (h\u00e1 elevado a -1) enquanto no cerrado \u00e9 de 18 para 16 ton (h\u00e1 elevado a -1). Como pode-se constatar, a polui\u00e7\u00e3o e o desmatamento tendem a agir de forma diferenciada.<\/p>\n\n\n\n

Por exposto, percebe-se que o solo \u00e9 um importante sumidouro e fonte de CO\u00b2 e o manejo inadequado de grandes regi\u00f5es de solo tem um impacto cr\u00edtico no processo atmosf\u00e9rico, por exemplo, em 10 anos de cultivo mais de 50% do carbono estocado no solo se perde para a atmosfera em forma de di\u00f3xido de carbono.<\/p>\n\n\n\n

Tal processo de estocagem de carbono no solo, a partir de materiais em decomposi\u00e7\u00e3o, al\u00e9m de reter, tamb\u00e9m \u00e9 o formador de combust\u00edveis f\u00f3sseis como o g\u00e1s natural e o petr\u00f3leo. Esse processo ocorre desde os prim\u00f3rdios da forma\u00e7\u00e3o da Terra.<\/p>\n\n\n\n

No in\u00edcio de sua forma\u00e7\u00e3o geol\u00f3gica, a terra era um lugar de atmosfera t\u00f3xica e alta concentra\u00e7\u00e3o de gases como o di\u00f3xido de carbono, enxofre e metano na atmosfera. Com sucessivos fen\u00f4menos como o efeito estufa, que ainda perdura em nosso planeta e \u00e9 um dos principais respons\u00e1veis pela diversidade da vida mantendo o clima global em uma m\u00e9dia de 15\u00b0C (n\u00e3o houvesse tal fen\u00f4meno, a temperatura seria de cerca de -17\u00b0C). Com a din\u00e2mica ocorrida, houve ac\u00famulo de vapor de \u00e1gua e uma chuva de milhares de anos formou o que hoje conhecemos como oceanos onde surgiram as primeiras formas de vida. A partir disso, o fen\u00f4meno do efeito estufa n\u00e3o cessou e portanto tivemos o surgimento das \u00e1reas ec\u00famenos continentais, ou seja, o lugar em que vivemos hoje fora dos oceanos e onde a vida terrestre existe.<\/p>\n\n\n\n

Existem diversas teses que afirmam que as eras glaciais, fen\u00f4meno que leva o planeta a um grande esfriamento \u00e9 circular e ocorre em per\u00edodos entre 10 mil e 40 mil anos aproximadamente e que al\u00e9m disso, devido ao aquecimento global estar\u00edamos impedindo um evento que seja natural, como se estiv\u00e9ssemos atrasados para um compromisso que seria inevit\u00e1vel, da mesma forma que outros pesquisadores e ecologistas afirmam que o aquecimento global seja tamb\u00e9m um fen\u00f4meno natural e inevit\u00e1vel. De uma forma ou de outra, qualquer uma das duas possibilidades assim como o aquecimento global e a mudan\u00e7a no equil\u00edbrio fossem causados pela esp\u00e9cie humana em n\u00edveis mais avan\u00e7ados levariam possivelmente \u00e0 extin\u00e7\u00e3o ou, ao menos, a mudan\u00e7a dr\u00e1stica da hist\u00f3ria humana nesse planeta.<\/p>\n\n\n\n

Diversos elementos de fic\u00e7\u00e3o trabalham com essa possibilidade desde os devaneios de uma guerra nuclear, que nos levaria ao fen\u00f4meno do inverno nuclear (quando diversas bombas nucleares explodem levantando uma quantidade enorme de poeira e part\u00edculas bloqueando a luz solar, diminuindo o n\u00edvel da fotoss\u00edntese e entrada de calor, causando a extin\u00e7\u00e3o em massa de toda vida na terra. O mesmo ocorreria com o choque de um grande ester\u00f3ide, mas sem a radia\u00e7\u00e3o) at\u00e9 a poss\u00edvel revers\u00e3o das probabilidades de uma era glacial instant\u00e2nea como no filme \u00e2\u20ac\u0153Um dia depois de Amanh\u00e3\u00e2\u20ac\u009d. De qualquer maneira, as id\u00e9ias existem na id\u00e9ia humana para cat\u00e1strofes como para para\u00edsos, vale apenas o que se consome primeiro.<\/p>\n\n\n\n

Por Marcelo Hammoud<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Esse fen\u00f4meno \u00e9 o que, por fim, consegue converter o di\u00f3xido de carbono em alimento para as plantas e liberar oxig\u00eanio e vapor de \u00e1gua na atmosfera reduzindo a temperatura do microclima em que se encontra, e tamb\u00e9m “filtrando” a atmosfera. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1509],"tags":[486,788,74],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2164"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2164"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2164\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":5580,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2164\/revisions\/5580"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2164"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2164"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2164"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}