{"id":2074,"date":"2009-03-13T17:24:15","date_gmt":"2009-03-13T17:24:15","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:14:16","modified_gmt":"2021-07-10T23:14:16","slug":"valores_economicos_associados_ao_sequestro_de_carbono","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/gestao\/fixacao_de_carbono\/valores_economicos_associados_ao_sequestro_de_carbono.html","title":{"rendered":"Valores Econ\u00f4micos Associados ao Seq\u00fcestro de Carbono"},"content":{"rendered":"\n
No Protocolo de Kyoto foi estabelecido que os pa\u00edses desenvolvidos comprometeram-se formalmente a reduzir suas emiss\u00f5es de gases para atenuar o efeito estufa em 5% abaixo dos n\u00edveis de1990 com o objetivo para o per\u00edodo 2008 – 2012. Tal a\u00e7\u00e3o significa a redu\u00e7\u00e3o de centenas de milh\u00f5es de toneladas por ano, com um custo enorme para estas economias. Espera-se que estes pa\u00edses, por sua vez, repassem os comprometimentos aos seus respectivos setores industriais, atrav\u00e9s da cria\u00e7\u00e3o de impostos sobre emiss\u00f5es de gases causadores do efeito estufa. Estes setores dever\u00e3o encontrar alternativas de se adaptar aos novos custos de produ\u00e7\u00e3o ou aos limites de emiss\u00f5es. <\/p>\n\n\n\n
O segundo ponto importante do protocolo \u00e9 que ser\u00e1 aceito o conceito de comercializa\u00e7\u00e3o de cr\u00e9ditos de seq\u00fcestro ou redu\u00e7\u00e3o de gases causadores do efeito estufa. Sendo assim, os pa\u00edses ou empresas que reduzirem as emiss\u00f5es abaixo de suas metas poder\u00e3o vender este cr\u00e9dito para outro pa\u00eds ou empresas que n\u00e3o atingiram o grau de redu\u00e7\u00e3o esperado.<\/p>\n\n\n\n
Um terceiro ponto do acordo diz respeito aos m\u00e9todos aceitos para realizar as redu\u00e7\u00f5es das emiss\u00f5es. Geralmente, os m\u00e9todos preferidos por v\u00e1rios pa\u00edses s\u00e3o baseados em processos para melhoria da efici\u00eancia na utiliza\u00e7\u00e3o e na transmiss\u00e3o de energia, processos industriais e sistema de transporte. Outra alternativa \u00e9 a substitui\u00e7\u00e3o de combust\u00edveis muito poluentes (carv\u00e3o mineral ou diesel) por outros combust\u00edveis menos ricos em carbono. O protocolo tamb\u00e9m considera a absor\u00e7\u00e3o de CO2 pela vegeta\u00e7\u00e3o como um m\u00e9todo para compensar as emiss\u00f5es, sendo um ponto interessante para pa\u00edses com aptid\u00e3o florestal, pois tamb\u00e9m pode gerar outros recursos do setor florestal, trazendo conseq\u00fc\u00eancias de ordem econ\u00f4mica, ambiental e social.<\/p>\n\n\n\n
As metas de redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es de CO2 , dever\u00e3o ser alcan\u00e7adas principalmente atrav\u00e9s de pol\u00edticas p\u00fablicas e regulamenta\u00e7\u00f5es que limitem emiss\u00f5es diretamente, ou que criem incentivos para melhor efici\u00eancia dos setores energ\u00e9tico, industrial e de transporte, e que promovam maior uso de fontes renov\u00e1veis de energia. Dentre as metas, os pa\u00edses do Anexo I (pa\u00edses desenvolvidos) poder\u00e3o abater uma por\u00e7\u00e3o de suas metas por meio dos seus sumidouros, especificamente as florestas.<\/p>\n\n\n\n
Al\u00e9m das a\u00e7\u00f5es de car\u00e1ter nacional, os pa\u00edses poder\u00e3o cumprir parte de suas metas de redu\u00e7\u00e3o atrav\u00e9s dos tr\u00eas mecanismos de flexibiliza\u00e7\u00e3o estabelecidos pelo Protocolo de Kyoto e que est\u00e3o descritos a seguir:<\/p>\n\n\n\n
O financiamento de atividades sustent\u00e1veis pelo MDL levaria a menos depend\u00eancia de combust\u00edveis f\u00f3sseis nos pa\u00edses em desenvolvimento e, portanto, a menos emiss\u00f5es a longo prazo. Os projetos MDL poder\u00e3o ser implementados nos setores energ\u00e9tico, de transporte e florestal. Dentro do setor florestal, projetos de florestamento e reflorestamento poder\u00e3o participar. No entanto, projetos que visam a redu\u00e7\u00e3o do desmatamento e queimadas ou a conserva\u00e7\u00e3o de florestas est\u00e3o exclu\u00eddos deste mecanismo at\u00e9 o momento.<\/p>\n\n\n\n
Nos pa\u00edses em desenvolvimento, os custos relacionados \u00e0 implementa\u00e7\u00e3o de projetos que diminuam emiss\u00f5es de gases de efeito estufa s\u00e3o, em geral, menores do que nos pa\u00edses desenvolvidos. Isto torna o MDL atrativo para aqueles pertencentes ao Anexo I. Al\u00e9m disso, o MDL busca incentivar o desenvolvimento sustent\u00e1vel, levando \u00e0 cria\u00e7\u00e3o de novos mercados que valorizam a redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es de gases de efeito estufa, e criando oportunidades para a transfer\u00eancia de tecnologia e novos recursos para pa\u00edses em desenvolvimento, como o Brasil. Mesmo assim, as expectativas s\u00e3o de que o MDL seja o menos utilizado dos mecanismos de flexibiliza\u00e7\u00e3o. Isso se deve ao fato dos Estados Unidos, maior investidor em potencial dos mecanismos, terem anunciado que n\u00e3o pretendem ratificar o Protocolo de Kyoto antes de 2012, o que provoca uma diminui\u00e7\u00e3o da demanda por m\u00e9todos alternativos para a redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es por pa\u00edses do Anexo I.<\/p>\n\n\n\n
O Brasil poder\u00e1 se beneficiar do MDL tanto com projetos nos setores energ\u00e9tico, de transporte e florestal. Exemplos de projetos no setor energ\u00e9tico s\u00e3o: implementa\u00e7\u00e3o de sistema de energia solar, e\u00f3lica, co-gera\u00e7ao atrav\u00e9s de processos qu\u00edmicos e de aproveitamento de biomassa. No setor florestal, pode-se falar em projetos de “florestamento” e reflorestamento, os quais permitem que o carbono, pelo crescimento das \u00e1rvores, seja removido da atmosfera. Assim, a floresta plantada atuaria como um sumidouro de carbono ou promoveria, como tem sido usado, o “seq\u00fcestro de carbono”. Esse seq\u00fcestro \u00e9 poss\u00edvel porque a vegeta\u00e7\u00e3o realiza a fotoss\u00edntese, processo pelo qual as plantas retiram carbono da atmosfera, em forma de CO2 , e o incorporam a sua biomassa (troncos, galhos e ra\u00edzes). Exemplos de tais projetos s\u00e3o o reflorestamento, a silvicultura e o enriquecimento de florestas degradadas.<\/p>\n\n\n\n
Como a maior parte das emiss\u00f5es de CO2 do Brasil prov\u00eam de desmatamentos e queimadas, a maior contribui\u00e7\u00e3o do Brasil para a redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es seria atrav\u00e9s da mitiga\u00e7\u00e3o e do controle do desmatamento e queimadas<\/p>\n\n\n\n
Fonte Parcial: Perguntas e Respostas sobre Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas – IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amaz\u00f4nia)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" No Protocolo de Kyoto foi estabelecido que os pa\u00edses desenvolvidos comprometeram-se formalmente a reduzir suas emiss\u00f5es de gases para atenuar o efeito estufa em 5% abaixo dos n\u00edveis de1990 com o objetivo para o per\u00edodo 2008 – 2012. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1499],"tags":[486,68,75,481,490],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2074"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2074"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2074\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":4522,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2074\/revisions\/4522"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2074"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2074"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2074"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}