{"id":2071,"date":"2009-03-13T11:05:54","date_gmt":"2009-03-13T11:05:54","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:14:22","modified_gmt":"2021-07-10T23:14:22","slug":"projetos_realizados_no_brasil","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/gestao\/fixacao_de_carbono\/projetos_realizados_no_brasil.html","title":{"rendered":"Projetos Realizados no Brasil"},"content":{"rendered":"\n
*Projeto MDL<\/strong><\/p>\n\n\n\n Um projeto pioneiro chamado MDL, que cria uma refer\u00eancia mundial no processo de implementa\u00e7\u00e3o do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e ser\u00e1 refer\u00eancia mundial para programa das Na\u00e7\u00f5es Unidas visando diminuir emiss\u00e3o de poluentes, foi apresentado para diversas ag\u00eancias da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU) em Campinas.<\/p>\n\n\n\n O MDL \u00e9 a principal porta para a participa\u00e7\u00e3o dos pa\u00edses em desenvolvimento no Protocolo de Quioto, que estabelece regras para a redu\u00e7\u00e3o nos n\u00edveis de emiss\u00e3o de poluentes no meio ambiente. No Brasil, o projeto de co-gera\u00e7\u00e3o de energia atrav\u00e9s do baga\u00e7o da cana-de-a\u00e7\u00facar ganhou o apoio da ONU. <\/p>\n\n\n\n Liderado pelo Programa das Na\u00e7\u00f5es Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o projeto \u201cEngajamento do Setor Privado em Atividades do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo da Conven\u00e7\u00e3o do Clima\/Protocolo de Quioto\u201d, \u00e9 fundamentado nos ganhos energ\u00e9ticos alcan\u00e7ados pela gera\u00e7\u00e3o de energia que utiliza o baga\u00e7o – que \u00e9 um res\u00edduo agro-industrial – como combust\u00edvel.<\/p>\n\n\n\n A empresa que gera energia atrav\u00e9s de co-gera\u00e7\u00e3o acaba emitindo menos poluentes do que nos casos da energia proveniente do petr\u00f3leo, o que representa menos carbono na atmosfera. Com isso, ela receber\u00e1 os \u201ccr\u00e9ditos de carbono\u201d, que poder\u00e3o ser comercializados no mercado com outras empresas, principalmente em outros pa\u00edses que s\u00e3o poluidores e que n\u00e3o adotaram sistemas para redu\u00e7\u00e3o de poluentes e que, por isso, precisam pagar – como se fosse uma esp\u00e9cie de indeniza\u00e7\u00e3o – para quem est\u00e1 adotando projetos ecol\u00f3gicos.<\/p>\n\n\n\n A empresa parceira da PNUD neste empreendimento \u00e9 a Bionergia Cogeradora, do Grupo Balbo, localizada em Sert\u00e3ozinho, que adotou uma produ\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica, sendo o maior produtor mundial de a\u00e7\u00facar org\u00e2nico, comercializado com a marca Native.<\/p>\n\n\n\n De acordo com o projeto da ONU, os programas que conseguirem ganhos energ\u00e9ticos na gera\u00e7\u00e3o de energia, como no caso do baga\u00e7o da cana, estar\u00e3o obtendo os cr\u00e9ditos de carbono, que podem ser comercializados no mercado.<\/p>\n\n\n\n \u201cAinda n\u00e3o h\u00e1 uma regulamenta\u00e7\u00e3o de pre\u00e7os, j\u00e1 que o Protocolo de Quioto deve entrar em vigor em setembro deste ano, ap\u00f3s uma reuni\u00e3o na R\u00fassia.<\/p>\n\n\n\n Mas j\u00e1 est\u00e1 sendo comercializado com anteced\u00eancia e cada tonelada de carbono vale entre US$ 3 e US$ 5\u201d, explicou o oficial do PNUD, Augusto Juc\u00e1.<\/p>\n\n\n\n Apesar de n\u00e3o ser um valor alto, a venda dos cr\u00e9ditos de carbono pode colaborar para a redu\u00e7\u00e3o nos custos de produ\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o projeto tem por meta modificar o padr\u00e3o atual do uso do baga\u00e7o. Hoje, cada tonelada de cana resulta em 240 quilos de baga\u00e7o, que podem gerar 70 quilowatts\/hora de energia, dos quais 20 s\u00e3o usados na produ\u00e7\u00e3o de a\u00e7\u00facar e 40 simplesmente desperdi\u00e7ados.<\/p>\n\n\n\n * Estudo de Viabilidade de Projeto de Implanta\u00e7\u00e3o de Florestas Fixadoras de Carbono: Estudo de Caso no Sul do Estado do Paran\u00e1<\/strong><\/p>\n\n\n\n O referido projeto foi desenvolvido pelo Instituto Ecoplan em parceria com a UniversidadeFederal do Paran\u00e1 e com a Ecowood Assessoria Ambiental atrav\u00e9s do edital 09\/2001 do Fundo Nacional do Meio Ambiente \u2013 Minist\u00e9rio do Meio Ambiente \u2013 Governo Federal.<\/p>\n\n\n\n A pesquisa foi desenvolvida nos munic\u00edpios de General Carneiro e Bituruna, localizados no extremo-sul do Estado do Paran\u00e1, regi\u00e3o tradicionalmente conhecida como “Cintur\u00e3o da Fome”, por ser uma das mais pobres e carentes de todo o Estado do Paran\u00e1.<\/p>\n\n\n\n Durante d\u00e9cadas a principal atividade desta regi\u00e3o foi a explora\u00e7\u00e3o em regime extrativista da madeira, em especial daquelas de maior valor comercial, como a arauc\u00e1ria (Araucaria angustifolia) e a imbuia (Ocotea porosa), esp\u00e9cies que tiveram seus estoques drasticamente reduzidos. Op\u00e7\u00f5es de produ\u00e7\u00e3o rural t\u00eam sido buscadas, como a fruticultura, a cultura da erva-mate ou a suinocultura. Contudo, tais iniciativas n\u00e3o t\u00eam revertido o quadro alarmante de pobreza que assola a regi\u00e3o. Hoje a atividade de silvicultura \u00e9 a principal alavanca do desenvolvimento socioecon\u00f4mico da regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Essa mudan\u00e7a de perfil determinou que muitas \u00e1reas degradadas e florestas improdutivas, bem como muitos campos nativos explorados pela agropecu\u00e1ria extensivista, dessem lugar a planta\u00e7\u00f5es florestais de Pinus taeda, Pinus elliottii e Araucaria angustifolia, que s\u00e3o, junto com a explora\u00e7\u00e3o da erva-mate, a principal atividade econ\u00f4mica da regi\u00e3o. H\u00e1 um grande n\u00famero de empresas neste setor, sediadas nos munic\u00edpios desta regi\u00e3o, na sua grande maioria, serrarias e laminadoras de pequeno e m\u00e9dio porte. Nesse contexto, visualiza-se uma oportunidade de desenvolver projetos de implanta\u00e7\u00e3o de florestas fixadoras de CO2, o qual certamente reverter\u00e1 tamb\u00e9m em importantes impactos ambientais \u00e0 regi\u00e3o, muito mais em dire\u00e7\u00e3o da minimiza\u00e7\u00e3o das desigualdades sociais e da mis\u00e9ria.<\/p>\n\n\n\n Com esta nova oportunidade que o mercado de carbono oferece, se abre para o produtor rural, sobretudo \u00e0quele dedicado \u00e0 produ\u00e7\u00e3o florestal, uma concreta perspectiva de mitigar a situa\u00e7\u00e3o prec\u00e1ria que este enfrenta, justificando assim a condu\u00e7\u00e3o de um estudo de viabilidade da atividade de implanta\u00e7\u00e3o de florestas fixadoras de carbono na regi\u00e3o sul do Estado do Paran\u00e1. <\/p>\n\n\n\n * Reserva da Serra do Itaqui<\/strong><\/p>\n\n\n\n Na regi\u00e3o de Guaraque\u00e7aba e Antonina (Paran\u00e1) a SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educa\u00e7\u00e3o Ambiental) vem desenvolvendo diversos projetos o seq\u00fcestro de carbono, contando com o apoio da TNC – The Nature Conservancy.<\/p>\n\n\n\n 1 – Projeto A\u00e7\u00e3o Contra o Aquecimento Global em Guaraque\u00e7aba – Desenvolvido na Reserva Natural Serra do Itaqui, munic\u00edpio de Guaraque\u00e7aba no litoral paranaense. Com o apoio t\u00e9cnico da TNC e financeiro da empresa de energia do Texas, American Electric Power, tem como meta a recupera\u00e7\u00e3o de 7 mil hectares de \u00e1rea degradada e ser uma a\u00e7\u00e3o para combater as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas. Foi iniciado em junho de 2000 e atualmente conta com 17 funcion\u00e1rios envolvidos na manuten\u00e7\u00e3o da \u00e1rea, produ\u00e7\u00e3o e plantio de mudas.<\/p>\n\n\n\n 2 – Projeto de Restaura\u00e7\u00e3o da Mata Atl\u00e2ntica – Desenvolvido na Reserva Natural Morro Azul, localizada ao longo da bacia do Rio Cachoeira, munic\u00edpio de Antonina. Com o apoio t\u00e9cnico da TNC e financiado pela montadora General Motors, o projeto foi iniciado em julho de 2001 e tem como meta a recupera\u00e7\u00e3o de 12 mil hectares e tamb\u00e9m ser uma a\u00e7\u00e3o de combate \u00e0s mudan\u00e7as clim\u00e1ticas.<\/p>\n\n\n\n 3 – Projeto Piloto de Reflorestamento em Antonina – Iniciado em setembro de 2001. A meta \u00e9 recuperar 1000 hectares de terra degradada incorporados \u00e0 Reserva Morro da Mina, doada para a SPVS em 1995. O projeto que tem apoio t\u00e9cnico da TNC e financeiro da Texaco prop\u00f5e, al\u00e9m da recupera\u00e7\u00e3o florestal da \u00e1rea, a prote\u00e7\u00e3o vital\u00edcia desta e a manuten\u00e7\u00e3o do abastecimento de \u00e1gua para Antonina. Cria tamb\u00e9m um novo sumidouro de carbono, com reflexos importantes no combate ao efeito estufa.<\/p>\n\n\n\n * Ilha do Bananal<\/strong><\/p>\n\n\n\n Este projeto \u00e9 financiado pela Funda\u00e7\u00e3o Inglesa AES Barry Foudation, com o envolvimento de institui\u00e7\u00f5es p\u00fablicas, federal e estadual, empresa privada e organiza\u00e7\u00f5es n\u00e3o governamentais, funcionando como um novo modelo de gest\u00e3o voltado para os programas de conserva\u00e7\u00e3o e desenvolvimento no Parque Nacional do Araguaia, Ilha do Bananal, Estado de Tocantins.<\/p>\n\n\n\n Seu desenvolvimento est\u00e1 previsto para um per\u00edodo de 25 anos, incluindo os munic\u00edpios de Caseara, Lagoa da Confus\u00e3o, Cristal\u00e2ndia, Pium e Duer\u00e9.<\/p>\n\n\n\n Ao final do per\u00edodo pr\u00e9-estabelecido, estima-se que sejam sequestradas e garantidas a preserva\u00e7\u00e3o e estoque de carbono da ordem de 25.110.000t\/C em 25 anos.<\/p>\n\n\n\n Maiores informa\u00e7\u00f5es: carbono@ambientebrasil.com.br<\/p>\n\n\n\n Considera\u00e7\u00f5es Finais<\/strong><\/p>\n\n\n\n As decis\u00f5es do Protocolo de Kyoto surgem como a grande oportunidade de implantar projetos inseridos no contexto do protocolo, sendo estes adequados ao desenvolvimento, beneficiando n\u00e3o apenas os empres\u00e1rios mas as comunidades que dependem da floresta para sobreviv\u00eancia. Os cr\u00e9ditos de carbono a serem gerados no Brasil poder\u00e3o diferenciar o produto brasileiro dentro de uma perspectiva de mudan\u00e7a social e econ\u00f4mica, possibilitando a melhoria na qualidade de vida das comunidades que dependem do meio ambiente para sua sobreviv\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n Endere\u00e7os eletr\u00f4nicos interessantes:<\/strong><\/p>\n\n\n\n www.centroclima.org.br (Centro Clima – Centro de Estudos Integrados sobre o Meio Ambiente e Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas <\/p>\n\n\n\n www.coppe.ufrj.br (COPPE – Universidade Federal do Rio de Janeiro)<\/p>\n\n\n\n www.forumclimabr.org.br (FBMC – F\u00f3rum Brasileiro de Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas)<\/p>\n\n\n\n www.ecologica.org.br (Instituto Ecol\u00f3gica)<\/p>\n\n\n\n www.mct.gov.br\/clima (MCT – Minist\u00e9rio de Ci\u00eancia e Tecnologia)<\/p>\n\n\n\n www.unep.org (PNUD – Programa das Na\u00e7\u00f5es Unidas para o Meio Ambiente)<\/p>\n\n\n\n Fonte Parcial: Perguntas e Respostas sobre Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas – IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amaz\u00f4nia)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" O MDL \u00e9 a principal porta para a participa\u00e7\u00e3o dos pa\u00edses em desenvolvimento no Protocolo de Quioto, que estabelece regras para a redu\u00e7\u00e3o nos n\u00edveis de emiss\u00e3o de poluentes no meio ambiente. 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