{"id":2046,"date":"2009-03-12T16:32:36","date_gmt":"2009-03-12T16:32:36","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:14:28","modified_gmt":"2021-07-10T23:14:28","slug":"cids_-_centro_internacional_de_desenvolvimento_sustentavel","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/gestao\/artigos\/cids_-_centro_internacional_de_desenvolvimento_sustentavel.html","title":{"rendered":"CIDS – Centro Internacional de Desenvolvimento Sustent\u00e1vel"},"content":{"rendered":"\n

O Centro Internacional de Desenvolvimento Sustent\u00e1vel – CIDS –<\/strong> \u00e9 uma institui\u00e7\u00e3o voltada ao estudo, \u00e0 reflex\u00e3o, \u00e0 promo\u00e7\u00e3o e \u00e0 dissemina\u00e7\u00e3o do conceito de desenvolvimento sustent\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n

Vinculado \u00e0 Escola Brasileira de Administra\u00e7\u00e3o P\u00fablica (EBAP), da Funda\u00e7\u00e3o Get\u00falio Vargas (FGV), o CIDS divulga a no\u00e7\u00e3o de sustentabilidade integrando-a ao processo de desenvolvimento e \u00e0 gest\u00e3o das pol\u00edticas p\u00fablicas, \u00e0 cultura empresarial e \u00e0s pr\u00e1ticas sociais da democracia participativa, segundo princ\u00edpios estabelecidos na Agenda 21 – principal documento da Confer\u00eancia Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92.<\/p>\n\n\n\n

O CIDS deseja contribuir para que o Brasil exer\u00e7a plenamente sua lideran\u00e7a como pa\u00eds em desenvolvimento e megapot\u00eancia ambiental do Planeta, atrav\u00e9s de uma rede de Desenvolvimento Sustent\u00e1vel que busque promover e divulgar a ecoefici\u00eancia e a melhoria da qualidade de vida, como tamb\u00e9m as boas pr\u00e1ticas de gest\u00e3o e de implementa\u00e7\u00e3o da Agenda 21 para a constru\u00e7\u00e3o de uma nova ordem global, justa e solid\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

Origens<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A Confer\u00eancia das Na\u00e7\u00f5es Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento recomendou a cria\u00e7\u00e3o de um Centro Internacional que seria simbolicamente o herdeiro do “Esp\u00edrito do Rio” e ficaria encarregado de acompanhar a implementa\u00e7\u00e3o das decis\u00f5es tomadas na Rio 92. A Funda\u00e7\u00e3o Getulio Vargas foi escolhida como institui\u00e7\u00e3o adequada para desenvolver este projeto.<\/p>\n\n\n\n

Em 1992, durante o planejamento estrat\u00e9gico da FGV para a reformula\u00e7\u00e3o de seus estatutos, foi sugerido pelo ent\u00e3o Presidente da FGV, Jorge Oscar de Mello Flores que, al\u00e9m do desenvolvimento econ\u00f4mico, o meio ambiente seria \u00e1rea priorit\u00e1ria dentro do seu \u00e2mbito de atua\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Assim, ficou consignado no Inciso I Artigo 2\u00b0 do estatuto da FGV: “…se disp\u00f5e a colaborar na solu\u00e7\u00e3o de problemas b\u00e1sicos do desenvolvimento econ\u00f4mico e do bem estar social” e “contribuir para a formula\u00e7\u00e3o da pol\u00edtica nacional de prote\u00e7\u00e3o ao meio ambiente compatibilizada com o desenvolvimento global”.<\/p>\n\n\n\n

Seguindo as novas premissas, organizou-se em 1994 um semin\u00e1rio internacional ao qual participaram expressivas lideran\u00e7as de diferentes setores sociais para definir a estrutura, a agenda de trabalho e as prioridades do \u00f3rg\u00e3o a ser criado. Em 1997, durante as comemora\u00e7\u00f5es da chamada RIO+5, por ocasi\u00e3o da reuni\u00e3o da Assembl\u00e9ia Geral das Na\u00e7\u00f5es promovida pela Comiss\u00e3o de Desenvolvimento Sustent\u00e1vel – CDS, o Presidente Fernando Henrique Cardoso sugere que seja institu\u00eddo no Brasil um f\u00f3rum de discuss\u00e3o bi-anual \u00e0 luz dos avan\u00e7os conceituais e dos grandes acordos firmados na Rio 92 e contidos na Agenda 21.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 criado o Centro Internacional de Desenvolvimento Sustent\u00e1vel sob a sigla CIDS. Come\u00e7am as atividades do CIDS que ganha um espa\u00e7o f\u00edsico e a equipe b\u00e1sica de opera\u00e7\u00f5es \u00e9 montada. S\u00e3o produzidos os v\u00eddeos fundamentadores do conceito bi-polar local-global da Agenda 21, al\u00e9m de estudos voltados para a quest\u00e3o estrat\u00e9gica dos recursos h\u00eddricos.<\/p>\n\n\n\n

Objetivos Gerais<\/strong><\/p>\n\n\n\n

1 Contribuir para transformar o Brasil em um verdadeiro “laborat\u00f3rio” de Desenvolvimento Sustent\u00e1vel, ajudando a implantar as pr\u00e1ticas inovadoras da Agenda 21;<\/p>\n\n\n\n

2 Promover f\u00f3runs de debate e avalia\u00e7\u00e3o estrat\u00e9gica sobre o meio ambiente e o desenvolvimento sustent\u00e1vel, incorporando os princ\u00edpios e instrumentos da Agenda 21, nos planos global, nacional, regional e local;<\/p>\n\n\n\n

3 Desenvolver, apoiar e divulgar informa\u00e7\u00f5es, estudos, pesquisas e programas sobre desenvolvimento sustent\u00e1vel e meio ambiente, considerando as perspectivas brasileira e internacional e o di\u00e1logo Sul-Sul e Norte-Sul, no sentido de fortalecer uma globaliza\u00e7\u00e3o de m\u00e3o dupla;<\/p>\n\n\n\n

4 Contribuir para fortalecer o pacto federativo, a governabilidade, a governan\u00e7a e a descentraliza\u00e7\u00e3o, atrav\u00e9s da difus\u00e3o da informa\u00e7\u00e3o e da forma\u00e7\u00e3o de parcerias que estimulem a cidadania e a democracia participativa e a implanta\u00e7\u00e3o de um novo modelo de desenvolvimento sustent\u00e1vel;<\/p>\n\n\n\n

5 Promover “a arte de se associar” e o fortalecimento dos atores relevantes, da sociedade civil e das a\u00e7\u00f5es comunit\u00e1rias, tornando poss\u00edvel a transfer\u00eancia de fun\u00e7\u00f5es p\u00fablicas estatais para o dom\u00ednio p\u00fablico ou privado.<\/p>\n\n\n\n

Objetivos espec\u00edficos<\/strong><\/p>\n\n\n\n

1 Apoiar a elabora\u00e7\u00e3o e implementa\u00e7\u00e3o de Agendas 21 nacionais e locais, de acordo com os princ\u00edpios de sustentabilidade estabelecidos na Confer\u00eancia Rio 92;<\/p>\n\n\n\n

2 Contribuir para a forma\u00e7\u00e3o e treinamento de recursos humanos de entidades p\u00fablicas e privadas, ajudando a implantar a Agenda 21 em diferentes institui\u00e7\u00f5es, munic\u00edpios, regi\u00f5es e sub-regi\u00f5es do pa\u00eds; <\/p>\n\n\n\n

3 Atuar como elo entre as experi\u00eancias de desenvolvimento, com \u00eanfase para a articula\u00e7\u00e3o entre os segmentos econ\u00f4mico e tecnol\u00f3gico e as dimens\u00f5es social e ambiental no Brasil e no mundo; <\/p>\n\n\n\n

4 Desenvolver trocas de informa\u00e7\u00f5es em rede de experi\u00eancias interativas nacionais e internacionais, incluindo o acompanhamento das mesmas; <\/p>\n\n\n\n

5 Realizar atividades de interc\u00e2mbio e coopera\u00e7\u00e3o com organismos nacionais, internacionais e representantes de blocos regionais; <\/p>\n\n\n\n

6 Identificar, criar e monitorar indicadores de processos ambientais, sociais e econ\u00f4micos que sejam estrat\u00e9gicos para o desenvolvimento sustent\u00e1vel; <\/p>\n\n\n\n

7 Divulgar, atrav\u00e9s dos meios de comunica\u00e7\u00e3o social, as a\u00e7\u00f5es exemplares de meio ambiente, as iniciativas sociais inovadoras, os novos modelos de gest\u00e3o, as parcerias pioneiras e as a\u00e7\u00f5es integradas, que consolidem e acelerem um novo modelo de desenvolvimento nas diferentes cidades, regi\u00f5es e sub-regi\u00f5es do pa\u00eds, abrangendo inclusive o \u00e2mbito geogr\u00e1fico do Mercosul; <\/p>\n\n\n\n

8 Informar e mobilizar o cidad\u00e3o e a sociedade visando a altera\u00e7\u00e3o dos padr\u00f5es de produ\u00e7\u00e3o e consumo e a amplia\u00e7\u00e3o de sua participa\u00e7\u00e3o em processos decis\u00f3rios, a fim de gerar um novo modelo de gest\u00e3o compartilhada e participativa; <\/p>\n\n\n\n

9 Promover a cidadania participativa e os instrumentos necess\u00e1rios \u00e0 gest\u00e3o das \u00e1guas.<\/p>\n\n\n\n

Compromisso com o novo paradigma civilizat\u00f3rio<\/strong><\/p>\n\n\n\n

O CIDS inscreve-se em um momento de afirma\u00e7\u00e3o de um novo paradigma civilizat\u00f3rio, cujas bases est\u00e3o sendo criadas a partir de uma s\u00e9rie de mudan\u00e7as que v\u00e3o forjando o futuro. Essas mudan\u00e7as apontam para a necessidade de serem repensados velhos conceitos, abalados pelo aumento exponencial da produtividade e da inova\u00e7\u00e3o tecnol\u00f3gica, pela expans\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o e do PIB mundial e pela degrada\u00e7\u00e3o do meio ambiente. A revolu\u00e7\u00e3o nas comunica\u00e7\u00f5es provocou, por sua vez, a inclus\u00e3o das comunidades humanas em uma rede global integrada, partilhando um “destino comum”. As conseq\u00fc\u00eancias de tais transforma\u00e7\u00f5es comp\u00f5em hoje um conjunto de constata\u00e7\u00f5es que exigem uma agenda de mudan\u00e7as interdependentes:<\/p>\n\n\n\n