{"id":1984,"date":"2009-03-12T17:39:08","date_gmt":"2009-03-12T17:39:08","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:14:28","modified_gmt":"2021-07-10T23:14:28","slug":"contabilidade_ambiental_relatorio_para_um_futuro_sustentavel_responsavel_e_transparente","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/gestao\/artigos\/contabilidade_ambiental_relatorio_para_um_futuro_sustentavel_responsavel_e_transparente.html","title":{"rendered":"Contabilidade Ambiental: Relat\u00f3rio para um Futuro Sustent\u00e1vel, Respons\u00e1vel e Transparente"},"content":{"rendered":"\n
1 – Introdu\u00e7\u00e3o <\/strong><\/p>\n\n\n\n Estamos diante de um novo modelo estrat\u00e9gico, um modelo que tende a se fortificar nas pr\u00f3ximas d\u00e9cadas. Nesse novo ambiente, os interesses dos acionistas dividem espa\u00e7os com as demandas da comunidade e dos clientes, funcion\u00e1rios e fornecedores. \u00c9 para esse grupo, os chamados stakeholders, que a empresa do futuro ter\u00e1 de gerar valor. <\/p>\n\n\n\n Hoje, h\u00e1 uma enorme press\u00e3o pela qualidade nas rela\u00e7\u00f5es. Atingi-la ou n\u00e3o ser\u00e1 um fator determinante para o sucesso nos neg\u00f3cios. Essa press\u00e3o \u00e9 devida, em parte, ao poder que as corpora\u00e7\u00f5es conquistaram nas \u00faltimas d\u00e9cadas. S\u00e3o as empresas, sobretudo as ligadas \u00e0 iniciativa privada, que geram empregos e conhecimentos, dominam t\u00e9cnicas de gest\u00e3o, disp\u00f5em de capital e concentram um n\u00famero extraordin\u00e1rio de talento e de pessoas inovadoras que fazem as coisas acontecerem. <\/p>\n\n\n\n O mundo corporativo tem, portanto, um papel fundamental na garantia de preserva\u00e7\u00e3o do meio ambiente e na defini\u00e7\u00e3o da qualidade de vida das comunidades de seus funcion\u00e1rios. Empresas socialmente respons\u00e1veis geram, sim, valor para quem est\u00e1 pr\u00f3ximo. E, acima de tudo, conquistam resultados melhores para si pr\u00f3prias. A responsabilidade social deixou de ser uma op\u00e7\u00e3o para as empresas. \u00c9 uma quest\u00e3o de vis\u00e3o, de estrat\u00e9gia e, muitas vezes, de sobreviv\u00eancia. <\/p>\n\n\n\n Os assuntos ambientais est\u00e3o crescendo em import\u00e2ncia para a comunidade de neg\u00f3cios em termos de responsabilidade social, do consumidor, desenvolvimento de produtos, passivos legais e considera\u00e7\u00f5es cont\u00e1beis. A inclus\u00e3o da prote\u00e7\u00e3o do ambiente entre os objetivos da administra\u00e7\u00e3o amplia substancialmente todo o conceito de administra\u00e7\u00e3o. Os administradores cada vez mais t\u00eam que lidar com situa\u00e7\u00f5es em que parte do patrim\u00f4nio das empresas \u00e9 simplesmente ceifada pelos processos que envolvem o ressarcimento de danos causados ao meio ambiente, independentemente desses danos poderem ser remediados ou n\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n Nesse cen\u00e1rio, \u00e9 cada vez mais \u00e1rdua a tarefa do administrador no tratamento desses assuntos na Contabilidade e sua divulga\u00e7\u00e3o. A complexidade da atividade de certas empresas muitas vezes \u00e9 fator que dificulta o tratamento a ser dado no registro e na divulga\u00e7\u00e3o de, principalmente, os chamados passivos ambientais. Este assunto envolve julgamento e conhecimento espec\u00edfico, da\u00ed a necessidade de envolver n\u00e3o somente a alta administra\u00e7\u00e3o e a classe cont\u00e1bil, mas tamb\u00e9m engenheiros, advogados, juristas, etc. <\/p>\n\n\n\n Portanto, a participa\u00e7\u00e3o da Contabilidade \u00e9 de extrema import\u00e2ncia, pois vai despertar o interesse para as quest\u00f5es ambientais, ajudando a classe empresarial a implementar, em sua gest\u00e3o empresarial, a vari\u00e1vel ambiental, n\u00e3o apenas para constar na legisla\u00e7\u00e3o, mas por uma verdadeira conscientiza\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica. <\/p>\n\n\n\n Neste sentido, n\u00e3o podemos ficar para tr\u00e1s, n\u00e3o podemos perder mais esta oportunidade de nos inserirmos no seio da sociedade, assumindo uma nova postura como cidad\u00e3os e como profissionais perante a sociedade. Por\u00e9m, est\u00e1 a\u00ed o desafio para n\u00f3s, contadores: fazer uma Contabilidade adequada a um modelo ambiental, integrado e competitivo, que compreenda movimentos econ\u00f4micos, movimentos operativos e movimentos ambientais. <\/p>\n\n\n\n 2 – O despertar da consci\u00eancia ecol\u00f3gica na Contabilidade <\/strong><\/p>\n\n\n\n A Contabilidade, objetivando evidenciar a situa\u00e7\u00e3o econ\u00f4mico-financeira das empresas e o desempenho peri\u00f3dico destas, constitui um adequado sistema de informa\u00e7\u00f5es quanto \u00e0 postura ambiental das entidades. <\/p>\n\n\n\n A 7\u00aa Reuni\u00e3o da ONU evidenciou as normas cont\u00e1beis sobre a contabiliza\u00e7\u00e3o dos elementos de prote\u00e7\u00e3o e recupera\u00e7\u00e3o ambientais e sobre o n\u00edvel de divulga\u00e7\u00e3o adequado. IPECAFI apud Ribeiro (1992, p. 67) faz a seguinte observa\u00e7\u00e3o sobre a evolu\u00e7\u00e3o da normatiza\u00e7\u00e3o cont\u00e1bil: “\u00c9 interessante verificar a evolu\u00e7\u00e3o das exig\u00eancias com rela\u00e7\u00e3o \u00e0 divulga\u00e7\u00e3o de informa\u00e7\u00f5es sobre o que a empresa esteja gastando ou sendo obrigada a gastar, quer na forma de investimentos ou de despesas com rela\u00e7\u00e3o ao controle do meio ambiente. Mais do que uma contabilidade de gastos ambientais, \u00e9 a id\u00e9ia do ‘environmental accountability’. Essa ‘tomada de contas’ dos gastos com o meio ambiente parece estar tomando corpo nas sociedades de in\u00fameros pa\u00edses de v\u00e1rias regi\u00f5es do mundo”. <\/p>\n\n\n\n Portanto, propostas e recomenda\u00e7\u00f5es existem no sentido de que as companhias tornem p\u00fablicos os efeitos de sua intera\u00e7\u00e3o com o meio ambiente. Os efeitos da intera\u00e7\u00e3o da empresa com o meio ambiente, de acordo com Ribeiro & Lisboa (1999), podem ser identificados mediante: <\/p>\n\n\n\n Essas informa\u00e7\u00f5es traduzem o empenho pr\u00e1tico da organiza\u00e7\u00e3o em melhorar a qualidade ambiental do planeta e, por conseguinte, em demonstrar sua responsabilidade social, al\u00e9m de servir de par\u00e2metro para a melhoria de suas cong\u00eaneres. <\/p>\n\n\n\n O passivo, que representa as obriga\u00e7\u00f5es para com terceiros, devem ser reconhecidos a partir do momento em que s\u00e3o verificados, mesmo que ainda n\u00e3o haja uma cobran\u00e7a formal ou legal. Esta identifica\u00e7\u00e3o e a divulga\u00e7\u00e3o do Passivo Ambiental s\u00e3o de grande relev\u00e2ncia para avalia\u00e7\u00e3o das condi\u00e7\u00f5es de continuidade das empresas, al\u00e9m de serem \u00fateis na evidencia\u00e7\u00e3o da responsabilidade social. <\/p>\n\n\n\n Dentre outras forma de identifica\u00e7\u00e3o do passivo ambiental temos o EIA (Estudo de Impactos Ambiental) e o RIMA (Relat\u00f3rio de Impacto ao Meio Ambiente), sendo que o EIA \u00e9 elaborado na \u00e9poca de constitui\u00e7\u00e3o da empresa e o RIMA elaborado periodicamente, para acompanhamento, dos impactos dos procedimentos operacionais das empresas. <\/p>\n\n\n\n O passivo ambiental tornou-se um quesito elementar nas negocia\u00e7\u00f5es de empresa, ou seja, na compra e venda, pois poder\u00e1 ser atribu\u00eddo aos novos propriet\u00e1rios a responsabilidade pelos efeitos nocivos ao meio ambiente provocados pelo processo operacional da companhia ou pela forma como os res\u00edduos poluentes foram tratados. Isto \u00e9 corroborado por Ribeiro & Lisboa (1999), ao dizerem que pode gerar significativos impactos no fluxo financeiro e econ\u00f4mico da organiza\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n A identifica\u00e7\u00e3o do passivo ambiental tamb\u00e9m tem grande relev\u00e2ncia nos processos de privatiza\u00e7\u00e3o e de compra. Nas negocia\u00e7\u00f5es de valores das transa\u00e7\u00f5es e nos processos de incorpora\u00e7\u00e3o de empresas com caracter\u00edsticas altamente poluentes, nos quais este item foi ignorado, houve grandes preju\u00edzos para a incorpora\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n O desempenho das empresas, apurado pela demonstra\u00e7\u00e3o de resultado, pode mostrar com clareza o montante de recursos consumidos naquele per\u00edodo espec\u00edfico para a prote\u00e7\u00e3o, controle, preserva\u00e7\u00e3o e restaura\u00e7\u00e3o ambiental, identificando o montante de gastos com penalidade e multas. <\/p>\n\n\n\n A evidencia\u00e7\u00e3o dos fatores que refletem a intera\u00e7\u00e3o da empresa com o meio ambiente \u00e9 fundamental. Qualquer que seja o usu\u00e1rio dessa informa\u00e7\u00e3o, poder\u00e1 estar interessado na identifica\u00e7\u00e3o dos riscos de eventual descontinuidade e das perspectivas de continuidade, tendo em meta as a\u00e7\u00f5es e press\u00f5es governamentais, da comunidade financeira, de cr\u00e9dito e da sociedade em geral. <\/p>\n\n\n\n Outro enfoque importante que essas informa\u00e7\u00f5es poder\u00e3o trazer s\u00e3o as instala\u00e7\u00f5es e manuten\u00e7\u00e3o de empresas, pois, por interm\u00e9dio dessas informa\u00e7\u00f5es, pode-se analisar o custo-benef\u00edcio dessas organiza\u00e7\u00f5es. <\/p>\n\n\n\n Portanto, a Contabilidade poder\u00e1 dar essas informa\u00e7\u00f5es pois \u00e9 respons\u00e1vel pela identifica\u00e7\u00e3o e apura\u00e7\u00e3o dos resultados econ\u00f4mico-financeiros. Essas informa\u00e7\u00f5es cont\u00e1beis, conjugadas com dados f\u00edsicos sobre os poluentes produzidos comparativamente \u00e0 quantidade e tipos produzidos no per\u00edodo imediatamente anterior, bem como sobre os n\u00edveis permitidos pela legisla\u00e7\u00e3o ambiental, podem ser de grande valia no que tange \u00e0 avalia\u00e7\u00e3o da responsabilidade social de uma empresa. <\/p>\n\n\n\n 2.1 \u2013 Contabilidade Ambiental com responsabilidade social <\/strong><\/p>\n\n\n\n Sendo a Contabilidade um excelente instrumento de identifica\u00e7\u00e3o, registro, acumula\u00e7\u00e3o, an\u00e1lise, interpreta\u00e7\u00e3o e informa\u00e7\u00e3o das opera\u00e7\u00f5es empresariais aos s\u00f3cios, acionistas e investidores em geral, al\u00e9m dos administradores, obviamente, ela se configura, conforme Queiroz (2000), como o melhor mecanismo de gest\u00e3o dispon\u00edvel ao empresariado, cujos resultados apurados podem ser tornados vis\u00edveis \u00e0 sociedade, com relativa facilidade, mediante a apresenta\u00e7\u00e3o de balan\u00e7os mais complexos, que incluam, em seu corpo, as respostas aos questionamentos sociais. <\/p>\n\n\n\n Kroetz (2000, p. 24) assinala que, entendendo a Contabilidade como uma ci\u00eancia social, \u00e9 vital compreend\u00ea-la como um sistema aberto, sendo importante verificar a caracteriza\u00e7\u00e3o e a evolu\u00e7\u00e3o da teoria Geral dos Sistemas, que nasceu da necessidade de se ter uma teoria maior, a da totalidade, que pudesse n\u00e3o s\u00f3 aglomerar, de forma organizada, pequenas c\u00e9lulas, mas tamb\u00e9m procurando situ\u00e1-la num sistema maior, objetivando a resolu\u00e7\u00e3o de problemas. <\/p>\n\n\n\n A Contabilidade, esta enorme fonte de registro, interpreta\u00e7\u00e3o e informa\u00e7\u00e3o de dados empresariais e governamentais, deve tamb\u00e9m passar a preocupar-se com o retorno a ser dirigido a toda a sociedade, conforme disse o presidente da Fran\u00e7a, Jacques Chirac, em seu discurso na sess\u00e3o plen\u00e1ria de encerramento do XV Congresso Mundial de Contadores, em 1997: <\/p>\n\n\n\n A profiss\u00e3o cont\u00e1bil desempenha um papel fundamental na moderniza\u00e7\u00e3o e internacionaliza\u00e7\u00e3o de nossa economia. Isso porque voc\u00eas n\u00e3o se restringem a cuidar de contas. Voc\u00eas s\u00e3o conselheiros e, \u00e0s vezes, confidentes das administra\u00e7\u00f5es de companhias, para que t\u00eam um importante papel a desempenhar, especialmente em assuntos sociais e tribut\u00e1rios. Voc\u00eas orientam pequenas e m\u00e9dias empresas em sua administra\u00e7\u00e3o, simplificando as alternativas, que ainda s\u00e3o demasiado complexas. Voc\u00eas desempenham, portanto, um papel no desenvolvimento das possibilidades de emprego, o que merece um especial registro de reconhecimento[…]\u201d <\/p>\n\n\n\n O prop\u00f3sito de toda ci\u00eancia \u00e9 produzir conhecimento e evidenciar sua utilidade. N\u00e3o obstante isso, Kroetz (2000) enfatiza que, nas ci\u00eancias sociais, a teoriza\u00e7\u00e3o do saber deve necessariamente transcender seu objetivo, buscando o bem-estar social, isto \u00e9, agindo como uma mediadora para que a sociedade se desenvolva, possibilitando a igualdade entre os homens. Por sua vez, a Contabilidade traz essa preocupa\u00e7\u00e3o por meio de suas leis, princ\u00edpios, teorias, m\u00e9todos, instrumentos, buscando a demonstra\u00e7\u00e3o da realidade patrimonial e, principalmente, a rela\u00e7\u00e3o dela com o ambiente social. <\/p>\n\n\n\n A Contabilidade Ambiental surgiu em 1970, quando as empresas passaram a dar um pouco mais de aten\u00e7\u00e3o aos problemas do meio ambiente. Contabilidade Ambiental \u00e9 a contabiliza\u00e7\u00e3o dos benef\u00edcios e preju\u00edzos que o desenvolvimento de um produto ou servi\u00e7o pode trazer ao meio ambiente. \u00c9 um conjunto de a\u00e7\u00f5es planejadas para desenvolver um projeto, levando em conta a preocupa\u00e7\u00e3o com o meio ambiente. <\/p>\n\n\n\n Para Maior (2003), a id\u00e9ia de fazer uma Contabilidade Ambiental dentro das empresas, ou seja, medir gastos e recursos para a produ\u00e7\u00e3o de bens de consumo, veio com a crise do petr\u00f3leo, em 1974, quando o produto chegou a um alt\u00edssimo custo e estava em escassez. Diz ainda que parece que, na \u00e9poca, as pessoas entenderam que n\u00e3o \u00e9 porque uma mat\u00e9ria-prima \u00e9 um recurso natural que ela vai durar para sempre. A conscientiza\u00e7\u00e3o foi ainda mais refor\u00e7ada quando o Clube de Roma, um grupo formado por cientistas de todos os pa\u00edses, preocupados em estudar o futuro do mundo, divulgou um relat\u00f3rio chamado \u201cLimites de crescimento\u201d, que mostrava que se continuasse n\u00e3o existindo uma preocupa\u00e7\u00e3o com a natureza por parte das pessoas e das empresas, o mundo entraria em estado de emerg\u00eancia mais r\u00e1pido do que se esperava. <\/p>\n\n\n\n A Contabilidade Financeira Ambiental passou a ter status de um novo ramo da ci\u00eancia cont\u00e1bil em fevereiro de 1998, com a finaliza\u00e7\u00e3o do \u201cRelat\u00f3rio Financeiro e Cont\u00e1bil sobre Passivo e Custos Ambientais\u201d pelo Grupo de Trabalho Intergovernamental das Na\u00e7\u00f5es Unidas de Especialistas em Padr\u00f5es Internacionais de Contabilidade e Relat\u00f3rios (ISAR \u2013 United Nations Intergovernanmental Working Group of Experts on International Standards of Accounting and Reporting). <\/p>\n\n\n\n Junior (2000) diz que, paralelo a este trabalho, o ISAR vem coordenando esfor\u00e7os com o Comit\u00ea de Pr\u00e1ticas de Auditoria Internacional (IAPC \u2013 International Auditing Practices Committee) , no sentido de formalizar um conjunto de padr\u00f5es de auditoria voltado para a verifica\u00e7\u00e3o do desempenho ambiental relatado nas demonstra\u00e7\u00f5es cont\u00e1beis. <\/p>\n\n\n\n A Contabilidade Financeira Ambiental tem o objetivo de registrar as transa\u00e7\u00f5es da empresa que impactam o meio ambiente e os seus efeitos na posi\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica e financeira da empresa que reporta tais transa\u00e7\u00f5es, devendo assegurar, conforme o autor acima, que: a) os custos, ativos e passivos ambientais estejam contabilizados de acordo com os princ\u00edpios fundamentais da Contabilidade, e b) o desempenho ambiental tenha ampla transpar\u00eancia de que os usu\u00e1rios da informa\u00e7\u00e3o cont\u00e1bil necessitam. <\/p>\n\n\n\n Continuamente, est\u00e3o sendo feitos progressos no sentido de se proteger o meio ambiente e reduzir, prevenir ou mitigar os efeitos da polui\u00e7\u00e3o e, em conseq\u00fc\u00eancia, h\u00e1 uma tend\u00eancia das empresas em abrir para a comunidade uma grande quantidade de dados sobre uma pol\u00edtica ambiental, seus programas de gerenciamento ambiental e o impacto de seu desempenho ambiental em seu desempenho econ\u00f4mico e financeiro. <\/p>\n\n\n\n Uma empresa que reconhece suas responsabilidades ambientais dever\u00e1 diminuir seu risco financeiro futuro resultante de incidentes ambientais. Ao mesmo tempo, esta empresa dever\u00e1 pagar menores pr\u00eamios de seguro em conseq\u00fc\u00eancia do menor risco. Uma taxa de risco ambiental baixa tamb\u00e9m pode assegurar \u00e0 empresa menores taxas de juros na capta\u00e7\u00e3o de recursos. <\/p>\n\n\n\n Portanto, a empresa que demonstrar que est\u00e1 avan\u00e7ada em termos de uso de tecnologias ambientalmente amig\u00e1veis ou em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 utiliza\u00e7\u00e3o de processos produtivos sustent\u00e1veis poder\u00e1 angariar benef\u00edcios adicionais, tais como um aumento no comprometimento dos funcion\u00e1rios, menos taxas e multas por danos ambientais, menores custos de produ\u00e7\u00e3o e de disposi\u00e7\u00e3o de res\u00edduos, al\u00e9m de ter acesso a melhores oportunidades de neg\u00f3cios. Poder\u00e1 inclusive explorar a vantagem competitiva de estar fornecendo bens e servi\u00e7os ambientalmente adequados. <\/p>\n\n\n\n V\u00e1rias empresas j\u00e1 t\u00eam um profissional trabalhando com Contabilidade Ambiental, como ind\u00fastrias de cimento, usinas de asfalto e muitas outras. \u00c9 uma tend\u00eancia com grandes previs\u00f5es de crescimento. As empresas querem economizar e, a partir do momento que tiverem um respons\u00e1vel para contabilizar custos e benef\u00edcios de mat\u00e9ria-prima, ela estar\u00e1 economizando. O consumidor, por sua vez, est\u00e1 cada vez mais inteligente e hoje chega a fazer boicote, quando acha que est\u00e1 sendo lesado ou quando reconhece que determinada empresa est\u00e1 prejudicando a natureza. <\/p>\n\n\n\n Agora, o desafio para a Contabilidade est\u00e1 na mudan\u00e7a de paradigma, para um modelo cont\u00e1bil ambiental, uma Contabilidade integrada e competitiva que compreenda movimentos econ\u00f4micos, movimentos operativos e movimentos ambientais. <\/p>\n\n\n\n 3 \u2013 Contabilidade Ambiental \u2013 relat\u00f3rio para um futuro sustent\u00e1vel, respons\u00e1vel e transparente <\/strong><\/p>\n\n\n\n A preocupa\u00e7\u00e3o mundial em torno do meio ambiente caminha para um consenso em torno da ades\u00e3o a um novo estilo de desenvolvimento que deve combinar efici\u00eancia econ\u00f4mica com justi\u00e7a social e prud\u00eancia ecol\u00f3gica. A combina\u00e7\u00e3o desses elementos somente ser\u00e1 poss\u00edvel se houver um esfor\u00e7o conjunto de todos com objetivo de atingir o bem-estar geral no futuro. <\/p>\n\n\n\n Os contadores t\u00eam um papel fundamental nesta perspectiva, uma vez que depende desses profissionais elaborar um modelo adequado para esta entidade, incentivar as empresas a implementarem gest\u00f5es ambientais que possam gerar dados apresent\u00e1veis contabilmente, nos balan\u00e7os sociais, al\u00e9m de criar sistemas e m\u00e9todos de mensura\u00e7\u00e3o dos elementos e de mostrar ao empres\u00e1rio as vantagens dessas a\u00e7\u00f5es. <\/p>\n\n\n\n Para S\u00e1 (2001), as exig\u00eancias sociais e ambientais, aquelas do mercado, a luta imperialista, a velocidade extrema das comunica\u00e7\u00f5es, o progresso espantoso no processo da informa\u00e7\u00e3o, as aplica\u00e7\u00f5es cient\u00edficas cada vez mais ousadas em quase todos os ramos do saber humano, foram os fatores que inspiraram as modifica\u00e7\u00f5es conceituais, tamb\u00e9m em Contabilidade. <\/p>\n\n\n\n As inova\u00e7\u00f5es trazidas pela Contabilidade Ambiental est\u00e3o associadas a pelo menos tr\u00eas temas: <\/p>\n\n\n\n Junto a essas vari\u00e1veis, encontra-se ainda o respeito ao meio ambiente, cuja incid\u00eancia econ\u00f4mica, s\u00f3cio-jur\u00eddica e cultural est\u00e1 fora de toda d\u00favida e cujo impacto deve ser reconhecido na Contabilidade. <\/p>\n\n\n\n A Contabilidade n\u00e3o vai resolver os problemas ambientais, mas face \u00e0 sua capacidade de fornecer informa\u00e7\u00f5es, pode alertar os v\u00e1rios atores sociais para a gravidade do problema vivenciado, ajudando, desta forma, na procura de solu\u00e7\u00f5es. <\/p>\n\n\n\n 4 – Finalidade e destinat\u00e1rio da Contabilidade Ambiental<\/strong><\/p>\n\n\n\n Existem tr\u00eas motivos b\u00e1sicos para a empresa adotar uma Contabilidade Ambiental: <\/p>\n\n\n\n Raz\u00e3o de gest\u00e3o interna<\/strong> \u2013 Est\u00e1 relacionada com uma ativa gest\u00e3o ambiental e seu controle. <\/p>\n\n\n\n Exig\u00eancias legais<\/strong> \u2013 A crescente exig\u00eancia legal e normativa pode obrigar os diretores a controlar mais seus riscos ambientais, sob pena de multas. <\/p>\n\n\n\n Demanda dos part\u00edcipes<\/strong> \u2013 A empresa est\u00e1 submetida cada vez mais a press\u00f5es internas e externas. Essas demandas podem ser dos empregados, acionistas, administra\u00e7\u00e3o p\u00fablica, clientes, bancos, investidores, organiza\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas, seguradoras e comunidade local. <\/p>\n\n\n\n Conv\u00e9m especificamente saber por que a empresa quer um sistema de Contabilidade Ambiental. Em outras palavras, que resultados espera obter com isto. \u00c9 importante conhecer quais s\u00e3o os objetivos. <\/p>\n\n\n\n Os part\u00edcipes (conforme figura 1) podem ser: diretores, empregados, acionistas, comunidade local, administra\u00e7\u00e3o p\u00fablica, clientes, fornecedores, investidores, bancos e entidades financeiras, seguradoras, organiza\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas, universidades e centros de pesquisas e seus interesses est\u00e3o descritos no quadro 1. <\/p>\n\n\n\n Figura 1 \u2013 Part\u00edcipes envolvidos na responsabilidade social e ambiental <\/strong><\/p>\n\n\n\n Fonte: Fenech (2002) <\/p>\n\n\n\n Quadro 1 – Interesses espec\u00edficos de cada part\u00edcipe<\/strong><\/p>\n\n\n\n Fonte: Fundaci\u00f3 F\u00f3rum Ambiental (1999). <\/p>\n\n\n\n 5 – \u00c1reas da Contabilidade Ambiental <\/strong><\/p>\n\n\n\n As tr\u00eas grandes \u00e1reas que classificam os instrumentos da Contabilidade Ambiental s\u00e3o produ\u00e7\u00e3o (aspectos), dire\u00e7\u00e3o (decis\u00f5es) e meio ambiente (impactos). <\/p>\n\n\n\n 5.1 – Aspectos ambientais <\/strong>\u2013 s\u00e3o os elementos espec\u00edficos das atividades, produtos ou servi\u00e7os da empresa que podem interagir positivamente ou negativamente com o meio ambiente. <\/p>\n\n\n\n 5.2 – Decis\u00f5es ambientais<\/strong> \u2013 incluem todas as pol\u00edticas, estrat\u00e9gias, planos de a\u00e7\u00e3o e instrumentos de trabalho que a dire\u00e7\u00e3o da empresa adota para desenvolver uma gest\u00e3o ambiental determinada da companhia. <\/p>\n\n\n\n 5.3 – Impactos ambientais<\/strong> \u2013 definem-se como toda troca do meio ambiente, seja adversa ou ben\u00e9fica ao seu resultado, total ou parcialmente, das atividades, produtos ou servi\u00e7os da empresa. <\/p>\n\n\n\n 6 – Momentos da Contabilidade Ambiental <\/strong><\/p>\n\n\n\n Existem tr\u00eas momentos no processo definido de Contabilidade Ambiental, de acordo com a Fundaci\u00f3 F\u00f3rum Ambiental (2001). <\/p>\n\n\n\n 6.1 – Medida<\/strong> \u2013 consiste na obten\u00e7\u00e3o de dados relevantes. Para isto \u00e9 preciso ter definidas, antes, as \u00e1reas de influ\u00eancia ambiental e de cria\u00e7\u00e3o de valor que devem ser estudadas e os indicadores a utilizar para obter a informa\u00e7\u00e3o adequada de cada aspecto relevante dentro de cada \u00e1rea. <\/p>\n\n\n\n Uma vez estabelecidas a finalidade, os destinat\u00e1rios e os crit\u00e9rios da Contabilidade Ambiental, podemos entrar no detalhe de suas tr\u00eas etapas principais: a medida, a avalia\u00e7\u00e3o e a comunica\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n O que \u00e9 feito, neste estado, \u00e9 transformar informa\u00e7\u00f5es dispersas e heterog\u00eaneas em dados \u00fateis, compar\u00e1veis e analis\u00e1veis. <\/p>\n\n\n\n O principal instrumento de medida s\u00e3o os indicadores ambientais <\/strong>que expressam informa\u00e7\u00e3o \u00fatil e relevante sobre a atua\u00e7\u00e3o ambiental da empresa e sobre seus esfor\u00e7os por influenciar em tal atua\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n 6.2 – Avalia\u00e7\u00e3o<\/strong> \u2013 consiste na an\u00e1lise e convers\u00e3o dos dados em informa\u00e7\u00e3o \u00fatil para tomada de decis\u00e3o, assim como na valora\u00e7\u00e3o e pondera\u00e7\u00e3o desta informa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n Uma vez medida a atua\u00e7\u00e3o ambiental da empresa, com a ajuda dos indicadores, transformamos uma informa\u00e7\u00e3o dispersa em um sistema de dados. \u00c9 o momento de avaliar e analisar estes dados, comparando a realidade com os objetivos, pol\u00edticas e recursos da empresa. <\/p>\n\n\n\n Nesta fase, h\u00e1 duas atividades importantes a realizar: <\/p>\n\n\n\n 6.3 – Comunica\u00e7\u00e3o<\/strong> \u2013 da atua\u00e7\u00e3o ambiental da companhia, tanto faz dentro como fora da empresa. Tal processo de comunica\u00e7\u00e3o consiste na transmiss\u00e3o de informa\u00e7\u00e3o sobre a atua\u00e7\u00e3o ambiental da empresa e dos part\u00edcipes ( stakeholders ) externos ou internos, sobre a base da valora\u00e7\u00e3o que a dire\u00e7\u00e3o realiza sobre as necessidades e interesses, tanto da empresa como dos diferentes part\u00edcipes. <\/p>\n\n\n\n 6.3.1 – Destinat\u00e1rio e motivos (para quem?)<\/strong> \u2013 A comunica\u00e7\u00e3o pode interessar a um grande n\u00famero e part\u00edcipes, com interesses e prioridades distintos. A partir da\u00ed, deve-se estabelecer o conte\u00fado e a forma da comunica\u00e7\u00e3o que mais conv\u00e9m aos interesses da empresa e das demandas dos distintos part\u00edcipes. O quadro 2 discorre sobre os motivos pelos quais os part\u00edcipes necessitam de informa\u00e7\u00e3o ambiental. <\/p>\n\n\n\n Quadro 2 – Necessidade de informa\u00e7\u00e3o ambiental<\/strong><\/p>\n\n\n\n Fonte: Fundaci\u00f3 F\u00f3rum Ambiental (2001). <\/p>\n\n\n\n 6.3.2 – Objetivos e tipologia da comunica\u00e7\u00e3o (para qu\u00ea?<\/strong>) \u2013 A partir da\u00ed, a empresa pode e deve estabelecer seus objetivos da comunica\u00e7\u00e3o ambiental em cada caso, assim como a tipologia ou forma de comunica\u00e7\u00e3o mais adequada. <\/p>\n\n\n\n Abaixo, resumimos alguns objetivos estabelecidos por cada part\u00edcipe, assim como a mensagem a lan\u00e7ar por parte da empresa como instrumentos de comunica\u00e7\u00e3o mais adequados (quadro 3). <\/p>\n\n\n\n Quadro 3 – Objetivos estabelecidos por part\u00edcipe, mensagem da empresa e instrumento de comunica\u00e7\u00e3o.<\/strong><\/p>\n\n\n\n Fonte: Fundaci\u00f3 F\u00f3rum Ambiental (2001). <\/p>\n\n\n\n 7 – Classifica\u00e7\u00e3o da Contabilidade Ambiental <\/strong><\/p>\n\n\n\n A EPA \u2013 Environmental Protection Agency (2002) classifica os tipos de Contabilidade Ambiental conforme o quadro 4. <\/p>\n\n\n\n Quadro 4 \u2013 Classifica\u00e7\u00e3o da Contabilidade Ambiental<\/strong><\/p>\n\n\n\n Fonte: http:\/\/es.inel.gov\/partners\/acctg\/acctg.htm <\/p>\n\n\n\n 7.1 – Contabilidade Nacional<\/strong> \u2013 \u00e9 uma medida macroecon\u00f4mica. O termo Contabilidade Ambiental est\u00e1 referido na Economia Nacional. Por exemplo: o termo Contabilidade Ambiental pode ser usado em unidades f\u00edsicas ou monet\u00e1rias de acordo com o consumo de Recursos Naturais da Na\u00e7\u00e3o, sejam renov\u00e1veis ou n\u00e3o renov\u00e1veis. Neste contexto, a Contabilidade Ambiental tem sido denominada \u201cContabilidade de Recursos Naturais\u201d. <\/p>\n\n\n\n 7.2 – Contabilidade Financeira<\/strong> \u2013 relacionada com a prepara\u00e7\u00e3o dos estados financeiros que est\u00e3o baseados de acordo com os Financial Accounting Standards Board (FASB) y a los Gener ally Accepted Accounting Principles ( GAAP). A Contabilidade Ambiental, neste contexto, est\u00e1 referida \u00e0 estima\u00e7\u00e3o e informa\u00e7\u00e3o das responsabilidades ambientais e os custos do ponto de vista financeiro. <\/p>\n\n\n\n 7.3 – Contabilidade Gerencial<\/strong> \u2013 \u00e9 o processo de identifica\u00e7\u00e3o, compila\u00e7\u00e3o e an\u00e1lise de informa\u00e7\u00e3o, principalmente para prop\u00f3sitos internos. Est\u00e1 dirigida \u00e0 administra\u00e7\u00e3o dos custos, em especial para tomada de decis\u00f5es administrativas no \u00e2mbito da produ\u00e7\u00e3o e outro. <\/p>\n\n\n\n Neste sentido, podemos determinar que existem tr\u00eas poss\u00edveis contextos onde se aplica o termo Contabilidade Ambiental, um aplicado na Contabilidade Nacional, englobando aspectos macroecon\u00f4micos, e os outros dois relacionados mais \u00e0 realidade microecon\u00f4mica, com uma unidade empresarial, que \u00e9 a que nos interessa. <\/p>\n\n\n\n Posto isto, pode-se definir a Contabilidade de Gest\u00e3o Ambiental como a identifica\u00e7\u00e3o, estima\u00e7\u00e3o, a an\u00e1lise, o relat\u00f3rio interno, e o uso dos materiais e da informa\u00e7\u00e3o do fluxo da energia, da informa\u00e7\u00e3o ambiental do custo, e de outras informa\u00e7\u00f5es dos custos para a tomada de decis\u00e3o convencional e ambiental dentro de uma organiza\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n A aplica\u00e7\u00e3o da Contabilidade de Gest\u00e3o Ambiental pode potenciar grandes poupan\u00e7as de custos na gest\u00e3o de res\u00edduos, dado que os custos de manuseio e de deposi\u00e7\u00e3o de res\u00edduos s\u00e3o relativamente f\u00e1ceis de definir e de imputar a produtos espec\u00edficos. Outros custos ambientais, incluindo os custos da conformidade ambiental, custos legais, deteriora\u00e7\u00e3o da imagem da empresa e riscos e responsabilidade ambiental s\u00e3o mais dif\u00edceis de avaliar. <\/p>\n\n\n\n A Contabilidade de Gest\u00e3o Ambiental, segundo a EPA (2002): <\/p>\n\n\n\n Neste contexto, a Contabilidade de Gest\u00e3o Ambiental incorpora e integra dois dos tr\u00eas blocos de edif\u00edcio do desenvolvimento sustent\u00e1vel: ambiente e economia . <\/p>\n\n\n\n A informa\u00e7\u00e3o da Contabilidade de Gest\u00e3o Ambiental serve essencialmente para ser utilizada internamente pela empresa nas suas tomadas de decis\u00e3o. A n\u00edvel interno, os procedimentos incluem: medi\u00e7\u00f5es f\u00edsicas do consumo de materiais e energia, fluxos de deposi\u00e7\u00e3o e deposi\u00e7\u00e3o final, avalia\u00e7\u00e3o monet\u00e1ria de custos, poupan\u00e7as e receitas relacionadas com atividades que apresentam potenciais impactos ambientais. <\/p>\n\n\n\n 8 – Benef\u00edcios da Contabilidade de Gest\u00e3o Ambiental <\/strong><\/p>\n\n\n\n 8.1 – Benef\u00edcios potenciais \u00e0 ind\u00fastria <\/strong><\/p>\n\n\n\n 8.2 – Benef\u00edcios potenciais \u00e0 sociedade <\/strong><\/p>\n\n\n\n Os exemplos de muitas iniciativas ambientais que se beneficiam da Contabilidade de Gest\u00e3o Ambiental incluem: <\/p>\n\n\n\n 9 – Conclus\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n Os objetivos da administra\u00e7\u00e3o, tradicionalmente, eram quase exclusivamente econ\u00f4micos. No entanto, conforme Callenbach (19933), desde a segunda guerra, com a crescente integra\u00e7\u00e3o da dimens\u00e3o social na economia, o conceito de administra\u00e7\u00e3o foi sendo gradualmente ampliado at\u00e9 incluir a dimens\u00e3o ecol\u00f3gica. O mercado n\u00e3o mais aceita o descaso no tratamento dos recursos naturais. Os consumidores est\u00e3o interessados em produtos limpos. A legisla\u00e7\u00e3o torna-se mais r\u00edgida, imputando san\u00e7\u00f5es aos infratores, obrigando as empresas a encarar com seriedade e responsabilidade a vari\u00e1vel ambiental em sua estrat\u00e9gia operacional. <\/p>\n\n\n\n A empresa cidad\u00e3 se desenvolve imersa na sociedade, na qual busca seus clientes, funcion\u00e1rios e outros insumos necess\u00e1rios para sua opera\u00e7\u00e3o. Ela n\u00e3o se at\u00e9m apenas aos resultados financeiros expressos em seu balan\u00e7o, mas inova a formula\u00e7\u00e3o de um balan\u00e7o social, em que avalia sua contribui\u00e7\u00e3o \u00e0 sociedade. <\/p>\n\n\n\n Portanto, verifica-se que a sociedade \u00e9 que d\u00e1 permiss\u00e3o para a continuidade da empresa, conforme Kraemer (2000), e que os detentores de recursos n\u00e3o querem arriscar indefinidamente seus patrim\u00f4nios em companhias que se recusem a tomar medidas preventivas na \u00e1rea social e ambiental. Posi\u00e7\u00e3o semelhante assumem os consumidores. Profissionais competentes n\u00e3o podem comprometer a sa\u00fade em fun\u00e7\u00e3o da perman\u00eancia em locais inadequados. <\/p>\n\n\n\n Logo, a empresa precisa se adaptar aos par\u00e2metros exigidos para n\u00e3o agredir ao meio ambiente e, por meio do reconhecimento e divulga\u00e7\u00e3o do seu passivo ambiental e da evidencia\u00e7\u00e3o dos ativos ambientais e dos custos e despesas com a preserva\u00e7\u00e3o, prote\u00e7\u00e3o e controle ambiental, ela torna claro para a sociedade o n\u00edvel dos esfor\u00e7os que vem desenvolvendo com vistas ao atingimento de tais objetivos. <\/p>\n\n\n\n O contador, como menciona S\u00e1 (2000), precisa comparecer nesse novo cen\u00e1rio, com a disposi\u00e7\u00e3o e compet\u00eancias necess\u00e1rias para cooperar com a preserva\u00e7\u00e3o do planeta, prosperidade das sociedades e valoriza\u00e7\u00e3o do homem. Dever\u00e1 ser o agente capaz de disseminar a responsabilidade social na sua organiza\u00e7\u00e3o e nas empresas a quem presta servi\u00e7os. \u00c9 ele o detentor de informa\u00e7\u00f5es ricas e privilegiadas, e capaz de influenciar positivamente as organiza\u00e7\u00f5es e contribuir para a tomada de decis\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n Partindo dessa premissa, a Contabilidade n\u00e3o pode ficar fechada \u00e0 escritura\u00e7\u00e3o e mensura\u00e7\u00f5es quantitativas do patrim\u00f4nio da empresa. Ela deve estar aberta \u00e0 evolu\u00e7\u00e3o tecnol\u00f3gica e \u00e0s mudan\u00e7as r\u00e1pidas do mundo moderno, estar presente na luta pela preserva\u00e7\u00e3o ambiental natural, criando modelos cont\u00e1beis eficazes e orientando o empres\u00e1rio na aplica\u00e7\u00e3o destes modelos para satisfazer as necessidades da riqueza da empresa com efic\u00e1cia e tamb\u00e9m satisfazer com efic\u00e1cia as necessidades do meio ambiente natural. <\/p>\n\n\n\n 10\u2013 Refer\u00eancias <\/strong><\/p>\n\n\n\nPART\u00cdCIPE<\/strong><\/td> <\/span>PRINCIPAIS INTERESSES<\/strong><\/td><\/tr> Trabalhadores<\/td> \n \n
Comunidade local<\/td> \n \n
Clientes e fornecedores<\/td> \n \n
Administra\u00e7\u00e3o p\u00fablica<\/td> \n \n
Entidades financeiras, investidores e acionistas<\/td> \n \n
Organiza\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas<\/td> \n \n
PART\u00cdCIPE<\/strong><\/td> POR QUE QUEREM INFORMA\u00c7\u00c3O AMBIENTAL<\/strong><\/td><\/tr> Trabalhadores<\/td> \n \n
Comunidade local<\/td> \n \n
Clientes <\/span><\/td> \n \n
Fornecedores<\/td> \n \n
Administra\u00e7\u00e3o p\u00fablica<\/td> \n \n
Entidades financeiras, investidores e acionistas<\/td> \n \n
Entidades de promo\u00e7\u00e3o ambiental <\/span><\/td> \n \n
Organiza\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas <\/span><\/td> \n \n
PART\u00cdCIPES<\/strong><\/td> OBJETIVOS<\/strong><\/td> MENSAGENS<\/strong><\/td> MEIOS DE COMUNICA\u00c7\u00c3O<\/strong><\/td><\/tr> Trabalhadores <\/span><\/td> \n \n
\n \n
\n \n
Comunidade local<\/td> \n \n
\n \n
\n \n
Clientes e fornecedores<\/td> \n \n
\n \n
\n \n
Administra\u00e7\u00e3o p\u00fablica<\/td> \n \n
\n \n
\n \n
Entidades financeiras e investidores<\/td> \n \n
\n \n
\n \n
Acionistas<\/td> \n \n
\n \n
\n \n
Organiza\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas<\/td> \n \n
\n \n
\n \n
Tipos de Contabilidade Ambiental<\/strong><\/td> Enfoque<\/strong><\/td> Dirigido a usu\u00e1rio<\/strong><\/td><\/tr> a) Contabilidade Nacional<\/td> Macroecon\u00f4mico, Economia Nacional <\/span><\/td> <\/span>Externo<\/td><\/tr> b) Contabilidade Financeira<\/td> <\/span>A empresa<\/td> Externo<\/td><\/tr> c) Contabilidade Gerencial ou de Custos<\/td> <\/span>A empresa, Departamentos, Linha de Produ\u00e7\u00e3o, etc<\/td> <\/span>Interno<\/td><\/tr><\/tbody><\/table><\/figure>\n\n\n\n