{"id":1952,"date":"2009-03-31T17:04:26","date_gmt":"2009-03-31T17:04:26","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:02:07","modified_gmt":"2021-07-10T23:02:07","slug":"silvicultura_da_bracatinga_mimosa_scabrella_bentham","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/florestal\/silvicultura\/silvicultura_da_bracatinga_mimosa_scabrella_bentham.html","title":{"rendered":"Silvicultura da Bracatinga (Mimosa scabrella Bentham)"},"content":{"rendered":"\n
Introdu\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n A bracatinga \u00e9 uma esp\u00e9cie florestal que fornece lenha e carv\u00e3o de \u00f3tima qualidade, sendo cultivada em altitudes superiores a 900 metros no Sul do Brasil, principalmente no Estado do Paran\u00e1, desde o in\u00edcio do s\u00e9culo XX.<\/p>\n\n\n\n Esta esp\u00e9cie pode ser uma boa op\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica de utiliza\u00e7\u00e3o em terras em declive, onde as culturas agr\u00edcolas e pecu\u00e1ria apresentam baixa rentabilidade. A bracatinga tamb\u00e9m constitui uma fonte de renda secund\u00e1ria nas propriedades tecnificadas. Em propriedades em que se pratica a agricultura tradicional baseada no cultivo de gr\u00e3os, torna-se muitas vezes a principal fonte de renda.<\/p>\n\n\n\n Produ\u00e7\u00e3o de mudas<\/strong><\/p>\n\n\n\n Sementes<\/strong><\/p>\n\n\n\n Matura\u00e7\u00e3o dos frutos<\/strong>: geralmente a bracatinga come\u00e7a a produzir sementes a partir de tr\u00eas anos de idade, em \u00e1rvores bem ensolaradas. Cada vagem cont\u00e9m 3 ou 4 sementes. Geralmente a matura\u00e7\u00e3o dos frutos ocorre no per\u00edodo de novembro a mar\u00e7o. As sementes, quando maduras, t\u00eam cor marrom escurecida, quase negra. Em um quilo de sementes, poder\u00e3o ser encontrados de 46.500 a 89.500 sementes.<\/p>\n\n\n\n Coleta<\/strong>: para coleta por poda, aconselha-se a \u00e9poca em que os frutos t\u00eam cor marrom escuro. Para a coleta por vibra\u00e7\u00e3o da copa e recep\u00e7\u00e3o em lona, as vagens devem estar semi-abertas, para que as sementes possam soltar-se.<\/p>\n\n\n\n Extra\u00e7\u00e3o<\/strong>: a extra\u00e7\u00e3o da semente pode ser feita manual ou mecanicamente. Para quantidades pequenas, recomenda-se a extra\u00e7\u00e3o manual, que causa menores danos mec\u00e2nicos e possibilita elevada percentagem de pureza. Para a extra\u00e7\u00e3o de grande volume de sementes, recomenda-se a extra\u00e7\u00e3o mec\u00e2nica, utilizando-se uma m\u00e1quina de triturar feij\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Armazenamento<\/strong>: o armazenamento das sementes de bracatinga, com teor de umidade de 10% a 11%, pode ser feito no ambiente, em embalagem pl\u00e1stica imperme\u00e1vel, por doze meses, com perdas de 12 a 15% na germina\u00e7\u00e3o. Para per\u00edodos de armazenamento mais longos, recomenda-se o uso de tambores de fibra, em c\u00e2mara fria (3O a 5O C de temperatura e 86% de umidade relativa).<\/p>\n\n\n\n Dorm\u00eancia<\/strong>: as sementes da bracatinga t\u00eam dificuldade em germinar mesmo em condi\u00e7\u00f5es ideais de umidade e temperatura. Isto ocorre devido \u00e0 impermeabilidade do tegumento; a semente n\u00e3o consegue absorver umidade para iniciar o processo germinativo e, para que isso ocorra, \u00e9 necess\u00e1rio tornar o tegumento perme\u00e1vel, por tratamentos apropriados. S\u00e3o v\u00e1rios os m\u00e9todos utilizados para a quebra de dorm\u00eancia:<\/p>\n\n\n\n a) Aquecimento solar ou fogo: m\u00e9todo utilizado em ambientes naturais.<\/p>\n\n\n\n b) Imers\u00e3o em \u00e1cido sulf\u00farico concentrado (93% de pureza) por quatro minutos. M\u00e9todo geralmente utilizado em laborat\u00f3rios em opera\u00e7\u00e3o que exige rapidez.<\/p>\n\n\n\n c) Imers\u00e3o em \u00e1gua a 80O C e repouso nesta \u00e1gua, fora do aquecimento, por 18 horas<\/p>\n\n\n\n Como m\u00e9todo pr\u00e1tico, recomenda-se a imers\u00e3o em \u00e1gua a 80O C, deixando-se as sementes em repouso nesta \u00e1gua, fora do aquecimento, por 18 horas.<\/p>\n\n\n\n Semeadura das mudas<\/strong>: Ap\u00f3s a quebra de dorm\u00eancia, deve-se fazer a semeadura, em sementeiras ou direto nos recipientes. De maneira geral, a faculdade germinativa de sementes maduras, rec\u00e9m colhidas, \u00e9 alta (80%).<\/p>\n\n\n\n Quando as pl\u00e2ntulas das sementeiras atingirem de 3 a 5 cm de altura ou quando emitirem dois pares de folhas definitivas (15 a 20 dias ap\u00f3s a germina\u00e7\u00e3o), faz-se a repicagem para os recipientes. O recipiente mais utilizado \u00e9 o saco de polietileno de dimens\u00f5es m\u00ednimas de 14 cm de altura e 6 cm de di\u00e2metro. Deve-se evitar recipientes de taquara. A medida que as mudas crescem, deve-se diminuir o sombreamento para que as plantas se adaptem ao sol. A muda de bracatinga estar\u00e1 pronta para o plantio quando estiver com cerca de 20 cm de altura – no m\u00ednimo dois meses, em m\u00e9dia 4 meses.<\/p>\n\n\n\n Em recipientes, recomenda-se semear 3 a 6 sementes de bracatinga por recipiente, dependendo do seu poder de germina\u00e7\u00e3o. Vinte dias ap\u00f3s o in\u00edcio da germina\u00e7\u00e3o, faz-se o raleamento. Para implanta\u00e7\u00e3o no sistema tradicional, recomenda-se deixar duas plantas por recipiente, para aumentar o percentual de covas com plantas vivas.<\/p>\n\n\n\n Para o enchimento dos recipientes, deve-se usar uma mistura de terras arenosa e argilosa na propor\u00e7\u00e3o volum\u00e9trica 2:1. Para desinfec\u00e7\u00e3o do substrato, pode-se utilizar brometo de metila na dosagem de 150 ml\/m3 de substrato. Recomenda-se adubar o substrato dos recipientes com 750g de P2O5\/m3, com fonte de f\u00f3sforo sol\u00favel. Nas terras deficientes em pot\u00e1ssio, deve-se aplicar tamb\u00e9m 300g de K2O\/m3. Caso haja dificuldade de se obter adubos simples, mais aconselhados, pode-se aplicar NPK na f\u00f3rmula 6:15:6, na dosagem de 5,5kg\/ m3.<\/p>\n\n\n\n Plantio<\/strong><\/p>\n\n\n\n Associa\u00e7\u00e3o simbi\u00f3tica<\/strong><\/p>\n\n\n\n A bracatinga associa-se com as bact\u00e9rias do g\u00eanero Rhizobium, formando n\u00f3dulos coral\u00f3ides, com distribui\u00e7\u00e3o homog\u00eanea e com atividade nitrogenase, indicando a fixa\u00e7\u00e3o do nitrog\u00eanio atmosf\u00e9rico. Recomenda-se a inocula\u00e7\u00e3o com estirpes isoladas, j\u00e1 dispon\u00edveis, quando a bracatinga for plantada fora da \u00e1rea de ocorr\u00eancia natural ou, dentro dela, em terrenos anteriormente sem bracatinga. Esta inocula\u00e7\u00e3o deve ser realizada logo ap\u00f3s a quebra de dorm\u00eancia das sementes.<\/p>\n\n\n\n Semeadura<\/strong><\/p>\n\n\n\n Semeadura direta em campo<\/strong>: \u00c9 um procedimento comum na implanta\u00e7\u00e3o de bracatingais no Sul do Brasil, sendo uma pr\u00e1tica f\u00e1cil e r\u00e1pida. Todavia, em compara\u00e7\u00e3o com mudas produzidas em recipientes, a sobreviv\u00eancia inicial \u00e9 muito afetada pelos veranicos. As pl\u00e2ntulas emergem no in\u00edcio da primavera, em setembro-outubro, ficando expostas aos veranicos dos meses seguintes (primavera e ver\u00e3o), o que pode resultar em baixa sobreviv\u00eancia e fechamento inadequado de copas<\/p>\n\n\n\n Recomenda-se o plantio de tr\u00eas a cinco sementes por cova no campo. Em \u00e1rea de ocorr\u00eancia natural, a semeadura n\u00e3o precisa necessariamente ser acompanhada da inocula\u00e7\u00e3o com Rhizobium.<\/p>\n\n\n\n O sucesso da semeadura direta, no sistema tradicional, \u00e9 maior em anos de chuvas muito regulares nos meses iniciais. A \u00e9poca das capinas colaboram para o insucesso da semeadura direta. No sistema tradicional, s\u00e3o realizadas apenas duas capinas, nos primeiros 60 dias, em fun\u00e7\u00e3o das necessidades das culturas agr\u00edcolas intercalares.<\/p>\n\n\n\n As mudas de bracatinga produzidas em tubetes constituem a principal op\u00e7\u00e3o para substituir a semeadura direta em terrenos \u00edngremes.<\/p>\n\n\n\n No passado este tipo de semeadura foi muito popular, por\u00e9m hoje \u00e9 pouco empregada. Esta modalidade de implanta\u00e7\u00e3o comporta algumas variantes como:<\/p>\n\n\n\n a) Semeadura a lan\u00e7o sem quebra de dorm\u00eancia, em terreno vegetado, seguido de derrubada e queima da vegeta\u00e7\u00e3o. Esta variante oferece risco de matar as sementes, pelo calor excessivo, por este motivo \u00e9 praticada, principalmente, em terrenos cobertos por vegeta\u00e7\u00e3o de pequeno porte, como \u201cmacega\u201d capoeiras de vassouras.<\/p>\n\n\n\n b) Implanta\u00e7\u00e3o de cultura agr\u00edcola, seguida de semeadura a lan\u00e7o de sementes, cuja dorm\u00eancia foi quebrada, por ocasi\u00e3o da \u00faltima capina do cultivo agr\u00edcola.<\/p>\n\n\n\n A semeadura a lan\u00e7o exige grande quantidade de sementes e resulta em povoamentos heterog\u00eaneos e de densidades desconhecidas; por isto, recomenda-se empregar outros m\u00e9todos de implanta\u00e7\u00e3o, como a semeadura direta ou o plantio de mudas.<\/p>\n\n\n\n O estabelecimento de um bracatingal por mudas \u00e9, tecnicamente, mais seguro e deve ser preferido, sempre que poss\u00edvel. As mudas s\u00e3o mais resistentes aos veranicos e possibilitam maior pegamento e maior crescimento inicial, resultando em bracatingais mais homog\u00eaneos e produtivos. No entanto, a implanta\u00e7\u00e3o por mudas n\u00e3o \u00e9 comum, por exigir mais trabalho e tempo.<\/p>\n\n\n\n O ideal \u00e9 plantar as mudas durante a primavera. Mudas plantadas posteriormente correm riscos crescentes de danos por geadas.<\/p>\n\n\n\n Por ocasi\u00e3o do plantio, deve-se retirar o recipiente pl\u00e1stico, no caso de substrato argiloso. Quando o substrato for arenoso, \u00e9 prefer\u00edvel cortar o fundo e fazer cortes laterais.<\/p>\n\n\n\n No Brasil a competi\u00e7\u00e3o com outras esp\u00e9cies parece ser mais prejudicial ao crescimento inicial da bracatinga do que a competi\u00e7\u00e3o entre bracatingas. Espa\u00e7amentos iniciais de 6 m2\/planta, no Brasil, t\u00eam produzido \u00e1rvores de m\u00e1 forma, muito ramificadas.<\/p>\n\n\n\n A segunda rota\u00e7\u00e3o de um bracatingal, e as seguintes, s\u00e3o normalmente baseadas na regenera\u00e7\u00e3o natural por sementes. A densidade ideal para o estabelecimento de um bracatingal deve, pois, harmonizar dois objetivos: produ\u00e7\u00e3o lenhosa e regenera\u00e7\u00e3o<\/p>\n\n\n\n Espa\u00e7amentos apertados reduzem a competi\u00e7\u00e3o de ervas daninhas e permitem boa conforma\u00e7\u00e3o das \u00e1rvores. Por\u00e9m, corre-se o risco de limitar o desenvolvimento das copas, reduzindo, assim, a capacidade de produ\u00e7\u00e3o de sementes. A constitui\u00e7\u00e3o de um banco de sementes, no solo, \u00e9 um dos objetivos principais da implanta\u00e7\u00e3o, para garantir regenera\u00e7\u00e3o suficiente na segunda rota\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Recomenda\u00e7\u00f5es t\u00e9cnicas para semeadura direta em campo<\/p>\n\n\n\n a) Na germina\u00e7\u00e3o acima de 70%, utiliza-se 4 sementes\/cova.<\/p>\n\n\n\n b) Na germina\u00e7\u00e3o entre 50 a 70%, utiliza-se 6 sementes\/cova.<\/p>\n\n\n\n c) Na germina\u00e7\u00e3o entre 30 a 50%, 9 sementes\/cova.<\/p>\n\n\n\n d) germina\u00e7\u00e3o entre 20 a 30%, 12 sementes\/cova.<\/p>\n\n\n\n A bracatinga \u00e9 muito sens\u00edvel \u00e0s condi\u00e7\u00f5es de drenagem dos terrenos. Em solos mal drenados, apresenta crescimento reduzido e mortalidade elevada, sendo esta a sua principal restri\u00e7\u00e3o ed\u00e1fica. Quando encontra-se em terrenos rasos, ocorre a redu\u00e7\u00e3o do crescimento.<\/p>\n\n\n\n Tanto em viveiro como em campo, a bracatinga responde \u00e0 aduba\u00e7\u00e3o, principalmente \u00e0 fosfatada. Recomenda-se a aplica\u00e7\u00e3o de f\u00f3sforo em dosagens entre 21 e 36g de P2O5 por planta. A propor\u00e7\u00e3o de P2O5 : N utilizada \u00e9 de 3:1.<\/p>\n\n\n\n Tratos Culturais<\/strong><\/p>\n\n\n\n A bracatinga \u00e9 muito exigente quanto \u00e0 sua necessidade de luz. Durante o manejo dos bracatingais, eliminam-se as plantas mais fracas ou em excesso, deixando-se as melhores plantas com espa\u00e7os adequados entre elas.<\/p>\n\n\n\n Efetua-se o raleio aos 10-12 meses. Devido ser \u00e1rea de regenera\u00e7\u00e3o natural ou de semeadura a lan\u00e7o, tem um espa\u00e7amento irregular das plantas.<\/p>\n\n\n\n No bracatingal que \u00e9 consorciado com lavoura de milho ou feij\u00e3o, no 1o ano, efetua-se o raleio da bracatinga junto com a \u00faltima capina. Devem permanecer algo pr\u00f3ximo a 6 mil plantas por hectare.<\/p>\n\n\n\n Quando o bracatingal atingir de 20 a 24 meses de idade, avalia-se a densidade das \u00e1rvores. Pode-se efetuar um novo raleio para deixar cerca de 4.000 \u00e1rvores (espa\u00e7amento de 1,5 x 1,5 ou de 2 x 1,50 metros).<\/p>\n\n\n\n Um dos sistemas agroflorestais mais tradicionais no Sul do Brasil \u00e9 o cultivo da bracatinga associada a culturas agr\u00edcolas (principalmente mandioca, milho, feij\u00e3o) no ano de implanta\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Deve-se atentar para as seguintes quest\u00f5es durante o manejo das plantas ou animais:<\/p>\n\n\n\n a) Culturas intercalares no 10 ano: os trabalhos de capina com culturas servem para manter o bracatingal limpo. Al\u00e9m disso, o raleio das \u00e1rvores no 1o ano ser\u00e1 custeado com a renda da lavoura.<\/p>\n\n\n\n b) Pastagem no sub-bosque do bracatingal: ap\u00f3s o raleamento das \u00e1rvores do bracatingal, podemos manter pastagem no sub-bosque. Gado ou carneiros podem ser manejados principalmente no inverno, garantindo alimenta\u00e7\u00e3o e prote\u00e7\u00e3o do frio.<\/p>\n\n\n\n c) Pasto ap\u00edcola: as abelhas tem garantia de alimento no inverno. A florada ocorre de maio a setembro e possibilita tranquilidade aos apicultores.<\/p>\n\n\n\n d) Planta forrageira: as ramas mais novas, cortadas no raleio ou em anos posteriores, servem de forragem ao gado. As folhas s\u00e3o muito ricas em prote\u00ednas.<\/p>\n\n\n\n O plantio do milho e feij\u00e3o nas entrelinhas do bracatingal poder\u00e1 ser realizado com m\u00e1quina manual de plantio, a \u201cmatraca\u201d. A aduba\u00e7\u00e3o destas culturas pode ser feita utilizando-se superfosfato simples na cova, na propor\u00e7\u00e3o de 3g por cova para milho e 2g \/cova para o feij\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Explora\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n Dependendo do objetivo final do plantio da esp\u00e9cie, define-se a idade do corte. Para lenha, normalmente entre 6 e 8 anos, para madeira entre 10 e 15 anos.<\/p>\n\n\n\n Muitos produtores recomendam o corte nos per\u00edodos de lua minguante, para favorecer a durabilidade natural da madeira, pelo fato de a lenha ou madeira ficar estocada. Os cortes dever\u00e3o ser realizados nos meses de maio, junho, julho e agosto.<\/p>\n\n\n\n \u00c9 recomend\u00e1vel efetuar uma ro\u00e7ada pr\u00e9via do sub-bosque do bracatingal, antes de efetuar a derrubada das \u00e1rvores. A limpeza pr\u00e9via facilita o corte, o desgalhamento da madeira.<\/p>\n\n\n\n A mecaniza\u00e7\u00e3o \u00e9 baixa no corte das \u00e1rvores, principalmente quando o terreno \u00e9 dobrado (montanhoso). Geralmente utiliza-se o machado para a derrubada das \u00e1rvores e seu tra\u00e7amento (corte em pe\u00e7as). A op\u00e7\u00e3o existente \u00e9 o uso da moto serra. A tra\u00e7\u00e3o animal \u00e9 usada para o transporte das pe\u00e7as cortadas, com ajuda das zorras ou carro\u00e7as. Em muitos casos, pequenas carretas puxadas por tratores ou caminhonetes podem ser usadas para maior efici\u00eancia e rapidez.<\/p>\n\n\n\n Produtividade do Bracatingal<\/strong><\/p>\n\n\n\n Durante o corte do bracatingal, as \u00e1rvores mais retil\u00edneas de tronco s\u00e3o separadas para revenda como escoras de constru\u00e7\u00e3o civil. As pe\u00e7as s\u00e3o cortadas em medidas de 3 a 5 metros.<\/p>\n\n\n\n A madeira destinada para lenha \u00e9 cortada em toretes que variam de 0,80 a 1,20 metro de comprimento. O di\u00e2metro m\u00ednimo do torete para lenha \u00e9 de 4 cm. Verifica-se com o comprador as medidas exigidas e o pre\u00e7o correspondente.<\/p>\n\n\n\n Os rendimentos dos bracatingais s\u00e3o vari\u00e1veis de acordo com o solo, a topografia, idade de corte das \u00e1rvores e a variedade. Em geral, aos sete anos de idade, um bracatingal produz de 150 a 200 est\u00e9reos por hectare. A realiza\u00e7\u00e3o de um raleio no bracatingal aumenta seu rendimento em lenha.<\/p>\n\n\n\n Manejo e Produtividade de Bracatingais de Regenera\u00e7\u00e3o Natural<\/strong><\/p>\n\n\n\n Nos bracatingais de regenera\u00e7\u00e3o natural induzida, s\u00e3o realizados cultivos agr\u00edcolas ap\u00f3s a queima dos res\u00edduos de explora\u00e7\u00e3o. A queima \u00e9 realizada a partir dos meados de setembro, de modo que as pl\u00e2ntulas de bracatinga raramente s\u00e3o afetadas pelas geadas. As capinas das culturas agr\u00edcolas, geralmente aos 30 e 60 dias ap\u00f3s a sua semeadura, servem tamb\u00e9m para eliminar o excesso de pl\u00e2ntulas de bracatinga. Ap\u00f3s a colheita do milho, o n\u00famero de plantas de bracatinga \u00e9 elevado, vari\u00e1vel e em disposi\u00e7\u00e3o irregular.<\/p>\n\n\n\n O raleamento, ap\u00f3s o cultivo agr\u00edcola inicial, possibilita ganhos em volume. Experi\u00eancias de campo sugerem que o raleio n\u00e3o deve criar condi\u00e7\u00f5es de ilumina\u00e7\u00e3o que possibilitem a regenera\u00e7\u00e3o vigorosa de esp\u00e9cies competidoras.<\/p>\n\n\n\n Aconselha-se raleio entre 20 e 24 meses de idade, para 3.000 bracatingas\/ha, eliminando-se outras esp\u00e9cies e \u00e1rvores de bracatinga dominadas. Outra alternativa \u00e9 realizar o raleio entre 10 e 12 meses de idade, deixando-se 4.000 bracatingas\/ha. Esta pr\u00e1tica \u00e9 aconselhada nas seguintes situa\u00e7\u00f5es:<\/p>\n\n\n\n a) No caso de n\u00e3o ter havido capinas nos primeiros meses.<\/p>\n\n\n\n b) Em s\u00edtios de alta produtividade, onde ocorre competi\u00e7\u00e3o precoce entre as copas.<\/p>\n\n\n\n Pragas<\/strong><\/p>\n\n\n\n Nemat\u00f3ides:Meloidogyne incognata, M. javanica<\/span><\/p>\n<\/td> Reda\u00e7\u00e3o Ambiente Brasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Produ\u00e7\u00e3o de Mudas, Plantio, Tratos Culturais, Explora\u00e7\u00e3o, Manejo e Produtividade de Bracatingais de Regenera\u00e7\u00e3o Natural, Pragas. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1489],"tags":[1191,343,854,635,387],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1952"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=1952"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1952\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":4298,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1952\/revisions\/4298"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=1952"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=1952"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=1952"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}Pragas<\/strong><\/span><\/td> Caracter\u00edsticas<\/strong><\/span><\/td> Controle<\/strong><\/span><\/td><\/tr> Ceroplastes conflues (cochonilha de cera)<\/span><\/td> A f\u00eamea possui o corpo revestido de uma cera dura, de colora\u00e7\u00e3o amarelada. Normalmente, estes insetos s\u00e3o encontrados nos ramos, onde sugam a seiva. O ataque ocorre em pequenas reboleiras ou manchas. Nestas \u00e1reas o ataque \u00e9 intenso, devido do grande n\u00famero de indiv\u00edduos numa mesma \u00e1rvore, o que pode causar sua morte.<\/span><\/td> Como a ocorr\u00eancia \u00e9 em reboleiras, o controle pode ser feito atrav\u00e9s da poda e queima dos galhos atacados. Inseticidas sist\u00eamicos podem ser aplicados somente quando o ataque \u00e9 detectado em fase adiantada e em grandes propor\u00e7\u00f5es.<\/span><\/td><\/tr> Tachardiella sp.(cochonilha)<\/span><\/td> A f\u00eamea possui corpo com espessa camada de laca, de forma globosa, achatada, colora\u00e7\u00e3o pardo-avermelhada. O ataque ocorre nos ramos, onde os insetos sugam a seiva. A aglomera\u00e7\u00e3o prejudica a respira\u00e7\u00e3o e a transpira\u00e7\u00e3o da \u00e1rvore, podendo causar a morte.<\/span><\/td> Geralmente poucas \u00e1rvores s\u00e3o atacadas, podendo ser feita a poda e a queima dos ramos atacados.<\/span><\/td><\/tr> Hylesia sp.(mariposa)<\/span><\/td> T\u00eam de 40 a 45 mm de envergadura, corpo piloso, colora\u00e7\u00e3o negra, alguns p\u00ealos alaranjados nas laterais. As posturas s\u00e3o realizadas sobre folhas ou galhos, onde os ovos s\u00e3o colocados \u00e0s centenas. Para se protegerem, tecem, com fios de seda, as folhas de planta, formando uma esp\u00e9cie de cartucho, onde vivem e alimentam-se das folhas mais velhas <\/span><\/td> Pode ser utilizado o inseticida biol\u00f3gico Bacillus thuringiensis, na dosagem de 250g\/100 litros de \u00e1gua <\/span><\/td><\/tr> Oncideres impluviata (besouro serrador)<\/span><\/td> Corpo cilindrico e colora\u00e7\u00e3o castanho-avermelhada, nos machos as antenas ultrapassam o comprimento do corpo. Apresentam manchas amareladas em toda superf\u00edcie. As larvas s\u00e3o \u00e1podas (n\u00e3o possuem pernas) e esbranqui\u00e7adas. Os adultos alimentam-se da casca dos ramos mais novos, onde o tecido \u00e9 mais tenro. Para a postura, as f\u00eameas serram os galhos, as larvas desenvolvem-se e alimentam-se no lenho dos ramos cortados. Geralmente, o ataque do serrador \u00e9 mais intenso em plantas com mais de dois anos de idade. <\/span><\/td> Recomenda-se o controle cultural, que consiste na coleta e na queima dos galhos serrados, interrompendo-se assim o ciclo biol\u00f3gico da praga.<\/span><\/td><\/tr> \n Foi constatado em ra\u00edzes de mudas de bracatinga parasitismo do nemat\u00f3ide das galhas. <\/span><\/td> Como preven\u00e7\u00e3o, deve-se fazer tratamento fitossanit\u00e1rio rigoroso do substrato, no in\u00edcio da produ\u00e7\u00e3o de mudas. <\/span><\/td><\/tr><\/tbody><\/table><\/figure>\n\n\n\n