{"id":1950,"date":"2009-03-31T15:23:54","date_gmt":"2009-03-31T15:23:54","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:02:07","modified_gmt":"2021-07-10T23:02:07","slug":"silvicultura_do_palmito_jucara_euterpe_edulis","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/florestal\/silvicultura\/silvicultura_do_palmito_jucara_euterpe_edulis.html","title":{"rendered":"Silvicultura do Palmito Ju\u00e7ara (Euterpe edulis)"},"content":{"rendered":"\n
A grande aceita\u00e7\u00e3o do palmito como alimento de sabor peculiar tem impulsionado a demanda pelo produto nos mercados nacional e internacional. Em conseq\u00fc\u00eancia, cresce a procura pelo palmito bruto o que, por sua vez, acarreta a devasta\u00e7\u00e3o das reservas nativas.<\/p>\n\n\n\n
Para que o palmito continue a existir e seja fonte renov\u00e1vel de riqueza, deve-se conhecer as orienta\u00e7\u00f5es legais voltadas \u00e0 preserva\u00e7\u00e3o, extra\u00e7\u00e3o e industrializa\u00e7\u00e3o do produto. Ao lado disso, torna-se necess\u00e1rio intensificar a preocupa\u00e7\u00e3o com a reposi\u00e7\u00e3o da esp\u00e9cie por meio do replantio.<\/p>\n\n\n\n
Produ\u00e7\u00e3o de Mudas<\/strong><\/p>\n\n\n\n Obten\u00e7\u00e3o de sementes<\/p>\n\n\n\n Para a obten\u00e7\u00e3o de sementes, devem ser realizados os seguintes passos:<\/p>\n\n\n\n Em seguida, as sementes devem ser postas em peneiras e secas em ambiente ventilado. Em m\u00e9dia, um palmiteiro de porte m\u00e9dio pode produzir at\u00e9 cinco cachos, ou de 5 a 8 kg de sementes. Um quilo de semente possui 2.000 sementes, e um quilo de frutos aproximadamente 770 frutos. Os melhores frutos prov\u00eam das palmeiras de meia idade.<\/p>\n\n\n\n Quebra de dorm\u00eancia<\/strong><\/p>\n\n\n\n \u00c9 discut\u00edvel a necessidade de tratamentos pr\u00e9-germinativos. Entretanto, \u00e9 recomendado para acelerar a germina\u00e7\u00e3o:<\/p>\n\n\n\n Longevidade e Armazenamento<\/strong><\/p>\n\n\n\n As sementes do palmiteiro apresentam, em seu est\u00e1gio de maturidade fisiol\u00f3gica, um elevado teor de umidade (50 a 55%), dificultando por diferentes raz\u00f5es seu armazenamento.<\/p>\n\n\n\n Sementes desta esp\u00e9cie mant\u00eam a viabilidade parcial por seis meses em ambiente de sala ou por onze meses em c\u00e2mara fria (T= 5 a 10\u00ba C e UR = alta), em saco pl\u00e1stico bem fechado.<\/p>\n\n\n\n Semeadura<\/strong><\/p>\n\n\n\n Recomenda-se semear duas a tr\u00eas sementes (o caro\u00e7o) do palmiteiro em recipiente ou a semeadura direta no campo, utilizando-se tr\u00eas sementes ou mais, previamente despolpadas, semeadas em covas de 5cm de profundidade. Em sementeira, deve-se utilizar areia de rio como substrato e mant\u00ea-la sempre \u00famida. A germina\u00e7\u00e3o inicia-se entre 30 e 170 dias.<\/p>\n\n\n\n A repicagem \u00e9 realizada de uma a tr\u00eas semanas ap\u00f3s a germina\u00e7\u00e3o, ou ap\u00f3s o aparecimento das folhas. O tempo total de viveiro \u00e9 de no m\u00ednimo 9 meses.<\/p>\n\n\n\n Plantio<\/strong><\/p>\n\n\n\n O plantio a pleno sol do palmiteiro n\u00e3o \u00e9 vi\u00e1vel. A esp\u00e9cie \u00e9 adequada para plantio de enriquecimento em vegeta\u00e7\u00e3o secund\u00e1ria, podendo o sombreamento ser definitivo ou tempor\u00e1rio. Mudas com at\u00e9 3 anos n\u00e3o suportam sombreamento excessivo nem sol direto.<\/p>\n\n\n\n A distribui\u00e7\u00e3o de frutos\/sementes na superf\u00edcie do solo \u00e9 o sistema recomendado para o palmiteiro em floresta secund\u00e1ria, pela sua efici\u00eancia e baixo custo.<\/p>\n\n\n\n Tratos Culturais<\/strong><\/p>\n\n\n\n Ap\u00f3s o plantio de enriquecimento em florestas secund\u00e1rias, o controle das ervas competitivas \u00e9 feito atrav\u00e9s de ro\u00e7adas peri\u00f3dicas em torno da planta, tomando-se o cuidado de n\u00e3o danificar suas ra\u00edzes superficiais.<\/p>\n\n\n\n Explora\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n \u00c9poca de corte<\/strong><\/p>\n\n\n\n O palmiteiro demora de oito a doze anos para alcan\u00e7ar o tamanho comercial no Brasil. Posteriormente, o palmital permite cortes de tr\u00eas ou quatro anos, para possibilitar a regenera\u00e7\u00e3o natural da esp\u00e9cie. O corte \u00e9 recomendado somente ap\u00f3s a primeira florada, pois, se houver corte prematuro da \u00e1rvore, n\u00e3o haver\u00e1 sementes para regenera\u00e7\u00e3o natural da esp\u00e9cie. O palmiteiro \u00e9 uma planta que n\u00e3o rebrota da base, como \u00e9 o caso do a\u00e7a\u00ed e pupunha. A coleta implica necessariamente na morte da planta. A produtividade dos palmitais nativos \u00e9 vari\u00e1vel, estando muito relacionada ao est\u00e1gio da floresta.<\/p>\n\n\n\n Documentos necess\u00e1rios para a extra\u00e7\u00e3o legal do palmito no Estado do Paran\u00e1<\/p>\n\n\n\n Segundo o Instituto Ambiental do Paran\u00e1 (IAP) os documentos necess\u00e1rios para a extra\u00e7\u00e3o do palmito s\u00e3o:<\/p>\n\n\n\n 1. guia de autoriza\u00e7\u00e3o<\/p>\n\n\n\n 2. plano de corte<\/p>\n\n\n\n 3. mapa do terreno<\/p>\n\n\n\n 4. quantidade a ser cortada<\/p>\n\n\n\n Pragas e Doen\u00e7as<\/strong><\/p>\n\n\n\n Doen\u00e7as<\/strong><\/p>\n\n\n\n Diplodiasp.<\/span><\/p>\n Triclariopsis paradoxa(queima preta)<\/span><\/p>\n<\/td> Pragas<\/strong><\/p>\n\n\n\n O inseto mais nocivo \u00e9 o cole\u00f3ptero Rhyncochorus sp. O adulto deposita os ovos na base da folha do palmiteiro e a larva desenvolve-se alimentando-se das folhas internas, at\u00e9 chegar ao meristema apical, matando a planta.<\/p>\n\n\n\n Projetos Desenvolvidos<\/strong><\/p>\n\n\n\n Projeto Plantando Palmito (Instituto Ambiental do Paran\u00e1)<\/p>\n\n\n\n Desenvolvido pelo Instituo Ambiental do Paran\u00e1, tem como objetivo difundir o conceito de Silvicultura (cultura de palmito) entre as comunidades litor\u00e2neas que sobrevivem da extra\u00e7\u00e3o do palmito. O projeto prev\u00ea a legaliza\u00e7\u00e3o do palmito em \u00e1reas de reflorestamento registradas, sendo que ser\u00e1 vendido \u201cin natura\u201d apenas nas Centrais Municipais \u2013 nos \u201cMercadinhos do Palmito\u201d.<\/p>\n\n\n\n As a\u00e7\u00f5es do projeto s\u00e3o repassadas aos munic\u00edpios e \u00e0s fam\u00edlias cadastradas. Esta parceria prop\u00f5e:<\/p>\n\n\n\n 1. Aumentar a consci\u00eancia ambiental.<\/p>\n\n\n\n 2.Coletar sementes de palmito.<\/p>\n\n\n\n 3. Plantar sementes no campo.<\/p>\n\n\n\n 4. Produzir mudas em viveiros florestais municipais.<\/p>\n\n\n\n 5.Plantar mudas no campo.<\/p>\n\n\n\n 6.Comercializar o palmito registrado no SERFLOR (Sistema Estadual de Reposi\u00e7\u00e3o Florestal Obrigat\u00f3ria-PR) em Centrais Municipais.<\/p>\n\n\n\n Abrang\u00eancia do projeto:<\/strong><\/p>\n\n\n\n 1. Econ\u00f4mico<\/strong>: receitas permanentes atrav\u00e9s da explora\u00e7\u00e3o dos reflorestamentos de palmito.<\/p>\n\n\n\n 2 .Ambiental<\/strong>: preserva\u00e7\u00e3o do palmito e manuten\u00e7\u00e3o da fauna silvestre da Floresta Atl\u00e2ntica.<\/p>\n\n\n\n 3. Social<\/strong>: envolvimento comunit\u00e1rio no processo produtivo. <\/p>\n\n\n\n Reda\u00e7\u00e3o Ambiente Brasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"Fungos<\/strong><\/span><\/td> Caracter\u00edsticas<\/strong><\/span><\/td> Controle<\/strong><\/span><\/td><\/tr> \n Causam pequenas les\u00f5es na planta.<\/span><\/td> Facilmente controlado com fungicidas.<\/span><\/td><\/tr><\/tbody><\/table><\/figure>\n\n\n\n