Para as \u00e1reas livres de inunda\u00e7\u00e3o, como as mais altas do terreno e as marginais ao curso d\u2019\u00e1gua, por\u00e9m compondo barrancos elevados, recomenda-se esp\u00e9cies adaptadas a solos bem drenados.<\/li><\/ul>\n\n\n\nA escolha de esp\u00e9cies nativas regionais \u00e9 importante porque tais esp\u00e9cies j\u00e1 est\u00e3o adaptadas \u00e0s condi\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas locais. Por exemplo, o plantio de uma esp\u00e9cie t\u00edpica de matas ciliares do norte do Pa\u00eds em uma \u00e1rea ciliar do sul, pode ser um fracasso por causa de problemas de adapta\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica.<\/p>\n\n\n\n
Al\u00e9m disso, no planejamento da t\u00e9cnica de recupera\u00e7\u00e3o deve-se considerar tamb\u00e9m a rela\u00e7\u00e3o da vegeta\u00e7\u00e3o com a fauna, que atuar\u00e1 como dispersora de sementes, contribuindo com a pr\u00f3pria regenera\u00e7\u00e3o natural. Esp\u00e9cies regionais, com frutos comest\u00edveis pela fauna, ajudar\u00e3o a recuperar as fun\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas da floresta, inclusive na alimenta\u00e7\u00e3o de peixes.<\/p>\n\n\n\n
Recomenda-se utilizar um grande n\u00famero de esp\u00e9cies para gerar diversidade flor\u00edstica, imitando, assim, uma floresta ciliar nativa. Florestas com maior diversidade apresentam maior capacidade de recupera\u00e7\u00e3o de poss\u00edveis dist\u00farbios, melhor ciclagem de nutrientes, maior atratividade \u00e0 fauna, maior prote\u00e7\u00e3o ao solo de processos erosivos e maior resist\u00eancia \u00e0 pragas e doen\u00e7as.<\/p>\n\n\n\n\u00c1rea provida de mata ciliar, auxiliando na prote\u00e7\u00e3o do corpo h\u00eddrico.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n3. Semeadura Direta<\/h5>\n\n\n\n Em \u00e1reas ciliares pr\u00f3ximas a outras florestas nativas, e quando n\u00e3o se tem disponibilidade de mudas de muitas esp\u00e9cies ou recursos financeiros para aquisi\u00e7\u00e3o, os plantios mais homog\u00eaneos podem ser realizados. Para isso, deve-se atentar a alguns cuidados e recomenda\u00e7\u00f5es:<\/p>\n\n\n\n
Nestas situa\u00e7\u00f5es, deve ocorrer um enriquecimento natural da \u00e1rea recuperada, pela entrada de sementes vindas das florestas pr\u00f3ximas;<\/li> Existe a possibilidade tamb\u00e9m de realizar a semeadura a lan\u00e7o, ou seja, ap\u00f3s pr\u00e9 sele\u00e7\u00e3o de sementes nativas \u00e9 feito o lan\u00e7amento das mesmas na \u00e1rea definida para a recupera\u00e7\u00e3o;<\/li> Entretanto, salienta-se que o aumento da diversidade nestes plantios homog\u00eaneos tende a ser mais lento, podendo ser necess\u00e1rios posteriores plantios de enriquecimento, a depender do objetivo do projeto.<\/li><\/ul>\n\n\n\nA combina\u00e7\u00e3o de esp\u00e9cies de diferentes grupos ecol\u00f3gicos ou categorias sucessionais \u00e9 extremamente importante nos projetos de recupera\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n
As florestas s\u00e3o formadas atrav\u00e9s do processo denominado de sucess\u00e3o secund\u00e1ria, onde grupos de esp\u00e9cies adaptadas a condi\u00e7\u00f5es de maior luminosidade colonizam as \u00e1reas abertas, e crescem rapidamente, fornecendo o sombreamento necess\u00e1rio para o estabelecimento de esp\u00e9cies mais tardias na sucess\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n
O que s\u00e3o esp\u00e9cies pioneiras e n\u00e3o pioneiras?<\/h4>\n\n\n\n V\u00e1rias classifica\u00e7\u00f5es das esp\u00e9cies em grupos ecol\u00f3gicos t\u00eam sido propostas na literatura especializada, sendo mais empregada a classifica\u00e7\u00e3o em quatro grupos distintos:<\/p>\n\n\n\n
Pioneiras;<\/li> Secund\u00e1rias iniciais;<\/li> Secund\u00e1rias tardias e;<\/li> Clim\u00e1ticas.<\/li><\/ul>\n\n\n\nA toler\u00e2ncia das esp\u00e9cies ao sobreamento aumenta nas esp\u00e9cies secund\u00e1rias tardias e clim\u00e1ticas. Para facilitar o entendimento das exig\u00eancias das esp\u00e9cies quanto aos n\u00edveis de luz, adotou-se apenas dois grupos: pioneiras e n\u00e3o-pioneiras.<\/p>\n\n\n\n
O grupo das pioneiras \u00e9 representado por esp\u00e9cies pioneiras e secund\u00e1rias iniciais, que devem ser plantadas de maneira a fornecer sombra para as esp\u00e9cies n\u00e3o pioneiras, ou seja, as secund\u00e1rias tardias e as clim\u00e1ticas.<\/p>\n\n\n\n
Maria Beatriz Ayello Leite Reda\u00e7\u00e3o Ambientebrasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"As t\u00e9cnicas de recupera\u00e7\u00e3o de matas ciliares s\u00e3o definidas de acordo com os par\u00e2metros ambientais do entorno e com o objetivo pensado. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":6228,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1488],"tags":[936,387,1187],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1943"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=1943"}],"version-history":[{"count":2,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1943\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":6229,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1943\/revisions\/6229"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/6228"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=1943"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=1943"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=1943"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}