{"id":1927,"date":"2009-03-30T09:44:52","date_gmt":"2009-03-30T09:44:52","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:02:19","modified_gmt":"2021-07-10T23:02:19","slug":"fases_do_empreendimento","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/florestal\/manejo_florestal\/fases_do_empreendimento.html","title":{"rendered":"Fases do Empreendimento"},"content":{"rendered":"\n

Planejamento<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A fase de planejamento envolve o conhecimento dos recursos florestais sob os aspectos auto-ecol\u00f3gicos e sinecol\u00f3gicos, ou seja, o estudo individual das esp\u00e9cies ocorrentes e o estudo da comunidade florestal como um todo. Nessa etapa, desenvolvem-se os estudos para a caracteriza\u00e7\u00e3o geral da cobertura vegetal, regional e local, o invent\u00e1rio florestal e a an\u00e1lise estrutural da floresta, visando a planifica\u00e7\u00e3o da explora\u00e7\u00e3o racional, embasada nas condi\u00e7\u00f5es silviculturais e tend\u00eancias de desenvolvimento futuro. Com base nesses estudos, tamb\u00e9m se efetiva, nessa fase, a planifica\u00e7\u00e3o das opera\u00e7\u00f5es de manejo e dos tratos silviculturais.<\/p>\n\n\n\n

Cobertura vegetal da \u00e1rea em estudo<\/strong> – identifica\u00e7\u00e3o e mapeamento da cobertura vegetal da \u00e1rea do empreendimento, considerando as delimita\u00e7\u00f5es das diferentes tipologias vegetais existentes (campos, matas, capoeiras, outras), \u00e1reas de preserva\u00e7\u00e3o permanente e outras \u00e1reas destinadas \u00e0 preserva\u00e7\u00e3o e prote\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Invent\u00e1rio florestal<\/strong> – o invent\u00e1rio florestal visa o levantamento das informa\u00e7\u00f5es qualitativas e quantitativas dos recursos florestais do empreendimento. \u00c9 realizado dentro de par\u00e2metros estat\u00edsticos predefinidos, objetivando o conhecimento da precis\u00e3o e o n\u00edvel de probabilidade dos resultados. A sele\u00e7\u00e3o da metodologia de trabalho para o desenvolvimento do invent\u00e1rio florestal, previamente estabelecida, dever\u00e1 abranger:<\/p>\n\n\n\n

1. Processo de amostragem<\/strong>: discorrer e justificar o processo de amostragem selecionado. Normalmente, em invent\u00e1rios de florestas nativas, s\u00e3o utilizados os processos de amostragem aleat\u00f3ria restrita (estratificada), processo sistem\u00e1tico e misto.<\/p>\n\n\n\n

2. M\u00e9todos de amostragem<\/strong>: descrever o m\u00e9todo de amostragem selecionado, ou seja, as metodologias utilizadas na abordagem referentes \u00e0s unidades amostradas.<\/p>\n\n\n\n

3. Intensidade de amostragem<\/strong>: o n\u00famero de amostras a serem instaladas est\u00e1 intimamente interligado \u00e0 precis\u00e3o estat\u00edstica preestabelecida. Normalmente \u00e9 realizado o \u201cinvent\u00e1rio piloto\u201d que determinar\u00e1 a intensidade amostral necess\u00e1ria para satisfazer a precis\u00e3o desejada.<\/p>\n\n\n\n

4. Mapeamento da amostragem<\/strong>: dever\u00e1 ser feito o \u201clayout\u201d das amostras. Em campo, as unidades amostrais devem ser bem marcadas, para permitir f\u00e1cil visualiza\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

5. Dados coletados em campo<\/strong>: informar quais os dados coletados em campo, como DAP (di\u00e2metro \u00e0 altura do peito), altura total e comercial, informa\u00e7\u00f5es relativas \u00e0 qualidade das \u00e1rvores e outras de interesse. Informar quais instrumentos de medi\u00e7\u00e3o foram utilizados.<\/p>\n\n\n\n

6. Amostragem da regenera\u00e7\u00e3o natural<\/strong>: descrever e justificar a metodologia utilizada para a abordagem dos indiv\u00edduos de regenera\u00e7\u00e3o natural.<\/p>\n\n\n\n

7. Processos de c\u00e1lculos<\/strong>: informar quais os processos de c\u00e1lculos utilizados (rela\u00e7\u00f5es dendom\u00e9tricas, equa\u00e7\u00f5es de volumes, etc).<\/p>\n\n\n\n

8. An\u00e1lise estat\u00edstica<\/strong>: informar qual a precis\u00e3o e o n\u00edvel de probabilidade utilizado e os resultados da an\u00e1lise estat\u00edstica.<\/p>\n\n\n\n

9. Relat\u00f3rio dos resultados<\/strong>: listagem das esp\u00e9cies ocorrentes (nome regional e cient\u00edfico); n\u00famero de \u00e1rvores por esp\u00e9cie e classe de di\u00e2metro por hectare e para \u00e1rea total; \u00e1rea basal e volume por esp\u00e9cie e classe de di\u00e2metro, por hectare e total; quantificar, por esp\u00e9cie e por hectare, o volume e o n\u00famero de indiv\u00edduos considerados como estoque em crescimento e adultos.<\/p>\n\n\n\n

10. O relat\u00f3rio da amostragem de regenera\u00e7\u00e3o dever\u00e1 conter<\/strong>: lista das esp\u00e9cies (nome regional e cient\u00edfico); abund\u00e2ncia e a freq\u00fc\u00eancia dos indiv\u00edduos de regenera\u00e7\u00e3o por hectare e total.<\/p>\n\n\n\n

An\u00e1lise estrutural <\/strong><\/p>\n\n\n\n

<\/strong>H\u00e1 uma grande varia\u00e7\u00e3o de m\u00e9todos a serem empregados para a an\u00e1lise estrutural da floresta, considerando requisitos b\u00e1sicos estabelecidos internacionalmente. Dentre os m\u00e9todos utilizados, distinguem-se os processos cl\u00e1ssicos de investiga\u00e7\u00e3o cient\u00edfica para obten\u00e7\u00e3o de informa\u00e7\u00f5es quali-quantitativas, definidos pelos par\u00e2metros da estrutura horizontal e vertical da floresta.<\/p>\n\n\n\n

1. Estrutura Horizontal<\/strong>: a estrutura horizontal \u00e9 analisada pelos \u00edndices de abund\u00e2ncia, domin\u00e2ncia e freq\u00fc\u00eancia das esp\u00e9cies florestais, nos termos absoluto e relativo de ocorr\u00eancias. A combina\u00e7\u00e3o desses par\u00e2metros fornece o \u00cdndice de Valor de Import\u00e2ncia – IVI. O estudo permite quantificar a participa\u00e7\u00e3o de cada esp\u00e9cie em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s outras e a verifica\u00e7\u00e3o da forma de sua distribui\u00e7\u00e3o espacial.<\/p>\n\n\n\n

2. Estrutura Vertical<\/strong>: a finalidade da an\u00e1lise estrutural vertical \u00e9 a indica\u00e7\u00e3o do est\u00e1gio sucessional das esp\u00e9cies dentro da floresta. O estudo dos estratos superior, m\u00e9dio e inferior permite o conhecimento de dois \u00edndices de interesse: posi\u00e7\u00e3o sociol\u00f3gica e regenera\u00e7\u00e3o natural das esp\u00e9cies existentes. Os dados de regenera\u00e7\u00e3o natural e posi\u00e7\u00e3o sociol\u00f3gica de cada esp\u00e9cie, combinados com os \u00edndices de abund\u00e2ncia, domin\u00e2ncia e freq\u00fc\u00eancia, determinados pela an\u00e1lise horizontal, fornecer\u00e1 o \u00cdndice de Valor Ampliado (IVIA) de cada esp\u00e9cie, caracterizando sua import\u00e2ncia fitossociol\u00f3gica dentro da floresta estudada.<\/p>\n\n\n\n

O Relat\u00f3rio de An\u00e1lise Fitossociol\u00f3gica dever\u00e1 citar a metodologia utilizada para o desenvolvimento da an\u00e1lise estrutural, os resultados obtidos e a conclus\u00e3o deles. Poder\u00e1 ser acompanhado do perfil esquem\u00e1tico da floresta.<\/p>\n\n\n\n

Planifica\u00e7\u00e3o das opera\u00e7\u00f5es de manejo<\/strong> – a planifica\u00e7\u00e3o das opera\u00e7\u00f5es de manejo considera:<\/p>\n\n\n\n

1. Instala\u00e7\u00e3o das parcelas permanentes<\/strong>: as parcelas permanentes t\u00eam como objetivo a avalia\u00e7\u00e3o cont\u00ednua dos par\u00e2metros indicativos do comportamento e desenvolvimento da floresta, nas condi\u00e7\u00f5es naturais e sob condi\u00e7\u00f5es de manejo florestal. Os par\u00e2metros de avalia\u00e7\u00e3o da evolu\u00e7\u00e3o do crescimento e do comportamento da regenera\u00e7\u00e3o natural das esp\u00e9cies dever\u00e3o ser estudados em per\u00edodo de tempo preestabelecido, visando ao acompanhamento dessas vari\u00e1veis ao longo do tempo.<\/p>\n\n\n\n

2. Sele\u00e7\u00e3o das esp\u00e9cies a serem exploradas<\/strong>: as esp\u00e9cies ser\u00e3o selecionadas para a explora\u00e7\u00e3o segundo suas potencialidades econ\u00f4micas e suas caracter\u00edsticas fitossociol\u00f3gicas dentro da floresta. A intensidade e os ciclos de corte dever\u00e3o ser planejados e executados de forma compat\u00edvel com a capacidade da floresta em assegurar a permanente gera\u00e7\u00e3o de produtos e servi\u00e7os, conservar a biodiversidade e garantir a capacidade de regenera\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

3. Equipamentos a serem utilizados<\/strong>: sele\u00e7\u00e3o dos equipamentos a serem utilizados na explora\u00e7\u00e3o, arraste e transporte dos toros, considerando as condi\u00e7\u00f5es do meio e o m\u00ednimo poss\u00edvel de impacto negativo no ambiente.<\/p>\n\n\n\n

4. Planifica\u00e7\u00e3o da rede vi\u00e1ria e estaleiros<\/strong>: os caminhos florestais na \u00e1rea do empreendimento, visando ao acesso e condi\u00e7\u00f5es de transporte do material lenhoso explotado, dever\u00e3o ser planejados e constru\u00eddos considerando-se as condi\u00e7\u00f5es de acessibilidade e curvas de n\u00edvel do terreno, com a otimiza\u00e7\u00e3o da rede vi\u00e1ria j\u00e1 existente.<\/p>\n\n\n\n

5. Planifica\u00e7\u00e3o das etapas da explora\u00e7\u00e3o<\/strong>: as etapas de explora\u00e7\u00e3o, que envolver\u00e3o a marca\u00e7\u00e3o visual nos indiv\u00edduos a serem explorados, derrubada, desgalhamento, tra\u00e7amento, arraste, estaleiramento e transporte de material lenhoso, dever\u00e3o ser planejadas considerando as condi\u00e7\u00f5es do ambiente e de forma a causar o menor impacto ambiental poss\u00edvel.<\/p>\n\n\n\n

Planifica\u00e7\u00e3o dos tratos silviculturais – a explora\u00e7\u00e3o dever\u00e1 considerar as caracter\u00edsticas silviculturais, volume e distribui\u00e7\u00e3o das esp\u00e9cies. Poder\u00e3o ser aplicados m\u00e9todos que promovam melhores condi\u00e7\u00f5es de desenvolvimento da regenera\u00e7\u00e3o natural e que melhorem a qualidade do perfil da floresta<\/p>\n\n\n\n

Fase da Instala\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A fase de instala\u00e7\u00e3o do empreendimento envolver\u00e1 as etapas de aloca\u00e7\u00e3o das parcelas permanentes e a constru\u00e7\u00e3o da rede vi\u00e1ria, de estaleiros, da infra-estrutura e sede do empreendimento.<\/p>\n\n\n\n

Fase da Execu\u00e7\u00e3o da Explora\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Nessa fase, ocorrem a explora\u00e7\u00e3o dos indiv\u00edduos das esp\u00e9cies previamente selecionadas e demarcadas e a aplica\u00e7\u00e3o dos tratos silviculturais planejados.<\/p>\n\n\n\n

Reda\u00e7\u00e3o Ambiente Brasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Planejamento, Fase da Instala\u00e7\u00e3o e Fase da Execu\u00e7\u00e3o da Explora\u00e7\u00e3o. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1486],"tags":[637,507],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1927"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=1927"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1927\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":4322,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1927\/revisions\/4322"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=1927"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=1927"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=1927"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}