{"id":1924,"date":"2009-03-27T17:06:21","date_gmt":"2009-03-27T17:06:21","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:13:08","modified_gmt":"2021-07-10T23:13:08","slug":"protecao_florestal","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/florestal\/manejo_de_reflorestamento\/protecao_florestal.html","title":{"rendered":"Prote\u00e7\u00e3o Florestal"},"content":{"rendered":"\n
Pragas e Doen\u00e7as<\/strong><\/p>\n\n\n\n As pragas que representam a maior import\u00e2ncia econ\u00f4mica s\u00e3o: as formigas cortadeiras em primeira inst\u00e2ncia, que ocorrem e devem ser controladas durante toda a fase do projeto; em segunda, no caso de plantios de eucalipto, pode-se considerar os cupins, na fase mais juvenil, e as lagartas, como a Thyrinteina arnobia na fase mais adulta, principalmente.<\/p>\n\n\n\n Outra praga comum e causadora de s\u00e9rios problemas \u00e9 causada pelo fungo Puccina psidii Winter (ferrugem do eucalipto). A primeira ocorr\u00eancia da ferrugem, causando danos, aconteceu no Esp\u00edrito Santo, nos anos 70, em plantios de Eucalyptus grandis, com idade inferior a dez anos. Al\u00e9m de ocorrer em mudas de viveiro, a ferrugem pode atingir tamb\u00e9m plantas jovens no campo at\u00e9 os dois anos de idade, reduzindo a produtividade da cultura e podendo levar \u00e0 morte os indiv\u00edduos mais debilitados.<\/p>\n\n\n\n Em rela\u00e7\u00e3o aos plantios de pinus, o macaco-prego (Cebus apella), vem causando danos consider\u00e1veis. O macaco-prego ocorre em praticamente em toda a Am\u00e9rica do Sul, a leste dos Andes, apresentando uma grande adaptabilidade \u00e0s condi\u00e7\u00f5es ambientais e uma grande diversidade comportamental. Tem o h\u00e1bito de arrancar a casca das \u00e1rvores para alimentar-se da seiva, que tem sabor doce. Ao romper a casca, a \u00e1rvore fica sem prote\u00e7\u00e3o e a circula\u00e7\u00e3o da seiva \u00e9 interrompida. A \u00e1rvore fica extremamente debilitada e suscet\u00edvel ao ataque da vespa-da-madeira, que, em termos de danos econ\u00f4micos, \u00e9 uma das principais pragas. Outra praga que vem causando danos \u00e9 o pulg\u00e3o (Cinara pinivora e Cinara atlantica) que hoje, ocorre em v\u00e1rias regi\u00f5es de Santa Catarina, Paran\u00e1 e S\u00e3o Paulo.<\/p>\n\n\n\n O controle de formigas cortadeiras pode ser desenvolvido como citado anteriormente, e para o controle de lagartas tem se usado muito o lagartecida biol\u00f3gico, que tem como agente a bact\u00e9ria Bacillus thuringiensis, cujos nomes comerciais s\u00e3o o Dipel e o Bac control.<\/p>\n\n\n\n Inc\u00eandios Florestais<\/strong><\/p>\n\n\n\n Entende-se por inc\u00eandio florestal todo fogo sem controle sobre qualquer vegeta\u00e7\u00e3o, podendo ser provocado pelo homem (intencionalmente ou por neglig\u00eancia), ou por fonte natural (raio).<\/p>\n\n\n\n Anualmente, ap\u00f3s as geadas, ocorre a esta\u00e7\u00e3o seca, por um per\u00edodo cr\u00edtico que se estende do m\u00eas de julho at\u00e9 meados de outubro. Neste per\u00edodo a vegeta\u00e7\u00e3o torna-se suscet\u00edvel a inc\u00eandios.<\/p>\n\n\n\n Os inc\u00eandios florestais, casuais ou propositados, s\u00e3o causadores de grandes preju\u00edzos, tanto no meio ambiente quanto ao pr\u00f3prio homem e a suas atividades econ\u00f4micas. No per\u00edodo de 1983 a 1988 no Brasil, os inc\u00eandios destru\u00edram uma \u00e1rea de 201.262 hectares de reflorestamento, que representa aproximadamente 154 milh\u00f5es de d\u00f3lares para o seu replantio, fora o preju\u00edzo direto.<\/p>\n\n\n\n As causas dos inc\u00eandios podem variar bastante de regi\u00e3o para regi\u00e3o. No Brasil, h\u00e1 8 grupos de causas: raios, queimadas para limpeza, opera\u00e7\u00f5es florestais, fogos de recrea\u00e7\u00e3o, o ocasionado por fumantes, por incendi\u00e1rios, estradas de ferro e diversos.<\/p>\n\n\n\n Os inc\u00eandios, devido principalmente \u00e0s condi\u00e7\u00f5es meteorol\u00f3gicas, n\u00e3o ocorrem com a mesma freq\u00fc\u00eancia durante todos os meses do ano. Pode haver tamb\u00e9m uma varia\u00e7\u00e3o das \u00e9pocas de maior ocorr\u00eancia de inc\u00eandios entre as regi\u00f5es do pa\u00eds, devido \u00e0s condi\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas ou \u00e0s diferen\u00e7as nos n\u00edveis de atividades agr\u00edcolas e florestais. Da mesma maneira, os inc\u00eandios n\u00e3o se distribuem uniformemente atrav\u00e9s das \u00e1reas florestais. Existem locais onde a ocorr\u00eancia de inc\u00eandios \u00e9 mais freq\u00fcente, como por exemplo os pr\u00f3ximos a vilas de acampamentos, margens de rodovias, estradas de ferro, proximidades de \u00e1reas agr\u00edcolas e pastagens.<\/p>\n\n\n\n A prote\u00e7\u00e3o das florestas, bem como a de povoamentos florestais, torna-se eficiente quando existe um planejamento pr\u00e9vio das atitudes e atividades a serem tomadas ou implementadas nas diferentes situa\u00e7\u00f5es que podem apresentar. Quanto ao controle de inc\u00eandios florestais, o processo preventivo tem se mostrado como o de maior efici\u00eancia, atrav\u00e9s de aceiros manuais e mec\u00e2nicos, gradagens internas ao povoamento e um bom sistema de vigil\u00e2ncia; este, muito praticado entre empresas florestais vizinhas, num sistema de cooperativismo.<\/p>\n\n\n\n Planos de Prote\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n \u00c9 necess\u00e1ria a observa\u00e7\u00e3o de v\u00e1rios fatores existentes na \u00e1rea em quest\u00e3o:<\/p>\n\n\n\n Causas mais freq\u00fcentes de inc\u00eandios, \u00e9pocas e locais de maior ocorr\u00eancia, classes de material combust\u00edvel e delimita\u00e7\u00e3o de zonas priorit\u00e1rias s\u00e3o informa\u00e7\u00f5es indispens\u00e1veis para a elabora\u00e7\u00e3o de um plano. Este plano deve incluir as a\u00e7\u00f5es propostas para a preven\u00e7\u00e3o, detec\u00e7\u00e3o e combate aos inc\u00eandios e o registro sistem\u00e1tico de todas as ocorr\u00eancias.<\/p>\n\n\n\n Classes de Combust\u00edvel<\/strong><\/p>\n\n\n\n Os tipos de vegeta\u00e7\u00e3o influenciam de maneira significativa no potencial de propaga\u00e7\u00e3o dos inc\u00eandios.<\/p>\n\n\n\n Os mapas de combust\u00edvel, ou cartas de vegeta\u00e7\u00e3o, permitem prever as \u00e1reas nas quais o fogo apresenta maior risco de propaga\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Zonas Priorit\u00e1rias<\/strong><\/p>\n\n\n\n \u00c9 preciso definir as \u00e1reas que devem ser prioritariamente protegidas, embora todas as \u00e1reas sejam de grande import\u00e2ncia. \u00c1reas experimentais, pomares de sementes, nascentes de \u00e1gua, \u00e1reas de recrea\u00e7\u00e3o, instala\u00e7\u00f5es industriais e zonas residenciais s\u00e3o exemplos de \u00e1reas priorit\u00e1rias.<\/p>\n\n\n\n Plano Operacional<\/strong><\/p>\n\n\n\n a) Preven\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n A preven\u00e7\u00e3o dos inc\u00eandios florestais envolve, na realidade, dois n\u00edveis de atividades, a redu\u00e7\u00e3o das causas (atrav\u00e9s de campanhas educativas, legisla\u00e7\u00e3o espec\u00edfica e medidas de controle) e a redu\u00e7\u00e3o do risco de propaga\u00e7\u00e3o, que consiste em dificultar ao m\u00e1ximo a propaga\u00e7\u00e3o dos inc\u00eandios que n\u00e3o forem poss\u00edveis de evitar. Pode ser feito atrav\u00e9s da constru\u00e7\u00e3o de aceiros, da redu\u00e7\u00e3o do material combust\u00edvel e da ado\u00e7\u00e3o de t\u00e9cnicas apropriadas de silvicultura preventiva.<\/p>\n\n\n\n b) Detec\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n \u00c9 a primeira etapa do combate a um inc\u00eandio. Pode ser fixo, m\u00f3vel ou auxiliar, dependendo das condi\u00e7\u00f5es locais e da disponibilidade de recursos da empresa respons\u00e1vel pela prote\u00e7\u00e3o da \u00e1rea.<\/p>\n\n\n\n A detec\u00e7\u00e3o fixa \u00e9 feita atrav\u00e9s de pontos fixos de observa\u00e7\u00e3o, torres met\u00e1licas ou de madeira. A altura da torre depende da topografia da \u00e1rea e da altura da floresta a ser protegida. As torres s\u00e3o operadas por pessoas ou por sensores autom\u00e1ticos \u00e0 base de raios infravermelhos, que detectam o inc\u00eandio devido \u00e0 diferen\u00e7a de temperatura entre o ambiente e a zona de combust\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n A m\u00f3vel \u00e9 feita atrav\u00e9s de oper\u00e1rios a cavalo, em ve\u00edculos ou em aeronaves leves. O patrulhamento a\u00e9reo \u00e9 indicado para \u00e1reas muito grandes, de dif\u00edcil acesso.<\/p>\n\n\n\n A auxiliar \u00e9 exercida voluntariamente, por pessoas que n\u00e3o est\u00e3o ligadas diretamente ao sistema de detec\u00e7\u00e3o. Quando bem conscientizadas, atrav\u00e9s de programas educativos, as pessoas que vivem nas imedia\u00e7\u00f5es ou transitam pela floresta podem comunicar a exist\u00eancia de focos de inc\u00eandio.<\/p>\n\n\n\n Passos b\u00e1sicos na detec\u00e7\u00e3o dos inc\u00eandios:<\/p>\n\n\n\n c) Combate<\/strong><\/p>\n\n\n\n Equipes treinadas, equipamentos adequados, mobiliza\u00e7\u00e3o r\u00e1pida, plano de ataque j\u00e1 estabelecido – \u00e9 o necess\u00e1rio para proceder um combate eficiente. <\/p>\n\n\n\n Os equipamentos, incluindo as ferramentas manuais, devem ser de uso exclusivo no combate aos inc\u00eandios florestais. O tipo e a quantidade de equipamentos para o combate a inc\u00eandios depende de v\u00e1rios fatores, tais como: caracter\u00edsticas locais, tipo de vegeta\u00e7\u00e3o, tamanho da \u00e1rea, n\u00famero de equipes e disponibilidade financeira.<\/p>\n\n\n\n d) Registro das ocorr\u00eancias<\/strong><\/p>\n\n\n\n Com base nesses registros \u00e9 que se pode obter informa\u00e7\u00f5es sobre causas, \u00e9pocas e locais de ocorr\u00eancia, tempo de mobiliza\u00e7\u00e3o, dura\u00e7\u00e3o do combate, n\u00famero de pessoas envolvidas, equipamento utilizado, \u00e1rea queimada, vegeta\u00e7\u00e3o atingida e outros fatores. <\/p>\n\n\n\n Reda\u00e7\u00e3o Ambiente Brasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Tipo de forma\u00e7\u00e3o vegetal <\/strong><\/span><\/td> Propaga\u00e7\u00e3o<\/strong><\/span><\/td><\/tr> Povoamentos de con\u00edferas<\/span><\/td> Mais r\u00e1pida e intensa<\/span><\/td><\/tr> Povoamentos de folhosas<\/span><\/td> Mais lenta<\/span><\/td><\/tr> Florestas plantadas<\/span><\/td> Mais r\u00e1pido<\/span><\/td><\/tr> Florestas naturais<\/span><\/td> Mais lenta<\/span><\/td><\/tr> Pastagens e campos<\/span><\/td> Mais r\u00e1pida, principalmente ap\u00f3s geada <\/span><\/td><\/tr><\/tbody><\/table><\/figure>\n\n\n\n