{"id":1880,"date":"2009-03-26T14:49:06","date_gmt":"2009-03-26T14:49:06","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:13:21","modified_gmt":"2021-07-10T23:13:21","slug":"projeto_pinhao","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/florestal\/programas_e_projetos\/projeto_pinhao.html","title":{"rendered":"Projeto Pinh\u00e3o"},"content":{"rendered":"\n
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Perfil do s\u00f3cio ecossistema de produ\u00e7\u00e3o de pinh\u00e3o no Paran\u00e1<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A cobertura vegetal original do Estado do Paran\u00e1, segundo suas regi\u00f5es fitogeogr\u00e1ficas, \u00e9 classificada em cinco biomas principais: Floresta Ombr\u00f3fila Mista, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombr\u00f3fila Densa e Savanas. A regi\u00e3o fitoecol\u00f3gica da Floresta Ombr\u00f3fila Mista ou Floresta com Arauc\u00e1ria, caracteriza-se pela presen\u00e7a da Araucaria angustifolia em associa\u00e7\u00f5es diversificadas, as quais compreendem grupamentos de esp\u00e9cies com caracter\u00edsticas pr\u00f3prias, formando est\u00e1gios sucessionais distintos (IBGE,1990).<\/p>\n\n\n\n

Este bioma tem sido considerado um dos mais not\u00e1veis em termos de valor ecol\u00f3gico, por abrigar esp\u00e9cies t\u00edpicas e atributos biol\u00f3gicos \u00fanicos em todo o planeta. A semente de Arauc\u00e1ria, o Pinh\u00e3o, \u00e9 muito nutritiva. Pesquisas hist\u00f3ricas e arqueol\u00f3gicas sobre as popula\u00e7\u00f5es ind\u00edgenas que viveram no planalto sul-brasileiro, de 6000anos at\u00e9 nossos dias, registram a import\u00e2ncia do pinh\u00e3o no cotidiano desses grupos. Restos de cascas de pinh\u00f5es apareceram em meio aos carv\u00f5es das fogueiras acesas pelos antigos habitantes das florestas de arauc\u00e1ria. Um dep\u00f3sito de restos de pinh\u00f5es em meio a uma espessa camada de argila evidencia n\u00e3o apenas s exist\u00eancia do pinh\u00e3o na dieta di\u00e1ria dos grupos, mas tamb\u00e9m uma engenhosa solu\u00e7\u00e3o para conserva-lo durante longos per\u00edodos, evitando o risco de deteriora\u00e7\u00e3o pelas a\u00e7\u00f5es do clima ou do ataque de animais. Sabe-se tamb\u00e9m que o pinh\u00e3o servia de alimento para in\u00fameras esp\u00e9cies animais, inclusive Caititus selvagens (esp\u00e9cie de porco), atraindo-os durante a \u00e9poca de amadurecimento das pinhas. Assim, ao lado da coleta anual do pinh\u00e3o, os ind\u00edgenas igualmente ca\u00e7avam esses animais.<\/p>\n\n\n\n

Nos dias de hoje, o pinh\u00e3o vem sendo produzido, comercializado e consumido em todo o Estado, mas alguns munic\u00edpios s\u00e3o grandes centros de sua s\u00f3cio-economia. As regi\u00f5es t\u00edpicas de produ\u00e7\u00e3o s\u00e3o Guarapuava, no Centro-Oeste e Uni\u00e3o da Vit\u00f3ria, no Sul do Estado. Seguramente, Curitiba \u00e9 o ponto de maior converg\u00eancia da comercializa\u00e7\u00e3o e do consumo no Estado.<\/p>\n\n\n\n

Lamentavelmente pouco se conhece sobre as implica\u00e7\u00f5es sociais, econ\u00f4micas e ambientais da atividade da coleta e venda de pinh\u00e3o no estado do Paran\u00e1. Quase nada foi publicado sobre a cadeia produtiva do pinh\u00e3o, embora seja poss\u00edvel encontrar esta iguaria em qualquer feira ou supermercado do Paran\u00e1 e, certamente quase todo paranaense consuma uma quantidade expressiva desta durante o per\u00edodo de safra. Ainda, os riscos ambientais para a regenera\u00e7\u00e3o natural da esp\u00e9cie (Araucaria angustifolia), para a fauna, para a diversidade biol\u00f3gica e gen\u00e9tica, entre outros, nunca foram efetivamente encarados com profundidade.<\/p>\n\n\n\n

A import\u00e2ncia s\u00f3cio-econ\u00f4mica do pinh\u00e3o para o Estado do Paran\u00e1, sobretudo naquelas regi\u00f5es de maior pobreza, reveste este projeto de um grande apelo, pois representa ma fatia bastante expressiva do emprego e renda, com fortes impactos na qualidade de vida de um grande contingente de pessoas, tanto na produ\u00e7\u00e3o como na comercializa\u00e7\u00e3o deste produto.<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m de denotar um forte apelo s\u00f3cio-econ\u00f4mico, este estudo tamb\u00e9m pressup\u00f5e a exist\u00eancia de impactos ambientais igualmente relevantes. A coleta de pinh\u00e3o provoca impactos ambientais notadamente \u00e0 diversidade biol\u00f3gica e gen\u00e9tica, bem como, toda a cadeia alimentar no ecossistema. A magnitude destes impactos \u00e9 muito pouco conhecida e merece especial aten\u00e7\u00e3o da comunidade cient\u00edfica, das autoridades ambientais e de toda a sociedade.<\/p>\n\n\n\n

Ademais outro aspecto merecedor de destaque \u00e9 forte depaupera\u00e7\u00e3o dos aspectos culturais associados ao uso do pinh\u00e3o como fonte alimentar humano e como garantia da perpetua\u00e7\u00e3o do ecossistema. Resgatar esta cultura, seja na arte, na literatura, na culin\u00e1ria \u00e9 tamb\u00e9m uma tarefa urgente.<\/p>\n\n\n\n

Dentre os objetivos do Projeto Pinh\u00e3o est\u00e3o analisar os aspectos s\u00f3cio-econ\u00f4micos das atividades de coleta e comercializa\u00e7\u00e3o do pinh\u00e3o em tr\u00eas munic\u00edpios chaves desta cadeia produtiva no Estado do Paran\u00e1: Curitiba, Guarapuava e Uni\u00e3o da Vit\u00f3ria, considerando todas as fases da cadeia produtiva, desde a coleta at\u00e9 a compra pelo consumidor final; descrever o perfil humano das pessoas e entidades envolvidas com as atividades de coleta e comercializa\u00e7\u00e3o de pinh\u00e3o, considerando emprego e renda gerados, localiza\u00e7\u00e3o, sexo, idade, entre outros; analisar os aspectos ambientais da atividade de coleta do pinh\u00e3o, considerando as implica\u00e7\u00f5es a biodiversidade, a regenera\u00e7\u00e3o da Arauc\u00e1ria e a fauna associada; resgatar e documentar aspectos relacionados ao pinh\u00e3o na cultura paranaense tais como lendas, contos, est\u00f3rias, culin\u00e1ria, arte, entre outros; apresentar proposi\u00e7\u00f5es e sugest\u00f5es de a\u00e7\u00f5es a popula\u00e7\u00e3o envolvida com a coleta e a comercializa\u00e7\u00e3o de pinh\u00e3o que venham de encontro a sustentabilidade, considerando perspectivas de melhoria das condi\u00e7\u00f5es econ\u00f4micas das popula\u00e7\u00f5es e minimiza\u00e7\u00e3o dos impactos ao meio ambiente; distribuir panfletos imformativos dos resultados do projeto e suas implica\u00e7\u00f5es a todos os agente envolvidos; divulgar o projeto atrav\u00e9s de m livreto a ser editado em linguagem acess\u00edvel; distribuir folders a comunidade em geral, publicado e divulgado a toda a regi\u00e3o alvo do projeto; divulgar o projeto por meio de ve\u00edculo de comunica\u00e7\u00e3o e da internet.<\/p>\n\n\n\n

Conhe\u00e7a mais sobre o projeto:<\/strong><\/p>\n\n\n\n

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 O Pinh\u00e3o<\/span><\/td> Os Animais<\/span><\/td><\/tr>
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 Comercializa\u00e7\u00e3o<\/span><\/td> Plantio<\/span><\/td><\/tr>
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 Culin\u00e1ria<\/span><\/td> Curiosidades<\/span><\/td><\/tr>
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 A Floresta Ombr\u00f3fila Mista <\/span><\/td> A Portaria Normativa<\/span><\/td><\/tr><\/tbody><\/table><\/figure>\n\n\n\n

Sua equipe executora:<\/strong><\/p>\n\n\n\n

– Marco Aur\u00e9lio Busch Ziliotto, coordenador, Eng\u00b0 Florestal, Especialista em Gest\u00e3o Empresarial, P\u00f3s-Graduado em Manejo Ambiental, e Engenharia Ambiental;<\/p>\n\n\n\n

-Jo\u00e3o Carlos Garzel Leodoro da Silva, especialista em s\u00f3cio-economia, Eng\u00b0 Florestal, Dr., Professor da UFPR;<\/p>\n\n\n\n

-Carlos Alberto Sanquetta, especialista em silvicultura, ecologia e manejo de florestas, Eng\u00b0 Florestal, Ph.D., Professor da UFPR;<\/p>\n\n\n\n

-Den\u00edlson Roberto Jungles de Carvalho, apoio t\u00e9cnico e cient\u00edfico, Bi\u00f3logo, Especialista em Gest\u00e3o Ambiental e Engenharia Ambiental;<\/p>\n\n\n\n

– Rafaelo Balbinot, Engenheiro Florestal, Mestrando da UFPR;<\/p>\n\n\n\n

– Patr\u00edcia Margu\u00ea Cana Verde, Engenheira Florestal;<\/p>\n\n\n\n

– Fancelo Mognon, T\u00e9cnico Florestal;<\/p>\n\n\n\n

– Ana Paula Dalla C\u00f4rte, acad\u00eamica do Curso de Engenharia Florestal UFPR;<\/p>\n\n\n\n

– Karla Simone Weber, acad\u00eamica do Curso de Engenharia Florestal UFPR;<\/p>\n\n\n\n

– Luciane Torquato, acad\u00eamica do Curso de Engenharia Industrial Madeireira da UFPR.<\/p>\n\n\n\n

Reda\u00e7\u00e3o Ambiente Brasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"