{"id":1854,"date":"2009-03-11T13:03:34","date_gmt":"2009-03-11T13:03:34","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:14:51","modified_gmt":"2021-07-10T23:14:51","slug":"manejo_dos_sistemas_agroflorestais","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/florestal\/agrossilvicultura\/manejo_dos_sistemas_agroflorestais.html","title":{"rendered":"Manejo dos Sistemas Agroflorestais"},"content":{"rendered":"\n
O manejo tem como objetivo recuperar, manter ou aumentar o n\u00edvel de produtividade do sistema e favorecer a conserva\u00e7\u00e3o dos recursos dispon\u00edveis. Desse modo, as t\u00e9cnicas de manejo visam manter a capacidade produtiva do sistema, o balan\u00e7o de nutrientes e o suprimento de \u00e1gua aos componentes. <\/p>\n\n\n\n
Manejo das Plantas<\/strong><\/p>\n\n\n\n Escolha das esp\u00e9cies<\/strong><\/p>\n\n\n\n Na escolha das esp\u00e9cies, s\u00e3o considerados os aspectos inerentes a cada esp\u00e9cie (biologia, ecologia e fenologia), \u00e0s condi\u00e7\u00f5es ambientais, ao desenho do SAF (Sistema Agroflorestal), aos de ordem cultural (h\u00e1bitos alimentares, materiais e crendices) e aos de ordem econ\u00f4mica (mercado – comercializa\u00e7\u00e3o e pre\u00e7o). As informa\u00e7\u00f5es sobre biologia e ecologia das esp\u00e9cies indicam as necessidades nutricionais, de temperatura, luz e \u00e1gua, dando uma id\u00e9ia da densidade de plantio e das associa\u00e7\u00f5es poss\u00edveis.<\/p>\n\n\n\n Arranjo Espacial<\/strong><\/p>\n\n\n\n Depende de v\u00e1rios aspectos, tais como esp\u00e9cies associadas, fun\u00e7\u00e3o de cada componente no sistema, caracter\u00edsticas dos produtos a serem obtidos, ciclo desejado de cada componente, tratamentos culturais previstos, tipo de tecnologia empregada e colheita da produ\u00e7\u00e3o de cada componente.<\/p>\n\n\n\n Atualmente, existe a tend\u00eancia de se utilizar o plantio em fileiras ou faixas, pois permite uma melhor ocupa\u00e7\u00e3o da \u00e1rea e facilita a sistematiza\u00e7\u00e3o dos tratos culturais e da colheita. \u00c9 poss\u00edvel estabelecer SAF a partir da introdu\u00e7\u00e3o de cultivos agr\u00edcolas ou animais em \u00e1reas de vegeta\u00e7\u00e3o natural arbustiva ou do componente arb\u00f3reo em sistemas agr\u00edcolas j\u00e1 estabelecidos.<\/p>\n\n\n\n A introdu\u00e7\u00e3o do componente arb\u00f3reo nas \u00e1reas agr\u00edcolas pode ser feita atrav\u00e9s da regenera\u00e7\u00e3o natural ou artificial, sendo mais comum esta \u00faltima, devido ao esgotamento do banco de sementes do solo e \u00e0 aus\u00eancia da vegeta\u00e7\u00e3o natural remanescente nas \u00e1reas circunvizinhas.<\/p>\n\n\n\n Os tratos silviculturais empregados no manejo de regenera\u00e7\u00e3o s\u00e3o os mesmos aplicados na condu\u00e7\u00e3o de florestas naturais ou plantadas.<\/p>\n\n\n\n Arranjo espacial com regenera\u00e7\u00e3o artificial<\/strong> – existe uma ampla flexibilidade na distribui\u00e7\u00e3o espacial dos componentes, o que permite um melhor controle das condi\u00e7\u00f5es ambientais, obtido tamb\u00e9m atrav\u00e9s do uso de tratamentos silviculturais como a poda e o desbaste.<\/p>\n\n\n\n Arranjo espacial com regenera\u00e7\u00e3o natural<\/strong> – nas \u00e1reas de vegeta\u00e7\u00e3o nativa, as esp\u00e9cies de interesse est\u00e3o distribu\u00eddas em diferentes padr\u00f5es, podendo estar dispersas regular ou aleatoriamente na \u00e1rea, ou em grupos, dependendo das caracter\u00edsticas dos processos de dispers\u00e3o. Esta distribui\u00e7\u00e3o natural poder\u00e1 ser alterada com desbaste ou adensamentos.<\/p>\n\n\n\n A introdu\u00e7\u00e3o de esp\u00e9cies domesticadas, nestas \u00e1reas, pode se dar a partir de tratamentos de refinamento, podas e de aberturas no dossel, procurando-se privilegiar as esp\u00e9cies florestais de interesse e compatibilizando a intensidade dos tratamentos silviculturais \u00e0s condi\u00e7\u00f5es ambientais (luz, umidade, temperatura e solo) exigidas pela esp\u00e9cie introduzida.<\/p>\n\n\n\n Arranjo temporal <\/strong>– aproveitam-se as diferen\u00e7as nas exig\u00eancias das esp\u00e9cies atrav\u00e9s das etapas de crescimento e desenvolvimento e as mudan\u00e7as ecol\u00f3gicas ocorridas na sucess\u00e3o da vegeta\u00e7\u00e3o. A vari\u00e1vel tempo amplia as dimens\u00f5es do sistema agr\u00edcola que, na maioria das vezes, pode ser considerado bidimensional: \u00c1rea (A\u00b2), enquanto que os sistemas agroflorestais (SAF) possuem, mais duas dimens\u00f5es: \u00c1rea (A\u00b2) x Altura (H) x Tempo (T), o que confere a estes sistemas uma maior complexidade e dinamismo.<\/p>\n\n\n\n Manejo dos Solos<\/strong><\/p>\n\n\n\n O manejo do solo nos SAF deve ser entendido sob o ponto de vista sist\u00eamico. O ecossistema possui um potencial produtivo natural, cujos nutrientes encontram-se distribu\u00eddos entre os componentes bi\u00f3ticos (vegeta\u00e7\u00e3o e animais) e no solo. As entradas ocorrem atrav\u00e9s de precipita\u00e7\u00f5es atmosf\u00e9ricas, fertilizantes qu\u00edmicos ou org\u00e2nicos, de ra\u00e7\u00f5es e sais minerais, e as sa\u00eddas pela eros\u00e3o, lixivia\u00e7\u00e3o e colheita.<\/p>\n\n\n\n Um dos objetivos do manejo \u00e9 a redu\u00e7\u00e3o das perdas (sa\u00eddas). A perda por eros\u00e3o e lixivia\u00e7\u00e3o pode ser parcialmente reduzida com pr\u00e1ticas adequadas No entanto, a colheita \u00e9 uma atividade desej\u00e1vel e fundamental nos SAF.<\/p>\n\n\n\n As t\u00e9cnicas de manejo do SAF devem cumprir os seguintes objetivos:<\/p>\n\n\n\n Manejo dos Animais nos Sistemas Agroflorestais<\/strong><\/p>\n\n\n\n Os princ\u00edpios de manejo s\u00e3o semelhantes aos que regem o manejo dos animais em outros sistemas. Deve-se observar a carga animal, a capacidade suporte da pastagem e a sua varia\u00e7\u00e3o ao longo do ano. Observa-se, ainda, a variedade de fonte alimentar, a suplementa\u00e7\u00e3o alimentar (sal mineral, ra\u00e7\u00e3o), fornecimento de \u00e1gua, controle de patologias e do h\u00e1bitat, incluindo as condi\u00e7\u00f5es microclim\u00e1ticas e as instala\u00e7\u00f5es. Em geral, s\u00e3o usadas esp\u00e9cies dom\u00e9sticas como bovinos, ovinos, caprinos, su\u00ednos, aves, peixes, camar\u00f5es, abelhas e bicho da seda, podendo ser manejada ainda a fauna silvestre (capivara, queixada, etc.).<\/p>\n\n\n\n Cuidados especiais devem ser tomados quanto \u00e0 introdu\u00e7\u00e3o das esp\u00e9cies ex\u00f3ticas de animais no SAF para que n\u00e3o se tornem pragas.<\/p>\n\n\n\n No caso de pastagens, deve-se ter cuidado quanto \u00e0 compacta\u00e7\u00e3o do solo. \u00c9 prefer\u00edvel o uso de um n\u00famero maior de piquetes como pequenas \u00e1reas ao uso de um n\u00famero reduzido de piquetes como extensas \u00e1reas.<\/p>\n\n\n\n Reda\u00e7\u00e3o Ambiente Brasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"