{"id":1824,"date":"2009-03-11T09:37:05","date_gmt":"2009-03-11T09:37:05","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:14:51","modified_gmt":"2021-07-10T23:14:51","slug":"amanita_muscaria_-_amanita_sp","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/florestal\/artigos\/amanita_muscaria_-_amanita_sp.html","title":{"rendered":"Amanita Muscaria – Amanita sp"},"content":{"rendered":"\n
A Amanita muscaria \u00e9 encontrado em bosques de Pinus sp., este fungo pertencente \u00e0 fam\u00edlia Amanitaceae (Basidiomycotina, Agaricales), que vive em associa\u00e7\u00e3o micorr\u00edzica (ectomicorriza) com v\u00e1rias con\u00edferas, inclusive do g\u00eanero Pinus. Embora de apar\u00eancia inocente e aspecto apetitoso, quando ingerido pelo homem ou animais dom\u00e9sticos este cogumelo \u00e9 t\u00f3xico. Dependendo da quantidade ingerida \u00e9 capaz de induzir altera\u00e7\u00f5es no sistema nervoso, levando a altera\u00e7\u00e3o da percep\u00e7\u00e3o da realidade, descoordena\u00e7\u00e3o motora, alucina\u00e7\u00f5es, crises de euforia ou depress\u00e3o intensa. Espasmos musculares, movimentos compulsivos, transpira\u00e7\u00e3o, saliva\u00e7\u00e3o, lacrimejamento, tontura e v\u00f4mitos s\u00e3o tamb\u00e9m sintomas referidos na literatura.<\/p>\n\n\n\n
Esse cogumelo, origin\u00e1rio do Hemisf\u00e9rio Norte, \u00e9 bastante conhecido na Europa e na Am\u00e9rica do Norte. No Brasil, foi constatado pela primeira vez na regi\u00e3o metropolitana em Curitiba – PR pelo bot\u00e2nico A. Cervi, da Universidade Federal do Paran\u00e1, em 1982. Nessa ocasi\u00e3o, a introdu\u00e7\u00e3o desse cogumelo no Brasil foi atribu\u00edda a importa\u00e7\u00e3o de sementes de Pinus de regi\u00f5es onde ele \u00e9 nativo. Os esporos do fungo teriam sido trazidos em mistura com as sementes importadas. Posteriormente, o cogumelo foi tamb\u00e9m encontrado no Rio Grande do Sul e, mais recentemente (1984) em S\u00e3o Paulo na regi\u00e3o de Itarar\u00e9, em associa\u00e7\u00e3o micorr\u00edzica com Pinus pseudostrobus.<\/p>\n\n\n\n
Algumas esp\u00e9cies de Amanita s\u00e3o comest\u00edveis – A. cesarea (Fr.) Mlady, A. ovoidea (Bull.:Fr.) Quil., A. valens Gilbert., A. giberti Beaus. etc. – mas o g\u00eanero \u00e9 not\u00f3rio pelos seus representantes venenosos, sendo alguns mortais. Entretanto, segundo alguns autores, 90 a 95% das mortes ocorridas na Europa como resultado de micetismo — nome dado ao envenenamento por cogumelos — foram atribu\u00eddos a uma \u00fanica esp\u00e9cie de Amanita, ou seja, A. phalloides (Vaill.:Fr.) Link, esp\u00e9cie conhecida popularmente como “ta\u00e7a da morte” (death cup) ou ainda por “ta\u00e7a verde da morte” (Green death cup).<\/p>\n\n\n\n
Esta esp\u00e9cie possui um p\u00edleo ou “chap\u00e9u” de colora\u00e7\u00e3o verde oliva, com cerca de 12 cm de di\u00e2metro e 10 a 15 cm de altura no estipe. O problema de envenenamento com A. phalloides \u00e9 que, por vezes, isento de cor e volva pouco definida, este cogumelo pode ser facilmente confundido com Amanita mappa (Batsch) Pers. ou mesmo com Agaricus campestris, L. selvagens, que s\u00e3o esp\u00e9cies saborosas que n\u00e3o apresentam princ\u00edpios t\u00f3xicos. As esp\u00e9cies venenosas de Amanita cont\u00eam compostos ciclopept\u00eddicos conhecidos como amatoxinas e phallotoxinas, altamente t\u00f3xicos e mortais, para os quais inexistem ant\u00eddotos eficientes.<\/p>\n\n\n\n