{"id":1803,"date":"2009-03-10T14:06:26","date_gmt":"2009-03-10T14:06:26","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:14:58","modified_gmt":"2021-07-10T23:14:58","slug":"os_numeros_atuais_da_cobertura_florestal_do_parana","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/florestal\/artigos\/os_numeros_atuais_da_cobertura_florestal_do_parana.html","title":{"rendered":"Os N\u00fameros Atuais da Cobertura Florestal do Paran\u00e1"},"content":{"rendered":"\n

Nos dias de hoje, em que se discute intensamente as quest\u00f5es ambientais, um dos pontos de maior interesse \u00e9, sem sombra de d\u00favidas, a real cobertura florestal de nosso Estado. Nunca se demonstrou tanto interesse pelos n\u00fameros das florestas paranaenses como na atualidade, fato que adv\u00e9m da valoriza\u00e7\u00e3o das mesmas no tocante \u00e0 sua fun\u00e7\u00e3o ambiental, mas tamb\u00e9m porque se trata de um patrim\u00f4nio ou um ativo valioso, que pode ou n\u00e3o (mas deve) ser utilizado de forma racional e sustent\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n

Durante mais de duas d\u00e9cadas os n\u00fameros da cobertura florestal do Paran\u00e1 ficaram ocultos, por falta de levantamentos e, pode-se dizer, at\u00e9 mesmo por descaso. As \u00faltimas informa\u00e7\u00f5es oficiais datavam do in\u00edcio da d\u00e9cada de oitenta, por ocasi\u00e3o da divulga\u00e7\u00e3o dos resultados do Invent\u00e1rio Floresta Nacional, levado a cabo pelo finado IBDF – Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal. Obviamente aqueles n\u00fameros n\u00e3o serviam mais, \u00e0 medida que muita coisa aconteceu nessas duas d\u00e9cadas e a realidade de hoje \u00e9 outra.<\/p>\n\n\n\n

Levantamentos Atuiais sobre a Cobertura Florestal do Paran\u00e1<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Por isso, mais do que oportunamente, levantamentos recentes foram realizados, visando apontar, de maneira fidedigna e atual, os n\u00fameros da cobertura florestal paranaense. Nesse contexto, tr\u00eas estudos, realizados de maneira independente, mas de certa forma associados, foram conduzidos. Os tr\u00eas levantamentos trataram em separado a Floresta Ombr\u00f3fila Mista (Floresta de Arauc\u00e1ria), a Floresta Ombr\u00f3fila Densa (Floresta Atl\u00e2ntica) e a Floresta Estacional Semidecidual. Todos esses tr\u00eas estudos envolveram o uso de imagens de sat\u00e9lite Landsat para mapeamento dos remanescentes florestais, por\u00e9m os crit\u00e9rios adotados em cada caso foram diferentes.<\/p>\n\n\n\n

Em todos os tr\u00eas trabalhos houve o envolvimento dos \u00f3rg\u00e3os ambientais estaduais, de consultores e especialistas contratados e a forte participa\u00e7\u00e3o da Universidade Federal do Paran\u00e1 – UFPR, atrav\u00e9s da Funda\u00e7\u00e3o de Pesquisas Florestais do Paran\u00e1 – FUPEF. Pela seriedade e pelo respaldo que essas institui\u00e7\u00f5es possuem, deve-se dar cr\u00e9dito total aos n\u00fameros gerados por essas institui\u00e7\u00f5es. Por\u00e9m, cabe a ressalva que os n\u00fameros da cobertura florestal paranaense v\u00eam, por vezes, sendo interpretados de maneira err\u00f4nea ou sendo distorcidos para atender interesses estranhos. Por isso, esta mat\u00e9ria tentar\u00e1 dar clareza ao assunto, procurando esclarecer a realidade dos n\u00fameros da cobertura florestal em nosso Estado.<\/p>\n\n\n\n

Os levantamentos citados foram conclu\u00eddos nos \u00faltimos dois anos, sendo, portanto, bastante atuais. Apesar de serem n\u00fameros atuais, o Laborat\u00f3rio de Invent\u00e1rio Florestal da UFPR, vem constantemente atualizando os n\u00fameros, \u00e0 medida que imagens de sat\u00e9lite novas v\u00e3o sendo obtidas e novas informa\u00e7\u00f5es v\u00e3o sendo geradas. Recentemente, dois mapas florestais do Paran\u00e1 unificados e atualizados foram produzidos, utilizando algumas imagens mais recentes que aquelas usadas nos tr\u00eas estudos previamente citados. Os dois mapas, de florestas naturais e de reflorestamentos, s\u00e3o ilustrados nas Figuras apresentadas a seguir.<\/p>\n\n\n\n

Figura 1 – Cobertura florestal natural do Estado do Paran\u00e1 (maio\/2003)<\/strong><\/span><\/div>\n\n\n\n
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Figura 2 – Reflorestamentos do Estado do Paran\u00e1 (maio\/2003)<\/strong><\/span><\/div>\n\n\n\n
\"qq\"\/<\/figure>\n\n\n\n

Os mapas produzidos revelam a distribui\u00e7\u00e3o espacial dos maci\u00e7os florestais nativos e plantados existentes no Paran\u00e1. No caso das florestas naturais, v\u00ea-se claramente uma ampla dispers\u00e3o dos remanescentes florestais, mas pode-se observar certas concentra\u00e7\u00f5es em algumas regi\u00f5es do Estado, notadamente na por\u00e7\u00e3o leste (Serra do Mar e Litoral), no Parque Nacional do Igua\u00e7u (extremo oeste) e no Centro-Sul. A primeira congrega basicamente elementos Floresta Atl\u00e2ntica, a segunda o maior remanescente da Floresta Estacional Semidecidual, enquanto a terceira envolve os sobejos da Floresta de Arauc\u00e1ria. J\u00e1 no caso dos reflorestamentos, percebe-se uma dispers\u00e3o bem menor que no caso das florestas naturais, com grande concentra\u00e7\u00e3o na por\u00e7\u00e3o Centro-Nordeste do Estado.<\/p>\n\n\n\n

A Figura 1 tamb\u00e9m aponta tr\u00eas classes distintas de florestas naturais, a saber: as em est\u00e1gio inicial, m\u00e9dio e avan\u00e7ado de regenera\u00e7\u00e3o. Explicar com precis\u00e3o essas classes n\u00e3o \u00e9 algo f\u00e1cil, mas essencial para que haja um entendimento correto e inequ\u00edvoco da realidade da cobertura florestal do Paran\u00e1 nos dias de hoje.<\/p>\n\n\n\n

A Cobertura Florestal Natural do Paran\u00e1 em N\u00fameros<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Como dito previamente, para que os n\u00fameros da cobertura florestal paranaense n\u00e3o venham a ser interpretados erroneamente ou distorcidos para atender interesses estranhos, \u00e9 mister que se fa\u00e7a um esclarecimento sobre os est\u00e1gios de desenvolvimento das florestas existentes no Estado.<\/p>\n\n\n\n

Em primeiro lugar, vale dizer que todas as tr\u00eas tipologias florestais s\u00e3o importantes e devem ser focadas com aten\u00e7\u00e3o pelo poder p\u00fablico e por seus detentores. Essas tr\u00eas classes de florestas podem e devem ser consideradas literalmente como tipologias florestais, pelo fato de abrigarem essencialmente esp\u00e9cies arb\u00f3reas, ou seja, esp\u00e9cies florestais (\u00e1rvores). Por conseguinte, deve trat\u00e1-las como florestas de verdade e n\u00e3o com outra designa\u00e7\u00e3o que venha a ocultar seu real significado.<\/p>\n\n\n\n

Dentro desse conceito, as florestas paranaenses somam hoje uma \u00e1rea de cerca de 3,4 milh\u00f5es de hectares, o que equivale dizer que a cobertura florestal do Estado \u00e9 de aproximadamente 17%. Considerando que a \u00e1rea florestal original do Paran\u00e1 era menor, porque sempre existiram outras forma\u00e7\u00f5es vegetais n\u00e3o arb\u00f3reas (campos naturais, principalmente), esse percentual eleva-se para quase 18%. Efetivamente esse percentual \u00e9 muito superior ao que vem sendo divulgado, incorreta e precipitadamente, por algumas entidades. \u00c9 fundamental que isso seja colocado \u00e0s claras para que a discuss\u00e3o sobre o tema se d\u00ea dentro de crit\u00e9rios t\u00e9cnico-cient\u00edficos e n\u00e3o calcada no sensacionalismo e no interesse, seja de que lado esteja.<\/p>\n\n\n\n

Sistematicamente vem sendo difundido que n\u00e3o restam mais do que 0,8% de florestas no Paran\u00e1. Isso \u00e9 uma mentira! Obviamente que seria desej\u00e1vel que o percentual de cobertura florestal no Estado fosse muito maior do que os 18% existentes. Tal aumento somente seria poss\u00edvel se medidas s\u00e9rias de restaura\u00e7\u00e3o ambiental fossem efetivamente adotadas e se a legisla\u00e7\u00e3o atinente \u00e0 Reserva Legal e \u00e0s \u00c1reas de Preserva\u00e7\u00e3o Permanente fossem cumpridas por todos os propriet\u00e1rios de florestas. Nunca \u00e9 demais reafirmar que aqueles que conservaram suas florestas n\u00e3o gozam de nenhum b\u00f4nus por tal atitude, pelo contr\u00e1rio; enquanto isso, os verdadeiros culpados est\u00e3o rindo \u00e0 toa, mesmo que com dor na consci\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

Se a cobertura florestal representa 18% daquela originalmente existente, o que faz algu\u00e9m pensar que resta apenas 0,8%? \u00c9 uma mera quest\u00e3o de erro de aritm\u00e9tica. Mas isso pode ser clarificado \u00e0 medida que se compreenda o significado das tr\u00eas classes tipol\u00f3gicas de florestas anunciadas em par\u00e1grafos precedentes. Agora \u00e9 tempo de explicar o que significam os tr\u00eas est\u00e1gios de regenera\u00e7\u00e3o de florestas.<\/p>\n\n\n\n

As tr\u00eas classes tipol\u00f3gicas tiveram sua g\u00eanese na Resolu\u00e7\u00e3o CONAMA 02\/94, que tem sido empregada como documento normativo para as defini\u00e7\u00f5es tipol\u00f3gicas para fins de licenciamento ambiental na chamada Mata Atl\u00e2ntica. Segundo aquele instrumento normativo, as classes tipol\u00f3gicas florestais podem ser categorizadas em tr\u00eas est\u00e1gios de regenera\u00e7\u00e3o (a rigor deveriam ser chamados de est\u00e1gios sucessionais), quais sejam:<\/p>\n\n\n\n

As Classes Topol\u00f3gicas Florestais<\/strong><\/p>\n\n\n\n

1 – Floresta em Est\u00e1gio Inicial de Regenera\u00e7\u00e3o<\/strong>: forma\u00e7\u00e3o originada ap\u00f3s cortes na floresta, cuja composi\u00e7\u00e3o consiste eminentemente de esp\u00e9cies heli\u00f3fitas pioneiras colonizadoras. Trata-se de uma forma\u00e7\u00e3o florestal jovem, tamb\u00e9m chamada vulgarmente de capoeira ou capoeira baixa.<\/p>\n\n\n\n

\"q\"\/<\/figure>\n\n\n\n

2 – Floresta em Est\u00e1gio M\u00e9dio de Regenera\u00e7\u00e3o<\/strong>: forma\u00e7\u00e3o que se constitui numa transi\u00e7\u00e3o entre as florestas em Est\u00e1gio Inicial e em Est\u00e1gio Avan\u00e7ado, que possui uma mistura de floras de ambos est\u00e1gios, em franco processo de substitui\u00e7\u00e3o uma pela outra. Trata-se de uma forma\u00e7\u00e3o florestal intermedi\u00e1ria no curso da sucess\u00e3o, j\u00e1 apresentando algumas caracter\u00edsticas estruturais das florestas mais avan\u00e7adas Chamada vulgarmente de capoeir\u00e3o ou capoeira alta.<\/p>\n\n\n\n

\"q\"\/<\/figure>\n\n\n\n

3 – Floresta em Est\u00e1gio Avan\u00e7ado de Regenera\u00e7\u00e3o<\/strong>: forma\u00e7\u00e3o original e aut\u00f3ctone, em est\u00e1gio avan\u00e7ado de sucess\u00e3o ecol\u00f3gica, advinda de processo natural de regenera\u00e7\u00e3o, composta por esp\u00e9cies cl\u00edmax e sucessionais longevas. Chamada vulgarmente de mata ou simplesmente floresta.<\/p>\n\n\n\n

\"q\"\/<\/figure>\n\n\n\n

Traduzindo em mi\u00fados, as tr\u00eas classes tipol\u00f3gicas indicam, na pr\u00e1tica, florestas mais ou menos desenvolvidas no curso da sucess\u00e3o, uma ainda jovem e em forma\u00e7\u00e3o, uma intermedi\u00e1ria e em transi\u00e7\u00e3o e outra pr\u00f3xima do n\u00edvel m\u00e1ximo de desenvolvimento.<\/p>\n\n\n\n

Os percentuais de ocorr\u00eancia dessas tr\u00eas classes de florestas para o Paran\u00e1 na atualidade s\u00e3o as seguintes: Est\u00e1gio Inicial – 6,4%; Est\u00e1gio M\u00e9dio – 7,9%; Est\u00e1gio Avan\u00e7ado – 2,9%. Totalizando, obt\u00e9m-se pouco mais de 17% de cobertura florestal, como dito anteriormente.<\/p>\n\n\n\n

Dado que as florestas em Est\u00e1gio M\u00e9dio e Avan\u00e7ado apresentam uma diversidade de esp\u00e9cies consider\u00e1vel e uma estrutura que se aproxima das florestas no maior n\u00edvel hier\u00e1rquico na sucess\u00e3o, pode-se afirmar que 10,1% da superf\u00edcie paranaense s\u00e3o revestidas por florestas em bom grau de conserva\u00e7\u00e3o. Essa vis\u00e3o coincide com a aquela dos \u00f3rg\u00e3os ambientais estaduais, haja vista que nessas duas classes tipol\u00f3gicas s\u00e3o vedadas legalmente quaisquer iniciativas de supress\u00e3o da vegeta\u00e7\u00e3o, isto \u00e9, essas s\u00e3o florestas que est\u00e3o impedidas de serem desmatadas dada por sua express\u00e3o ecol\u00f3gica.<\/p>\n\n\n\n

Os n\u00fameros da Floresta de Arauc\u00e1ria<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Os n\u00fameros da Floresta Ombr\u00f3fila Mista mostram uma realidade semelhante, mas que denotam algumas especificidades. A \u00e1rea total revestida por florestas nesse ecossistema \u00e9 de cercas de 2,7 milh\u00f5es de hectares, o que significa aproximadamente 24% em termos relativos. Isto que dizer que cerca de \u00bc da \u00e1rea da Floresta de Arauc\u00e1ria remanesce nos dias de hoje. Percebe-se, por conseguinte, que tal cifra \u00e9 muito superior \u00e0quelas que v\u00eam sendo divulgadas a esmo por algumas institui\u00e7\u00f5es desinformadas.<\/p>\n\n\n\n

Na Floresta de Arauc\u00e1ria as classes tipol\u00f3gicas se configuram atualmente da seguinte forma: Est\u00e1gio Inicial – 11,0%; Est\u00e1gio M\u00e9dio – 11,4%; Est\u00e1gio Avan\u00e7ado – 1,3%. Portanto, cerca de 12,7% da superf\u00edcie desse ecossistema referem-se a florestas relativamente bem conservadas e que est\u00e3o impedidas legalmente de desmatamento devido aos seus atributos ecol\u00f3gicos relevantes.<\/p>\n\n\n\n

Portanto, onde est\u00e3o os 0,8%? Conforme foi dito em momento pr\u00e9vio, \u00e9 apenas uma quest\u00e3o de m\u00e1 aritm\u00e9tica. Possivelmente, o 0,8% deve advir da expans\u00e3o err\u00f4nea dos 1,3% para a \u00e1rea total do Estado, o que n\u00e3o faz qualquer sentido!<\/p>\n\n\n\n

Em resumo<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A cobertura florestal natural do Paran\u00e1 \u00e9 de 18%, sendo cerca de 10% com florestas bem conservadas. Na Floresta de Arauc\u00e1ria, especificamente, o percentual de cobertura florestal eleva-se para 24%, sendo quase 13% de florestas em bom grau de conserva\u00e7\u00e3o. Esses s\u00e3o os n\u00fameros atuais sobre a cobertura florestal no Estado, obtidos por levantamentos realizados com fundamenta\u00e7\u00e3o t\u00e9cnico-cient\u00edfica e desprovidos de distor\u00e7\u00f5es e interesses estranhos. Divulguemos a verdade!<\/p>\n\n\n\n

Fonte:Universidade Federal do Paran\u00e1
\nCarlos R. Sanquetta
\nemail: sanqueta@floresta.ufpr.br<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Segundo o professor Carlos Roberto Sanquetta, da UFPR, este estudo concluiu que a cobertura florestal natural do Paran\u00e1 \u00e9 de 18%, sendo cerca de 10% com florestas bem conservadas. Na Floresta de Arauc\u00e1ria, especificamente, o percentual de cobertura florestal eleva-se para 24%, sendo quase 13% de florestas em bom grau de conserva\u00e7\u00e3o. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":1808,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1479],"tags":[23,665,18,191],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1803"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=1803"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1803\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":4635,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1803\/revisions\/4635"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/1808"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=1803"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=1803"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=1803"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}