{"id":179,"date":"2009-02-19T17:15:09","date_gmt":"2009-02-19T17:15:09","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:16:04","modified_gmt":"2021-07-10T23:16:04","slug":"lagos_do_rio_doce","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agua\/bacias_hidrograficas\/lagos_do_rio_doce.html","title":{"rendered":"Lagos do Rio Doce"},"content":{"rendered":"\n
No m\u00e9dio rio Doce em uma \u00e1rea no planalto sudeste do Brasil, conhecida como as “terras baixas interplan\u00e1lticas” do m\u00e9dio Rio Doce, encontram-se 150 lagos n\u00e3o conectados com o Rio Doce, formando portanto um verdadeiro sistema lacustre natural. A vegeta\u00e7\u00e3o original das bacias hidrogr\u00e1ficas era constitu\u00edda por Floresta Atl\u00e2ntica Tropical, presentemente substitu\u00edda por extensas planta\u00e7\u00f5es de Eucalyptus sp. A origem deste sistema est\u00e1 relacionada com per\u00edodos de intensa precipita\u00e7\u00e3o e seca os quais sucessivamente, modelaram a paisagem, produzindo barramentos nos afluentes do Rio Doce, dando origem aos lagos do atual sistema. Fases de deposi\u00e7\u00e3o e de eros\u00e3o de sedimentos, formaram ao redor dos lagos colinas c\u00f4ncavas ou convexas as quais s\u00e3o importantes quantitativamente para o transporte e deposi\u00e7\u00e3o de sedimentos nos lagos.<\/p>\n\n\n\n
Os lagos, atualmente representam redes hidrogr\u00e1ficas seccionadas. As dimens\u00f5es variam desde pequenos lagos com 1-2 km2 at\u00e9 lagos com 28 km2 e profundidade de aproximadamente 30 metros. Este sistema foi considerado como um paradigma para a compreens\u00e3o de processos geomorfol\u00f3gicos que deram origem a lagos de diferentes profundidades, morfometrias e dimens\u00f5es. Estabilidade t\u00e9rmica, de 8 a 9 meses seguida de isotermia, no inverno (2-3 meses) \u00e9 devida ao aquecimento e resfriamento t\u00e9rmico, ao efeito das \u00e1guas de precipita\u00e7\u00e3o que produzem gradientes verticais acentuados de densidade e \u00e0 aus\u00eancia de ventos. Ciclos diurnos de temperatura mostram a import\u00e2ncia destes processos no controle qu\u00edmico e biol\u00f3gico nos lagos.<\/p>\n\n\n\n
O Sistema de lagos foi impactado pela remo\u00e7\u00e3o da Floresta Atl\u00e2ntica e planta\u00e7\u00e3o de Eucalyptus sp., pesca intensiva e introdu\u00e7\u00e3o de esp\u00e9cies ex\u00f3ticas de peixes (Cichla occelaris) – tucunar\u00e9, remo\u00e7\u00e3o de \u00e1reas alagadas para uso intensivo em cultivo, constru\u00e7\u00e3o de estradas e uso de fertilizantes em planta\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n
Os lagos do rio Doce constituem um importante testemunho da intera\u00e7\u00e3o Floresta Atl\u00e2ntica, sistemas aqu\u00e1ticos, e s\u00e3o relictos fundamentais que devem ser preservados. Estudos intensivos nestes sistemas demonstram o potencial para compreens\u00e3o de processos de intera\u00e7\u00f5es sistema terrestre\/lacustre e de mecanismos evolutivos. <\/p>\n\n\n\n
Fonte: \u00c1guas Doces no Brasil – Capital Ecol\u00f3gico, Uso e Conserva\u00e7\u00e3o. 2.\u00b0 Edi\u00e7\u00e3o Revisada e Ampliada. Escrituras. S\u00e3o Paulo – 2002. Organiza\u00e7\u00e3o e Coordena\u00e7\u00e3o Cient\u00edfica: Aldo da C. Rebou\u00e7as; Benedito Braga. Cap\u00edtulo 05 – Ecossistemas de \u00c1guas Interiores. J<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Os lagos do rio Doce constituem um importante testemunho da intera\u00e7\u00e3o Floresta Atl\u00e2ntica, sistemas aqu\u00e1ticos, e s\u00e3o relictos fundamentais que devem ser preservados. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1386],"tags":[287,1066],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/179"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=179"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/179\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":4852,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/179\/revisions\/4852"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=179"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=179"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=179"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}