{"id":1783,"date":"2009-03-10T12:02:28","date_gmt":"2009-03-10T12:02:28","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:15:03","modified_gmt":"2021-07-10T23:15:03","slug":"gestao_de_florestas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/florestal\/artigos\/gestao_de_florestas.html","title":{"rendered":"Gest\u00e3o de florestas"},"content":{"rendered":"\n
A Entrevista a Tasso Resende de Azevedo<\/strong><\/p>\n\n\n\n O Projeto de Gest\u00e3o de Florestas, que prev\u00ea o corte de apenas seis \u00e1rvores por hectare a cada 25 anos, dever\u00e1 ser enviado pelo Governo ao Congresso at\u00e9 o final do ano, vem gerando muita pol\u00eamica entre os ambientalistas, mas pretende, na verdade, organizar a atividade madeireira, principalmente na regi\u00e3o Amaz\u00f4nica. Segundo o diretor do Programa Nacional de Florestas do Minist\u00e9rio do Meio Ambiente, Tasso Rezende de Azevedo, a proposta dever\u00e1 facilitar o controle e a fiscaliza\u00e7\u00e3o da extra\u00e7\u00e3o de madeira com impacto muito baixo sobre o meio ambiente. Tasso afirma que a privatiza\u00e7\u00e3o de \u00e1reas p\u00fablicas ocorre desde a \u00e9poca das capitanias heredit\u00e1rias, mas o que o governo pretende fazer \u00e9 muito diferente de conceder terras p\u00fablicas \u00e0 iniciativa privada sem regras ou controle sobre o meio ambiente.<\/p>\n\n\n\n O Projeto de Gest\u00e3o de Florestas vem criando uma grande pol\u00eamica sobre extra\u00e7\u00e3o de madeira e preserva\u00e7\u00e3o ambiental. Algumas pessoas acham que o projeto vai privatizar a Amaz\u00f4nia. O que realmente quer o governo com essa proposta?<\/p>\n\n\n\n A maior parte das florestas brasileiras, ao contr\u00e1rio do que muita gente imagina, se encontra em \u00e1reas p\u00fablicas. No caso da Amaz\u00f4nia, por exemplo, 75% est\u00e3o em \u00e1reas p\u00fablicas. Nesse total est\u00e3o inclu\u00eddas as Unidades de Conserva\u00e7\u00e3o e terras ind\u00edgenas, que juntas chegam cerca de 30% do total. Os outros 45% s\u00e3o de terras p\u00fablicas de uso ainda n\u00e3o definido. Nessas terras \u00e9 onde ocorre o processo de grilagem, ocupa\u00e7\u00e3o ilegal ou de titula\u00e7\u00e3o legal \u00e0s entidades privadas. Nesse \u00faltimo caso, esse processo de privatiza\u00e7\u00e3o vem desde o tempo das capitanias heredit\u00e1rias. Passa-se o patrim\u00f4nio p\u00fablico para o privado e este faz o que bem entender na \u00e1rea. Dentro das medidas de combate ao desmatamento, uma delas \u00e9 a regulamenta\u00e7\u00e3o das \u00e1reas que t\u00eam florestas por serem \u00e1reas p\u00fablicas. O projeto pretende regulamentar como deve ser a gest\u00e3o dessas \u00e1reas que cont\u00eam florestas. A regulamenta\u00e7\u00e3o das atividades est\u00e1 dividida de tr\u00eas formas para possibilitar o manejo sustentado. Na primeira ser\u00e3o criadas unidades de conserva\u00e7\u00e3o sustent\u00e1vel, como as florestas nacionais, e em seguida ser\u00e1 feita a gest\u00e3o delas. A segunda, seria destinar as terras \u00e0s comunidades via assentamento florestal, via reserva extrativista ou via reserva de desenvolvimento sustent\u00e1vel. Haveria ainda a possibilidade de cria\u00e7\u00e3o de \u00e1reas quilombolas ou de um territ\u00f3rio ind\u00edgena, assim por diante.<\/p>\n\n\n\n