{"id":1765,"date":"2009-03-10T09:23:19","date_gmt":"2009-03-10T09:23:19","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:15:09","modified_gmt":"2021-07-10T23:15:09","slug":"responsabilidade_ecologica_versus_responsabilidade_social","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/florestal\/artigos\/responsabilidade_ecologica_versus_responsabilidade_social.html","title":{"rendered":"Responsabilidade ecol\u00f3gica versus responsabilidade social"},"content":{"rendered":"\n

O simples ato de poluir pode ser considerado um atentado a todos os seres vivos, pois somos parte de um todo. O c\u00edrculo \u00e9 vicioso, e o que acontece \u00e0 terra acontece ao homem.<\/p>\n\n\n\n

Com o passar do tempo, de gera\u00e7\u00e3o em gera\u00e7\u00e3o, o homem vem usando a natureza a seu favor sem a menor preocupa\u00e7\u00e3o na sua preserva\u00e7\u00e3o seja por ignor\u00e2ncia, por descaso ou em busca incessante por lucro.<\/p>\n\n\n\n

Miomas \u00fanicos s\u00e3o perdidos e nunca mais presentes no meio ambiente. Quantas esp\u00e9cies v\u00e3o precisar ser perdidas ainda e quantos desastres o homem ter\u00e1 que construir uma consci\u00eancia social em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 natureza e dar inicio a um pensamento para preservar a natureza?<\/p>\n\n\n\n

No decorrer da evolu\u00e7\u00e3o do ser humano em algum momento podemos verificar a tomada de consci\u00eancia, por vezes for\u00e7ada, mas de qualquer maneira, estamos diante da mudan\u00e7a de paradigmas, da busca do homem pelo conv\u00edvio com a natureza e a sua preserva\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Os danos causados ao mioma habitado pela floresta de Arauc\u00e1ria no estado do Paran\u00e1 desde o final do s\u00e9culo XIX, com o desenvolvimento do Brasil e o processo de industrializa\u00e7\u00e3o que o pa\u00eds vivenciava, n\u00e3o havendo a \u00e9poca conscientiza\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica que s\u00f3 veio nascer na d\u00e9cada de 70 com os movimentos Ecol\u00f3gicos e a preocupa\u00e7\u00e3o com o meio ambiente na Europa.<\/p>\n\n\n\n

Os danos ambientais causados na Floresta de Arauc\u00e1ria caracterizam-se pela exist\u00eancia de um conflito entre a forma pela qual \u00e9 gerida a nossa economia e a lentid\u00e3o na atualiza\u00e7\u00e3o da legisla\u00e7\u00e3o em detrimento ao r\u00e1pido desenvolvimento cientifico e social. Alterando os par\u00e2metros de desenvolvimento da consci\u00eancia ecol\u00f3gica de maneira tardia pelo Estado, e a falta de interesse em agir pelo simples fato do sistema econ\u00f4mico se antever ao meio ambiente.<\/p>\n\n\n\n

Somente com a valora\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica, \u00e9 que nos dias de hoje vem se tornando interessante falar e discutir assuntos relevantes ao meio ambiente, sendo vantajoso ao Estado e \u00e0s empresas vincularem a sua imagem \u00e0 preserva\u00e7\u00e3o do meio ambiente ou seja \u00e9 \u201cpoliticamente correto\u201d se preocupar com assuntos antes n\u00e3o interessantes por n\u00e3o terem valor econ\u00f4mico.<\/p>\n\n\n\n

Quanto \u00e0 responsabilidade jur\u00eddico-ambiental, pode-se dizer que ser\u00e1 imposs\u00edvel reparar o dano causado a Floresta de Arauc\u00e1ria e a tantas outras destru\u00eddas dolosamente, cabendo somente medidas mitigadoras que n\u00e3o ser\u00e3o eficazes se antes fossem preservadas.<\/p>\n\n\n\n

O Estado por in\u00e9rcia carregar\u00e1 esse \u00f4nus com a humanidade pelo simples fato de n\u00e3o ter tido interesse em proteger ou manusear de forma menos danosa a Natureza que fornece ao homem mat\u00e9ria prima (que \u00e9 finita) para a nossa subsist\u00eancia, ficando o interesse individual dos governantes prevalecendo sobre o interesse coletivo ambiental.<\/p>\n\n\n\n

A responsabilidade jur\u00eddica da degrada\u00e7\u00e3o da floresta de Arauc\u00e1ria \u00e9 o processo de desenvolvimento desenfreado e a n\u00e3o preocupa\u00e7\u00e3o com o meio ambiente em detrimento de vantagem pecuni\u00e1ria e o loteamento para a cria\u00e7\u00e3o de propriedades agr\u00edcolas num sistema que n\u00e3o respeita conceitos que antes n\u00e3o existiam nos produtores agr\u00edcolas e nem nas usinas madeireiras que simplesmente cortavam a floresta sem preocupa\u00e7\u00e3o com o manejo sustent\u00e1vel sofrendo agora com a falta de esp\u00e9cies de \u00e1rvores que n\u00e3o existem no dia de hoje em abund\u00e2ncia.<\/p>\n\n\n\n

At\u00e9 quando seremos ref\u00e9ns de interesses econ\u00f4micos e a busca por lucro a qualquer pre\u00e7o, mesmo que, o risco pago ser\u00e1 o desaparecimento de esp\u00e9cies, miomas, ecossistemas, altera\u00e7\u00f5es no clima em detrimento do pr\u00f3prio ser humano.<\/p>\n\n\n\n

Medidas t\u00eam que ser tomadas, mesmo que, de forma tardia para preservar o que nos restou e tentar recuperar o que j\u00e1 foi degradado. Somente com a jun\u00e7\u00e3o do poder p\u00fablico com a iniciativa privada que poderemos mudar e reverter esse triste cap\u00edtulo na hist\u00f3ria do estado do Paran\u00e1.<\/p>\n\n\n\n

Por Paulo Franco<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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