{"id":173,"date":"2015-05-19T12:28:59","date_gmt":"2015-05-19T12:28:59","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T19:15:57","modified_gmt":"2021-07-10T22:15:57","slug":"regiao_hidrografica_do_tocantins-araguaia","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agua\/regioes_hidrograficas\/regiao_hidrografica_do_tocantins-araguaia.html","title":{"rendered":"Regi\u00e3o Hidrogr\u00e1fica do Tocantins-Araguaia"},"content":{"rendered":"\n

A Regi\u00e3o Hidrogr\u00e1fica do Tocantins-Araguaia apresenta grande potencialidade para a agricultura irrigada, especialmente para o cultivo de frut\u00edferas, de arroz e outros gr\u00e3os (milho e soja). Atualmente, a necessidade de uso de \u00e1gua para irriga\u00e7\u00e3o corresponde a 62% da demanda total da regi\u00e3o e se concentra na sub-bacia do Araguaia devido ao cultivo de arroz por inunda\u00e7\u00e3o. A \u00e1rea irrig\u00e1vel (por inunda\u00e7\u00e3o e outros m\u00e9todos) \u00e9 estimada em 230.197 hectares.<\/p>\n\n\n\n

A Regi\u00e3o Hidrogr\u00e1fica do Tocantins-Araguaia possui uma \u00e1rea de 918.822 km\u00b2 (11% do territ\u00f3rio nacional) e abrange os estados de Goi\u00e1s (21%), Tocantins (30%), Par\u00e1 (30%), Maranh\u00e3o (4%), Mato Grosso (15%) e o Distrito Federal (0,1%). Sua configura\u00e7\u00e3o \u00e9 alingada, com sentido Sul-Norte, seguindo a dire\u00e7\u00e3o predominante dos cursos d’\u00e1gua principais, os rios Tocantins e Araguaia, que se unem na parte setentrional da regi\u00e3o, a partir de onde \u00e9 denominado rio Tocantins, que segue at\u00e9 desaguar na Ba\u00eda da Ilha de Maraj\u00f3.<\/p>\n\n\n\n

Em 2010, cerca de 8,6 milh\u00f5es de pessoas viviam na regi\u00e3o hidrogr\u00e1fica (4,5% da popula\u00e7\u00e3o nacional), sendo 76% em \u00e1reas urbanas. A densidade demogr\u00e1fica era de 9,3 hab.\/km\u00b2, bem menor que a densidade demogr\u00e1fica do pa\u00eds (22,4 hab.\/km\u00b2).<\/p>\n\n\n\n

Na Regi\u00e3o Hidrogr\u00e1fica do Tocantins-Araguaia est\u00e3o presentes os biomas Floresta Amaz\u00f4nica, ao norte e noroeste, e Cerrado nas demais \u00e1reas. O desmatamento da regi\u00e3o se intensificou a partir da d\u00e9cada de 70, com a constru\u00e7\u00e3o da rodovia Bel\u00e9m-Bras\u00edlia, da hidrel\u00e9trica de Tucuru\u00ed e da expans\u00e3o das atividades agropecu\u00e1rias e de minera\u00e7\u00e3o. Atualmente, o desmatamento se deve principalmente \u00e0 atividade de ind\u00fastrias madeireiras nos estados do Par\u00e1 e Maranh\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Com rela\u00e7\u00e3o aos indicadores de saneamento b\u00e1sico, de acordo com o Censo Demogr\u00e1fico do IBGE (2010), o n\u00edvel de abastecimento de \u00e1gua apresenta realidades bastante variadas, com valores entre 1,2% em Floresta do Araguaia(PA) e 100% em Novo Alegre (TO), Divin\u00f3polis do Goi\u00e1s (GO) e Araguainha (MT). A m\u00e9dia regional de atendimento da popula\u00e7\u00e3o por rede de esgoto \u00e9 de apenas 18% e, do percentual de esgoto coletado, apenas 6% \u00e9 tratado.<\/p>\n\n\n\n

A bacia inclui trechos de floresta amaz\u00f4nica e de cerrado, ambientes naturais que foram bastante desmatados desde a d\u00e9cada de 1970, com a constru\u00e7\u00e3o da rodovia Bel\u00e9m-Bras\u00edlia e da hidrel\u00e9trica de Tucuru\u00ed, bem como com a expans\u00e3o das atividades madeireiras, agropecu\u00e1rias e de minera\u00e7\u00e3o. A regi\u00e3o responde pela metade da produ\u00e7\u00e3o nacional de ouro – vindo, sobretudo, de Caraj\u00e1s, no Par\u00e1 – e tem as maiores reservas de cobre, n\u00edquel, bauxita, ferro e mangan\u00eas do pa\u00eds. De todas essas atividades, irriga\u00e7\u00e3o de frutas e gr\u00e3os \u00e9 a que, consome mais recursos h\u00eddricos: 81% do total.<\/p>\n\n\n\n

Uma atividade econ\u00f4mica da regi\u00e3o exige, em particular, \u00e1gua de boa qualidade: a pesca esportiva. As 300 esp\u00e9cies de peixes da bacia t\u00eam atra\u00eddo cada vez mais pescadores ao rio Araguaia e adjacentes. A \u00e1gua tamb\u00e9m \u00e9 particularmente importante para as in\u00fameras hidrel\u00e9tricas da bacia, como Tucuru\u00ed, que fornece quase toda a energia consumida no Par\u00e1 e no Maranh\u00e3o. Esta \u00e9 uma regi\u00e3o de muitas disputas no saneamento b\u00e1sico. O n\u00edvel de abastecimento de \u00e1gua vai de apenas 0,8%, no Tocantins, a 89,7%, de tratamento de esgotos urbanos variam entre 0,7%, no  Par\u00e1, e 45%, no Distrito Federal.<\/p>\n\n\n\n

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\".\"\/<\/figure>\n\n\n\n

Fonte: Como cuidar da nossa \u00e1gua. Cole\u00e7\u00e3o Entenda e Aprenda. BEI. S\u00e3o Paulo-SP, 2003.;
\nwww2.ana.gov.br
\n<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"