{"id":172,"date":"2009-02-19T16:01:19","date_gmt":"2009-02-19T16:01:19","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:16:06","modified_gmt":"2021-07-10T23:16:06","slug":"regiao_hidrografica_costeira_do_sudeste","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agua\/regioes_hidrograficas\/regiao_hidrografica_costeira_do_sudeste.html","title":{"rendered":"Regi\u00e3o Hidrogr\u00e1fica Costeira do Sudeste"},"content":{"rendered":"\n
A maior demanda e a menor oferta de \u00e1gua per capita no pa\u00eds. \u00c9 esta a situa\u00e7\u00e3o da regi\u00e3o hidrogr\u00e1fica da Costa Sudeste, que ocupa os litorais paulista e fluminense e um trecho de Minas Gerais, e \u00e9 important\u00edssima dada sua alta concentra\u00e7\u00e3o populacional e seu grande desenvolvimento econ\u00f4mico. O resultado do contraste entre necessidade e disponibilidade \u00e9 que cada morador da regi\u00e3o tem acesso a apenas 6.710 metros c\u00fabicos por ano, 4,2 vezes menos que a m\u00e9dia de disponibilidade nacional. Nos 231 mil quil\u00f4metros quadrados dessa regi\u00e3o vivem 26,7 milh\u00f5es de pessoas, 16% do total nacional. Na sua maioria, elas habitam a Regi\u00e3o Metropolitana do Rio de Janeiro, que por concentrar 3 mil habitantes em cada quil\u00f4metro quadrado, precisa importar 90% da \u00e1gua que consome do rio Para\u00edba do Sul (que corre por S\u00e3o Paulo e Rio de Janeiro) para dar conta da demanda, o que equivale a cerca de 5 bilh\u00f5es de litros por dia.<\/p>\n\n\n\n
Existem algumas milhares de ind\u00fastrias nas bacias do rio Doce (MG) e do Para\u00edba do Sul, os dois principais dessa regi\u00e3o hidrogr\u00e1fica. A industrializa\u00e7\u00e3o \u00e9 particularmente evidente nas cidades paulistas de Jacare\u00ed e Taubat\u00e9, e em Resende e Volta Redonda, no estado do Rio. Sozinha, a bacia do Para\u00edba do Sul, que entra pelo Esp\u00edrito Santo e Minas Gerais, produz cerca de 10% do PIB. <\/p>\n\n\n\n
Um dos principais problemas associados aos recursos h\u00eddricos da regi\u00e3o \u00e9 a ocupa\u00e7\u00e3o irregular de encostas, \u00e1reas ribeirinhas e de mananciais, estimulada pela especula\u00e7\u00e3o imobili\u00e1ria, que fez com que sobrassem pouqu\u00edssimos trechos de vegeta\u00e7\u00e3o ciliar ao longo dos rios da regi\u00e3o. Em conseq\u00fc\u00eancia, a eros\u00e3o arrasta sedimentos para os rios, resultando em assoreamento e em inunda\u00e7\u00f5es, particularmente comuns nas bacias os rios Doce e Ribeira do Iguape (SP). S\u00e3o famosas as enchentes que praticamente todos os anos invadem as ruas de Registro e Eldorado, no vale do Ribeira, comprometendo tamb\u00e9m a produ\u00e7\u00e3o agr\u00edcola.<\/p>\n\n\n\n
Na bacia do rio Doce, 75% das casas t\u00eam \u00e1gua encanada, e essa porcentagem sobe para 91% na bacia do Parna\u00edba do Sul. S\u00e3o coletados 45% os esgotos produzidos na bacia do Para\u00edba do Sul. S\u00e3o coletados 45% dos esgotos produzidos na bacia do rio Doce e 69% na bacia do Para\u00edba do Sul. As taxas de tratamento de esgotos, por\u00e9m, s\u00e3o muito baixas. Na encosta fluminense e na bacia do rio Doce, por exemplo, elas est\u00e3o pr\u00f3ximas de zero. Na bacia do Parna\u00edba do Sul, ficam na casa de 11,2%.<\/p>\n\n\n\n
Fonte: Como cuidar da nossa \u00e1gua. Cole\u00e7\u00e3o Entenda e Aprenda. BEI. S\u00e3o Paulo-SP, 2003.<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"