\u00c9 o pre\u00e7o – evit\u00e1vel, mas comum – do progresso: a \u00e1rea de maior desenvolvimento econ\u00f4mico do pa\u00eds est\u00e1 na bacia do Paran\u00e1, e isso se reflete no n\u00edvel de contamina\u00e7\u00e3o e no alto consumo de \u00e1gua. Ela responde por mais da metade do PIB brasileiro, um ter\u00e7o da popula\u00e7\u00e3o nacional (54,5 milh\u00f5es de pesoas) e um consumo de 513 metros c\u00fabicos por segundo, quase um quarto do total nacional. Seus 856,8 mil quil\u00f4metros quadrados est\u00e3o distribu\u00eddos pelos estados de S\u00e3o Paulo, Paran\u00e1, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goi\u00e1s, Santa Catarina e Distrito Federal. Esse espa\u00e7o inclui a cidade mais populosa da Am\u00e9rica do Sul, S\u00e3o Paulo, com 105 milh\u00f5es de habitantes, al\u00e9m de outras cidades de porte, como Bras\u00edlia, Curitiba, Goi\u00e2nia e Campinas.<\/p>\n\n\n\n
A paisagem varia bastante ao longo da bacia: em meio \u00e0s cidades, ainda sobrevivem remanescentes de cerrado, mata atl\u00e2ntica e mata de arauc\u00e1ria, principalmente. A disponibilidade de \u00e1gua tratada, de coleta e tratamento de esgotos tamb\u00e9m \u00e9 muito vari\u00e1vel: apenas 7,7% das resid\u00eancias urbanas s\u00e3o ligadas \u00e0 rede coletora de esgotos no Mato Grosso do Sul, contra 89,7% no Distrito Federal. No geral, esta \u00e9 a bacia que sofre o maior impacto da polui\u00e7\u00e3o produzida pelas resid\u00eancias e ind\u00fastrias, dada a concentra\u00e7\u00e3o populacional produzida pelas resid\u00eancias e ind\u00fastrias, dadas a concentra\u00e7\u00e3o populacional, agr\u00edcola e industrial. Os racionamentos de distribui\u00e7\u00e3o de \u00e1gua s\u00e3o bastante comuns, principalmente em S\u00e3o Paulo, devido ao aumento da demanda e \u00e0 falta de mananciais de boa qualidade.<\/p>\n\n\n\n
Essas circunst\u00e2ncias t\u00eam multiplicado os conflitos pelo uso dos recursos h\u00eddricos. As disputas s\u00e3o especialmente importantes na sub-bacia do rio Piracicaba, cuja \u00e1gua \u00e9 desviada para o abastecimento da Grande S\u00e3o Paulo, a mais de 100 quil\u00f4metros de dist\u00e2ncia, reduzindo o volume dispon\u00edvel para as cidades da regi\u00e3o. As bacias do Baixo Pardo e do Mogi tamb\u00e9m registram a briga entre as cidades, que precisam de \u00e1gua para o consumo dom\u00e9stico, e as usinas de a\u00e7\u00facar e \u00e1lcool, que a utilizam com fins industriais.<\/p>\n\n\n\n
Al\u00e9m de abastecer as cidades, as f\u00e1bricas e o campo, a \u00e1gua para o consumo dom\u00e9stico, e as usinas de a\u00e7\u00facar e \u00e1lcool, que a utilizam com fins industriais. Al\u00e9m de abastecer as cidades, as f\u00e1bricas e o campo, a \u00e1gua dessa bacia tamb\u00e9m \u00e9 empregada na gera\u00e7\u00e3o de energia el\u00e9trica e no transporte hidrovi\u00e1rio. Ali est\u00e1 uma das principais hidrovias brasileiras, a Tiet\u00ea-Paran\u00e1, que liga 220 munic\u00edpios, num total de 2.400 quil\u00f4metros, e permite o escoamento de produtos rumo ao Mercosul. Nessa regi\u00e3o tamb\u00e9m est\u00e1 a maior capacidade instalada de gera\u00e7\u00e3o hidrel\u00e9trica do pa\u00eds. S\u00e3o 148 usinas, com uma pot\u00eancia total de 40.613 megawatts, ou 67% do total nacional. Dentre elas, est\u00e3o as hidrel\u00e9tricas de Itaipu (PR), Furnas (MG), e Porto Primavera (SP). Apesar de tamanha infra-estrutura, o alto consumo da regi\u00e3o a obriga a importar energia produzida em outras localidades.<\/p>\n\n\n\n
Fonte: Como cuidar da nossa \u00e1gua. Cole\u00e7\u00e3o Entenda e Aprenda. BEI. S\u00e3o Paulo-SP, 2003.<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Al\u00e9m de abastecer as cidades, as f\u00e1bricas e o campo, a \u00e1gua dessa bacia tamb\u00e9m \u00e9 empregada na gera\u00e7\u00e3o de energia el\u00e9trica e no transporte hidrovi\u00e1rio. Ali est\u00e1 uma das principais hidrovias brasileiras, a Tiet\u00ea-Paran\u00e1, que <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1385],"tags":[289,191],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/170"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=170"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/170\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":4859,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/170\/revisions\/4859"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=170"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=170"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=170"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}