O rio Paraguai \u00e9 brasileiro de nascimento, mas transita livremente por outros pa\u00edses: origina-se na Chapada dos Parecis, em Mato Grosso, mas 66% de sua bacia – de 109 milh\u00f5es de quil\u00f4metros quadrados – localiza-se na Argentina, Bol\u00edvia e Paraguai. No Brasil ele banha os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Seus principais afluentes s\u00e3o os rios Cuiab\u00e1, S\u00e3o Louren\u00e7o, Taquari, Miranda e Negro. Cerca de 1,8 milh\u00e3o de brasileiros vive na bacia, a maior parte em cidades como Cuiab\u00e1 (MT) ou Corumb\u00e1 (MS). Desde os anos de 1970, a expans\u00e3o do gado e da soja aumentou o desmatamento e a eros\u00e3o na regi\u00e3o, dominada por cerrados e pelo Pantanal Mato-Grossense. V\u00e1rios rios da regi\u00e3o, como o Taquari e o S\u00e3o Louren\u00e7o, t\u00eam alta capacidade de transporte de sedimentos. Estes acabam depositados no Pantanal, promovendo o assoreamento e a forma\u00e7\u00e3o e bancos de areia. Isso mudou o curso dos rios e ampliou os per\u00edodos de inunda\u00e7\u00e3o no Pantanal, dificultando a agricultura e o transporte fluvial. Outro problema espec\u00edfico dessa bacia \u00e9 que a grande retirada de \u00e1gua do rio Miranda para a irriga\u00e7\u00e3o tem promovido conflitos de interesses entre agricultores e pescadores.<\/p>\n\n\n\n
Com rela\u00e7\u00e3o aos indicadores de saneamento b\u00e1sico, os percentuais de domic\u00edlios urbanos com rede coletora de esgotos s\u00e3o de 16,9% no Mato Grosso do Sul, valores muito abaixo da m\u00e9dia nacional. Outro problema \u00e9 a contamina\u00e7\u00e3o das \u00e1guas e sedimentos dos rios pelo merc\u00fario oriundo do garimpo de ouro, sobretudo no Mato Grosso, e pelos pesticidas utilizados nas lavouras da regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n
Fonte: Como cuidar da nossa \u00e1gua. Cole\u00e7\u00e3o Entenda e Aprenda. BEI. S\u00e3o Paulo-SP, 2003.<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Com rela\u00e7\u00e3o aos indicadores de saneamento b\u00e1sico, os percentuais de domic\u00edlios urbanos com rede coletora de esgotos s\u00e3o de 16,9% no Mato Grosso do Sul, valores muito abaixo da m\u00e9dia nacional. Outro problema \u00e9 a contamina\u00e7\u00e3o das \u00e1guas e sedimentos dos rios pelo merc\u00fario oriundo do garimpo de ouro, sobretudo no Mato Grosso, e pelos pesticidas utilizados nas lavouras da regi\u00e3o.
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