{"id":1621,"date":"2009-02-17T14:23:08","date_gmt":"2009-02-17T14:23:08","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:16:41","modified_gmt":"2021-07-10T23:16:41","slug":"baleia-franca_eubalena_australis","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/fauna\/mamiferos\/baleia-franca_eubalena_australis.html","title":{"rendered":"Baleia-franca (Eubalena australis)"},"content":{"rendered":"\n

Classe<\/strong>: Mammalia<\/p>\n\n\n\n

Ordem<\/strong>: Cetacea<\/p>\n\n\n\n

Fam\u00edlia<\/strong>: Balaenidae<\/p>\n\n\n\n

Nome cient\u00edfico<\/strong>: Eubalena australis<\/p>\n\n\n\n

Nome vulgar<\/strong>: Baleia-franca<\/p>\n\n\n\n

Categoria<\/strong>: Vulner\u00e1vel<\/p>\n\n\n\n

Caracter\u00edsticas<\/strong>: A baleia-franca \u00e9 um dos maiores cet\u00e1ceos existentes. \u00c9 a segunda esp\u00e9cie de baleias mais amea\u00e7ada de extin\u00e7\u00e3o do planeta. Estima-se que existam atualmente 07 (sete) mil. A cor \u00e9 preta pardacenta, com manchas ventrais brancas, de extens\u00e3o e forma vari\u00e1veis. O corpo \u00e9 negro e arredondado, e a cabe\u00e7a ocupa quase um quarto do comprimento total, nela destacando-se a grande curvatura da boca, que abriga, pendentes, cerca de 250 pares de cerdas da barbatana, que s\u00e3o \u00e1speras e na sua maior extens\u00e3o negro-oliv\u00e1ceas. O ventre apresenta manchas brancas irregulares. As f\u00eameas trazem mamilas na regi\u00e3o inguinal e gl\u00e2ndulas mam\u00e1rias que podem ser bastante espessas, at\u00e9 cerca de 10 cm. As nadadeiras peitorais s\u00e3o largas, de aspecto trapezoidal. A esp\u00e9cie se caracteriza por apresentar rugosidades claras na pele da cabe\u00e7a, separadas entre si e vari\u00e1veis. As f\u00eameas adultas, segundo registros de captura, podem chegar a pesar mais de 60 toneladas, enquanto que para os machos pesos acima de 45 toneladas n\u00e3o s\u00e3o incomuns. A identifica\u00e7\u00e3o de sexo nas baleias adultas por padr\u00e3o comportamental \u00e9 apenas poss\u00edvel no caso de f\u00eameas adultas acompanhadas de filhotes em suas \u00e1reas de reprodu\u00e7\u00e3o; em outros casos, somente a observa\u00e7\u00e3o da morfologia da regi\u00e3o anogenital \u00e9 determinante, nas f\u00eameas lados da fenda genital e nos machos apresentando aus\u00eancia destas fendas e \u00e2nus bastante afastado, distingu\u00edvel, da fenda genital. A camada de gordura que reveste o corpo das baleias francas \u00e9 not\u00e1vel, podendo chegar a 40 cm de largura em alguns pontos.<\/p>\n\n\n\n

O “esguicho” das baleias francas \u00e9 bastante caracter\u00edstico, em forma de “V”, resultante do ar aquecido expelido muito rapidamente quando da respira\u00e7\u00e3o e da vaporiza\u00e7\u00e3o de pequena quantidade de \u00e1gua que se acumula na depress\u00e3o dos dois orif\u00edcios respirat\u00f3rios quando o animal emerge para respirar. A altura do esguicho pode chegar a atingir de 5 a 8 metros, sendo mais vis\u00edvel em dias frios e com pouco vento, e o som causado pela r\u00e1pida expelida de ar pode ser ouvido muitas vezes a centenas de metros. A mais marcante caracter\u00edstica morfol\u00f3gica da esp\u00e9cie, entretanto, \u00e9 o conjunto de calosidades ou “verrugas” que apresentam as baleias francas no alto e nas laterais da cabe\u00e7a. Trata-se de estruturas not\u00e1veis formadas por espessamentos naturais da pele, que nascem j\u00e1 com o animal e s\u00e3o relativamente macias em fetos e filhotes rec\u00e9m-nascidos, mas tornam-se mais r\u00edgidas com o crescimento do animal; entretanto, seu tamanho relativo e forma n\u00e3o se alteram ou alteram-se pouqu\u00edssimo, permitindo seu uso para identifica\u00e7\u00e3o visual dos indiv\u00edduos. As “verrugas” s\u00e3o geralmente acinzentadas ou branco-amareladas, com a boca aberta e filtrando o alimento com suas longas barbatanas de at\u00e9 dois metros. Essas baleias s\u00e3o prom\u00edscuas nas rela\u00e7\u00f5es sexuais, precedidas por grande atividade no grupo. As baleias francas alimentam-se “filtrando” o alimento na superf\u00edcie, num comportamento que se assemelha ao arrasto superficial de uma rede, em que o animal nada lentamente com a boca aberta, deixando a \u00e1gua fluir por entre as cerdas expostas que capturam a\u00ed os pequenos organismos que constituem seu alimento; a esp\u00e9cie \u00e9 seletiva, buscando principalmente pequenos cop\u00e9podos (Calanus, Microcalanus, Pseudocalanus, Oithoma e Metridia), al\u00e9m do krill Euphasia superba e Munida. O per\u00edodo de gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 de aproximadamente um ano, ocorrendo os nascimentos entre agosto e outubro. M\u00e3e e baleote, que nasce com 5 a 6 metros, permanecem juntas at\u00e9 um ano de idade. As f\u00eameas com filhotes buscam, preferencialmente, zonas costeiras abrigadas, tais como ba\u00edas e enseadas, aproximando-se tanto da terra que muitas vezes aparentam estar encalhadas.<\/p>\n\n\n\n

Peso<\/strong>: 95 toneladas. As f\u00eameas adultas, segundo registros de captura, podem chegar a pesar mais de 60 toneladas, enquanto que para os machos pesos acima de 45 toneladas n\u00e3o s\u00e3o incomuns.<\/p>\n\n\n\n

Comprimento<\/strong>: Podendo atingir at\u00e9 18 m.<\/p>\n\n\n\n

Ocorr\u00eancia Geogr\u00e1fica<\/strong>: Distribui-se nos oceanos do Hemisf\u00e9rio Sul, entre o C\u00edrculo \u00c1rtico e as latitudes m\u00e9dias. O limite norte conhecido no Brasil \u00e9 o arquip\u00e9lago de Abrolhos. Geralmente permanecem nas proximidades das massas continentais, ao longo das quais fazem extensas migra\u00e7\u00f5es, visitando as \u00e1guas em latitudes mais baixas para a reprodu\u00e7\u00e3o, entre os meses de maio e dezembro. A popula\u00e7\u00e3o do Hemisf\u00e9rio Sul se divide em v\u00e1rias sub-popula\u00e7\u00f5es, que se deslocam para as costas leste e oeste dos continentes austrais. No Atl\u00e2ntico Sul, uma delas migra para a \u00c1frica e outra para a Am\u00e9rica do Sul, uma delas migra para a \u00c1frica e outra para a Am\u00e9rica do Sul, onde se concentram principalmente na pen\u00ednsula de Vald\u00e9s, na Argentina. Um dos lugares procurados pelas baleias franca, no per\u00edodo de maio a novembro, para reprodu\u00e7\u00e3o e cria \u00e9 Santa Catarina e Rio Grande do Sul.<\/p>\n\n\n\n

Categoria\/Crit\u00e9rio<\/strong>: Classifica\u00e7\u00e3o da UICN: Vulner\u00e1vel – Anexos da CITES: II. Amea\u00e7a de extin\u00e7\u00e3o no Brasil.<\/p>\n\n\n\n

Cientista que descreveu<\/strong>: Desmoulins, 1822.<\/p>\n\n\n\n

Observa\u00e7\u00f5es adicionais<\/strong>: A docilidade da esp\u00e9cie, apesar do enorme tamanho, permite que equipes de salvamento especialmente treinadas possam, por vezes, livrar os animais enredados, principalmente quando se trata de baleotes. Nestes casos, a baleia-m\u00e3e, via de regra, permanece nas proximidades, sem demonstrar comportamento agressivo. A observa\u00e7\u00e3o de uma baleia-franca com baleote na \u00e1rea do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos (BA) parece ter sido um caso isolado. Excetuado este registro, n\u00e3o h\u00e1 ocorr\u00eancia em unidades de conserva\u00e7\u00e3o. Foram exploradas intensamente pela pesca industrial e consideradas quase extintas no Atl\u00e2ntico Sul. Protegida oficialmente em \u00e2mbito mundial desde 1935, a esp\u00e9cie vem se recuperando lentamente, mas aparenta ser ainda a mais rara das grandes baleias, com uma popula\u00e7\u00e3o total para o g\u00eanero avaliada em 3.000 indiv\u00edduos (1998). Apesar da prote\u00e7\u00e3o supracitada, foram ilegalmente capturadas em Santa Catarina at\u00e9 1973, estimando-se que tenham sido sacrificadas, entre 1952 e 1973, no m\u00ednimo 350 indiv\u00edduos. H\u00e1 hoje indica\u00e7\u00f5es promissoras de que pelo menos a subpopula\u00e7\u00e3o que se concentrada na pen\u00ednsula de Vald\u00e9s tenha crescido nos \u00faltimos anos em taxas mais elevadas. Cessadas as capturas comerciais, a esp\u00e9cie est\u00e1 em recupera\u00e7\u00e3o e, hoje, as principais amea\u00e7as s\u00e3o as poss\u00edveis colis\u00f5es com navios e o enredamento em equipamentos de pesca. No litoral brasileiro h\u00e1 registros numerosos de baleias-francas presas em redes ou nadando com peda\u00e7os de cordas na nadadeira caudal. As interfer\u00eancias com as atividades de pesca, acentuadas pelos h\u00e1bitos costeiros da esp\u00e9cie, fazem com que, por vezes, os animais sejam agredidos pelos pescadores, com tiros ou objetos agu\u00e7ados. Baleotes mortos s\u00e3o comuns no sul do Brasil, alguns evidenciando ferimentos. \u00c0 medida que a popula\u00e7\u00e3o das baleias-franca venha a aumentar, \u00e9 de se supor que tais incidentes passem a ocorrer com maior freq\u00fc\u00eancia. Freq\u00fcentemente, as baleias s\u00e3o molestadas por pessoas bem intencionadas, que julgam estarem elas encalhadas, quando na verdade se encontram apenas em repouso junto \u00e0s praias.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: MMA\/SINIMA<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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